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quarta-feira, 30 de março de 2011

GREVE DOS PROFESSORES CONTINUA

30 de março de 2011


De acordo com a presidente do Sindicato, um dos avanços é a exigência da inclusão de outros profissionais ligados à Educação, como merendeiras e zeladores, ao Plano de Cargos, Carreiras e Salários
Fonte: A Gazeta (MT)

Caroline Lanhi
Da Redação

A greve dos professores da rede municipal de ensino de Sinop (500 Km ao norte de Cuiabá) continua, mas os representantes do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT) têm boas expectativas.

De acordo com a presidente do Sintep de Sinop, Sidnei Cardoso, um dos avanços é a exigência da inclusão de outros profissionais ligados à Educação, como merendeiras e zeladores, ao Plano de Cargos, Carreiras e Salários.

Segundo ela, a proposta foi aceita pelo executivo, bem como a correção da tabela salarial de 37% para 50% aos professores graduados em relação àqueles com magistério.

O principal ponto de discordância entre professores e secretaria de Educação é o aumento da quantidade de horas atividade para 33%.

Atualmente, os professores trabalham em regime de 20 e 40 horas semanais, sendo 20% de hora atividade -tempo para profissional se dedicar a planejamento de aulas, correções de provas e trabalhos e outras atividades didáticas.

A prefeitura do município chegou a contratar professores para assumir as aulas em algumas creches e Escolas. Do total de 14 mil alunos que ficaram sem aula com o início da paralisação em 16 de fevereiro, cerca de 1,2 mil voltaram para a sala de aula com as contratações.

De acordo com a assessoria da Prefeitura de Sinop, o aumento da hora atividade para 33% é discordado pelo executivo, pois o projeto de lei que pretende implementar esse regime no Brasil ainda não passou pelo Congresso.


PROFESSORES DECIDEM SE ENTRAM EM GREVE



30 de março de 2011



Assembleia prevista para amanhã vai resolver se haverá ou não a paralisação das aulas na rede pública; governo diz que ofereceu proposta dentro dos limites do orçamento

Fonte: Correio Braziliense (DF)
Ana Pompeu

Os professores da rede pública de ensino do Distrito Federal ameaçam entrar em greve. A decisão deve ser aprovada em assembleia convocada para amanhã no estacionamento do estádio Mané Garrincha. A categoria, formada por 30 mil profissionais, exige 13,83% de reajuste salarial na folha de pagamento de março.

Em contrapartida, o Governo do Distrito Federal (GDF) oferece 5%. Os educadores não pretendem ceder à proposta do governo por considerarem que o governador Agnelo Queiroz (PT) tinha conhecimento da pauta antes de eleito. A categoria havia aprovado em assembleia realizada em 15 de março estado de greve, sinalizando a possibilidade de paralisação.

O percentual de reajuste pedido pelo Sindicato dos professores do Distrito Federal (Sinpro -DF) é o mesmo do aumento do índice do Fundo Constitucional, dinheiro repassado pela União para as áreas de Educação, saúde e segurança. O GDF pediu na época uma semana para elaborar uma proposta. Em reunião com os sindicalistas, o governo ofereceu os 5% de aumento.

O sindicato quer a garantia de que o aumento do salário vai continuar vinculado ao índice do Fundo Constitucional. Para o Sinpro-DF, a posição do governador é uma surpresa, já que, em campanha no segundo turno, Agnelo se comprometeu a aceitar algumas reivindicações. “A avaliação é de que a greve será aprovada. Mesmo que tenhamos apoiado a candidatura de Agnelo, é preciso lembrar que a nossa relação com o governo continua sendo a de patrão e empregado”, afirmou a diretora de Imprensa do Sinpro-DF, Roselene Corrêa.

O GDF alegou, por meio de nota aos professores na reunião do dia 25 deste mês, que encontrou um deficit orçamentário de pessoal em torno de R$ 500 milhões. Além disso, reajustes concedidos para 2011, comprometidos na legislação aprovada em 2010, impossibilitaram o atendimento por completo das reivindicações.

Por isso, o governo ofereceu a instalação de um grupo de trabalho para repensar a carreira, a implantação do plano de saúde em janeiro de 2012 e a apresentação do percentual de reajuste do auxílio-alimentação (leia quadro).

O secretário de Administração do DF, Denílson Bento, disse que o GDF apresentou uma proposta de acordo com os recursos disponíveis. “Apontamos que os números de hoje não nos favorecem. Então, temos que esperar se eles (os educadores) vão aceitar a nossa contraproposta. A gente mostrou o deficit que nós temos.

Há acordos feitos com outras categorias em torno de R$ 294 milhões, que incidem esse ano ainda. É óbvio que o governo tem preocupação com os professores e quer reestruturar a carreira, mas não vamos conseguir resolver todas as demandas das categorias em 90 dias de governo.”

Valorização
A possibilidade de greve divide a opinião de pais e de estudantes do DF. A dona de casa Maria Aparecida de Paula Alves, 33 anos, é mãe de Arthur, 9 anos, e Matheus, 14. Os dois estudam em Escolas públicas. “Fico preocupada, porque toda greve prejudica demais o aprendizado das crianças. Mas o professor tem que ganhar melhor mesmo. É muito difícil educar, e eles têm que ser valorizados. É uma situação complicada”, ponderou.

Para a estudante do 1° ano do ensino médio Keyla Oliveira, 14 anos, a greve não é justa para os alunos. “Nem o aluno nem o governo valoriza o professor. Não é fácil. Mas a greve não é justa com a gente”, avaliou. Calebe Rios, também 14, está no 9° ano do ensino fundamental e passou por algumas paralisações. “Já fiquei três semanas sem aula. Afeta muito a nossa rotina de estudo, não tem como dizer que não. Mas é o único modo de eles (os professores) conseguirem o que querem”, disse.

Reivindicações
» Reajuste salarial de 13,83% para março.
» Aumento do auxílio-alimentação para o mesmo valor pago aos servidores da Câmara Legislativa: R$ 585.
» Isonomia com outras carreiras de nível superior do GDF, como a médica, por meio da incorporação de gratificações.
» Reestruturação dos planos de carreira.
» Implantação de plano de saúde completo e programas de habitação.
» Pagamento das pendências financeiras.
» Gestão democrática em toda a rede, que determina, entre outros
pontos, eleições diretas para
a direção da Escola.

Os argumentos e as propostas do GDF
» Deficit orçamentário de pessoal em torno de R$ 500 milhões.
» Reajustes concedidos para 2011, comprometidos em gestão anterior.
» Instalação de um grupo de trabalho para repensar o plano de carreira.
» Implantação do plano de saúde em janeiro de 2012.
» Apresentação do percentual de reajuste do auxílio-alimentação





terça-feira, 29 de março de 2011

SERVIDORES EM ESTADO DE GREVE

29 de março de 2011


Funcionários da Prefeitura fazem uma série de reivindicações e pedem entendimentos com o gestor municipal
Fonte: Diário do Nordeste (CE)

Servidores públicos deste Município realizaram, na manhã de ontem, manifestação pelas ruas da cidade com o objetivo de reivindicar reajuste salarial, atualização do Piso Nacional para os docentes e implantação do Plano de Cargos, Carreiras e Salários para o setor de Saúde. Antes, a categoria fez assembleia na sede do Sindicato dos Trabalhadores Rurais e a maioria deliberou por permanecer em estado de greve.

De acordo com a presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Ipaumirim, Terezinha Gonçalves, não há diálogo com a administração. "Desde o último dia 25 de janeiro que tentamos uma audiência com o prefeito e já enviamos quatro ofícios nas últimas três semanas apresentando as nossas reivindicações", disse. Ontem, foi mais um dia de luta e o funcionalismo paralisou as atividades por um dia.

Após a caminhada, um grupo de cerca de 100 servidores ocupou momentaneamente o salão da Prefeitura e aguardou audiência com o prefeito, Geraldo dos Santos. Após intermediação de um vereador, o encontro ficou marcado para hoje, às 16 horas, no gabinete do prefeito.

Os servidores reivindicam correção de acordo com o índice aplicado no Piso Nacional para os docentes, reajuste para o funcionalismo da Saúde, que está com o salário defasado há mais de cinco anos e dos técnicos administrativos, que até 2006 ganhavam um terço acima do salário mínimo, mas agora só recebem R$545,00.

A categoria quer também discutir a implantação do Plano de Cargos, Carreiras e Salários para o setor de Saúde e data-base de reajuste. Segundo Terezinha, a administração propôs inicialmente um índice de 6,5% de aumento para os professores. "Não concordamos porque a taxa de correção do índice nacional é de 21%, por aluno", disse.

"O Governo Federal fez um reajuste do Fundeb e de acordo com as nossas contas, a folha da Educação seria de R$ 140 mil e o repasse seria bem superior, em torno de R$ 200 mil".

Disponibilidade
Nos cálculos do sindicato haveria disponibilidade de recursos para o atendimento à reivindicação da categoria. A presidente disse ainda que o prefeito enviou projeto de lei para a Câmara Municipal com índice de reajuste da Educação bem inferior ao que a categoria reivindica, variando de 7% a 10% segundo o grau de formação dos docentes.

"O Legislativo retirou o projeto de pauta, mas mesmo assim o prefeito sancionou. Queremos um diálogo com o gestor para modificar essa decisão".

A reportagem tentou ouvir o prefeito de Ipaumirim, ontem, mas o telefone da Prefeitura permaneceu ocupado e depois informaram que o gestor não estava no gabinete

SERVIDORES EM ESTADO DE GREVE

29 de março de 2011


Funcionários da Prefeitura fazem uma série de reivindicações e pedem entendimentos com o gestor municipal
Fonte: Diário do Nordeste (CE)

Servidores públicos deste Município realizaram, na manhã de ontem, manifestação pelas ruas da cidade com o objetivo de reivindicar reajuste salarial, atualização do Piso Nacional para os docentes e implantação do Plano de Cargos, Carreiras e Salários para o setor de Saúde. Antes, a categoria fez assembleia na sede do Sindicato dos Trabalhadores Rurais e a maioria deliberou por permanecer em estado de greve.

De acordo com a presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Ipaumirim, Terezinha Gonçalves, não há diálogo com a administração. "Desde o último dia 25 de janeiro que tentamos uma audiência com o prefeito e já enviamos quatro ofícios nas últimas três semanas apresentando as nossas reivindicações", disse. Ontem, foi mais um dia de luta e o funcionalismo paralisou as atividades por um dia.

Após a caminhada, um grupo de cerca de 100 servidores ocupou momentaneamente o salão da Prefeitura e aguardou audiência com o prefeito, Geraldo dos Santos. Após intermediação de um vereador, o encontro ficou marcado para hoje, às 16 horas, no gabinete do prefeito.

Os servidores reivindicam correção de acordo com o índice aplicado no Piso Nacional para os docentes, reajuste para o funcionalismo da Saúde, que está com o salário defasado há mais de cinco anos e dos técnicos administrativos, que até 2006 ganhavam um terço acima do salário mínimo, mas agora só recebem R$545,00.

A categoria quer também discutir a implantação do Plano de Cargos, Carreiras e Salários para o setor de Saúde e data-base de reajuste. Segundo Terezinha, a administração propôs inicialmente um índice de 6,5% de aumento para os professores. "Não concordamos porque a taxa de correção do índice nacional é de 21%, por aluno", disse.

"O Governo Federal fez um reajuste do Fundeb e de acordo com as nossas contas, a folha da Educação seria de R$ 140 mil e o repasse seria bem superior, em torno de R$ 200 mil".

Disponibilidade
Nos cálculos do sindicato haveria disponibilidade de recursos para o atendimento à reivindicação da categoria. A presidente disse ainda que o prefeito enviou projeto de lei para a Câmara Municipal com índice de reajuste da Educação bem inferior ao que a categoria reivindica, variando de 7% a 10% segundo o grau de formação dos docentes.

"O Legislativo retirou o projeto de pauta, mas mesmo assim o prefeito sancionou. Queremos um diálogo com o gestor para modificar essa decisão".

A reportagem tentou ouvir o prefeito de Ipaumirim, ontem, mas o telefone da Prefeitura permaneceu ocupado e depois informaram que o gestor não estava no gabinete

segunda-feira, 28 de março de 2011

EXTREMA-ESQUERDA BARRA FIM DA GREVE DE PROFESSORES NO CEARÁ


Sindicato e governo do Estado chegaram a um acordo, mas grupos impedem a volta às aulas

Fonte: iG
Daniel Aderaldo, iG Ceará

O Sindicato dos Professores do Ceará (Apeoc) perdeu o controle da greve que já dura 55 dias. A categoria está dividida e a direção da entidade acusa movimentos sociais, partidos e grupos de extrema-esquerda de atrapalhar a negociação com o governo do Estado. “Uma luta da categoria deve ser conduzida pela categoria", disse à reportagem do iG o presidente do Sindicato Apeoc, Anízio Melo.
Desde que a greve dos professores da rede estadual foi deflagrada há 55 dias, o movimento ganhou o apoio de militantes do PSol, do PSTU, do movimento estudantil e do grupo de extrema-esquerda Crítica Radical. Durante as assembleias da categoria, protestos e até reuniões do comando de greve com o governo, a presença e participação de integrantes desses segmentos se tornou constante.
Agora, a direção do sindicato está incomodada com o nível de participação desses grupos. "A nossa greve teve uma amplitude muito forte e atraiu alguns interesses que nós não concordamos com eles, porque são alheios à nossa luta. Nós entendemos que o apoio e a solidariedade devem existir, mas o comando da greve deve ser feito pelos educadores e educadoras por meio da sua entidade oficial", afirmou Anízio Melo.
Depois de duas semanas sem avanço nas negociações, o comando de greve foi recebido pelo governador Cid Gomes (PSB) na última quinta-feira (22). Cid prometeu apresentar tabelas de reajuste no prazo de até 30 dias e realizar concurso público para professor em 2012, desde que os professores voltassem às aulas.
Na sexta-feira (23), a categoria mostrou que está dividida e decidiu manter a paralisação, ao contrário do que encaminhou a direção do sindicatio - que defendia a suspensão da greve, diante das novas propostas do governo. "No dia da assembleia havia carros de sons alheios à nossa luta combatendo a direção do sindicato, e não em defesa da categoria. Carros de som atacando partidos e atacando governos para ganhar espaço. Isso traz prejuízos”, avaliou o sindicalista.

Nesta quarta-feira (28), durante o terceiro protesto realizado na Assembleia Legislativa somente no mês de setembro a favor dos professores, das mais de 300 pessoas que ocuparam o prédio do legislativo, boa parte estava sob o comando da Crítica Radical, e não do sindicato dos professores.

A ex-vereadora de Fortaleza, Rosa da Fonseca, propôs aos manifestantes acampar na Assembleia. E alguns professores iniciaram uma greve de fome.

O iG ouviu a ex-prefeita de Fortaleza eleita pelo PT, e integrante do movimento Crítica Radical, Maria Luiza Fontenele. Ela discordou que essa participação cause estragos. Mais do que isso, na visão dela, essa interferência é necessária.

“Os instrumentos usados pela luta sindical hoje estão meio esgotados. Você tem que entrar numa perspectiva cada vez mais ampla. Então há que se entender que você tem que ter na perspectiva de luta algo que transcenda a mera reivindicação salarial”, diz ela.

O vereador de Fortaleza, João Alfredo (PSol), disse que “estranhou” a declaração do presidente do sindicato dos professores. "Só falo quando me é dado e a palavra e não digo que a greve deve continuar ou parar. O que pode haver é uma coincidência da posição do PSTU, PSOL e Crítica Radical em relação ao sentimento da categoria”, defendeu.

Para o líder do governo na Assembleia, Antonio Carlos (PT), o apoio desses movimentos é legitimo. Contudo, ele reconhece que em alguns momentos esses “atores externos” podem causar algum ruído na comunicação entre grevistas e governo.

“Quando um segmento, que é uma organização, seja partidária ou não, vai para o comando de greve pelo seu peso ideológico e não pelo lastro real que tem na categoria, a representação fica destorcida”.

quarta-feira, 23 de março de 2011

FIM DE GREVE NÃO GARANTE INÍCIO DAS AULAS

23 de março de 2011


Mesmo com a volta dos professores, escolas não abrem por falta de estrutura
Fonte: Diário de Natal (RN)
Francisco Francerle // franciscofrancerle.rn@dabr.com.br

A greve dos professores da rede municipal acabou, mas os problemas estruturais dasEscolas municipais continuam, a ponto de impedir o início das aulas em muitos estabelecimentos, tanto do ensino fundamental quanto do infantil, conforme antecipou reportagem do Diário de Natal.

A falta de professores, merenda, carteiras e instalações precárias por conta dos atrasos nos repasses de verbas destinadas à manutenção e funcionamento das Escolas lideram esses problemas. Até o momento, nenhuma Escola ouvida pela reportagem recebeu verba referente a 2011 para conserto de instalações físicas, compra de material pedagógico, expediente e de gêneros alimentícios.

Para não prejudicar ainda mais o ano letivo, alguns estabelecimentos estão fazendo rodízio de turmas. Outros estão usando da criatividade e apelando para a comunidade, através de parcerias como forma de garantir pelo menos a mão-de-obra para realização de pequenos serviços.

Na tarde de ontem, a direção do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Rio Grande do Norte (Sinte-RN) denunciou a precariedade nas Escolas, que já era notória. O Centro Municipal deEducação Infantil Maria Ilka, em Nova Descoberta, por exemplo, não iniciou as aulas ainda por falta de alimentação e de profissionais suficientes para a sala de aula.

A situação é semelhante no CMEI Claudete Maciel, em Cidade Satélite, onde os servidores passaram ontem a manhã inteira reunidos para discutir como irão atuar diante da falta de profissionais e de gêneros alimentícios.

Na Escola Municipal Amadeu Araújo, no bairro de Lagoa Azul, a falta de professores nas disciplinas de matemática, português, história, ciência e geografia levou a direção a submeter os 1.500 alunos do ensino fundamental a um sistema de rodízio de turmas.

A Escola tem carência de 15 professores para os três turnos, monitores e professores auxiliares para salas com 53 alunos com necessidades especiais, bem como vigias e merendeiras. Tanto na Celestino Pimentel quanto na Amadeu Araújo, o horário de aulas não foi integral, terminaram às 9h30 por causa da falta da merenda.

Já na Escola Municipal Zuleide Fernandes, no conjunto Parque das Dunas, os 675 alunos ainda não têm previsão de quando começam as aulas porque o estabelecimento só tem trêsprofessores para onze turmas.

Em alguns CMEIS, os professores não aderiram à greve, mas não tiveram condições de funcionar devido a falta de educadores infantis e auxiliares, além de insumos para a merenda que inviabilizam a permanência das crianças de tempo integral.

A reportagem ouviu depoimentos reclamando do problema nos CMEIS Darilene Brandão, Padre Sabino Gentille, Jesiel Figueiredo e Amor de Mãe.


FIM DE GREVE NÃO GARANTE INÍCIO DAS AULAS

23 de março de 2011

Mesmo com a volta dos professores, escolas não abrem por falta de estrutura
Fonte: Diário de Natal (RN)
Francisco Francerle // franciscofrancerle.rn@dabr.com.br

A greve dos professores da rede municipal acabou, mas os problemas estruturais dasEscolas municipais continuam, a ponto de impedir o início das aulas em muitos estabelecimentos, tanto do ensino fundamental quanto do infantil, conforme antecipou reportagem do Diário de Natal.

A falta de professores, merenda, carteiras e instalações precárias por conta dos atrasos nos repasses de verbas destinadas à manutenção e funcionamento das Escolas lideram esses problemas. Até o momento, nenhuma Escola ouvida pela reportagem recebeu verba referente a 2011 para conserto de instalações físicas, compra de material pedagógico, expediente e de gêneros alimentícios.

Para não prejudicar ainda mais o ano letivo, alguns estabelecimentos estão fazendo rodízio de turmas. Outros estão usando da criatividade e apelando para a comunidade, através de parcerias como forma de garantir pelo menos a mão-de-obra para realização de pequenos serviços.

Na tarde de ontem, a direção do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Rio Grande do Norte (Sinte-RN) denunciou a precariedade nas Escolas, que já era notória. O Centro Municipal deEducação Infantil Maria Ilka, em Nova Descoberta, por exemplo, não iniciou as aulas ainda por falta de alimentação e de profissionais suficientes para a sala de aula.

A situação é semelhante no CMEI Claudete Maciel, em Cidade Satélite, onde os servidores passaram ontem a manhã inteira reunidos para discutir como irão atuar diante da falta de profissionais e de gêneros alimentícios.

Na Escola Municipal Amadeu Araújo, no bairro de Lagoa Azul, a falta de professores nas disciplinas de matemática, português, história, ciência e geografia levou a direção a submeter os 1.500 alunos do ensino fundamental a um sistema de rodízio de turmas.

A Escola tem carência de 15 professores para os três turnos, monitores e professores auxiliares para salas com 53 alunos com necessidades especiais, bem como vigias e merendeiras. Tanto na Celestino Pimentel quanto na Amadeu Araújo, o horário de aulas não foi integral, terminaram às 9h30 por causa da falta da merenda.

Já na Escola Municipal Zuleide Fernandes, no conjunto Parque das Dunas, os 675 alunos ainda não têm previsão de quando começam as aulas porque o estabelecimento só tem trêsprofessores para onze turmas.

Em alguns CMEIS, os professores não aderiram à greve, mas não tiveram condições de funcionar devido a falta de educadores infantis e auxiliares, além de insumos para a merenda que inviabilizam a permanência das crianças de tempo integral.

A reportagem ouviu depoimentos reclamando do problema nos CMEIS Darilene Brandão, Padre Sabino Gentille, Jesiel Figueiredo e Amor de Mãe.




terça-feira, 22 de março de 2011

ACORDO PÕE FIM À GREVE

22 de março de 2011

Professores aceitaram aumento de 11,07% e aulas devem ser retomadas hoje, após um mês de paralisação
Fonte: Diário de Natal (RN)
Fernanda Zauli // fernandazauli.rn@dabr.com.br

Após 32 dias, a greve dos professores da rede municipal de ensino chegou ao fim e as aulas deverão ser retomadas hoje. A decisão foi acertada na manhã de ontem em audiência de conciliação entre a Secretaria Municipal de Educação (SME) e o Sindicato dos Trabalhadores da Educação do Rio Grande do Norte (Sinte/RN), e intermediada pelo juiz Geraldo Antônio da Mota.

Os professores aceitaram o aumento de 11,07% oferecido pela prefeitura de Natal e se comprometeram a retornar às salas de aulas. Em contrapartida, a prefeitura assumiu o compromisso de reajustar os salários dos professores em mais 4,18% até dezembro deste ano, totalizando os 15,29% previsto na Lei 6.129. O acordo foi ratificado durante assembléia da categoria, realizada na tarde de ontem.

O reajuste de 11,07% definido no acordo judicial não será pago de imediato. Segundo o termo de audiência de conciliação assinado pelos representantes legais da SME e do Sinte/RN, na folha de pagamento do mês de março será pago um reajuste de 6,47% retroativo a janeiro, e na folha de pagamento do mês de abril será pago o mesmo percentual retroativo ao mês de fevereiro.

O acordo prevê também um reajuste de 4,32% que incidirá nos vencimentos do mês de abril. O município se comprometeu ainda a efetuar o pagamento decorrente da progressão funcional dos professores na folha de pagamento do mês de março.

Para chegar ao percentual de 15,29%, previsto na Lei 6.129, de 15 de julho de 2010, a prefeitura se comprometeu a reajustar o salário dos professores em 4,18% até o mês de dezembro de 2011, "desde que tal percentual não ultrapasse a Lei de Responsabilidade Fiscal".

Na audiência de conciliação ficou definido que não haverá desconto de salário dos professores que participaram da greve e a prefeitura de Natal concordou em perdoar a multa que seria atribuída ao Sinte/RN pelo descumprimento da ordem judicial que determinava o retorno imediato dos professores às salas de aula.

O cronograma de reposição das aulas será determinado pela SME.Em assembleia realizada na tarde de ontem os professores votaram por acatar o acordo assinado pela representante do Sinte/RN, Fátima Cardoso.

"Todos os professores retornarão às salas de aula, mas nós vamos continuar mostrando para a sociedade o nível de precariedade das escolas. As escolas não têm condições de funcionamento, são problemas estruturais, materiais e de pessoal que irão prejudicar o início das aulas", disse Fática Cardoso. A greve dos professores começou no dia 18 de fevereiro



VITAL DO RÊGO DENUNCIA PARALISAÇÃO DE 40% DAS ESCOLAS ESTADUAIS NA PARAÍBA


De acordo com o senador, as escolas estão fechadas por motivos que vão desde a falta de recursos humanos à falta de infra-estrutura
Fonte: Agência Senado

O senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), baseando-se em levantamento feito pelo Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras em Educação do Estado da Paraíba (Sintep), denunciou em Plenário, nesta terça-feira (22), a paralisação de cerca de 40% das escolas estaduais.
De acordo com o senador, as escolas estão fechadas por motivos que vão desde a falta de recursos humanos à falta de infra-estrutura.
- O funcionamento em caráter precário dessas unidades de ensino é mais um dado para prejudicar a já combalida situação da educação pública que atende principalmente as classes populares - acrescentou.
Vital do Rêgo informou sobre a existência de reclamações de que diretores eleitos das escolas estaduais estariam sendo substituídos por indicações políticas ou sequer estariam sendo empossados.
O senador acusou o governador da Paraíba [Ricardo Coutinho] de ter descumprido acordos salariais com os profissionais da educação, deixando de fazer o pagamento, que tinha sido acertado, de progressões horizontais retroativas a janeiro deste ano.
Vital do Rêgo lamentou também a elevada taxa de abandono escolar verificada no ensino fundamental em seu Estado, de 11,5%.
Da Redação / Agência Senado





domingo, 20 de março de 2011

GREVES PREJUDICAM OS ALUNOS


20 de março de 2011

As comissões da AL e da Câmara não têm um diagnóstico sobre a escola pública na Capital e no Estado do Ceará
Fonte: Diário do Nordeste (CE)
Apesar dos prejuízos causados aos alunos da rede pública, por conta de calendáriosEscolares conflituosos e grades de conteúdo diferentes nas Escolas municipais e estaduais, as discussões levantadas na Câmara Municipal de Fortaleza e na Assembleia Legislativa estadual têm ficado restrito ao problema salarial dos professores e deixado de contemplar outras questões como a qualidade do ensino e o prejuízo imposto às famílias que precisam matricular seus filhos na Escola pública.

Há praticamente dois meses os estudantes da Escola privada já estão tendo aulas este ano, nos diversos estabelecimentos de ensino da Capital e do Interior. Os alunos da Escolapública, municipal e estadual, só agora vão começar o ano letivo de 2011, sem qualquer garantia de que terão aulas normais até o mês de dezembro. Na Câmara Municipal de Fortaleza e na Assembleia Legislativa, nenhum dos vereadores e deputados defenderam o direito de os estudantes pobres serem respeitados em seus direitos.

Professores admitem que os prejuízos dos estudantes são consequências das greves que fizeram para reivindicar aumento salarial, mas reclamam que alunos e Escolas têm ficado "abandonados" em virtude da falta de interesse dos poderes Executivo e Legislativo para resolver os problemas. Os parlamentares afirmam que estão trabalhando para minimizar os prejuízos, mas consideram que as soluções encontradas não são de curto prazo.

Calendários
As 449 Escolas municipais de Fortaleza atendem a cerca de 240 mil alunos e seguem dois calendários diferentes. O ano letivo começa em 21 de março para algumas Escolas e somente em 27 de abril para outras. Na esfera estadual, a realidade não é diferente. Enquanto parte dos 487 mil alunos iniciou o ano letivo próximo às datas das Escolas particulares, em 31 de janeiro, outros só retomaram os estudos em 14 de março último.

Para os alunos não precisarem repetir o ano, a Secretaria de Educação do Ceará (Seduc) chegou a dar autonomia para cada Escola ajustar o próprio calendário e normalizar o período. No entanto, a iniciativa que tinha por objetivo minimizar os atrasos causados pelas greves dos professores acabou ressaltando a discrepância do período letivo e da grade curricular entre as instituições públicas.

Conforme analisou a professora estadual Laura Lobato, a autonomia dada às Escolas do Governo do Estado comprometeu a preparação do aluno que vai prestar vestibular e a transferência de estudantes para outras instituições, ao permitir conteúdos e períodos letivos muito diferentes.

Isso porque nem sempre os prazos de matrícula das Escolas coincidem. Para resolver esses casos, as Escolas precisam então realizar avaliações especiais no intuito de aprovar oaluno antes do término do período letivo, quando nem todos os conteúdos foram abordados em sala.

Atrapalhando
O professor municipal Francisco Djacyr acrescentou que, além desses problemas de ordem prática apontados por Laura Lobato, os calendários diferentes das Escolas dificultam o acompanhamento pedagócico e acabam atrapalhando o crescimento intelectual do aluno.

"A falta de unidade pedagógica nas Escolas públicas é prejudicial. O professor tem que cumprir com sua responsabilidade, mas a obrigação educacional não é só dele. A responsabilidade tem que ser compartilhada com órgãos públicos e com políticos", ponderou Djacyr, ao opinar que a Educação não tem sido tratada como prioridade pelos representantes públicos cearenses.

A professora Laura Lobato colocou que o problema maior é a omissão das esferas públicas de poder, que, na prática, não se comprometem com a fiscalização do ensino público e a proposição de soluções. "O problema é sistêmico", declarou, analisando que a responsabilidade sobre os prejuízos educacionais e pedagógicos estaria pulverizada.

Monitorar
Conforme explicou Laura, a Superintendência das Escolas Estaduais de Fortaleza (Sefor), responsável por monitorar as ações de administração e gestão nas Escolas, não fiscaliza sistematicamente a reposição das aulas por hora aula e conteúdo.

O Ministério Público até defende que o aluno tem direito a aula, mas não confere a qualidade do ensino. Já as secretarias de Educação do Estado e do Município não se esforçam no sentido de negociar um calendário Escolar mais uniforme.

"E cadê as comissões da Câmara e da Assembleia para resolver isso?", questiona Laura Lobato, ao lembrar que, além das posições já colocadas, as discrepâncias nos calendáriosEscolares ampliam o afastamento social e a desigualdade entre alunos das redes pública e privada.

Planejamento
Nenhuma das duas comissões de Educação do Legislativo municipal de Fortaleza, e da Assembleia Legislativa cearense, têm um diagnóstico sobre a realidade da escolha pública. A deputada Mirian Sobreira (PSB), vice-presidente da Comissão de Educação da Assembleia Legislativa do Ceará, admite que falta planejamento e investimentos para resolver os problemas de Educação, mas acredita que as soluções só serão viabilizadas a longo prazo.

"O governador Cid avançou nesse sentido, mas a própria secretária de Educação já disse que não conseguiremos ter Escola de qualidade nesse mandato. É preciso que os próximos governos deem continuidade às iniciativas", declarou a deputada.

Salientando que o parlamento não pode intervir administrativamente na questão educacional, Mirian Sobreira informou que a Comissão de Educação ainda está em fase de planejamento por conta do início da legislatura, mas que o trabalho do colegiado será voltado à população. "A ideia é sair do Parlamento e acompanhar os projetos. O papel do deputado também é ouvir o povo", disse.

Imaturos
Indagada dos motivos pelos quais o debate sobre Educação nas Casas Legislativas se referem mais ao professor do que propriamente aos alunos, que seriam o principal alvo do serviço público, Mirian Sobreira avaliou que "os debates ainda são imaturos na Assembleia", mas opinou que a implantação de novos programas do Governo nas Escolas estaria sinalizando para a mudança de foco do professor para o aluno.

Debates
Já o presidente da Comissão de Educação da Câmara Municipal de Fortaleza, Guilherme Sampaio (PT), discorda que exista restrição nos debates sobre Educação nos parlamentos. Segundo ele, a Câmara tem se preocupado em realizar debates com o intuito de propor políticas públicas que ampliem o aprendizado do aluno.

O petista informou que a Comissão a qual preside tem acompanhado os trabalhos na área e, inclusive, tentou articular com o Governo do Estado, no primeiro ano da gestão de Cid Gomes, para uniformizar o calendário Escolar.

Agora, a Comissão tem se colocado como elo entre os professores e a Prefeitura para evitar novas greves e assim normalizar o calendário. "Há dois anos temos conseguido articular o reajuste dos professores e evitar paralisações, mas a perspectiva para unificar os calendários é a médio prazo", declarou Guilherme Sampaio.

Gestão Escolar
O petista defendeu que as ações do colegiado para resolver esse tipo de problema se limitam a legislar e fiscalizar, mas reiterou que a Comissão de Educação da Câmara Municipal fez um plano de trabalho para o biênio 2011/ 2012 priorizando gestão Escolar.

O vereador Gerôncio Coelho, que assumiu a vice-presidência da Comissão, colocou que ficou decidido na reunião da última semana que o colegiado vai priorizar o trabalho externo da Casa para, além de deliberar matérias, aproximar a fiscalização e a cobrança referente às demandas da população

GREVES PREJUDICAM OS ALUNOS

20 de março de 2011


As comissões da AL e da Câmara não têm um diagnóstico sobre a escola pública na Capital e no Estado do Ceará
Fonte: Diário do Nordeste (CE)
Apesar dos prejuízos causados aos alunos da rede pública, por conta de calendáriosEscolares conflituosos e grades de conteúdo diferentes nas Escolas municipais e estaduais, as discussões levantadas na Câmara Municipal de Fortaleza e na Assembleia Legislativa estadual têm ficado restrito ao problema salarial dos professores e deixado de contemplar outras questões como a qualidade do ensino e o prejuízo imposto às famílias que precisam matricular seus filhos na Escola pública.

Há praticamente dois meses os estudantes da Escola privada já estão tendo aulas este ano, nos diversos estabelecimentos de ensino da Capital e do Interior. Os alunos da Escolapública, municipal e estadual, só agora vão começar o ano letivo de 2011, sem qualquer garantia de que terão aulas normais até o mês de dezembro. Na Câmara Municipal de Fortaleza e na Assembleia Legislativa, nenhum dos vereadores e deputados defenderam o direito de os estudantes pobres serem respeitados em seus direitos.

Professores admitem que os prejuízos dos estudantes são consequências das greves que fizeram para reivindicar aumento salarial, mas reclamam que alunos e Escolas têm ficado "abandonados" em virtude da falta de interesse dos poderes Executivo e Legislativo para resolver os problemas. Os parlamentares afirmam que estão trabalhando para minimizar os prejuízos, mas consideram que as soluções encontradas não são de curto prazo.

Calendários
As 449 Escolas municipais de Fortaleza atendem a cerca de 240 mil alunos e seguem dois calendários diferentes. O ano letivo começa em 21 de março para algumas Escolas e somente em 27 de abril para outras. Na esfera estadual, a realidade não é diferente. Enquanto parte dos 487 mil alunos iniciou o ano letivo próximo às datas das Escolas particulares, em 31 de janeiro, outros só retomaram os estudos em 14 de março último.

Para os alunos não precisarem repetir o ano, a Secretaria de Educação do Ceará (Seduc) chegou a dar autonomia para cada Escola ajustar o próprio calendário e normalizar o período. No entanto, a iniciativa que tinha por objetivo minimizar os atrasos causados pelas greves dos professores acabou ressaltando a discrepância do período letivo e da grade curricular entre as instituições públicas.

Conforme analisou a professora estadual Laura Lobato, a autonomia dada às Escolas do Governo do Estado comprometeu a preparação do aluno que vai prestar vestibular e a transferência de estudantes para outras instituições, ao permitir conteúdos e períodos letivos muito diferentes.

Isso porque nem sempre os prazos de matrícula das Escolas coincidem. Para resolver esses casos, as Escolas precisam então realizar avaliações especiais no intuito de aprovar oaluno antes do término do período letivo, quando nem todos os conteúdos foram abordados em sala.

Atrapalhando
O professor municipal Francisco Djacyr acrescentou que, além desses problemas de ordem prática apontados por Laura Lobato, os calendários diferentes das Escolas dificultam o acompanhamento pedagócico e acabam atrapalhando o crescimento intelectual do aluno.

"A falta de unidade pedagógica nas Escolas públicas é prejudicial. O professor tem que cumprir com sua responsabilidade, mas a obrigação educacional não é só dele. A responsabilidade tem que ser compartilhada com órgãos públicos e com políticos", ponderou Djacyr, ao opinar que a Educação não tem sido tratada como prioridade pelos representantes públicos cearenses.

A professora Laura Lobato colocou que o problema maior é a omissão das esferas públicas de poder, que, na prática, não se comprometem com a fiscalização do ensino público e a proposição de soluções. "O problema é sistêmico", declarou, analisando que a responsabilidade sobre os prejuízos educacionais e pedagógicos estaria pulverizada.

Monitorar
Conforme explicou Laura, a Superintendência das Escolas Estaduais de Fortaleza (Sefor), responsável por monitorar as ações de administração e gestão nas Escolas, não fiscaliza sistematicamente a reposição das aulas por hora aula e conteúdo.

O Ministério Público até defende que o aluno tem direito a aula, mas não confere a qualidade do ensino. Já as secretarias de Educação do Estado e do Município não se esforçam no sentido de negociar um calendário Escolar mais uniforme.

"E cadê as comissões da Câmara e da Assembleia para resolver isso?", questiona Laura Lobato, ao lembrar que, além das posições já colocadas, as discrepâncias nos calendáriosEscolares ampliam o afastamento social e a desigualdade entre alunos das redes pública e privada.

Planejamento
Nenhuma das duas comissões de Educação do Legislativo municipal de Fortaleza, e da Assembleia Legislativa cearense, têm um diagnóstico sobre a realidade da escolha pública. A deputada Mirian Sobreira (PSB), vice-presidente da Comissão de Educação da Assembleia Legislativa do Ceará, admite que falta planejamento e investimentos para resolver os problemas de Educação, mas acredita que as soluções só serão viabilizadas a longo prazo.

"O governador Cid avançou nesse sentido, mas a própria secretária de Educação já disse que não conseguiremos ter Escola de qualidade nesse mandato. É preciso que os próximos governos deem continuidade às iniciativas", declarou a deputada.

Salientando que o parlamento não pode intervir administrativamente na questão educacional, Mirian Sobreira informou que a Comissão de Educação ainda está em fase de planejamento por conta do início da legislatura, mas que o trabalho do colegiado será voltado à população. "A ideia é sair do Parlamento e acompanhar os projetos. O papel do deputado também é ouvir o povo", disse.

Imaturos
Indagada dos motivos pelos quais o debate sobre Educação nas Casas Legislativas se referem mais ao professor do que propriamente aos alunos, que seriam o principal alvo do serviço público, Mirian Sobreira avaliou que "os debates ainda são imaturos na Assembleia", mas opinou que a implantação de novos programas do Governo nas Escolas estaria sinalizando para a mudança de foco do professor para o aluno.

Debates
Já o presidente da Comissão de Educação da Câmara Municipal de Fortaleza, Guilherme Sampaio (PT), discorda que exista restrição nos debates sobre Educação nos parlamentos. Segundo ele, a Câmara tem se preocupado em realizar debates com o intuito de propor políticas públicas que ampliem o aprendizado do aluno.

O petista informou que a Comissão a qual preside tem acompanhado os trabalhos na área e, inclusive, tentou articular com o Governo do Estado, no primeiro ano da gestão de Cid Gomes, para uniformizar o calendário Escolar.

Agora, a Comissão tem se colocado como elo entre os professores e a Prefeitura para evitar novas greves e assim normalizar o calendário. "Há dois anos temos conseguido articular o reajuste dos professores e evitar paralisações, mas a perspectiva para unificar os calendários é a médio prazo", declarou Guilherme Sampaio.

Gestão Escolar
O petista defendeu que as ações do colegiado para resolver esse tipo de problema se limitam a legislar e fiscalizar, mas reiterou que a Comissão de Educação da Câmara Municipal fez um plano de trabalho para o biênio 2011/ 2012 priorizando gestão Escolar.

O vereador Gerôncio Coelho, que assumiu a vice-presidência da Comissão, colocou que ficou decidido na reunião da última semana que o colegiado vai priorizar o trabalho externo da Casa para, além de deliberar matérias, aproximar a fiscalização e a cobrança referente às demandas da população




quarta-feira, 16 de março de 2011

MATO GROSSO DO SUL TEM GREVE DE PROFESSORES E 290 MIL PERDEM AULA



16 de março de 2011


Reajuste salarial de 6% e uma jornada de trabalho de 20 horas semanais são as principais reivindicações dos professores
Fonte: iG
Helson França, iG Mato Grosso
Professores da rede pública de ensino de Mato Grosso do Sul fizeram uma paralisação hoje (16) e deixaram 290 mil alunos sem aulas no Estado. A atitude foi um protesto por reajuste salarial e havia sido definida em Assembleia realizada no dia 8 de fevereiro, na Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul (Fetems). A partir de amanhã as aulas voltam à normalidade, mas novas paralisações não estão descartadas.
Um reajuste salarial de 6% e uma jornada de trabalho de 20 horas semanais são as principais reivindicações da categoria. Atualmente, os professores da rede estadual de ensino de Mato Grosso do Sul ganham, em média, R$ 1.750 por uma jornada de 40 horas por semana.
A Fetems também pede melhores condições de trabalho, plano de cargos e carreiras, fim da superlotação nas salas de aula, concurso público imediato e o cumprimento das metas estabelecidas na Conferência Nacional de Educação (Conae/2010).
Depois de se reunir com os deputados na Assembleia Legislativa, o presideten da Fetems, Jaime Teixeira, se encontra no final da tarde com o governador do Estado, André Puccinelli (PMDB), para discutir as exigências da categoria.

Os professores da rede municipal não participaram da paralisação porque a data-base de negociação salarial (maio) é diferente do período de negociação da rede estadual

MATO GROSSO DO SUL TEM GREVE DE PROFESSORES E 290 MIL PERDEM AULA

16 de março de 2011


Reajuste salarial de 6% e uma jornada de trabalho de 20 horas semanais são as principais reivindicações dos professores
Fonte: iG
Helson França, iG Mato Grosso
Professores da rede pública de ensino de Mato Grosso do Sul fizeram uma paralisação hoje (16) e deixaram 290 mil alunos sem aulas no Estado. A atitude foi um protesto por reajuste salarial e havia sido definida em Assembleia realizada no dia 8 de fevereiro, na Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul (Fetems). A partir de amanhã as aulas voltam à normalidade, mas novas paralisações não estão descartadas.
Um reajuste salarial de 6% e uma jornada de trabalho de 20 horas semanais são as principais reivindicações da categoria. Atualmente, os professores da rede estadual de ensino de Mato Grosso do Sul ganham, em média, R$ 1.750 por uma jornada de 40 horas por semana.
A Fetems também pede melhores condições de trabalho, plano de cargos e carreiras, fim da superlotação nas salas de aula, concurso público imediato e o cumprimento das metas estabelecidas na Conferência Nacional de Educação (Conae/2010).
Depois de se reunir com os deputados na Assembleia Legislativa, o presideten da Fetems, Jaime Teixeira, se encontra no final da tarde com o governador do Estado, André Puccinelli (PMDB), para discutir as exigências da categoria.
Os professores da rede municipal não participaram da paralisação porque a data-base de negociação salarial (maio) é diferente do período de negociação da rede estadual








terça-feira, 15 de março de 2011

CONSELHO APROVA GREVE EM VG

15 de março de 2011

Decisão será levada para assembleia da categoria, que será marcada nos próximos dias; caso seja aprovada pela maioria, a paralisação começa e por tempo indeterminado
Fonte: A Gazeta (MT)
Caroline Rodrigues
Da Redação

O Conselho de Representantes do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep) aprovou o indicativo de greve na rede municipal de Várzea Grande. A decisão será levada para assembleia da categoria, que será marcada nos próximos dias. Caso o indicativo seja aprovado pela maioria, a paralisação começa e por tempo indeterminada.

No encontro, os professores reuniram uma série de denúncias, entre elas a de fornecimento de produtos estragados para a merenda Escolar. As Escolas e creches estão recebendo carne sem condições de consumo. O material é entregue pelos frigoríficos e chega com a cor escura e odor forte.

A administração das Escolas já pediu a prefeitura a troca do fornecedor, mas nada foi feito. Em algumas unidades, as merendeiras são aconselhadas a lavarem a carne antes de fazerem a comida.

Outra reclamação dos servidores é sobre o enquadramento dos funcionários no Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos (PCCV), que foi aprovado no ano passado pela Câmara Municipal de Várzea Grande.

Conforme a diretora das redes municipais do Sintep, Ana Delma, apenas parte dos servidores teve o enquadramento publicado em Diário Oficial, sendo que os beneficiados não tiveram ajustes salariais, como propõe o PCCV.

Também há casos de pessoas qualificadas, que foram encaixadas em classificação inferior, como é o caso das merendeiras. Elas fizeram um curso técnico de nutrição, mas foram colocadas como trabalhadoras de ensino fundamental.

A reportagem entrou em contato com a Prefeitura de Várzea Grande, mas não obteve retorno


MESMO ILEGAL, GREVE CONTINUA

15 de março de 2011


Desconsiderando decisão da Justiça, professores da rede municipal ainda não retornaram às salas de aula
Fonte: Diário de Natal (RN)
Francisco Francerle // franciscofrancerle.rn@dabr.com.br

A greve continua nas Escolas da rede municipal, apesar da paralisação dos professores ter sido considerada ilegal e abusiva pelo juiz da 5ª Vara da Fazenda Pública, Airton Pinheiro, que deferiu pedido de liminar da Prefeitura de Natal determinando o retorno imediato dos profissionais às salas de aula.

A reportagem do Diário de Natal constatou na manhã de ontem, a ausência dos professores em várias Escolas municipais. É o caso da Escola Municipal Palmira de Souza, no conjunto Santa Catarina, Zona Norte da capital, onde a greve está deixando sem aulas os 636 alunos do 1º ao 9º ano do estabelecimento.

A situação se repete na Escola Municipal Santos Reis, que atende a 732 alunos do 1º ao 5º ano dos bairros das Rocas, Santos Reis e Praia do Meio. Lá, a greve foi unânime e até ontem nenhum dos cerca de 25 professores retornou à sala de aula.

Por outro lado, greve não chegou à Escola Municipal Santa Catarina, também na Zona Norte. Os 17 professores do estabelecimento continuam dando aulas aos 330 alunos. A reportagem ainda tentou, por telefone, outras Escolas, mas não atenderam as ligações dando mostras que ainda estão com atividades paralisadas.

A decisão do juiz Airton Pinheiro fixa uma multa de R$ 5 mil por dia em caso de descumprimento da medida judicial e ainda responsabiliza, individualmente, àqueles profissionais que não retornarem ao trabalho. A coordenadora do Sindicato dos Trabalhadores na Educação do Rio Grande do Norte (Sinte-RN), Fátima Cardoso, afirmou que vai acionar a assessoria jurídica do sindicato e vai recorrer da decisão, contestando a ação.

Negociações
A presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinte/RN), Fátima Cardoso, disse que até o momento não recebeu nenhuma notificação da Justiça e que somente após ser citada é que a categoria vai analisar a decisão judicial.

Enquanto isso, os professores se reúnem hoje, pela manhã, com o novo secretário de Educação, Walter Fonseca para uma nova tentativa de pôr fim ao movimento. Paralelamente à reunião, os trabalhadores acampam em frente ao Palácio Felipe Camarão, sede da Prefeitura de Natal. A próxima assembleia para decidir os destinos da greve será realizada na próxima quinta-feira (17), às 8h30, no auditório do clube Assen.

"Mas se o Executivo tiver alguma proposta interessante, poderemos antecipar a assembleia de quinta-feira para fazer apreciação; se não, continuaremos com a programação normal. Esperamos que a prefeita Micarla de Souza mande logo uma proposta para resolver essa questão porque temos consciência de que o maior prejudicado é o aluno e sua família, apesar também de sabermos que mesmo com o fim da greve a rede municipal passa por inúmeros problemas de infraestrutura que prejudicam o início do ano letivo".



CONSELHO APROVA GREVE EM VG

15 de março de 2011

Decisão será levada para assembleia da categoria, que será marcada nos próximos dias; caso seja aprovada pela maioria, a paralisação começa e por tempo indeterminado
Fonte: A Gazeta (MT)
Caroline Rodrigues
Da Redação

O Conselho de Representantes do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep) aprovou o indicativo de greve na rede municipal de Várzea Grande. A decisão será levada para assembleia da categoria, que será marcada nos próximos dias. Caso o indicativo seja aprovado pela maioria, a paralisação começa e por tempo indeterminada.

No encontro, os professores reuniram uma série de denúncias, entre elas a de fornecimento de produtos estragados para a merenda Escolar. As Escolas e creches estão recebendo carne sem condições de consumo. O material é entregue pelos frigoríficos e chega com a cor escura e odor forte.

A administração das Escolas já pediu a prefeitura a troca do fornecedor, mas nada foi feito. Em algumas unidades, as merendeiras são aconselhadas a lavarem a carne antes de fazerem a comida.

Outra reclamação dos servidores é sobre o enquadramento dos funcionários no Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos (PCCV), que foi aprovado no ano passado pela Câmara Municipal de Várzea Grande.

Conforme a diretora das redes municipais do Sintep, Ana Delma, apenas parte dos servidores teve o enquadramento publicado em Diário Oficial, sendo que os beneficiados não tiveram ajustes salariais, como propõe o PCCV.

Também há casos de pessoas qualificadas, que foram encaixadas em classificação inferior, como é o caso das merendeiras. Elas fizeram um curso técnico de nutrição, mas foram colocadas como trabalhadoras de ensino fundamental.

A reportagem entrou em contato com a Prefeitura de Várzea Grande, mas não obteve retorno





MESMO ILEGAL, GREVE CONTINUA

15 de março de 2011


Desconsiderando decisão da Justiça, professores da rede municipal ainda não retornaram às salas de aula
Fonte: Diário de Natal (RN)
Francisco Francerle // franciscofrancerle.rn@dabr.com.br

A greve continua nas Escolas da rede municipal, apesar da paralisação dos professores ter sido considerada ilegal e abusiva pelo juiz da 5ª Vara da Fazenda Pública, Airton Pinheiro, que deferiu pedido de liminar da Prefeitura de Natal determinando o retorno imediato dos profissionais às salas de aula.

A reportagem do Diário de Natal constatou na manhã de ontem, a ausência dos professores em várias Escolas municipais. É o caso da Escola Municipal Palmira de Souza, no conjunto Santa Catarina, Zona Norte da capital, onde a greve está deixando sem aulas os 636 alunos do 1º ao 9º ano do estabelecimento.

A situação se repete na Escola Municipal Santos Reis, que atende a 732 alunos do 1º ao 5º ano dos bairros das Rocas, Santos Reis e Praia do Meio. Lá, a greve foi unânime e até ontem nenhum dos cerca de 25 professores retornou à sala de aula.

Por outro lado, greve não chegou à Escola Municipal Santa Catarina, também na Zona Norte. Os 17 professores do estabelecimento continuam dando aulas aos 330 alunos. A reportagem ainda tentou, por telefone, outras Escolas, mas não atenderam as ligações dando mostras que ainda estão com atividades paralisadas.

A decisão do juiz Airton Pinheiro fixa uma multa de R$ 5 mil por dia em caso de descumprimento da medida judicial e ainda responsabiliza, individualmente, àqueles profissionais que não retornarem ao trabalho. A coordenadora do Sindicato dos Trabalhadores na Educação do Rio Grande do Norte (Sinte-RN), Fátima Cardoso, afirmou que vai acionar a assessoria jurídica do sindicato e vai recorrer da decisão, contestando a ação.

Negociações
A presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinte/RN), Fátima Cardoso, disse que até o momento não recebeu nenhuma notificação da Justiça e que somente após ser citada é que a categoria vai analisar a decisão judicial.

Enquanto isso, os professores se reúnem hoje, pela manhã, com o novo secretário de Educação, Walter Fonseca para uma nova tentativa de pôr fim ao movimento. Paralelamente à reunião, os trabalhadores acampam em frente ao Palácio Felipe Camarão, sede da Prefeitura de Natal. A próxima assembleia para decidir os destinos da greve será realizada na próxima quinta-feira (17), às 8h30, no auditório do clube Assen.

"Mas se o Executivo tiver alguma proposta interessante, poderemos antecipar a assembleia de quinta-feira para fazer apreciação; se não, continuaremos com a programação normal. Esperamos que a prefeita Micarla de Souza mande logo uma proposta para resolver essa questão porque temos consciência de que o maior prejudicado é o aluno e sua família, apesar também de sabermos que mesmo com o fim da greve a rede municipal passa por inúmeros problemas de infraestrutura que prejudicam o início do ano letivo".




domingo, 13 de março de 2011

PROFESSORES DECIDEM PERMANECER EM GREVE

13 de março de 2011


Apesar da determinação da justiça, que considerou ilegal a greve dos professores municipais da capital, a categoria deve permanecer paralisada até que suas reivindicações sejam atendidas
Fonte: Diário de Natal (RN)
Apesar da determinação da justiça, que, a partir de uma ação movida pela Prefeitura de Natal, considerou ilegal a greve dos professores municipais da capital, a categoria deve permanecer paralisada até que suas reivindicações sejam atendidas. A informação é da presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinte-RN), Fátima Cardoso.

Segundo ela, a decisão da justiça mostra a falta de compromisso com a Educação. De acordo com a presidente do sindicato, a categoria vai entrar com um recurso, pois considera a determinação um desrespeito ao que ficou determinado em lei, principalmente no tocante ao reajuste salarial.

Na próxima quarta-feira, 16, professores e representantes da categoria devem se reunir em assembleia para discutir os rumos da paralisação. "Nos esperamos apenas que a lei seja cumprida e que as realidade seja vista. Nós não temos condições de iniciar as aulas, pois não há condições", disse Fátima Cardoso. (Gabriela Freire)





PROFESSORES DECIDEM PERMANECER EM GREVE

13 de março de 2011


Apesar da determinação da justiça, que considerou ilegal a greve dos professores municipais da capital, a categoria deve permanecer paralisada até que suas reivindicações sejam atendidas
Fonte: Diário de Natal (RN)
Apesar da determinação da justiça, que, a partir de uma ação movida pela Prefeitura de Natal, considerou ilegal a greve dos professores municipais da capital, a categoria deve permanecer paralisada até que suas reivindicações sejam atendidas. A informação é da presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinte-RN), Fátima Cardoso.

Segundo ela, a decisão da justiça mostra a falta de compromisso com a Educação. De acordo com a presidente do sindicato, a categoria vai entrar com um recurso, pois considera a determinação um desrespeito ao que ficou determinado em lei, principalmente no tocante ao reajuste salarial.

Na próxima quarta-feira, 16, professores e representantes da categoria devem se reunir em assembleia para discutir os rumos da paralisação. "Nos esperamos apenas que a lei seja cumprida e que as realidade seja vista. Nós não temos condições de iniciar as aulas, pois não há condições", disse Fátima Cardoso. (Gabriela Freire)





sábado, 12 de março de 2011

JUSTIÇA DETERMINA FIM DA GREVE DOS PROFESSORES EM NATAL

12 de março de 2011

Decisão, tomada em ação movida pela Prefeitura, diz que paralisação prejudica início das aulas
Fonte: Diário de Natal (RN)
Saulo Castro // saulocastro.rn@dabr.com.br

O juiz titular da 5ª Vara da Fazenda Pública da Comarca de Natal, Airton Pinheiro, determinou a imediata suspensão da greve dos professores da rede municipal de ensino da capital e o retorno às aulas, por entender ser ilegal e abusivo o movimento. A decisão judicial - tomada em ação promovida pela Prefeitura do Natal - reconhece que a paralisação está prejudicando o início do ano letivo de 2011 e consequentemente atingindo milhares dealunos da rede pública de ensino.

Airton Pinheiro estipulou multa diária de R$ 5 mil em caso de descumprimento. Na sentença, ele rejeitou a tese do Sindicato dos Trabalhadores emEducação (Sinte/RN) de que a Educação não é serviço essencial, havendo assim previsão legal para a realização da greve. O juiz da 5ª Vara da Fazenda Pública invocou entendimento em contrário já manifestado pelo Supremo Tribunal Federal, concedendo a tutela antecipada para o retorno imediato às salas de aula.

Pinheiro salientou ainda que "o direito de greve, com certeza, é um direito constitucional, uma verdadeira garantia material, o que não importa dizer que poderia ser exercido abusivamente - ressalte-se que mesmo os direitos e garantias constitucionais não são absolutos, uma vez que, por vezes, devem se dobrar a outros direitos e garantias constitucionais que, no caso concreto, se mostrem prevalecentes - como ocorre no caso dos autos, em relação ao fornecimento da Educação básica às crianças e adolescentes no que se refere à salvaguarda de tais direitos fundamentais, cabendo ao Estado garantir com a prioridade destes em relação ao direito de greve."

Multa diária
Sobre a reposição das aulas que deixaram de ser ministradas, a decisão judicial ainda depende de informações mais detalhadas sobre o calendário Escolar. A justiça também não autorizou o desconto dos dias parados anteriores ao julgamento da ação, por entender "incompatível com o direito de greve".

A aplicação de multa diária de R$ 5 mil pelo descumprimento da decisão não anula a responsabilidade pessoal decada professor na seara administrativa, em caso de não atendimento ao que foi estabelecido pela via judicial