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quarta-feira, 30 de novembro de 2011

SECRETÁRIO EXIGE O FIM DA GREVE PARA NEGOCIAR


Nos primeiros 10 minutos de reunião, o professor Enilson Silva, do comando de greve e da direção do Cpers, abandonou o encontro
Fonte: Zero Hora (RS)

Nos primeiros 10 minutos de reunião, o professor Enilson Silva, do comando de greve e da direção do Cpers, abandonou o encontro. Alegou que o secretário da Educação, José Clovis de Azevedo não estava lá para negociar, e sim para exigir.

– A saída foi um ato pessoal por entender que o governo está nos tratando como se fôssemos alunos chamados à secretaria da Escola para ser repreendidos por mau comportamento – explicou Silva.

A reunião terminou meia hora depois da saída de Silva. A direção do Cpers saiu anunciando a continuação da greve. A presidente do sindicato, Rejane de Oliveira disse que a exigência do governo de só negociar com o fim da greve é um “absurdo que não merece maiores comentários”.

Recordou que o impasse foi criado pelo Estado ao apresentar no fim do ano letivo o projeto de reformulação do ensino médio. – O governo não nos apresentou uma proposta salarial. Continuamos aguardando – afirmou.

Azevedo não usou meias palavras: – De fato, a greve dos professores não existe mais no Estado. O que existe é a mobilização de seguidores dos dirigentes sindicais. Mas, para negociarmos, é necessário que a paralisação seja formalmente encerrada. Se isso acontecer, vamos formar comissões para implementar as reivindicações salariais e o plano de ensino.

Azevedo bateu de frente com a presidente do Cpers deixando bem claro que ele era o governo. O secretário da Educação é hoje uma voz forte dentro da administração estadual. Recuperou a confiança do governador Tarso Genro depois que começou a implantar as políticas previstas para a pasta, entre elas a avaliação do ensino e a reforma do ensino médio.

A baixa adesão dos professores à greve também reforça a imagem de Azevedo na pasta. À tarde, o secretário enviou uma carta com 38 linhas à direção do Cpers reiterando a disposição governamental para o diálogo.

– A carta não diz nada. É uma provocação à categoria – afirmou a presidente do sindicato dos professores.

terça-feira, 29 de novembro de 2011

GREVE: ESTADO E CPERS RETOMAM NEGOCIAÇÃO


Hoje, o governo do Estado e o Cpers retomam as negociações, interrompidas desde 18/11, quando iniciou a greve dos professores
Fonte: Correio do Povo (RS)
Hoje, às 9h, no auditório da Procergs, na Capital, o governo do Estado e o Cpers retomam as negociações, interrompidas desde 18/11, quando iniciou a greve dos professores. O maior impasse se relaciona ao pagamento do Piso Nacional do Magistério - principal reivindicação da categoria. Mas a reformulação curricular no ensino médio também é alvo de embate.

O andamento dessas últimas semanas de aula neste ano, motivo de preocupação de estudantes e familiares da rede estadual, será tema também tratado.Para a presidente do Cpers, Rejane de Oliveira, a expectativa é de boa disposição para negociar.

Ontem, após um dia de mobilização e vigília na Capital e no Interior, o comando de greve do sindicato decidiu aceitar a agenda. "Vamos discutir sobre o Piso, o Plano de Carreira e a reforma do ensino médio; e estaremos abertos a ouvir a contraproposta do governo", antecipou Rejane.

Conforme a dirigente, ontem houve boa mobilização em Porto Alegre, diante do Palácio Piratini; e no Interior, nas Coordenadorias de Educação (CREs/SEC) e praças centrais de municípios.

Na reunião de hoje, o Cpers será recebido pelo secretário da Educação, Jose Clovis Azevedo. Ontem, nota da Secretaria Estadual da Educação (SEC) comunicava que não tinham informações a serem antecipadas. E sobre o movimento, ressaltava que segue a determinação de corte no registro de ponto dos grevistas.

Após encontro com o governo, o comando de greve do Cpers avaliará o conteúdo discutido e agendará nova assembleia para definir, com a base da categoria, rumos e estratégias do movimento.
Coelho Neto sem escola de lata
O fim da "era de lata" na Escola Estadual de ensino fundamental Coelho Neto foi comemorado ontem pela comunidade Escolar do bairro Bom Jesus, na Capital.

Depois de quase cinco anos estudando em sete módulos "habitáveis", os 700 alunos do colégio participaram da cerimônia de inauguração das novas instalações, com a presença do secretário estadual da Educação, Jose Clovis de Azevedo.

Segundo ele, foram investidos R$ 1,139 milhão na construção do novo pavilhão. O espaço conta com seis salas de aula, três conjuntos de sanitários, salas de professores, direção e orientação; depósito, biblioteca, reservatório de água e áreas de circulação abertas e cobertas.

"Também foi construída nova sala de vídeo, com mezanino, onde a direção da Escola pretende instalar um estúdio de rádio", revelou o secretário.
A diretora da Coelho Neto, Patrícia Andriola da Silva, falou das dificuldades enfrentadas, lembrando que muitos alunos deixavam de estudar devido às condições precárias dos módulos de lata, como frio, calor e barulho. Agora, espera reverter a situação.

"Os alunos se encantaram com a Escola nova. Estão cuidando de detalhes, enfeitando, limpando o pátio e fizeram, até, mutirão para pintar o muro", citou.

A Coelho Neto estava entre as 11 Escolas de lata que foram implantadas na rede estadual a partir de 2007. Recentemente, o governo entregou as novas instalações da Escola Estadual Ismael Chaves Barcellos, em Caxias do Sul. O prédio teve investimento de R$ 1,57 milhão.

E a última Escola a ser recuperada será a Rafaela Remião, na Lomba do Pinheiro, na Capital. A inauguração deve ocorrer amanhã (15h).

Situação física de escolas em debate
A estrutura física das Escolas públicas do RS foi ontem tema de audiência pública na Assembleia Legislativa. O debate foi proposto pelo deputado estadual Carlos Gomes (PRB), que integra Comissão de Educação, Cultura, Desporto, Ciência e Tecnologia.

Conforme a Secretaria Estadual da Educação (SEC), das 2.554 Escolas da rede, ao menos 1.521 precisam de reforma. Nesse universo, está a Escola de ensino fundamental Alvarenga Peixoto, no bairro Arquipélago, na Capital, que funciona em prédio provisório há 66 anos.

"Não temos telas e muros de proteção. A cozinha e o refeitório encontram-se em condições lamentáveis. Atendemos 800 alunos, praticamente sem estrutura", afirmou a diretora Doris Alves. Ela citou ainda que o colégio sofre constantes ataques de vândalos.

O diretor substituto do Departamento Administrativo da SEC, Roberto Adornes, reconhece a gravidade da situação. Mas revelou a meta de aplicar R$ 1 bilhão em melhoria na estrutura física das Escolas estaduais até 2014

OPINIÃO: SOBRE A GREVE DO MAGISTÉRIO ESTADUAL


''A greve é um instrumento de luta dos trabalhadores. Parece um chavão batido, porém importante sempre de relembrar'', afirma Sofia Cavedon
Fonte: Zero Hora (RS)
* Sofia Cavedon


A greve é um instrumento de luta dos trabalhadores. Parece um chavão batido, porém importante sempre de relembrar. Quem decide o momento de utilizá-lo, as razões e a intensidade é a categoria por suas instâncias de participação.

O Cpers é o mais importante sindicato do Estado, por sua representatividade, pelo setor estratégico no qual atua, pela influência política no movimento sindical, pelos símbolos que já imprimiu para a Educação estadual, de resistência ao desmonte da Educação, à deterioração das condições de trabalho, à pauperização dos educadores, à municipalização fruto da desresponsabilização do Estado com suas tarefas constitucionais, de combate à instalação do autoritarismo e centralização da Educação, tentados pelos inúmeros ataques à gestão democrática.

Fez história aqui e no Brasil conquistando plano de carreira que a faz uma das categorias mais qualificadas da federação. Não fora toda esta história de luta, o que seria da Educaçãogaúcha, se ainda a vemos tão vilipendiada?

Por outro lado, é preciso identificar com que governo estamos tratando. Certamente um governo que não quer derrotar a categoria e seu sindicato.

Não fosse assim, não tinha liberado no início do ano os coordenadores regionais que haviam diminuído sua capacidade de organização da categoria, pela decisão política do governo anterior em mantê-los atuando com alunos.

Não fosse assim, não teria o governo abonado as faltas aplicadas nas greves pelo governo anterior, que penalizavam o professor não só com desconto dos dias, inclusive recuperados, mas com prejuízos na carreira!

Estamos tratando com um governo que não hesitou em extinguir o Saers – sistema de avaliação que foi imposto, sem nenhum debate, à rede estadual pela secretária que não conseguiu concluir o mandato porque queria aplicar a meritocracia e não logrou êxito! No lugar disso, propõe o debate sobre um sistema participativo de avaliação.

Chama conferência e põe em debate uma proposta de reestruturação do ensino médio! Portanto, um governo que aposta na lógica da construção com a categoria organizada de avanços para a Educação e para o magistério. Que quer diálogo. Que sabe que mudanças e avanços passam por investimento e construção conjunta com as comunidades escolares!

Mas, aí, dirão, e o piso? Não vamos aceitar nada sem o pagamento do piso nacional, direito conquistado, lei a ser cumprida, e Tarso prometeu! Todas afirmações certas, com exceção, permitam-me discordar, de primeiro ter o piso para depois ver o resto.

Esta, na verdade, não é a atitude do conjunto dos professores, não só porque está participando em todas as oportunidades de formação e debate pedagógico, demonstrando seu compromisso com a profissão, mas porque lutou muito por este direito quando lhe era negado participar de seminários e conferências.

Mas também, pela Caravana das Boas Práticas Pedagógicas, visitando Escolas estaduais de Porto Alegre, fica evidenciado o esforço de superação das dificuldades do cotidiano e o investimento no sucesso do aluno.

Quanto às promessas de Tarso, manifesto-me como testemunha da escrita dos compromissos enquanto candidato, uma vez que era da coordenação de campanha e do Grupo do Programa. Tarso compromete-se com o piso, afirmando que construiria as condições necessárias para pagá-lo. Ele indica recursos no orçamento para tal e aponta para um calendário.

Meu apelo, então, aos professores e ao governo, que o diálogo se restabeleça, respeitadas as autonomias, num processo rápido de solução da greve, para que todos ganhem, especialmente a Educação gaúcha.

* Vereadora de Porto Alegre (PT)

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

GREVE: CPERS QUER REUNIÃO


Para o governador Tarso Genro, até agora não existiu greve de professores no Rio Grande do Sul
Fonte: Correio do Povo (RS)

Para o governador Tarso Genro, até agora não existiu greve de professores no Rio Grande do Sul. Em entrevista à Rádio Guaíba, após ter participado de atividade do Partido dos Trabalhadores (PT), sábado no Cais do Porto da Capital, ele afirmou:"Na nossa avaliação, não teve greve. Teve algumas faltas ao serviço. Isso não nos tira o respeito pelo movimento, mas greve não houve".

Sobre o pedido do Cpers/Sindicato de audiência com o governo para a tarde desta segunda-feira, Tarso não deu resposta clara e deixou o tema sem definição. "Estamos examinando. Parece que, na segunda, eles têm uma reunião para consolidar a sua posição", assinalou.

Na avaliação do governador, o projeto de lei de incorporação de 45% das gratificações aos servidores da Fazenda é parte das ações do Executivo para recompor salários de vários níveis do funcionalismo. "Nós estamos fazendo isso com várias categorias.

Eles tiveram aumento real de 6%, não é nem um terço do aumento que demos aos brigadianos. Estamos fazendo discussão com todas as categorias. No caso da Fazenda, ocorria discussão há oito meses, e o Ministério Público havia comunicado que a gratificação como estava sendo paga não podia continuar".

A presidente do Cpers, Rejane de Oliveira, garantiu que a mobilização dos trabalhadores em Educação permanecerá, com a vigília em frente ao Palácio Piratini e nos 42 núcleos regionais, rebatendo a interpretação de Tarso de que não existe greve.

De acordo com a dirigente sindical, a categoria espera que o governo estadual confirme reunião para esta segunda-feira. "Recebemos da Casa Civil a orientação de pedir a audiência por meio de um ofício. Foi o que fizemos. Agora, esperamos que haja uma posição clara do Executivo para marcar o encontro. Quem disse que quer o diálogo foi o governo. Então, estamos esperando", declarou a presidente do Cpers.

sábado, 26 de novembro de 2011

CONFLITO, TUMULTO E DECISÃO DE NÃO RETOMAR A GREVE


Representantes da OAB consideraram a votação legítima, mas com problemas na forma como foi comandada
Fonte: Diário do Nordeste (CE)

Professores contra professores. Este foi o saldo da assembleia geral da categoria, que decidiu, ontem, não retomar o movimento grevista. Depois da votação, houve tumulto e episódios de agressão física.

Várias pessoas denunciaram que professores do interior foram coagidos a votar a favor da proposta do Governo do Estado, enquanto outros alegavam que tal resultado era fruto do desgaste do movimento.

Iniciada com uma hora e meia de atraso, a votação aconteceu no Ginásio Paulo Sarasate. Segundo o Sindicato dos professores e Servidores do Estado do Ceará (Apeoc), cerca de 4 mil professores compareceram à assembleia, além de dezenas de estudantes.

Este número atípico motivou alegações de que os professores do interior teriam sido coagidos a votar. A cada ônibus que chegava ao ginásio, manifestantes gritavam: "Mais um ônibus, mais um curral eleitoral!".

"Essa vinda de professores do interior é pressão do Governo, principalmente em cima dos temporários. Ninguém vai admitir por medo, mas muita gente foi obrigada a assinar um termo se comprometendo a votar contra a greve. Quem tá pagando esses ônibus e a hospedagem desses professores?", alerta a professora Gorete Almeida.

A assembleia foi marcada por momentos de tensão. Vaias e gritos aumentavam quando um dirigente do Apeoc se pronunciava. Alguns chegaram a jogar papéis e garrafas de plástico na mesa onde estava sendo conduzida a votação.

A grande maioria decidiu não retomar a greve, mantendo a mobilização da categoria pela negociação. Seguranças tentaram conter os manifestantes que não se conformavam com o resultado da assembleia e tomaram a mesa de votação. O presidente do Sindicato Apeoc, Anízio Melo, teve que sair pelos fundos do ginásio com a escolta de seguranças.

Representantes da Ordem dos Advogados do Brasil, secção Ceará, participaram da assembleia como observadores. Edmir Martins, da Comissão de Educação da OAB-CE, considera a votação legítima, mas vê problemas na forma como ela foi conduzida.

"Fiz uma questão de ordem junto à mesa diretora de que a votação não poderia ser conduzida pelo Sindicato Apeoc, o próprio Anízio Melo foi quem defendeu a proposta de não continuar a greve. Deveria ter sido conduzida por entidades isentas, como a CUT ou a própria OAB, que estavam presentes à assembleia", explica.

Fogueira
Na saída, professores de Fortaleza interpelaram os colegas do interior, chamando-os de traidores. Algumas pessoas fizeram uma fogueira com a bandeira da entidade e os crachás de votação.

Os dissidentes marcaram uma plenária para amanhã, às 14 horas, na quadra coberta do Colégio Adauto Bezerra. Entre as propostas estão uma desfiliação em massa e a deposição da diretoria do sindicato.

A reportagem entrou em contato com a titular da Secretaria da Educação do Estado (Seduc), Izolda Cela, para avaliar o resultado da assembleia. A assessoria pediu que as perguntas fossem mandadas por e-mail, mas até o fechamento desta edição, não houve retorno.

KAROLINE VIANA, REPÓRTER

PROFESSORES MUNICIPAIS EM ESTADO DE GREVE


Docentes da rede municipal de ensino decidiram entrar em estado de greve até o dia 15 de janeiro de 2012, caso as reivindicações da categoria não sejam atendidas pela Prefeitura de São Luís
Fonte: O Estado do Maranhão (MA)
SÃO LUÍS - Professores da rede municipal de ensino decidiram entrar em estado de greve até o dia 15 de janeiro de 2012, iniciando o movimento paredista no dia 16, caso as reivindicações da categoria não sejam atendidas pela Prefeitura de São Luís, por meio da Secretaria Municipal de Educação (Semed).

A decisão foi tomada na tarde de ontem em Assembleia Geral convocada pelo Sindicato dos Profissionais do Magistério do Ensino Público Municipal de São Luís (SindEducação), realizada na Federação dos Trabalhadores na Indústria do Estado do Maranhão (Fetiema).
A decisão pelo movimento deu-se pelos descumprimentos dos acordos judiciais por parte do poder público municipal realizado nos autos do processo nº 17.044/2010, sobre o não pagamento dos retroativos das progressões verticais e horizontais dos professores, no processo nº 72299/2009 da ordem para atualizar a tabela de vencimento do magistério a partir do ano de 2004 e também no processo 18.823/2010, determinando a retificação da progressão vertical com a manutenção da progressão horizontal dos professores.
Além disso, a categoria reivindica a retirada imediata da Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin), movida na Justiça pelo prefeito João Castelo contra o Plano de Cargos, Carreiras e Salários do Magistério, o desbloqueio no fornecimento dos contracheques e fichas funcionais dos professores e, ainda, o fim das más condições de infraestrutura das unidades de ensino e dos seus anexos.
De acordo com o advogado e assessor jurídico do SindEducação, Antônio Carlos Ferreira, a única solução encontrada pela categoria para reivindicar os direitos foi a decretação de um futuro movimento grevista.

"O prefeito João Castelo não está cumprindo com as decisões judiciais já tramitadas e julgadas, principalmente no que diz respeito aos retroativos e progressões horizontal e vertical dos professores. Por isso, o estado de greve faz-se extremamente necessário nesse momento", afirmou o advogado.
A opinião foi compartilhada pela presidente do SindEducação, Maria Lindava Batista. "Caso os acordos judiciais não sejam respeitados, a categoria já decidiu cruzar os braços por tempo indeterminado a partir de 16 de janeiro de2011, disse.

Mais
Os professores da rede municipal de ensino permaneceram mais de 60 dias de greve, de maio a julho do ano passado, em São Luís. Na ocasião, mais de 110 mil alunos ficaram sem aula. Em decisão judicial, a 1ª Vara da Infância e Juventude previa cobrança de multa diária de R$ 20 mil à Prefeitura caso as aulas não voltassem à normalidade.

A decisão autorizou a administração municipal a contratar professores para substituir os faltosos para não prejudicar a conclusão do ano letivo. O fim do movimento foi decidido em assembleia geral, no dia 31 de julho, no qual a categoria, por maioria dos votos, aceitou a pauta de acordo proposta pelo Município.




CONFLITO, TUMULTO E DECISÃO DE NÃO RETOMAR A GREVE


Representantes da OAB consideraram a votação legítima, mas com problemas na forma como foi comandada
Fonte: Diário do Nordeste (CE)

Professores contra professores. Este foi o saldo da assembleia geral da categoria, que decidiu, ontem, não retomar o movimento grevista. Depois da votação, houve tumulto e episódios de agressão física.

Várias pessoas denunciaram que professores do interior foram coagidos a votar a favor da proposta do Governo do Estado, enquanto outros alegavam que tal resultado era fruto do desgaste do movimento.

Iniciada com uma hora e meia de atraso, a votação aconteceu no Ginásio Paulo Sarasate. Segundo o Sindicato dos professores e Servidores do Estado do Ceará (Apeoc), cerca de 4 mil professores compareceram à assembleia, além de dezenas de estudantes.

Este número atípico motivou alegações de que os professores do interior teriam sido coagidos a votar. A cada ônibus que chegava ao ginásio, manifestantes gritavam: "Mais um ônibus, mais um curral eleitoral!".

"Essa vinda de professores do interior é pressão do Governo, principalmente em cima dos temporários. Ninguém vai admitir por medo, mas muita gente foi obrigada a assinar um termo se comprometendo a votar contra a greve. Quem tá pagando esses ônibus e a hospedagem desses professores?", alerta a professora Gorete Almeida.

A assembleia foi marcada por momentos de tensão. Vaias e gritos aumentavam quando um dirigente do Apeoc se pronunciava. Alguns chegaram a jogar papéis e garrafas de plástico na mesa onde estava sendo conduzida a votação.

A grande maioria decidiu não retomar a greve, mantendo a mobilização da categoria pela negociação. Seguranças tentaram conter os manifestantes que não se conformavam com o resultado da assembleia e tomaram a mesa de votação. O presidente do Sindicato Apeoc, Anízio Melo, teve que sair pelos fundos do ginásio com a escolta de seguranças.

Representantes da Ordem dos Advogados do Brasil, secção Ceará, participaram da assembleia como observadores. Edmir Martins, da Comissão de Educação da OAB-CE, considera a votação legítima, mas vê problemas na forma como ela foi conduzida.

"Fiz uma questão de ordem junto à mesa diretora de que a votação não poderia ser conduzida pelo Sindicato Apeoc, o próprio Anízio Melo foi quem defendeu a proposta de não continuar a greve. Deveria ter sido conduzida por entidades isentas, como a CUT ou a própria OAB, que estavam presentes à assembleia", explica.

Fogueira
Na saída, professores de Fortaleza interpelaram os colegas do interior, chamando-os de traidores. Algumas pessoas fizeram uma fogueira com a bandeira da entidade e os crachás de votação.

Os dissidentes marcaram uma plenária para amanhã, às 14 horas, na quadra coberta do Colégio Adauto Bezerra. Entre as propostas estão uma desfiliação em massa e a deposição da diretoria do sindicato.

A reportagem entrou em contato com a titular da Secretaria da Educação do Estado (Seduc), Izolda Cela, para avaliar o resultado da assembleia. A assessoria pediu que as perguntas fossem mandadas por e-mail, mas até o fechamento desta edição, não houve retorno.

KAROLINE VIANA, REPÓRTER

PROFESSORES MUNICIPAIS EM ESTADO DE GREVE


Docentes da rede municipal de ensino decidiram entrar em estado de greve até o dia 15 de janeiro de 2012, caso as reivindicações da categoria não sejam atendidas pela Prefeitura de São Luís
Fonte: O Estado do Maranhão (MA)
SÃO LUÍS - Professores da rede municipal de ensino decidiram entrar em estado de greve até o dia 15 de janeiro de 2012, iniciando o movimento paredista no dia 16, caso as reivindicações da categoria não sejam atendidas pela Prefeitura de São Luís, por meio da Secretaria Municipal de Educação (Semed).

A decisão foi tomada na tarde de ontem em Assembleia Geral convocada pelo Sindicato dos Profissionais do Magistério do Ensino Público Municipal de São Luís (SindEducação), realizada na Federação dos Trabalhadores na Indústria do Estado do Maranhão (Fetiema).
A decisão pelo movimento deu-se pelos descumprimentos dos acordos judiciais por parte do poder público municipal realizado nos autos do processo nº 17.044/2010, sobre o não pagamento dos retroativos das progressões verticais e horizontais dos professores, no processo nº 72299/2009 da ordem para atualizar a tabela de vencimento do magistério a partir do ano de 2004 e também no processo 18.823/2010, determinando a retificação da progressão vertical com a manutenção da progressão horizontal dos professores.
Além disso, a categoria reivindica a retirada imediata da Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin), movida na Justiça pelo prefeito João Castelo contra o Plano de Cargos, Carreiras e Salários do Magistério, o desbloqueio no fornecimento dos contracheques e fichas funcionais dos professores e, ainda, o fim das más condições de infraestrutura das unidades de ensino e dos seus anexos.
De acordo com o advogado e assessor jurídico do SindEducação, Antônio Carlos Ferreira, a única solução encontrada pela categoria para reivindicar os direitos foi a decretação de um futuro movimento grevista.

"O prefeito João Castelo não está cumprindo com as decisões judiciais já tramitadas e julgadas, principalmente no que diz respeito aos retroativos e progressões horizontal e vertical dos professores. Por isso, o estado de greve faz-se extremamente necessário nesse momento", afirmou o advogado.

A opinião foi compartilhada pela presidente do SindEducação, Maria Lindava Batista. "Caso os acordos judiciais não sejam respeitados, a categoria já decidiu cruzar os braços por tempo indeterminado a partir de 16 de janeiro de2011, disse.

Mais
Os professores da rede municipal de ensino permaneceram mais de 60 dias de greve, de maio a julho do ano passado, em São Luís. Na ocasião, mais de 110 mil alunos ficaram sem aula. Em decisão judicial, a 1ª Vara da Infância e Juventude previa cobrança de multa diária de R$ 20 mil à Prefeitura caso as aulas não voltassem à normalidade.

A decisão autorizou a administração municipal a contratar professores para substituir os faltosos para não prejudicar a conclusão do ano letivo. O fim do movimento foi decidido em assembleia geral, no dia 31 de julho, no qual a categoria, por maioria dos votos, aceitou a pauta de acordo proposta pelo Município

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

RS: SEM PROPOSTA DO GOVERNO, GREVE DE PROFESSORES COMPLETA 5 DIAS


Atualmente, um professor no Estado recebe cerca de R$ 860 pela mesma jornada
Fonte: Terra

A greve dos professores estaduais do Rio Grande do Sul, que decidiram paralisar as aulas nas escolas desde segunda-feira, completa cinco dias hoje sem uma proposta de reajuste salarial do governo.

O sindicato que representa a categoria (Cpers) cobra o cumprimento imediato da lei do piso nacional, de R$ 1.187 para quem trabalha 40 horas semanais. Atualmente, um professor no Estado recebe cerca de R$ 860 pela mesma jornada.
O sindicado acusa o governo de não negociar com a categoria, no entanto, em nota oficial, a Secretaria de Educação afirmou que está aberta ao diálogo com os professores, mas que não tem como apresentar uma proposta para o pagamento imediato do piso, que tem um impacto de R$ 1,7 bilhão aos cofres públicos. De acordo com a secretaria, o governo assumiu o compromisso de pagar o piso de forma gradual até 2014.
Ainda segundo a secretaria, a greve ocorre de forma geral em apenas 53 das 2.554 escolas, o que corresponde a 2% do total. O sindicato não divulgou balanço sobre a adesão ao movimento.

Na quinta-feira foi realizada uma assembleia da categoria em Porto Alegre, onde foi decidido pela manutenção do movimento. Além do cumprimento do piso, o sindicato é contrário à proposta de reformulação do ensino médio apresentada pelo governo estadual, que prevê uma formação voltada para o mercado de trabalho.

"Os trabalhadores da educação não serão cúmplices de um governo que quer adaptar a educação pública às exigências do capital e do mercado. Esse papel nunca fez parte da história de luta da categoria", diz o sindicato em nota.

CPERS DECIDE MANTER A GREVE POR TEMPO INDETERMINADO



A intenção, segundo a presidente do Cpers, é intensificar a mobilização feita até agora pela categoria nos próximos dias
Fonte: Correio do Povo (RS)

Em assembleia geral realizada ontem à tarde na Praça da Matriz, no Centro de Porto Alegre, o Cpers/Sindicato decidiu manter a greve e propôs fortalecer o movimento de pressão dos professores da rede pública estadual por tempo indeterminado.

A intenção, segundo a presidente do Cpers, Rejane de Oliveira, é intensificar, nos próximos dias, a mobilização feita até agora pela categoria.

Para a dirigente sindical, o principal resultado desta primeira semana de greve é o amadurecimento interno do debate sobre a pauta de reivindicações, a qual exige o pagamento imediato do Piso Nacional do Magistério e contesta a proposta de reforma curricular do ensino médio.

Na plenária na praça, os trabalhadores em Educação foram acompanhados por representantes de outros sindicatos e de movimentos sociais e estudantis. A estimativa da Brigada Militar foi de que cerca de 4 mil pessoas tenham participado do protesto do Cpers diante do Palácio Piratini.

O momento mais tenso da atividade ocorreu quando o comando de greve tentou ser recebido no prédio do governo, mas acabou impedido por uma barreira policial. Não houve enfrentamento.

Após a assembleia, o secretário estadual de Educação, Jose Clovis de Azevedo, explicou à Imprensa a negativa do Palácio ao pedido de autoagenda feito pelo Cpers e reafirmou o posicionamento da SEC sobre a greve.

Conforme o secretário, a maneira como o Cpers tem se pronunciado não expressa desejo de negociar. "Reunião séria não pode ser de improviso. Até agora, temos recebido exigências. Isso não é negociar."

Jose Clovis disse ainda que espera receber proposta de conteúdo e conceito sobre os temas reclamados e garantiu que a reunião solicitada será agendada, tão logo tal proposta seja apresentada.

DECISÃO SOBRE GREVE SERÁ TOMADA EM CLIMA DE PRESSÃO


Hoje tem Assembleia Geral dos Professores, que poderá deflagrar uma nova paralisação; parte da categoria defende a greve, mas teme que outros grupos tenham se intimidado pela tensão dos últimos dias
Fonte: O Povo (CE)
Em clima de pressão por todos os lados, os professores da rede estadual voltam a se reunir hoje em assembleia geral para decidir mais uma etapa da crise que marcou a relação com o Governo Cid Gomes (PSB) em 2011.

Parte da categoria mantém a defesa de nova greve, mas teme que outros grupos tenham se intimidado pela tensão dos últimos dias – sentimento que foi captado pelo O POVO, ontem. Mesmo insatisfeitos com as propostas do Executivo, alguns já admitem que votarão contra a paralisação.
Os motivos vão do medo de represália às recentes reivindicações de pais de alunos, que têm se unido para protestar contra a interrupção das aulas.

“Eu sou a favor da greve, por conta da mentira que está sendo colocada pelo Governo. Mas, ao mesmo tempo, vou votar contra, pelas circunstâncias. Sei que se eu não for trabalhar, vou sofrer punições. E também tem a questão de se colocar no lugar do aluno”, explicou o professor Cláudio Meneses, da Escola César Cals, em Fortaleza.
O docente Jair Alves, da Escola Eliezer de Freitas Guimarães, é outro que já não acredita na possibilidade de greve. “O Estado conseguiu o que queria: desmobilizar a categoria, de tanta pressão. O próprio sindicato se diz contra a paralisação”, opinou.
O POVO tentou contato, durante toda a tarde e início da noite de ontem, com diretores do Sindicato dos professores do Ceará (Apeoc), mas os telefones encontravam-se desligados. Uma funcionária informou que a cúpula havia se reunido a portas fechadas, mas que não tinha conhecimento do teor da conversa.
Pela greve
Mesmo com toda a tensão, há um grupo que mantém a decisão de votar pela greve. “Todas as zonais que se reuniram pelo Estado deliberaram pela greve, porque, após 30 dias e depois mais 15 dias, a proposta do Governo não acena quanto à principal reivindicação que é a repercussão do piso na carreira”, disse Rosa da Fonseca, integrante do movimentos das zonais, membro do Movimento Crítica Radical.
Ontem à tarde, ela organizou uma caminhada em defesa da greve, que saiu da praça da Bandeira em direção à praça do Ferreira. Muitos estudantes compareceram. Segundo Rosa, não havia muitos professores na manifestação, para não interromper as aulas, sem que a greve fosse deflagrada.

Ela diz ter recebido denúncias de que as Coordenadorias Regionais de Desenvolvimento da Educação do Estado do Ceará (Credes) têm oferecido transporte para a Assembleia Geral apenas para os professores que assinarem um termo se comprometendo a votar contra a greve. “Essa é uma tentativa de interferir diretamente na decisão. É pressão, ameaça, intransigência”, criticou.
ENTENDA A NOTÍCIA
A Secretaria de Educação estuda saídas caso haja nova greve. A secretária Isolda Cela disse que poderá haver um “banco de professores”, com os que quiserem se manter em sala de aula, para substituir os que fizerem paralisação
SERVIÇO 
Assembleia Geral dos professores do EstadoQuando: 25/11, às 8 horas
Onde: Ginásio Paulo Sarasate Outras informações: Credenciamento a partir das 7 horas
Saiba mais 
A crise entre os professores da rede estadual e o Governo Cid Gomes (PSB) começou em agosto deste ano, quando a categoria deflagrou uma greve que durou 63 dias. 
Durante a paralisação, houve vários episódios de confronto e acirramento entre as duas partes. Passeatas em frente ao Palácio da Abolição, quebra-quebra e agressões na Assembleia Legislativa, infindáveis rodadas de negociações e vários recursos à Justiça marcaram o período.
Após tumultuada reunião, no último 7 de outubro, a mobilização deu sinais de cansaço e os professores decidiram suspender a greve, mas prometeram continuar na luta pelas reivindicações sob ameaça de nova interrupção. O número de educadores contrários e favoráveis ao retorno às atividades foi parecido, o que acabou provocando protestos na ocasião.

Hébely Rebouças
hebely@opovo.com.br

Lucinthya Gomes
lucinthya@opovo.com.b

PAI DIZ QUE GREVE ''PIORA QUADRO JÁ MUITO RUIM''


Representante de associações de pais de alunos da rede estadual compara a greve, neste momento, a uma ''bomba atômica'', uma ''catástrofe''
Fonte: O Povo (CE)
“A gente não quer a greve e não vai aceitar. Não vamos calar a boca. Se tiver uma greve, nós vamos pra rua. Vamos fazer passeata e lutar contra a greve. Não é contra a categoria, não é contra o governo, mas vamos cobrar de todo mundo. Não vamos pagar esse preço”, avisou o representante de associações de pais de alunos da rede estadual e presidente do Conselho Estadual do Fundeb, Geraldo Magela.
Nas palavras dele,os pais de alunos estão apavorados, porque têm sofrido na pele o descaso. Ele destaca que a escola não tem um currículo bom, a estrutura não é boa e a gestão não é boa. “(O descaso) Não é só por parte dos professores não. É um descaso geral da escola pública. Mas a greve vem piorar um quadro que já é muito ruim”, critica.

Magela compara a greve, neste momento, a uma “bomba atômica”, uma “catástrofe”. Em conversas com as centenas de famílias, ele tem ouvido que os estudantes já se saíram mal no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). “Todo mundo diz que o filho foi mal no Enem. e se tiver mais uma greve, qual o prejuízo que a gente ainda está esperando para assumir a responsabilidade pela Educação pública?”, questiona

RS: SEM PROPOSTA DO GOVERNO, GREVE DE PROFESSORES COMPLETA 5 DIAS


Atualmente, um professor no Estado recebe cerca de R$ 860 pela mesma jornada
Fonte: Terra

A greve dos professores estaduais do Rio Grande do Sul, que decidiram paralisar as aulas nas escolas desde segunda-feira, completa cinco dias hoje sem uma proposta de reajuste salarial do governo.

O sindicato que representa a categoria (Cpers) cobra o cumprimento imediato da lei do piso nacional, de R$ 1.187 para quem trabalha 40 horas semanais. Atualmente, um professor no Estado recebe cerca de R$ 860 pela mesma jornada.
O sindicado acusa o governo de não negociar com a categoria, no entanto, em nota oficial, a Secretaria de Educação afirmou que está aberta ao diálogo com os professores, mas que não tem como apresentar uma proposta para o pagamento imediato do piso, que tem um impacto de R$ 1,7 bilhão aos cofres públicos. De acordo com a secretaria, o governo assumiu o compromisso de pagar o piso de forma gradual até 2014.
Ainda segundo a secretaria, a greve ocorre de forma geral em apenas 53 das 2.554 escolas, o que corresponde a 2% do total. O sindicato não divulgou balanço sobre a adesão ao movimento.

Na quinta-feira foi realizada uma assembleia da categoria em Porto Alegre, onde foi decidido pela manutenção do movimento. Além do cumprimento do piso, o sindicato é contrário à proposta de reformulação do ensino médio apresentada pelo governo estadual, que prevê uma formação voltada para o mercado de trabalho.

"Os trabalhadores da educação não serão cúmplices de um governo que quer adaptar a educação pública às exigências do capital e do mercado. Esse papel nunca fez parte da história de luta da categoria", diz o sindicato em nota

CPERS DECIDE MANTER A GREVE POR TEMPO INDETERMINADO


A intenção, segundo a presidente do Cpers, é intensificar a mobilização feita até agora pela categoria nos próximos dias
Fonte: Correio do Povo (RS)

Em assembleia geral realizada ontem à tarde na Praça da Matriz, no Centro de Porto Alegre, o Cpers/Sindicato decidiu manter a greve e propôs fortalecer o movimento de pressão dos professores da rede pública estadual por tempo indeterminado.

A intenção, segundo a presidente do Cpers, Rejane de Oliveira, é intensificar, nos próximos dias, a mobilização feita até agora pela categoria.

Para a dirigente sindical, o principal resultado desta primeira semana de greve é o amadurecimento interno do debate sobre a pauta de reivindicações, a qual exige o pagamento imediato do Piso Nacional do Magistério e contesta a proposta de reforma curricular do ensino médio.

Na plenária na praça, os trabalhadores em Educação foram acompanhados por representantes de outros sindicatos e de movimentos sociais e estudantis. A estimativa da Brigada Militar foi de que cerca de 4 mil pessoas tenham participado do protesto do Cpers diante do Palácio Piratini.

O momento mais tenso da atividade ocorreu quando o comando de greve tentou ser recebido no prédio do governo, mas acabou impedido por uma barreira policial. Não houve enfrentamento.

Após a assembleia, o secretário estadual de Educação, Jose Clovis de Azevedo, explicou à Imprensa a negativa do Palácio ao pedido de autoagenda feito pelo Cpers e reafirmou o posicionamento da SEC sobre a greve.

Conforme o secretário, a maneira como o Cpers tem se pronunciado não expressa desejo de negociar. "Reunião séria não pode ser de improviso. Até agora, temos recebido exigências. Isso não é negociar."

Jose Clovis disse ainda que espera receber proposta de conteúdo e conceito sobre os temas reclamados e garantiu que a reunião solicitada será agendada, tão logo tal proposta seja apresentada.

DECISÃO SOBRE GREVE SERÁ TOMADA EM CLIMA DE PRESSÃO


Hoje tem Assembleia Geral dos Professores, que poderá deflagrar uma nova paralisação; parte da categoria defende a greve, mas teme que outros grupos tenham se intimidado pela tensão dos últimos dias
Fonte: O Povo (CE)
Em clima de pressão por todos os lados, os professores da rede estadual voltam a se reunir hoje em assembleia geral para decidir mais uma etapa da crise que marcou a relação com o Governo Cid Gomes (PSB) em 2011.

Parte da categoria mantém a defesa de nova greve, mas teme que outros grupos tenham se intimidado pela tensão dos últimos dias – sentimento que foi captado pelo O POVO, ontem. Mesmo insatisfeitos com as propostas do Executivo, alguns já admitem que votarão contra a paralisação.
Os motivos vão do medo de represália às recentes reivindicações de pais de alunos, que têm se unido para protestar contra a interrupção das aulas.

“Eu sou a favor da greve, por conta da mentira que está sendo colocada pelo Governo. Mas, ao mesmo tempo, vou votar contra, pelas circunstâncias. Sei que se eu não for trabalhar, vou sofrer punições. E também tem a questão de se colocar no lugar do aluno”, explicou o professor Cláudio Meneses, da Escola César Cals, em Fortaleza.
O docente Jair Alves, da Escola Eliezer de Freitas Guimarães, é outro que já não acredita na possibilidade de greve. “O Estado conseguiu o que queria: desmobilizar a categoria, de tanta pressão. O próprio sindicato se diz contra a paralisação”, opinou.
O POVO tentou contato, durante toda a tarde e início da noite de ontem, com diretores do Sindicato dos professores do Ceará (Apeoc), mas os telefones encontravam-se desligados. Uma funcionária informou que a cúpula havia se reunido a portas fechadas, mas que não tinha conhecimento do teor da conversa.
Pela greve
Mesmo com toda a tensão, há um grupo que mantém a decisão de votar pela greve. “Todas as zonais que se reuniram pelo Estado deliberaram pela greve, porque, após 30 dias e depois mais 15 dias, a proposta do Governo não acena quanto à principal reivindicação que é a repercussão do piso na carreira”, disse Rosa da Fonseca, integrante do movimentos das zonais, membro do Movimento Crítica Radical.
Ontem à tarde, ela organizou uma caminhada em defesa da greve, que saiu da praça da Bandeira em direção à praça do Ferreira. Muitos estudantes compareceram. Segundo Rosa, não havia muitos professores na manifestação, para não interromper as aulas, sem que a greve fosse deflagrada.

Ela diz ter recebido denúncias de que as Coordenadorias Regionais de Desenvolvimento da Educação do Estado do Ceará (Credes) têm oferecido transporte para a Assembleia Geral apenas para os professores que assinarem um termo se comprometendo a votar contra a greve. “Essa é uma tentativa de interferir diretamente na decisão. É pressão, ameaça, intransigência”, criticou.
ENTENDA A NOTÍCIA
A Secretaria de Educação estuda saídas caso haja nova greve. A secretária Isolda Cela disse que poderá haver um “banco de professores”, com os que quiserem se manter em sala de aula, para substituir os que fizerem paralisação
SERVIÇO 
Assembleia Geral dos professores do EstadoQuando: 25/11, às 8 horas
Onde: Ginásio Paulo Sarasate Outras informações: Credenciamento a partir das 7 horas
Saiba mais 
A crise entre os professores da rede estadual e o Governo Cid Gomes (PSB) começou em agosto deste ano, quando a categoria deflagrou uma greve que durou 63 dias. 
Durante a paralisação, houve vários episódios de confronto e acirramento entre as duas partes. Passeatas em frente ao Palácio da Abolição, quebra-quebra e agressões na Assembleia Legislativa, infindáveis rodadas de negociações e vários recursos à Justiça marcaram o período.
Após tumultuada reunião, no último 7 de outubro, a mobilização deu sinais de cansaço e os professores decidiram suspender a greve, mas prometeram continuar na luta pelas reivindicações sob ameaça de nova interrupção. O número de educadores contrários e favoráveis ao retorno às atividades foi parecido, o que acabou provocando protestos na ocasião.

Hébely Rebouças
hebely@opovo.com.br

Lucinthya Gomes
lucinthya@opovo.com.br

PAI DIZ QUE GREVE ''PIORA QUADRO JÁ MUITO RUIM''


Representante de associações de pais de alunos da rede estadual compara a greve, neste momento, a uma ''bomba atômica'', uma ''catástrofe''
Fonte: O Povo (CE)
“A gente não quer a greve e não vai aceitar. Não vamos calar a boca. Se tiver uma greve, nós vamos pra rua. Vamos fazer passeata e lutar contra a greve. Não é contra a categoria, não é contra o governo, mas vamos cobrar de todo mundo. Não vamos pagar esse preço”, avisou o representante de associações de pais de alunos da rede estadual e presidente do Conselho Estadual do Fundeb, Geraldo Magela.
Nas palavras dele,os pais de alunos estão apavorados, porque têm sofrido na pele o descaso. Ele destaca que a escola não tem um currículo bom, a estrutura não é boa e a gestão não é boa. “(O descaso) Não é só por parte dos professores não. É um descaso geral da escola pública. Mas a greve vem piorar um quadro que já é muito ruim”, critica.

Magela compara a greve, neste momento, a uma “bomba atômica”, uma “catástrofe”. Em conversas com as centenas de famílias, ele tem ouvido que os estudantes já se saíram mal no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). “Todo mundo diz que o filho foi mal no Enem. e se tiver mais uma greve, qual o prejuízo que a gente ainda está esperando para assumir a responsabilidade pela Educação pública?”, questiona.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

LEVANTAMENTO MOSTRA BAIXA ADESÃO À GREVE


Levantamento realizado por Zero Hora nas escolas estaduais dos 15 maiores municípios gaúchos, ontem, revela que menos de 10% dos professores aderiram à paralisação no primeiro dia de greve
Fonte: Zero Hora (RS)

Um levantamento realizado por Zero Hora nas Escolas estaduais dos 15 maiores municípios gaúchos, ontem, revela que menos de 10% dos professores aderiram à paralisação no primeiro dia de greve.

Conforme representantes das direções dos 694 colégios dessas cidades, onde estudam cerca de 446 mil alunos, ontem 8,6% dos educadores não deram aula. O universo pesquisado por ZH representa pouco mais de um terço dos mais de 77 mil professores na ativa do Rio Grande do Sul.

O levantamento demonstra que a adesão à greve convocada pelo Cpers e aprovada em assembleia na sexta-feira passada foi menor na Capital do que na média de todo o Estado. Em Porto Alegre, 816 dos 10.895 educadores deixaram de dar aula ontem – o equivalente a 7,5%.

Em alguns casos, professores não deram aula por estarem reunidos para tomarem decisões conjuntas sobre os rumos da mobilização. Quando isso ocorreu, foram contabilizados como grevistas.

Em outras situações, embora tenham trabalhado, também se reuniriam nas horas seguintes ou apenas hoje para definir se continuariam trabalhando ou parariam. Nessa situação, foram considerados como não tendo aderido à greve.

A avaliação do governo- O ofício do Cpers que comunica as causas da greve incomodou o secretário estadual da Educação, Jose Clovis Azevedo.

Ele considera que o documento contém linguagem agressiva, como a citação “desmonte da Escola pública”, e em nenhum momento propõe uma conversação sobre as reivindicações da categoria, cujos pilares são a implantação do piso nacional dos professores e a rejeição ao projeto de reformulação do ensino médio. Também criticou o momento da greve:

– O governo já informou que não tem como pagar o piso em 2011. Já negociamos em abril e, mesmo assim, o Cpers chamou a greve. Esse movimento não tem nenhuma possibilidade de êxito.

No final da tarde, a Secretaria Estadual da Educação divulgou um relatório parcial do alcance da greve. Das 2.554 Escolas estaduais, o Estado diz ter pesquisado aproximadamente 2,1 mil. Dessas, 45 estavam totalmente paradas, ontem, o que representa um percentual de 2,14% do universo verificado. O secretário confirmou que o salário dos grevistas será cortado.

A avaliação do Cpers
A presidente do Cpers, Rejane de Oliveira, não tinha, ontem, um apanhado sobre a paralisação nas Escolas do Estado. Disse que o dia foi de reuniões entre professores.

A dirigente rebateu o comentário do secretário estadual da Educação, Jose Clovis Azevedo, de que o Cpers teria insistido em um movimento grevista mesmo sabendo da impossibilidade de pagamento do piso este ano. Para Rejane, as escolhas do governo definiram a eclosão da greve:

– O governo aumentou os CCs e os salários dos CCs, mantém o auxílio moradia para os juízes, isenta empresas com grande potencial de lucro. O que faz com que não pague o piso são essas escolhas.

- O Cpers espera a definição de um calendário de pagamento, e considera insuficiente a informação do Piratini de que há R$ 500 milhões disponíveis para começar a estabelecer o valor do piso em 2012 e R$ 1,5 bilhão para os anos seguintes do governo Tarso. Rejane defende a greve no final do período letivo. O estopim foi o projeto que reformula o currículo do ensino médio.

LEVANTAMENTO MOSTRA BAIXA ADESÃO À GREVE


Levantamento realizado por Zero Hora nas escolas estaduais dos 15 maiores municípios gaúchos, ontem, revela que menos de 10% dos professores aderiram à paralisação no primeiro dia de greve
Fonte: Zero Hora (RS)

Um levantamento realizado por Zero Hora nas Escolas estaduais dos 15 maiores municípios gaúchos, ontem, revela que menos de 10% dos professores aderiram à paralisação no primeiro dia de greve.

Conforme representantes das direções dos 694 colégios dessas cidades, onde estudam cerca de 446 mil alunos, ontem 8,6% dos educadores não deram aula. O universo pesquisado por ZH representa pouco mais de um terço dos mais de 77 mil professores na ativa do Rio Grande do Sul.

O levantamento demonstra que a adesão à greve convocada pelo Cpers e aprovada em assembleia na sexta-feira passada foi menor na Capital do que na média de todo o Estado. Em Porto Alegre, 816 dos 10.895 educadores deixaram de dar aula ontem – o equivalente a 7,5%.

Em alguns casos, professores não deram aula por estarem reunidos para tomarem decisões conjuntas sobre os rumos da mobilização. Quando isso ocorreu, foram contabilizados como grevistas.

Em outras situações, embora tenham trabalhado, também se reuniriam nas horas seguintes ou apenas hoje para definir se continuariam trabalhando ou parariam. Nessa situação, foram considerados como não tendo aderido à greve.

A avaliação do governo- O ofício do Cpers que comunica as causas da greve incomodou o secretário estadual da Educação, Jose Clovis Azevedo.

Ele considera que o documento contém linguagem agressiva, como a citação “desmonte da Escola pública”, e em nenhum momento propõe uma conversação sobre as reivindicações da categoria, cujos pilares são a implantação do piso nacional dos professores e a rejeição ao projeto de reformulação do ensino médio. Também criticou o momento da greve:

– O governo já informou que não tem como pagar o piso em 2011. Já negociamos em abril e, mesmo assim, o Cpers chamou a greve. Esse movimento não tem nenhuma possibilidade de êxito.

No final da tarde, a Secretaria Estadual da Educação divulgou um relatório parcial do alcance da greve. Das 2.554 Escolas estaduais, o Estado diz ter pesquisado aproximadamente 2,1 mil. Dessas, 45 estavam totalmente paradas, ontem, o que representa um percentual de 2,14% do universo verificado. O secretário confirmou que o salário dos grevistas será cortado.

A avaliação do Cpers
A presidente do Cpers, Rejane de Oliveira, não tinha, ontem, um apanhado sobre a paralisação nas Escolas do Estado. Disse que o dia foi de reuniões entre professores.

A dirigente rebateu o comentário do secretário estadual da Educação, Jose Clovis Azevedo, de que o Cpers teria insistido em um movimento grevista mesmo sabendo da impossibilidade de pagamento do piso este ano. Para Rejane, as escolhas do governo definiram a eclosão da greve:

– O governo aumentou os CCs e os salários dos CCs, mantém o auxílio moradia para os juízes, isenta empresas com grande potencial de lucro. O que faz com que não pague o piso são essas escolhas.

- O Cpers espera a definição de um calendário de pagamento, e considera insuficiente a informação do Piratini de que há R$ 500 milhões disponíveis para começar a estabelecer o valor do piso em 2012 e R$ 1,5 bilhão para os anos seguintes do governo Tarso. Rejane defende a greve no final do período letivo. O estopim foi o projeto que reformula o currículo do ensino médio

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

APÓS GREVE, MG PROPÕE NOVA TABELA DE REMUNERAÇÃO DE PROFESSORES



Nova tabela de remuneração dos professores da rede estadual de ensino fixa o piso salarial em R$ 1.122 para o professor de nível médio e R$ 1.320 para o docente com licenciatura plena (24 h semanais)
Fonte: Folha.com


PAULO PEIXOTO
DE BELO HORIZONTE
O governo de Minas Gerais anunciou nesta segunda-feira que enviará para a Assembleia Legislativa uma nova tabela de remuneração dos professores da rede estadual de ensino, que fixa o piso salarial em R$ 1.122 para o professor de nível médio e R$ 1.320 para o docente com licenciatura plena (24 horas semanais).
A nova proposta, segundo o governo, contempla todas as gratificações recebidas pelos servidores e, considerando a proporcionalidade do piso nacional do professor (R$ 712), fixa a remuneração em 57% a mais no caso do professor com nível de escolaridade médio e em 85% a mais no caso daquele com licenciatura plena.
Além disso, segundo o governo, a partir de 2012 começará a ser implantado o sistema de dedicação de um terço da jornada semanal a atividades extraclasse.
GREVE
A proposta do governo mineiro tenta pôr fim ao impasse que resultou em greve de 112 dias neste ano. A greve foi interrompida em 4 de outubro para a busca de uma solução, mas ainda não houve acordo com o sindicato da categoria.
Com a nova tabela, o governo também coloca fim ao sistema antigo de remuneração de separar vencimento básico e gratificações, ao qual ainda estavam vinculados cerca de 30% dos professores.
O sindicato dos professores informou que vai aguardar a proposta chegar ao Legislativo para decidir se a apoia ou não. De antemão, porém, o sindicato se opõe ao fato de a nova sistemática não diferenciar vencimento básico e gratificações. Eles ainda resistem à remuneração única.
O impasse que havia até agora é que o governo se propôs a pagar o piso nacional proporcional a 24 horas semanais (R$ 712) para todos os professores, independentemente do tempo de magistério e o grau de instrução. O sindicato recusou.
RECOMPOSIÇÃO SALARIAL
Com a nova proposta, o governo anunciou reajustes que vão até 2015 e citou exemplos de recomposição salarial considerando o tempo de magistério. Será um reajuste em janeiro e outro em abril de 2012, mais um previsto para janeiro de 2015.
Um professor de educação básica com 27 anos de efetivo exercício profissional passará dos atuais R$ 1.486,91 para R$ 1.673,14 em janeiro; R$ 1.756,59 em abril e R$ 2.101,68 (41,34% de aumento em relação a dezembro de 2010) em 2015.

Já um docente com 14 anos de magistério com salário de R$ 1.295,93 receberá em abril R$ 1.592,05 e, em 2015, R$ 1.999,69 (54,31% de aumento em relação a dezembro de 2010). 

GREVE ENFRENTARÁ PAIS E ALUNOS


Estudantes do Ensino Médio e entidade de pais prometem fazer campanha para esvaziar paralisação do Magistério no Estado
Fonte: Zero Hora (RS)

Além de enfrentar o governo estadual, tradicional adversário em períodos de greve, a partir de hoje o Cpers dará início a uma paralisação em que medirá forças contra dois outros oponentes.

Associações de pais e de alunos do ensino médio, que já apoiaram mobilizações anteriores do magistério, desta vez se insurgem contra a ameaça ao término do ano letivo e fazem pressão pública para que as Escolas continuem funcionando. Hoje e amanhã, representantes dos grevistas vão visitar colégios em todo o Estado em busca de apoio para o movimento.

Reunidos na tarde de sábado em Canoas, alunos vinculados à União Gaúcha dos Estudantes Secundaristas (Uges) decidiram romper uma tradicional parceria com o sindicato de trabalhadores na Educação.

Durante o seu 56º Congresso Estadual, realizado na EscolaEstadual de ensino médio Bento Gonçalves, em Canoas, os participantes votaram pela aprovação de um documento contrário à paralisação dos educadores.

O texto produzido pelos alunos diz que “é preciso combater o sectarismo e a falta de diálogo presentes no processo conduzido por um segmento dos professores e construir uma ampla e massiva jornada de mobilização, agregando estudantes, professores e o conjunto dos movimentos sociais pela valorização da Educação e a garantia do piso nacional”.

Essa posição contraria o apoio dado às últimas duas greves do magistério, que também ocorreram em finais de ano, durante o governo Yeda. Segundo o presidente da Uges, Thalisson Silva, a mudança de postura não tem razão partidária.

– Nas últimas greves, nos manifestamos favoráveis porque se buscava solução para um problema grave de falta de diálogo. É bastante diferente do que está acontecendo agora, em que houve um rompimento por parte dos professores – sustenta.

A 1ª vice-presidente do Cpers, Neida de Oliveira, afirma que o sindicato “respeita a posição de todas as entidades”. Mas observa:

– Essas entidades já há algum tempo estão muito afastadas do debate da Escola pública, com os alunos e os professores.

MARCELO GONZATTO
marcelo.gonzatto@zerohora.com.br 

APÓS GREVE, MG PROPÕE NOVA TABELA DE REMUNERAÇÃO DE PROFESSORES


Nova tabela de remuneração dos professores da rede estadual de ensino fixa o piso salarial em R$ 1.122 para o professor de nível médio e R$ 1.320 para o docente com licenciatura plena (24 h semanais)
Fonte: Folha.com

PAULO PEIXOTO
DE BELO HORIZONTE
PAULO PEIXOTO
DE BELO HORIZONTE
O governo de Minas Gerais anunciou nesta segunda-feira que enviará para a Assembleia Legislativa uma nova tabela de remuneração dos professores da rede estadual de ensino, que fixa o piso salarial em R$ 1.122 para o professor de nível médio e R$ 1.320 para o docente com licenciatura plena (24 horas semanais).
A nova proposta, segundo o governo, contempla todas as gratificações recebidas pelos servidores e, considerando a proporcionalidade do piso nacional do professor (R$ 712), fixa a remuneração em 57% a mais no caso do professor com nível de escolaridade médio e em 85% a mais no caso daquele com licenciatura plena.
Além disso, segundo o governo, a partir de 2012 começará a ser implantado o sistema de dedicação de um terço da jornada semanal a atividades extraclasse.
GREVE
A proposta do governo mineiro tenta pôr fim ao impasse que resultou em greve de 112 dias neste ano. A greve foi interrompida em 4 de outubro para a busca de uma solução, mas ainda não houve acordo com o sindicato da categoria.
Com a nova tabela, o governo também coloca fim ao sistema antigo de remuneração de separar vencimento básico e gratificações, ao qual ainda estavam vinculados cerca de 30% dos professores.
O sindicato dos professores informou que vai aguardar a proposta chegar ao Legislativo para decidir se a apoia ou não. De antemão, porém, o sindicato se opõe ao fato de a nova sistemática não diferenciar vencimento básico e gratificações. Eles ainda resistem à remuneração única.
O impasse que havia até agora é que o governo se propôs a pagar o piso nacional proporcional a 24 horas semanais (R$ 712) para todos os professores, independentemente do tempo de magistério e o grau de instrução. O sindicato recusou.
RECOMPOSIÇÃO SALARIAL
Com a nova proposta, o governo anunciou reajustes que vão até 2015 e citou exemplos de recomposição salarial considerando o tempo de magistério. Será um reajuste em janeiro e outro em abril de 2012, mais um previsto para janeiro de 2015.
Um professor de educação básica com 27 anos de efetivo exercício profissional passará dos atuais R$ 1.486,91 para R$ 1.673,14 em janeiro; R$ 1.756,59 em abril e R$ 2.101,68 (41,34% de aumento em relação a dezembro de 2010) em 2015.
Já um docente com 14 anos de magistério com salário de R$ 1.295,93 receberá em abril R$ 1.592,05 e, em 2015, R$ 1.999,69 (54,31% de aumento em relação a dezembro de 2010).