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quarta-feira, 29 de junho de 2011

PROFESSORES DA REDE ESTADUAL DECIDEM MANTER GREVE NO RJ, DIZ SINDICATO


Decisão foi tomada nesta quarta, mais de 20 dias após início da paralisação; entre outras reivindicações, categoria pede reajuste emergencial de 26%

Fonte: G1
Os professores da rede estadual do Rio de Janeiro decidiram, em assembleia na noite desta quarta-feira (29), manter a greve da categoria. As informações foram confirmadas pelo Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do Rio de Janeiro (Sepe). Os profissionais se reuniram num clube, na Tijuca, na Zona Norte. A paralisação já dura mais de 20 dias.
A categoria pede reajuste emergencial de 26%, incorporação imediata da gratificação do Nova Escola (prevista para terminar somente em 2015), descongelamento do Plano de Carreira dos Funcionários Administrativos. A próxima assembleia dos professores, ainda segundo o Sepe, está marcada para a próxima segunda-feira (4).
O G1 tentou entrar em contato com a Secretaria estadual de Educação, mas ninguém foi encontrado para comentar a decisão dos professores.
Manifestações
Na manhã de domingo (26), os professores se juntaram a centenas de bombeiros para umamanifestação na Praia do Flamengo, na altura da Rua Dois de Dezembro, na Zona Sul do Rio. Policiais militares e funcionários públicos também participaram do protesto. O grupo ocupou duas faixas da Praia do Flamengo, no sentido Centro, causando retenções no trânsito.

No dia 17 de junho, depois de fazer uma passeata pela Avenida Rio Branco, professores e funcionários da educação em greve se concentraram nna porta da Secretaria estadual de Planejamento e Gestão, na Avenida Erasmo Braga, no Castelo, no Centro. Os grevistas organizaram uma comissão para pedir uma audiência com o governo.

A reunião aconteceu no dia 22 de junho, com a presença dos secretários de Planejamento e Gestão, Sérgio Ruy Resende e de Educação, Wilson Risolia. Na reunião, o governo se comprometeu a apresentar uma resposta até o dia 15 de julho às principais reivindicações salariais da categoria

SC: PROFESSORES EM GREVE ENFRENTAM FRIO E MONTAM ACAMPAMENTO


Cerca de cem professores da rede estadual de Santa Catarina montaram um ''acampamento'' diante da Secretaria de Estado de Educação, no centro de Florianópolis, por tempo ''indeterminado''
Fonte: Terra
FABRÍCIO ESCANDIUZZI
Direto de Florianópolis
Cerca de cem professores da rede estadual de Santa Catarina montaram um "acampamento" diante da Secretaria de Estado de Educação, no centro de Florianópolis, por tempo "indeterminado". A classe permanece em greve há 40 dias e após um panelaço realizado na tarde de terça-feira, ficou definida a "vigília" em forma de acampamento diante da secretaria.
Foram montadas 20 barracas na calçada para abrigar os manifestantes durante a madrugada. Colchões, cobertores e lençóis foram disponibilizados por professores de Florianópolis para que o grupo enfrentasse o frio da madrugada: nesta terça, a capital catarinense registrou o dia mais frio em 11 anos, com 2,7 graus.
De acordo com a representante do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Santa Catarina (Sinte-SC), Elivane Secchi, o acampamento deve continuar no centro de Florianópolis até que o governo catarinense e a classe entrem em um acordo. "Vamos permanecer por aqui, apesar de todo esse frio, e aguardar por uma proposta no mínimo razoável", disse.

Uma reunião entre representantes da categoria e do governo chegou a ser realizada na noite de terça, mas sem maiores avanços. Para esta quarta, ficou definida uma nova conversa com intuito de definir o valor do salário e a possível manutenção dos benefícios da classe, cortadas pelo governo do Estado

terça-feira, 28 de junho de 2011

PROFESSORES EM GREVE REALIZAM NOVA MANIFESTAÇÃO NO RIO


Educadores caminharam pela avenida Presidente Vargas e pela avenida Rio Branco passando em frente à Secretaria Estadual de Educação e seguiram para o Fórum do Estado
Fonte: Terra
Professores e profissionais da educação da rede estadual de ensino do Rio de Janeiro realizaram na tarde desta terça-feira uma passeata para reivindicar melhores salários e condições de trabalho. Os educadores caminharam pela avenida Presidente Vargas (candelária) e pela avenida Rio Branco passando em frente à Secretaria Estadual de Educação e seguiram para o Fórum do Estado.
Os grevistas alegam que a paralisação, iniciada em 7 de junho, já atinge 65% da rede estadual. Eles querem reajuste de 26% sobre o piso atual de R$ 610, incorporação imediata da gratificação do Nova Escola e o descongelamento do plano de carreira dos funcionários administrativos da educação estadual.

Apesar da estimativa do sindicato, a Secretaria de Educação do Rio de Janeiro alega que apenas 2 % dos 51 mil professores aderiram à greve e que alguns já estão retornando ao serviço. A rede estadual é responsável por 1.457 unidades escolares e 1,1 milhão de alunos. Em nota, a Secretaria disse que está analisando as reivindicações, e que somente em 2011 investiu R$ 546 milhões em benefícios aos servidores

PROFESSORES MANTÊM GREVE; PONTO CORTADO


Sintep anunciou ontem decisão de dar sequência à paralisação, mesmo diante de liminar que determina retorno; governo anuncia que vai ter cortes
Fonte: Diário de Cuiabá (MT)

Da Reportagem

Os professores das Escolas públicas estaduais, parados desde o último dia 6, decidiram manter a greve por tempo indeterminado, mas podem ter o ponto cortado a partir de hoje.

No final da tarde de ontem, a categoria se reuniu em assembleia geral, aprovou a manutenção do movimento e saiu em passeata pelas ruas centrais de Cuiabá.

Essa decisão confronta a liminar do desembargador José Tadeu Cury, que determina o retorno ao trabalho e o corte de pontos daqueles que insistirem em continuar parados. A Justiça pune também o Sindicato dos Trabalhadores da Educação Pública (Sintep) com multa de R$ 50 mil para cada dia de manutenção da greve.

De acordo com o presidente do Sintep, Gilmar Soares Ferreira, o retorno ao trabalho está condicionado ao atendimento da proposta salarial. Ferreira disse que a categoria decidiu recuar na data de pagamento do novo piso, mas não no valor de R$ 1.312.

O sindicalista anunciou que podem abrir mão do mês de maio, data-base de negociação salarial, porém não aceitam a elevação gradativa para chegar ao valor reivindicado apenas no mês de dezembro. “Essa é uma proposta alternativa”, assinalou.

A alegação de impossibilidade de negociação salarial, como fez a Procuradoria Geral do Estado (PGE) no pedido de declaração de ilegalidade da greve, porque a categoria estaria inflexível, é contestada pelo Sindicato.

Além de recorrer da liminar, ontem o Sintep divulgou uma nova avaliação do movimento grevista. Conforme Gilmar Ferreira, 70% das Escolas continuam total ou parcialmente paradas. O percentual seria referente ao levantamento feito até dia 24. Hoje, já com os efeitos da liminar, o sindicato apresentará novos dados mais recentes.

O sindicalista considera natural que uma parcela retorne ao trabalho nos próximos dias por conta da repercussão da liminar. Entretanto, o comando de greve permanece atuando na tentativa de mostrar a importância da paralisação.

Além de permanecerem acampados na praça Ulisses Guimarães (avenida Rubens do Mendonça), enfrente ao Pantanal Shopping, os grevistas estão com a agenda cheia. Para esta semana, o Sintep programou panfletagem, caminhada e ato público.

A Seduc informou que a partir de hoje os professores grevistas terão o ponto cortado. A ausência deles nas Escolas será considerada falta injustificada. Isso porque a liminar publicada no Diário da Justiça do dia 22 de junho estipulou prazo de 72h para osprofessores voltarem ao trabalho

sábado, 25 de junho de 2011

PROFESSORES MUNICIPAIS DECIDEM SUSPENDER GREVE


Justiça considerou a paralisação ilegal e abusiva; servidores voltam às salas de aula nesta segunda-feira
Fonte: Diário do Nordeste (CE)
Após 58 dias, professores da rede municipal de Educação de Fortaleza decidiram suspender a greve e retornar para as salas de aula. Contudo, a categoria permanece em estado de greve, podendo voltar a paralisação a qualquer momento.

A partir da próxima segunda-feira, dia 27, as 420 Escolas municipais funcionarão normalmente para receber os mais de 230 mil alunos. Esta foi a sexta paralisação dos educadores durante os sete anos de gestão da prefeita Luizianne Lins.

A decisão, tomada na manhã de ontem, em assembleia geral realizada na Praça da Gentilândia, ocorreu em cumprimento a resolução do Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE).

O desembargador Jucid Peixoto do Amaral manteve, na quinta-feira última, a deliberação anterior do desembargador Teodoro Silva Santos que classificava a greve como ilegal, negando a liminar impetrada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Ceará (Sindiute) e pela União dos Trabalhadores em Educação no Ceará (UTE).

A resolução obriga os professores a voltar para as Escolas em um prazo máximo de 48 horas. Caso a decisão fosse descumprida, os grevistas pagariam uma multa diária de R$ 10 mil. Jucid Peixoto Amaral já encaminhou ao Órgão Especial do TJCE o processo sobre a greve.

A mobilização iniciada pelos professores tem como principal objetivo pressionar a Prefeitura pela implantação urgente do piso salarial, de R$ 1.187,97, para profissionais de 40 horas, aprovado em abril pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Negociação
Gardênia Baima, que integra a direção colegiada do Sindiute, explica que a decisão pela suspensão da greve e do retorno às Escolas foi motivada para que seja cumprida a determinação do TJCE.

Conforme a professora, a categoria espera agora que a Prefeitura retome as negociações, já que Luizianne Lins declarou, anteriormente, que não iria entrar em acordo com os profissionais em greve.

"A nossa prioridade é negociar o calendário letivo, pois a Prefeitura organizou um que nós não concordamos. Também continuaremos com a luta sobre o dissídio".

Gardênia Baima destaca que o calendário apresentado pela Prefeitura propõe aulas aos sábados e durante 15 dias de julho, mês das férias Escolares. Para a integrante do Sindiute, a reposição das aulas poderia acontecer no fim do semestre, completando assim os 200 dias letivo exigidos por lei. "Queremos acelerar uma audiência no TJ sobre o dissídio, que inclue os processos da mobilização. É uma tentativa de conciliação".

Além destas solicitações, os professores estão requerendo o pagamento de anuênios atrasados e a correção do Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS). Está marcado para 1º de julho uma nova assembleia da categoria. A reportagem tentou contato com a assessoria de imprensa da Secretaria Municipal de Educação (SME) sem obter resposta.

Retrospectiva
- 22 de abril, os professores municipais de Fortaleza decidem pela greve. Esta já é a sexta paralisação dos servidores da área de Educação durante os sete anos de gestão da prefeita Luizianne Lins

- 19 de maio, foi aprovado, pela Câmara Municipal de Fortaleza (CMF), um reajuste de 6,3% nos vencimentos e salários dos servidores públicos municipais de Fortaleza

- 10 de junho, a Procuradoria Geral do Município (PGM) protocolou, na Justiça do Ceará, ação pedindo a ilegalidade da greve dos professores do Município

- 15 de junho, a Prefeitura de Fortaleza confirmou que os professores da rede municipal em greve não receberiam o 13º salário

Os professores ingressam com ação com pedido de antecipação de tutela para garantir que o município seja obrigado a pagar a primeira parcela do 13º salário dos professores grevistas, assim como fez com os demais servidores municipais

Após quase dois meses de paralisação, a greve dos professores municipais é considerada ilegal, inconstitucional e abusiva.

O desembargador Teodoro Silva Santos acatou a ação do Município de Fortaleza que considera a paralisação irregular pelo fato de a greve ter causado prejuízos a mais de 220 mil alunos não só na questão educacional, mas também no tocante à segurança alimentar, já que muitas crianças dependem da merenda Escolar.

Afirmando que ainda não teria sido notificada sobre a decisão do magistrado, osprofessores continuam em greve

- 23 de junho, o desembargador do TJCE Jucid Peixoto do Amaral mantém a decisão sobre a ilegalidade, negando a liminar impetrada pela categoria

JÉSSICA PETRUCCI, REPÓRTER

PROFESSORES MUNICIPAIS DECIDEM SUSPENDER GREVE


Justiça considerou a paralisação ilegal e abusiva; servidores voltam às salas de aula nesta segunda-feira
Fonte: Diário do Nordeste (CE)

Após 58 dias, professores da rede municipal de Educação de Fortaleza decidiram suspender a greve e retornar para as salas de aula. Contudo, a categoria permanece em estado de greve, podendo voltar a paralisação a qualquer momento.

A partir da próxima segunda-feira, dia 27, as 420 Escolas municipais funcionarão normalmente para receber os mais de 230 mil alunos. Esta foi a sexta paralisação dos educadores durante os sete anos de gestão da prefeita Luizianne Lins.

A decisão, tomada na manhã de ontem, em assembleia geral realizada na Praça da Gentilândia, ocorreu em cumprimento a resolução do Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE).

O desembargador Jucid Peixoto do Amaral manteve, na quinta-feira última, a deliberação anterior do desembargador Teodoro Silva Santos que classificava a greve como ilegal, negando a liminar impetrada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Ceará (Sindiute) e pela União dos Trabalhadores em Educação no Ceará (UTE).

A resolução obriga os professores a voltar para as Escolas em um prazo máximo de 48 horas. Caso a decisão fosse descumprida, os grevistas pagariam uma multa diária de R$ 10 mil. Jucid Peixoto Amaral já encaminhou ao Órgão Especial do TJCE o processo sobre a greve.

A mobilização iniciada pelos professores tem como principal objetivo pressionar a Prefeitura pela implantação urgente do piso salarial, de R$ 1.187,97, para profissionais de 40 horas, aprovado em abril pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Negociação
Gardênia Baima, que integra a direção colegiada do Sindiute, explica que a decisão pela suspensão da greve e do retorno às Escolas foi motivada para que seja cumprida a determinação do TJCE.

Conforme a professora, a categoria espera agora que a Prefeitura retome as negociações, já que Luizianne Lins declarou, anteriormente, que não iria entrar em acordo com os profissionais em greve.

"A nossa prioridade é negociar o calendário letivo, pois a Prefeitura organizou um que nós não concordamos. Também continuaremos com a luta sobre o dissídio".

Gardênia Baima destaca que o calendário apresentado pela Prefeitura propõe aulas aos sábados e durante 15 dias de julho, mês das férias Escolares. Para a integrante do Sindiute, a reposição das aulas poderia acontecer no fim do semestre, completando assim os 200 dias letivo exigidos por lei. "Queremos acelerar uma audiência no TJ sobre o dissídio, que inclue os processos da mobilização. É uma tentativa de conciliação".

Além destas solicitações, os professores estão requerendo o pagamento de anuênios atrasados e a correção do Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS). Está marcado para 1º de julho uma nova assembleia da categoria. A reportagem tentou contato com a assessoria de imprensa da Secretaria Municipal de Educação (SME) sem obter resposta.

Retrospectiva
- 22 de abril, os professores municipais de Fortaleza decidem pela greve. Esta já é a sexta paralisação dos servidores da área de Educação durante os sete anos de gestão da prefeita Luizianne Lins

- 19 de maio, foi aprovado, pela Câmara Municipal de Fortaleza (CMF), um reajuste de 6,3% nos vencimentos e salários dos servidores públicos municipais de Fortaleza

- 10 de junho, a Procuradoria Geral do Município (PGM) protocolou, na Justiça do Ceará, ação pedindo a ilegalidade da greve dos professores do Município

- 15 de junho, a Prefeitura de Fortaleza confirmou que os professores da rede municipal em greve não receberiam o 13º salário

Os professores ingressam com ação com pedido de antecipação de tutela para garantir que o município seja obrigado a pagar a primeira parcela do 13º salário dos professores grevistas, assim como fez com os demais servidores municipais

Após quase dois meses de paralisação, a greve dos professores municipais é considerada ilegal, inconstitucional e abusiva.

O desembargador Teodoro Silva Santos acatou a ação do Município de Fortaleza que considera a paralisação irregular pelo fato de a greve ter causado prejuízos a mais de 220 mil alunos não só na questão educacional, mas também no tocante à segurança alimentar, já que muitas crianças dependem da merenda Escolar.

Afirmando que ainda não teria sido notificada sobre a decisão do magistrado, osprofessores continuam em greve

- 23 de junho, o desembargador do TJCE Jucid Peixoto do Amaral mantém a decisão sobre a ilegalidade, negando a liminar impetrada pela categoria

JÉSSICA PETRUCCI, REPÓRTER

quarta-feira, 22 de junho de 2011

JUSTIÇA DECRETA GREVE COMO ILEGAL


Liminar decreta a ilegalidade da greve dos professores e prevê o retorno das atividades no prazo de 72 horas, sob pena de multa diária contra o Sindicato dos Trabalhadores da Educação Pública de R$ 50 mil
Fonte: Diário de Cuiabá (MT)

A Justiça concedeu uma liminar ontem ao governo do Estado que decreta a ilegalidade da greve dos professores iniciada no último dia 6, em prol da aplicação imediata do piso salarial de R$ 1.312. A medida prevê o retorno das atividades no prazo de 72 horas, sob pena de multa diária contra o Sindicato dos Trabalhadores da Educação Pública (Sintep) de R$ 50 mil. A Secretaria Estadual de Educação foi intimada a adotar as medidas necessárias para que a decisão seja cumprida.

A Procuradoria Geral de Mato Grosso entrou com uma ação declaratória de ilegalidade de greve com pedido de antecipação dos efeitos da tutela, cumulada com obrigação de não fazer. O pedido, conforme o procurador-geral Jenz Prochnow Júnior, deu-se em virtude da impossibilidade de negociação entre o governo e a categoria.

A PGE argumentou que a Educação é um serviço essencial e a greve coloca em risco o ano letivo na rede pública de ensino, prejudicando mais de 445.690 alunos matriculados. Jenz Prochnow disse que, no caso de greve no ensino, não se pode aplicar o princípio de manter 30% em atividade, como preconiza a lei de greve para atendimento da população.

“Quais seriam os critérios para dizer se esta ou aquela escola que vai ficar de fora, ou vice-versa? Não tem como”, afirmou. A liminar foi concedida pelo desembargador José Tadeu Cury, da Turma de Câmaras Cíveis Reunidas de Direito Público e Coletivo.

O presidente do Sintep, Gilmar Soares, informou ontem à noite que ainda não havia sido notificado da decisão. “É uma questão que vamos avaliar. De praxe, deveremos recorrer, mas uma decisão de ilegalidade nunca foi motivo para a categoria suspender uma greve. Quem suspende uma greve nossa é a assembleia geral. Após sermos notificados, vamos avaliar o quadro para poder tomar uma decisão”.

Soares lamentou ainda que o governador Silval Barbosa tenha recorrido à Justiça para impedir uma conquista por parte dos trabalhadores da Educação e acredita que isso deverá dificultar a relação pelos próximos quatro anos.

“Isso mostra que o governo do Estado não tem interesse em valorizar os profissionais e que a Justiça fecha os olhos para o fato de o Estado sequer cumprir o que manda a Constituição Estadual, de aplicar os 35% dos recursos na Educação”, criticou

OPINIÃO: GREVES EM PAUTA


''Depois de longo tempo sem que as greves pudessem se manifestar, em função de sindicatos cooptados, o País começa a ver muitas manifestações de trabalhadores insatisfeito'', diz Roberto Boaventura

Fonte: Diário de Cuiabá (MT)

Depois de longo tempo sem que as greves pudessem se manifestar, em função de sindicatos cooptados, o País começa a ver muitas manifestações de trabalhadores insatisfeitos.

Por aqui, destaco a greve dos professores da rede estadual. Recentemente, participei, a convite do Sintep-MT, de um debate sobre o modelo em que está estruturada a rede de ensino público: o ciclo de formação, substituindo o regime das séries.

De início, lamento a ausência – mesmo justificada – da assessora da Seduc ao evento. Por coincidência trata-se de uma colega do Instituto de Educação/UFMT. Há anos tento estabelecer diálogo acadêmico com meus pares especialistas em Educação. Orquestradamente, eles permanecem no silêncio.

Registrei essa ausência – não substituída – porque foi um momento rico em que osprofessores da rede expuseram suas angústias profissionais. Uma se refere ao contingente de professores contratados precariamente. Há Escolas em que efetivos sejam minoria. A outra se refere aos tais “ciclos”.

No que toca à efetividade dos docentes, eis uma preocupação. Conheço casos deprofessores, ex-discentes de Letras, que passaram em concursos da Seduc e pediram exoneração. Motivos: salários, más condições de trabalho e doentia ambiência Escolar. Como os dois primeiros itens nos são conhecidos, enfatizo o terceiro ponto, salvando as exceções.

Começo exemplificando com o que ouvi de um professor de Inglês, aprovado em 2º lugar no penúltimo concurso. Em que pese suas qualidades, inclusive a de ser excelente orador,alunos de 14 e 15 anos não lhe permitiram sequer desejar um “bom dia”, nem em português.

Além de perceber estudantes drogados, ouviu a seguinte sugestão: “seja bem tranquilo,professor, caso não queira pra sua cabeça”. Resultado: exonerou-se no dia seguinte para preservar sua vida. Ouvir seu relato é desolador. Aqueles alunos já são frutos dos ciclos de “formação humana”. O fracasso dessas experiências é visível a olho nu.

Nesse sentido, tudo isso coaduna com relatos de acadêmicos meus que estão visitando Escolas e entrevistando diretores, supervisores, orientadores, professores e alunos. Resguardando exceções, os relatos estarrecem. Em um deles foi exposto que a Escola estadual mais próxima geograficamente à UFMT desativou o ensino do noturno por conta do vandalismo.

Se for, posso prever o futuro: outras unidades farão o mesmo. Mais: em breve, o turno vespertino também será desativado; pouco depois, será a vez do turno da alvorada. Tudo é questão de poucas décadas. Quem (sobre)viver, verá o desmonte do sistema; ou melhor, do País!

Não tenho dúvidas da complexidade e abrangência político-sociopedagógicas que envolvem tudo isso. Todavia, a flexibilização do rigor na Educação é um dos motivos centrais de uma sociedade irresponsavelmente permissiva e corrupta. Nesse sentido, o espanto de um dos meus acadêmicos africanos conveniados com a UFMT chamou atenção.

Ele estava assustado com o que viu numa Escola: completa falta de respeito dos estudantes com osprofessores. Perguntei-lhe se em seu país – Guiné-Bissau – era diferente. “Sim. Lá, um aluno não desrespeita um professor. Se tentar, ele é punido pela Escola e pelos pais”, respondeu-me.

Pois por aqui é diferente. Essa diferença, que é uma aberração, nos “ranqueia” como uma das piores educações do planeta. Logo, salvar as novas gerações, por meio de rigorosaEducação, deve ser nosso maior desafio.

No próximo artigo, falarei da “enturmação dos ciclos”, adotado pela Seduc. Sabem o que isso? Preparem-se.

* ROBERTO BOAVENTURA DA SILVA SÁ | Dr. em Ciência da Comunicação/USP e Prof. da UFMT
  rbentur26@yahoo.com.br

SANÇÃO DA LEI 1545 PÕE FIM À GREVE DOS PROFESSORES DO ESTADO E AULAS RETORNAM HOJE


O representante da classe, Ruivaldo Coutinho, disse que a decisão é considerada uma vitória para a Educação e para o funcionalismo público estadual
Fonte: Diário do Amapá (AP)

Após 34 dias de greve, osprofessores estaduais decidiram colocar ponto final ao movimento, a partir da assinatura de um acordo firmado entre o sindicato da categoria e governo do Estado. A assinatura ocorreu no gabinete da Procuradoria Geral do Estado (Prog) com a presença do Secretário de Estado da Educação interino, José Maria Lobato e diretores do Sindicato dos Servidores Públicos em Educação no Amapá (Sinsepeap).

O representante da classe, Ruivaldo Coutinho, disse que a decisão é considerada uma vitória para a Educação e para o funcionalismo público estadual. Segundo ele, a sansão da Lei 1545, que revoga o Artigo 3º da Lei 1540, significa avanços de lutas de uma categoria responsável pela Educação de milhares de jovens no Estado.

O presidente do sindicato reconheceu o empenho do governador em querer resolver o pro-blema, e por isso os encontros sempre demonstraram harmonia até que houve entendimento e conclusão para por fim ao movimento de greve.

O sindicalista ressalta ainda que a partir de agora, a entidade vai trabalhar junto a Secretaria de Educação para promover a reorganização do calendário Escolar. Rui-valdo garantiu que a partir desta quarta-feira, 22, os professores retornam as Escolas para suas atividades normais. O secretário interino da Seed, José Maria Lobato, comemorou a assinatura do acordo e fim da greve, conclamando aos estudantes para voltarem às salas de aula nesta quarta-feira, 22.

Segundo ele, o mais difícil nesta negociação foi vencer algumas intransigências do sindicato, mas com a assinatura do governador Camilo Capiberibe ouve entendimento entre as partes com revogação do Artigo 3º da Lei 1540.

Para o secretário de Educação, o ano letivo foi prejudicado com a greve, mas que as alte-rações serão feitas apenas no final do ano com prorrogação das aulas para os meses de dezembro deste ano e janeiro de 2012.

O procurador geral do Estado, Márcio Figueira, ressaltou o avanço na rodada de negociação. De acordo com Márcio Figueira, o governo não tinha condições de arcar com o reajuste de 6,57% para a Educação. Segundo ele, o mais importante foi garantir o direito dos estudantes em ter aulas

ESCOLAS MUNICIPAIS ENTRAM EM GREVE


Os professores da rede municipal de Palhoça, na Grande Florianópolis, entraram, ontem, em greve por tempo indeterminado
Fonte: Diário Catarinense (SC)

Os professores da rede municipal de Palhoça, na Grande Florianópolis, entraram, ontem, em greve por tempo indeterminado. Os profissionais estão descontentes com a proposta apresentada, na semana passada, pela Secretaria Municipal de Educação que estabelece o pagamento do Piso Nacional do Magistério.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Palhoça, Ary Donatello, a proposta vai diminuir o valor da regência de classe de 45% para 20%. A secretaria anuncia que o valor é de 25%.

Atualmente, o salário inicial de um professor, segundo o sindicato, é de R$ 1.100. Com os 45% da regência de classe, o valor sobe para R$ 1.722. Com a aplicação das mudanças, o valor diminuiria para R$ 1.485.

– Como o valor do salário aumenta de acordo com o plano de carreira, para os profissionais com mais tempo de trabalho ou mais especializações, a diferença aumentaria ainda mais – afirma.

A secretária de Educação de Palhoça, Jocelete Isaltina Silveira dos Santos, afirma que a proposta apresentada à categoria não deve ser alterada. Mas adianta que irá aguardar a manifestação do sindicato para possível conversação.

Na proposta apresentada pela secretaria, o piso inicial de carreira para os habilitados ao magistério passou de R$ 1,1 mil para R$ 1.188. Para os habilitados com graduação, o valor apresentado é de R$ 1.485. Aos profissionais com especialização, o valor oferecido é de R$ 1.678 e, aos mestres, chega a R$ 1.896.

Os doutores passariam a receber R$ 2.142,70 e todos passariam a ter 25% sob a regência de classe. Para os ACTs, o piso passa ser de R$ 1.188 e R$ 1.250 para quem tem graduação.

Palhoça tem cerca de 50 unidades escolares da rede municipal, entre escolas e centros deEducação infantil, que atendem aproximadamente 8 mil alunos. De acordo com o sindicato, cerca de 1,1 mil professores atuam na rede municipal.

Ontem, o comando de greve visitou escolas do município para cobrar adesão, tendo em vista que nem todos os profissionais tinham aderido ao movimento. Algumas escolas, segundo o sindicato, paralisaram todas as atividades, em outras, a adesão foi parcial.

JUSTIÇA VAI AVALIAR LEGALIDADE DA GREVE


O pedido de ilegalidade da greve foi protocolado no Tribunal de Justiça do Estado; argumento dado foi de que a reivindicação dos professores para começar a greve já foi atendida
Fonte: Diário Catarinense (SC)

O pedido de ilegalidade da greve foi protocolado, ontem, no Tribunal de Justiça do Estado, pelo procurador geral do Estado, Nelson Serpa. O argumento dado foi de que a reivindicação dos professores para começar greve – o pagamento do piso nacional do magistério – foi atendida.

O relator será o desembargador Cláudio Barreto Dutra, que foi escolhido por sorteio e poderá conceder liminar contrária ou não ao movimento. Antes disso, se considerar necessário, ele pode ouvir o Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinte), o que não é obrigatório.

O mérito será julgado pelo grupo de câmaras de direito público. Também pode ser pedido que o Sinte apresente os motivos para estar em greve, antes do julgamento final. Até a noite de ontem, não havia saído a liminar. Caso o sindicato desrespeite a decisão, poderá ser multado.

Com a ilegalidade, os professores em greve podem ser substituídos. De acordo com a diretora de Recursos Humanos, da Secretaria de Educação, Elizete Mello, é possível chamar os docentes que fizeram seleção para temporários (ACTs), no final de 2010 e que vale para todo esse ano.

Ela alertou que faltariam profissionais para disciplinas como física, química e matemática. Caso a greve seja declarada ilegal, o Sinte promete recorrer. O advogado Marcos Rogério Palmeira informou que, antes, é preciso aguardar a posição do desembargador:

– Se ele solicitar que o Sinte se manifeste, iremos usar de meios jurídicos para a defesa do sindicato.

O advogado não acredita que a greve seja declarada ilegal, porque a categoria seguiu os requisitos previstos na lei para deflagrar o movimento. Ele ainda observou que Educaçãonão está entre os itens considerados essenciais pela legislação.

O Sindicato dos Trabalhadores em Educação informou que a adesão de professores à greve é de cerca de 75%, 15% a menos do que no início do movimento. Algumas cidades, como Blumenau e Lages, registraram retorno de professores para a sala de aula. A assembleia estadual dos docentes, que pode votar pelo fim da greve, continua sem data marcada.

Segundo a coordenadora do sindicato, Alvete Bedin, os professores vão continuar pedindo para que os deputados não votem a MP. Sobre os desconto dos dias parados, Alvete disse que as aulas correm o risco de não serem repostas.

terça-feira, 21 de junho de 2011

ALUNOS DE BH RECLAMAM QUE GREVE DE PROFESSORES PREJUDICA ANO LETIVo


Em uma escola, as aulas no turno da manhã foram totalmente interrompidas; paralisação começou no dia 8 de junho e não há previsão para a normalização
Fonte: G1
Pais e alunos reclamam que a greve dos professores da rede pública de ensino de Minas Gerais pode prejudicar o ano letivo. A paralisação é parcial e começou no dia 8 de junho. De acordo com o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG), não há previsão para a normalização. A categoria reivindica o piso salarial de R$ 1.597,87 para servidores de nível médio que trabalham 24 horas por semana.

Em uma escola do bairro Serrano, na Região da Pampulha, em Belo Horizonte, todos os educadores que trabalharam no turno da manhã aderiram ao protesto e as aulas foram interrompidas. De acordo com estudantes que frequentam o colégio, a paralisação atrapalha o ensino, pois o tempo sem aulas faz com que se esqueçam das disciplinas apreendidas, atrasando o processo de ensino.

A greve dos professores durou 48 dias em 2010 e, segundo o sindicato da categoria, todas as escolas que aderiram à paralisação tiveram reposição das aulas e toda a carga horária foi cumprida.

Paralisação 
Em Minas Gerais, a greve abrange os trabalhadores da educação e começou no dia 8 de junho. Eles pedem o fim do sistema de subsídios implantado pelo governo em janeiro deste ano e a adoção de um piso salarial (salário-base) de R$ 1.597,87 para a categoria. Esse valor é calculado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação (CNTE).

O sindicato calcula que 50% da categoria tenha aderido à greve e afirma que, até o momento, não houve acordo com o governo. Já a assessoria de imprensa do governo afirmou que os canais de negociação sempre estiveram abertos, mas que não houve procura do sindicato. O governo estima que cerca de 3% das escolas estejam totalmente paradas e que outras 16,33% tenham aderido parcialmente ao movimento grevista.

O subsídio é uma forma de pagamento que incorpora todas as gratificações, vantagens, abonos e adicionais recebidos pelos servidores numa parcela única. Em janeiro, todos os profissionais foram levados para o subsídio. Quem quiser voltar ao sistema anterior tem até agosto para solicitar a transferência. O governo não soube informar quantos servidores já pediram para deixar o sistema de subsídio.

No sistema anterior, a remuneração é composta de: salário-base (ou piso) e gratificações, abonos, adicionais etc. O salário-base de um professor com formação de nível médio em início de carreira é salário-base R$ 369,89 para uma jornada de 24 horas semanais. Com adicionais, o valor chega a R$ 935, segundo o sindicato. Se esse professor quiser permanecer no subsídio, ganhará R$ 1.122, sem outros adicionais.

O sindicato quer que o aumento do piso para R$ 1.597,87 seja concedido em cima do salário-base atual, de R$ 369,89. O argumento é que, fora desse sistema, ou seja, com o subsídio, não há mais reajustes progressivos como biênios e qüinqüênios e “perspectiva de futuro”.

Assim, na visão do sindicato, profissionais qualificados e com diferentes tempos de carreira ganhariam o mesmo valor. O governo, no entanto, diz que há sistemas de progressão e promoção na carreira por tempo de serviço e escolaridade.

Já um professor em início de carreira com nível de licenciatura plena tem salário-base de R$ 550,54 para uma jornada de 24 horas, segundo o sindicato. Com adicionais e gratificações, o valor vai para R$ 935. No sistema de subsídio, esse mesmo professor recebia R$ 1.320, segundo o sindicato.

O governo acrescenta ainda que, desde 2007, quando foi realizado o último concurso público para as carreiras da educação, o nível mínimo exigido para ingresso no magistério em Minas Gerais é a licenciatura plena. Ou seja, não há mais ingresso na carreira de professores com formação equivalente ao ensino médio

GREVE DE PROFESSORES ESTADUAIS COMPLETA DUAS SEMANAS NO RIO



Após assembleia realizada na tarde desta segunda-feira (20), os professores da rede estadual decidiram continuar em greve
Fonte: O Globo Online
RIO - Após assembleia realizada na tarde desta segunda-feira (20), os professores da rede estadual decidiram continuar em greve. Na quarta-feira (22), a categoria vai realizar uma vigília em frente à Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag), a partir das 14h. Na ocasião, ainda segundo sindicato, o secretário de Planejamento, Sergio Ruy Barbosa, vai receber uma comissão do sindicato e parlamentares.
Na sexta-feira passada, após a passeata dos professores da rede estadual, uma comissão de educadores chegou a seguir até a Secretaria de Planejamento e Gestão do estado, mas, segundo os professores, não foram recebidos pelo secretário.
A Secretaria de Planejamento e Gestão informou que "o gabinete do secretário só recebeu o pedido de audiência na manhã desta sexta, motivo pelo qual foi impossível atender a solicitação".

Reivindicações
O Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe) informou que a paralisação, que teve início no dia 7 de junho, já atinge 65% das escolas do estado.

A categoria pede reajuste emergencial de 26%, incorporação imediata da gratificação do Nova Escola e ainda descongelamento do plano de carreira dos funcionários administrativos da educação estadual.

Até o momento, segundo o sindicato, o governo não fez uma contraproposta às principais reivindicações da categoria

PROFESSORES DECIDEM HOJE SE ENCERRAM GREVE

Assembleia dos professores municipais decidirá hoje se greve continua ou não; SME garante retorno desde ontem
Fonte: O Povo (CE)

A greve dos professores da rede municipal perde a força, mas, mesmo assim, o Comando de Greve não descarta enfrentar a Justiça. Hoje, a partir das 9 horas, a categoria realiza nova assembleia na Câmara Municipal de Fortaleza. “Se a categoria decidir continuar em greve, mesmo na ilegalidade, a direção do Sindiute (Sindicato Único dos Trabalhadores emEducação do Ceará) vai junto. Quem decide é a base”, disse Francisco Wellington Monteiro, do Comando de Greve.

Até o início da noite de ontem, o Sindiute não havia sido notificado sobre a decisão do Tribunal de Justiça, que decretou a ilegalidade da greve, no último dia 15. “Não é a Justiça, nem a Prefeitura quem decide quando a greve acaba. Só os professores que entraram em greve é que podem decidir a hora de sair”, disse Wellington. Ontem pela manhã,professores fizeram passeata no bairro Benfica, mostrando que ainda há mobilização por parte da categoria.

Em entrevista coletiva, representando a Secretaria Municipal da Educação (SME), a chefe do Distrito de Educação da Secretaria Executiva Regional V, Ciza Viana, garantiu o retorno das aulas ontem.

Segundo a SME, das 97 Escolas que pararam, 20 continuam em greve. “Cada Escola vai adequar seu calendário à orientação da SME, que vai considerar 15 dias de julho e três sábados por mês de reposição de aulas, até o fim do ano letivo”, explica. Ciza Viana é responsável pela Educação na Regional com maior número de Escolas.

ENTENDA A NOTÍCIA
Desde o dia 15 de junho, o Tribunal de Justiça decretou a ilegalidade da greve, mas até ontem o Sindiute não foi notificado. O oficial de justiça esteve no sindicato ontem de manhã e de tarde, mas não localizou a primeira secretária.

Ontem, Tainá acordou cedo, ansiosa para rever os amigos, mas não adiantou. A EscolaJoão Frederico, no Genibaú, continuava em greve. “Deus queira que volte logo. Muita criança está prejudicada”, disse a vó, dona Benta Bispo Veras, 50. Mas ela diz que entende a reivindicação dos professores. “A greve está demorada demais. A Prefeitura tem de resolver. Só as Escolas do Município entram em greve”. Enquanto isso, Tainá faz reforço.

NÚMEROS 
- 97 escolas municipais pararam durante a greve, segundo dados da SME

- 20 escolas municipais continuam em greve, mesmo com o decreto de ilegalidade


Lucinthya Gomes
lucinthya@opovo.com.br

PROFESSORES DECIDEM MANTER GREVE


Docentes da rede estadual fazem assembleia e mantêm impasse nas negociações com o governo
Fonte: Diário de Natal (RN)

Os professores da rede estadual de ensino permanecem em greve e um novo encontro da categoria vai acontecer hoje, a partir das 8h, na sede do Sindicato dos Trabalhadores emEducação (Sinte-RN). Com a continuidade da paralisação, decidida em assembleia realizada ontem, os profissionais continuam reivindicando reajuste salarial, além de melhores condições de trabalho, exigências propostas pelos docentes desde o início de maio.

Segundo Fátima Cardoso, presidente do Sinte, 93% dos professores da rede estadual continuam parados e, diante da nova assembleia realizada ontem, a greve terá continuidade enquanto as contrapropostas do governo não forem suficientes para a melhoria das condições de trabalho dos professores, através do reajuste salarial imediato e com a adoção de medidas capazes de melhorar o ensino nas Escolas públicas do estado.

A proposta direcionada pelo governo à categoria faz referência a um aumento escalonado de 7,6% nos meses de setembro a dezembro, além do pagamento de 40% do 13° salário ainda neste mês de junho. Para a presidente do Sinte, essa medida não atende às reais necessidades da categoria, uma vez que os salários do Rio Grande do Norte não corresponde ao estabelecido pela rede nacional de ensino.

"Além da reivindicação por um piso salarial adequado para os professores no estado, também temos exigências de cunho pedagógico que englobam o fornecimento de material necessário nas Escolas, para que todos possam desempenhar suas atividades com o mínimo de respeito diante da comunidade. Diante da falta de medidas concretas por parte do governo, a greve continua por tempo indeterminado", reiterou Fátima Cardoso

PROFESSORES SÃO NOTIFICADOS QUE GREVE É ILEGAL

A partir da notificação, o Sindiute fica obrigado a cumprir em até 48 horas a decisão do desembargador Teodoro Silva Santos que ordena o fim imediato da greve
Fonte: O Povo (CE)
Professores grevistas de Fortaleza até que tentaram driblar a notificação da Justiça sobre a ilegalidade da greve na rede municipal de Educação, mas apesar da resistência o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sindiute) foi finalmente notificado às 17h10min de ontem.

Pela manhã, antes da notificação, os professores haviam decidido coletivamente - através de assembleia - que a greve seria mantida.

Depois de não ter localizado a secretária geral do Sindiute, Ana Cristina Guilherme, na assembleia realizada ontem pela manhã na Câmara, o oficial de justiça Carlos Sousa localizou a dirigente na sede do Sindiute (Centro), ocasião em que ela assinou a citação.

A partir da notificação, segundo oficial de justiça, o Sindiute fica obrigado a cumprir em até 48 horas a decisão do desembargador Teodoro Silva Santos que ordena o fim imediato da greve. A penalidade determinada para o descumprimento é multa diária de R$ 10 mil a ser paga pelo sindicato.

Já sabendo da notificação, a segunda secretária do Sindiute, Gardênia Baima, disse que a greve deve continuar pelo menos até a próxima segunda-feira, data em que está agendada a próxima assembleia geral dos professores municipais.

Gardênia admitiu, entretanto, que a nova situação pode provocar uma reavaliação do cenário por parte do comando de greve. “Nós vamos começar a debater essa notificação a partir de amanhã (hoje) e pode ser que o comando de greve faça uma convocação extraordinária com os professores”, informou.

Sessões da Câmara
O juiz da 8ª vara da fazenda pública, Francisco Luciano Lima, negou liminar pedida pelo vereador João Alfredo (Psol) em mandado de segurança contra as sessões da Câmara realizadas no último dia 7 de junho. Alfredo lembrou que o mérito do mandado, entretanto, ainda será apreciado.

O vereador questiona a validade das sessões em que foi aprovada mensagem da Prefeitura que reestruturou a remuneração dosprofessores.

Além de Alfredo, o PTC também ingressou com questionamento na Justiça apontando a ilegalidade das sessões. O pedido de liminar do PTC também foi negado, segundo informou a assessoria da Prefeitura.

(Pedro Alves)



segunda-feira, 20 de junho de 2011

PROFESSORES DA REDE ESTADUAL DECIDEM CONTINUAR A GREVE


Informação foi confirmada por sindicato, após assembleia nesta segunda (20); categoria pede reajuste emergencial de 26%; paralisação já dura 13 dias

Fonte: G1
Após assembleia realizada na tarde desta segunda-feira (20), os professores da rede estadual decidiram continuar em greve. A informação foi confirmada na noite desta sexta pelo Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe). 
Na quarta-feira (22), a categoria vai realizar uma vigília em frente à Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag), a partir das 14h. Na ocasião, ainda segundo sindicato, o secretário de Planejamento, Sergio Ruy Barbosa, vai receber uma comissão do sindicato e parlamentares.
Na sexta-feira passada, após a passeata dos professores da rede estadual, uma comissão de educadores chegou a seguir até a Secretaria de Planejamento e Gestão do estado, mas, segundo os professores, não foram recebidos pelo secretário.
A Secretaria de Planejamento e Gestão informou que "o gabinete do secretário só recebeu o pedido de audiência na manhã desta sexta, motivo pelo qual foi impossível atender a solicitação".
Reivindicações
O Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe) informou que a paralisação, que teve início no dia 7 de junho, já atinge 65% das escolas do estado.

A categoria pede reajuste emergencial de 26%, incorporação imediata da gratificação do Nova Escola e ainda descongelamento do plano de carreira dos funcionários administrativos da educação estadual.

“O piso salarial do professor hoje é de R$ 610, e do funcionário administrativo, R$ 433. Estamos em greve, mas até agora o governo não quis atender nossas reivindicações, nem conversar. Portanto, a paralisação vai continuar”, disse a diretora do Sepe, Gesa Corrêa.

Até o momento, segundo o sindicato, o governo não fez uma contraproposta às principais reivindicações da categoria

SC: EM GREVE, PROFESSORES ACAMPAM NA FRENTE DA ASSEMBLEIA


Os manifestantes promoveram um churrasco e prometem permanecer acampados até que o governador Raimundo Colombo volte a negociar com a classe
Fonte: Terra
FABRÍCIO ESCANDIUZZI
Direto de Florianópolis
Professores da rede estadual de Santa Catarina montaram um "acampamento" em frente à Assembleia Legislativa do Estado na noite desta segunda-feira para pressionar o governo pelo fim da greve que já dura 33 dias. O grupo, formado por mais de 100 grevistas, armou barracas em uma praça diante do prédio do Legislativo.

Os manifestantes promoveram um churrasco e prometem permanecer acampados até que o governador Raimundo Colombo (que deixou o DEM e pretende ingressar no PSD) volte a negociar com a classe.
Nesta segunda-feira, o governo catarinense veiculou comunicados na imprensa salientando que apenas retomará as conversas quando os professores voltarem às salas de aula. O governo ainda determinou o desconto dos dias de greve na folha de pagamento e anunciou a contratação de substitutos para os grevistas.

Raimundo Colombo afirmou hoje que irá recorrer à Justiça para pedir a decretação de ilegalidade de greve dos professores. Há mais um mês, cerca de 700 mil crianças permanecem sem aulas, o que deve comprometer o ano letivo na rede estadual.
A ação do governo não intimidou o manifesto dos professores diante da Assembleia. De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado (Sinte), o grupo irá pressionar os deputados estaduais na sessão desta terça-feira para a solução do impasse e só deve deixar o local depois das "reivindicações atendidas".

Há quase um mês, representantes da classe e governo tentam sem sucesso chegar a um acordo. Uma das maiores controvérsias é com relação ao piso nacional do Magistério, estipulado em R$ 1.187,97. Os professores querem que o piso nacional seja o salário inicial, pago sem a retirada de outros benefícios que estão na folha de pagamento

PROFESSORES AINDA EM GREVE


Cinco dias após a greve ser determinada ilegal, o Sindiute diz não ter sido notificado e pretende recorrer da decisão
Fonte: Diário do Nordeste (CE)

Já somando 54 dias, a greve dos professores da rede municipal deve continuar nos próximos dias. Alegando ainda não ter sido notificada oficialmente da decisão do Tribunal de Justiça do Ceará (TJ-CE) que, no último dia 15, determinou a ilegalidade da greve, a diretoria do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação do Ceará (Sindiute) não tem previsão para o término da mobilização.

A próxima assembleia da categoria para tratar o assunto está marcada para amanhã. Conforme a diretora de administração e finança do Sindiute, Menta Rios, o sindicato, caso seja notificado nesta semana sobre a decisão judicial, pretende recorrer. "Nós temos 48 horas a partir da notificação para agir. Não vamos só baixar nossas cabeças", ressaltou.

Ontem, a Prefeitura de Fortaleza divulgou nota de esclarecimento sobre a greve dos professores, através da qual classificou como "graves" as consequências da interrupção das atividades.

Também foi divulgado pela administração municipal que "todos (os professores da rede) ganham mais do que o piso nacional estabelecido pelo MEC (Ministério da Educação), que é de R$ 1.187,97". A nota também destaca que a Prefeitura considera a greve um "ato político de antecipação das eleições municipais de 2012".

Conforme Menta, o Sindiute mantém a reivindicação de que o Município obedeça ao piso estabelecido pela Lei Federal Nº 11.738, de 2008. Segundo a diretora, o cumprimento efetivo da lei elevaria o piso dos professores para R$ 1.450,00. "O MEC não tem essa prerrogativa de determinar o piso. Tem que ser obedecida a Lei Federal".

Quanto à acusação de que o movimento teria cunho político voltado para as eleições de 2012, Menta refutou a afirmação do Município. "Não sei por que a prefeita tem um entendimento dessa natureza. Não é um movimento partidário, não é contra a pessoa da Luizianne Lins, é apenas para atingirmos nossas reivindicações".

Movimento se arrasta
- 54 dias completa hoje o movimento grevista dos professores do município de Fortaleza, uma aflição para quem depende do ensino público

PREJUÍZOS
Pais também sofrem com a paralisação

Enquanto professores e Prefeitura não chegam a um consenso, os pais dos cerca de 230 mil alunos da rede municipal de ensino fazem o que podem para educar e cuidar dos filhos, em um fim de semana que já dura quase dois meses e cujo término ainda não deve se dar nesta segunda-feira. Ao mesmo tempo em que prejudica o aprendizado dos estudantes, a greve também resulta em mais cansaço e despesas para as famílias.

Com um filho de oito anos e outra de seis, ambos alunos da rede municipal, a doméstica Sandra Januário contabiliza os gastos provocados pela greve. Na tentativa de compensar a suspensão das aulas, Sandra paga, desde o último mês, reforço escolar para as crianças. "Eles não podem ficar sem aprender nada. Têm que ficar exercitando alguma coisa", justifica.

Segundo Sandra, embora o reforço escolar represente uma despesa significativa, os principais gastos causados pela paralisação das aulas estão ligados à alimentação das crianças, que, além de passarem mais tempo em casa, não dispõem da merenda que consumiam na escola.

Embora lamente que as salas de aula permaneçam vazias, Sandra não culpa diretamente os professores. "Acho que a Prefeitura, o Estado ou quem for deveria ter mais atenção. Está tudo precário. A Educação está precária, a saúde está precária. Os professores podem estar certos em reivindicar", comenta.

De todo modo, não esconde o descontentamento com uma situação cujas consequências se tornam mais graves cada vez que é prorrogado o desfecho da paralisação. A insatisfação se torna maior devido ao fato de que as crianças já foram bastante prejudicadas pelas últimas greves que os professores do Município realizaram.

No último ano, recorda, os filhos, assim como os demais alunos da rede, não puderam aproveitar as férias de dezembro, desfrutando apenas de um recesso de poucos dias.

A duas semanas da chegada de julho, Sandra afirma que, desta vez, não deixará que os filhos frequentem a escola durante um mês que deveria ser destinado às férias. "Julho é um mês em que você quer viajar com os seus filhos. Não me interessa se os professores entraram em greve. Meus filhos, que foram os mais prejudicados, não vou levar meus filhos para estudar nas férias". (JM)

JOÃO MOURA, REPÓRTER

sábado, 18 de junho de 2011

JUSTIÇA NÃO CONSEGUE ENCONTRAR PROFESSORES EM GREVE


Ontem foram completadas 48 horas que o Tribunal de Justiça determinou a ilegalidade da greve e o retorno em 48 horas às atividades

Fonte: O Povo (CE)

Mesmo considerada ilegal, os professores municipais mantêm a greve. O motivo? A Justiça simplesmente não encontra seus dirigentes para entregar a notificação judicial. A manhã de ontem foi a primeira tentativa desde que o Tribunal declarou a ilegalidade e abusividade da paralisação, há três dias.

Contudo, enquanto os professores realizavam audiência em frente ao ginásio Paulo Sarasate, o oficial de Justiça se encaminhou até a sede do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sindiute), na avenida Imperador. De acordo com a decisão judicial que decretou a ilegalidade do movimento paredista, os professores teriam 48 horas para retornar às aulas após a notificação. Ontem, porém, completaram-se 48 horas da decisão e ainda não houve a notificação.

O encontro da categoria foi realizado em local público e anunciado anteriormente. De lá, eles seguiram para hotel na avenida Beira Mar, onde era realizado evento da Secretaria deEducação, na tentativa de encontrar a prefeita de Fortaleza Luizianne Lins (PT), cumprindo a orientação deliberada desde a semana passada de ir aonde a prefeita estiver. A assessoria de comunicação do Tribunal de Justiça do Estado do Ceará (TJ-CE), no entanto, desconhecia a agenda dos grevistas.

Não entregando a notificação até ontem, os alunos das Escolas municipais que estão semprofessor poderão ficar sem aulas até o próximo dia 26 de junho, quase encerrando o semestre. Isto porque, mesmo na hipótese de repassado o documento judicial, os grevistas ainda têm o prazo de 48 horas para voltar as atividades, ou seja, a próxima quarta-feira, véspera do feriado prolongado de Corpus Christi.

Segundo o oficial de Justiça Carlos Sousa, responsável, na tarde de ontem, pela diligência, a notificação só pode ser entregue a Ana Cristina Guilherme ou Gardênia Baima, dirigentes do Sindiute. Há informações de que a primeira estaria em Brasília. Mas a segunda dirigente participou, ontem, das atividades do comando de greve, no ginásio.

Continuidade
Hoje os professores completam 52 dias em greve. Mesmo com projeto de lei de revisão salarial já aprovado pela Câmara Municipal, em episódio que resultou em confrontos entreprofessores, vereadores e a Guarda Municipal, a categoria ainda tenta a reabertura da mesa de negociação para reavaliar o pagamento do piso salarial. Além de considerada ilegal pela Justiça, a greve dos professores provocou a suspensão do adiantamento do 13º salário pela Prefeitura.

Durante a assembleia foi acertado que, mesmo após receber a notificação, os professores ainda devem debater se voltam ou não às atividades. Além disso, eles insistem em reaver o pagamento do 13º, no que consideram “isonomia no tratamento” de todos os professores, grevistas ou não. Em caso de descumprimento da decisão, a Justiça determinou a aplicação de multa diária de R$ 10 mil até o fim do julgamento da ação

ENTENDA A NOTÍCIA
Os professores municipais insistem na greve por discordar dos cálculos apresentados pela Prefeitura de Fortaleza para o pagamento do piso salarial nacional, aprovado como lei desde 2008.

Marcela Belchior
marcelabelchior@opovo.com.br

EDITORIAL: EDUCAÇÃO EM GREVE



''Que o Sintep veja a Educação com a amplitude que somente ela tem, por ser o canal que ensina e molda jovens'', afirma editorial
Fonte: Diário de Cuiabá (MT)

Greve é o último argumento do professor, que somente deve lançar mão desse expediente quando toda a argumentação em defesa de seus direitos e todos seus reclames por justa melhoria salarial lhe forem negados pelo poder público ou empresa privada de Educação.

Toda greve na Educação compromete o ano letivo de 200 dias e suas consequências são sentidas pelos alunos. Portanto, as lideranças classistas dos professores e demais servidores do setor devem refletir sobre radicalização de movimento em defesa salarial.

Desde o dia 6, os 447 mil alunos da rede estadual de Mato Grosso estão fora das salas de aula das 724 Escolas dispersas nos 141 municípios, porque professores e servidores cruzaram os braços numa greve que nem mesmo os grevistas sabem até quando poderá se arrastar.

Duas são as justificativas apresentadas para a greve: convocação imediata dos 2.801professores aprovados em concurso público no ano passado e aumento salarial de 15,07% para ser incorporado à folha deste mês, o que se atendido elevaria o piso de professor de R$ 1.248,68 para R$ 1.312.

Por meio da Secretaria de Estado de Educação (Seduc) o governo responde concordando com o aumento, mas de modo escalonado. O reajuste é oferecido nas seguintes condições: 10% de imediato e 5,07% na folha de dezembro. Quanto ao chamamento dos professores a Seduc informa que 2.539 foram convocados por editais para assumirem suas funções e que os demais serão chamados até agosto.

O Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep), que lidera o movimento e representa os grevistas não aceita a proposta do governo, que sempre esteve nas pautas de renegociação desde maio e que inclusive foi intermediada pela Assembleia Legislativa nesta semana, mas sem sucesso.

Por sua vez, a Seduc argumenta não o orçamento do Estado não permite o reajuste integral imediato; acrescenta ainda que 87% de sua receita orçamentária é destinada à folha salarial restando somente 13% para construção, custeio, merenda e transporte Escolar.

A julgar pelo posicionamento do Sintep e pela intensa movimentação grevista em vias públicas em Cuiabá e algumas cidades, a greve deve ser longa e, consequentemente muito prejudicial aos alunos.

Em respeito ao professor, aos alunos e seus pais é preciso que se encontre um ponto de equilíbrio entre as partes diretamente envolvidas na questão.

O impasse entre Sintep e Seduc não se sustenta na lógica. Ir de imediato além do orçamento é impossível, porque administração não se faz com aventura, mas observando o princípio da moralidade e as regras determinadas pela Lei de Responsabilidade Fiscal.

Que o Sintep veja a Educação com a amplitude que somente ela tem, por ser o canal que ensina e molda jovens para a vida. Um curto tempo de espera por pequeno percentual de aumento salarial é ônus que todo educador tem condições de pagar em nome de seus alunos. 

PROFESSORES DO ESTADO APROVAM INDICATIVO DE GREVE



A greve da Educação poderá se ampliar a todo o estado; professores estaduais deliberaram indicativo de greve, podendo parar as atividades do setor a partir do próximo mês
Fonte: O Povo (CE)

A greve da Educação poderá se ampliar a todo o estado. Na manhã de ontem, osprofessores estaduais deliberaram indicativo de greve, podendo parar as atividades do setor a partir do próximo mês. Eles estiveram reunidos no ginásio Paulo Sarasate, em assembleia que discutiu a falta de acordo com o governador Cid Gomes (PSB).

professores chegaram a comparar o governador Cid Gomes com a prefeita Luizianne Lins (PT), o principal alvo dos professores municipais, no sentido da falta de acordo com os servidores. Eles negociam com o Governo desde o dia 9 de maio e já se encontraram em três audiências.

Uma proposta consensual, porém, ainda não foi formulada. Eles reivindicam a readequação do Plano de Cargos, Carreiras e Salários da categoria, redução da jornada de trabalho em um terço para planejamento de aulas e o piso salarial para nível médio no valor de R$ 1.597. A mesa de negociação é composta por quatro membros do Governo e quatro da categoria, mediada pelo Ministério Público.

Segundo o presidente do Sindicato dos professores e Servidores no Estado do Ceará (Apeoc), Anísio Silva, a categoria pede que o Estado acelere a apresentação de proposta e cumpra acordo de não enviar o projeto para a Assembleia Legislativa até que as partes encerrem as negociações.

Em protesto, a categoria fará ato público no próximo dia 29 em frente ao Palácio da Abolição, sede do gabinete do governador. A próxima assembleia está marcada para o dia 30, quando os professores do Estado poderão datar o início da possível greve. (MB

sexta-feira, 17 de junho de 2011

PROFESSORES EM GREVE LAMENTAM NÃO SEREM RECEBIDOS POR SECRETÁRIO NO RJ


Educadores da rede estadual realizaram passeata no Centro nesta sexta (17); categoria pede reajuste e quer o fim do corte de ponto para os grevistas

Fonte: G1
Após a passeata dos professores da rede estadual nesta sexta-feira (17), no Centro do Rio, uma comissão de educadores foi até a Secretaria de Planejamento e Gestão do estado. De acordo com o sindicato da categoria, o grupo pretendia se reunir com o secretário Sérgio Ruy Barbosa para discutir as reivindicações salariais. No entanto, segundo os professores, o grupo não foi recebido pelo secretário.
"Infelizmente, mais uma vez, não fomos recebidos por nenhuma autoridade do governo do estado. Ficamos mais de duas horas na porta da Secretaria de Planejamento, tentando negociar para que uma comissão fosse recebida pelo secretário, Sergio Ruy Barbosa, mas nos disseram que ele tinha ido almoçar e ninguém  nos atendeu. Nós deixamos nossos telefones, mas até agora não tivemos nenhum retorno", desabafou Gesa Corrêa, uma das diretoras do sindicato - o Sepe-RJ.
A Secretaria de Planejamento e Gestão informou que "o gabinete do secretário só recebeu o pedido de audiência na manhã desta sexta, motivo pelo qual foi impossível atender a solicitação".

No entanto, a assessoria de imprensa da Secretaria argumentou que Sérgio Ruy Barbosa receberá uma comissão dos professores na próxima semana, junto com o secretário de Educação do estado, Wilson Risolia.

Abraço simbólico ao fórum
Durante a manifestação, os professores deram um abraço simbólico no Fórum do Rio. A tentativa dos grevistas foi sensibilizar a juíza Isabela Pessanha Macedo, da 13ª Vara de Fazenda Pública, para que a magistrada não aceite a medida proposta pelo governo do Rio de cortar o ponto dos professores grevistas.

Segundo o sindicato, a juíza alegou que está substituindo o magistrado titular da vara, e informou que apenas ele pode cuidar do caso. Na próxima segunda-feira (20), os professores vão se reunir em uma nova assembleia para discutir os rumos da greve.
O prédio da Secretaria de Planejamento e Gestão chegou a ser cercado por policiais do Batalhão de Choque da Polícia Militar.
Reivindicações
O Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe) informou que a paralisação, que teve início no dia 7 de junho, já atinge 65% das escolas do estado. A categoria pede reajuste emergencial de 26%, incorporação imediata da gratificação do Nova Escola e ainda descongelamento do plano de carreira dos funcionários administrativos da educação estadual.


“O piso salarial do professor hoje é de R$ 610, e do funcionário administrativo, R$ 433. Estamos em greve, mas até agora o governo não quis atender nossas reivindicações, nem conversar. Portanto, a paralisação vai continuar”, disse a diretora do Sepe, Gesa Corrêa

PROFESSORES DE SEIS ESTADOS ESTÃO EM GREVE NO PAÍS


Docentes cruzaram os braços no AP, MT, MG, RN, RJ e SC

Fonte: G1
Maria Angélica Oliveira, Rosanne D'Agostino e Vanessa Fajardo

Professores de seis estados entraram em greve nos últimos dias pedindo melhorias nos salários. Os estados afetados pelas paralisações das redes estaduais são Amapá, Mato Grosso, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte e Santa Catarina. Docentes deSergipe, que estavam em greve, encerraram o movimento nesta quinta-feira (16).

Segundo a lei do piso do magistério eentendimento do Supremo Tribunal Federal (STF), um professor com nível médio deve ter remuneração de R$ 1.187 para uma jornada semanal de até 40 horas. Os valores pagos aos demais níveis - professores com licenciatura plena, pós-graduação, mestrado e doutorado - dependem dos planos de carreira de cada governo. 
No Maranhão e no Espírito Santo, os sindicatos declararam "estado de greve". Os professores do Amazonas e de Goiás não descartam fazer paralisação.
Mato Grosso
Em Mato Grosso, os professores da rede estadual estão em greve desde o último dia 6. De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT), a principal reivindicação da categoria é a aplicação imediata do piso, que eles entendem ser no valor de R$ 1.312,00. O salário-base atualmente é de R$ 1.248,68 para professores de nível médio com jornada de 30 horas semanais.

De acordo com o Sintep, a rede estadual tem cerca de 200 mil profissionais em 715 escolas. O sindicato afirma ainda que a rede possui atualmente 176 professores com formação de nível médio.
Os professores também querem a contratação de concursados e alegam que mais de 50% dos docentes da rede têm contrato temporário.
Em nota, o governo afirmou que apresentou três propostas aos professores. “A última é pagar o percentual de 5,07% que está faltando para atingir o piso da categoria (professores, apoio e técnico) no mês de setembro e não mais em dezembro.” De acordo com o governo do Estado, um último balanço mostrou que 40% das escolas estão paralisadas.
Minas Gerais
Em Minas Gerais, a greve abrange os trabalhadores da educação e começou no dia 8 de junho. Eles pedem o fim do sistema de subsídios implantado pelo governo em janeiro deste ano e a adoção de um piso salarial (salário-base) de R$ 1.597,87 para a categoria. Esse valor é calculado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação (CNTE).

O sindicato calcula que 50% da categoria tenha aderido à greve e afirma que, até o momento, não houve acordo com o governo. Já a assessoria de imprensa do governo afirmou que os canais de negociação sempre estiveram abertos, mas que não houve procura do sindicato. O governo estima que cerca de 3% das escolas estejam totalmente paradas e que outras 16,33% tenham aderido parcialmente ao movimento grevista.
O subsídio é uma forma de pagamento que incorpora todas as gratificações, vantagens, abonos e adicionais recebidos pelos servidores numa parcela única. Em janeiro, todos os profissionais foram levados para o subsídio. Quem quiser voltar ao sistema anterior tem até agosto para solicitar a transferência. O governo não soube informar quantos servidores já pediram para deixar o sistema de subsídio.
No sistema anterior, a remuneração é composta de: salário-base (ou piso) e gratificações, abonos, adicionais etc. O salário-base de um professor com formação de nível médio em início de carreira é salário-base R$ 369,89 para uma jornada de 24 horas semanais. Com adicionais, o valor chega a R$ 935, segundo o sindicato. Se esse professor quiser permanecer no subsídio, ganhará R$ 1.122, sem outros adicionais.
O sindicato quer que o aumento do piso para R$ 1.597,87 seja concedido em cima do salário-base atual, de R$ 369,89. O argumento é que, fora desse sistema, ou seja, com o subsídio, não há mais reajustes progressivos como biênios e qüinqüênios e “perspectiva de futuro”. Assim, na visão do sindicato, profissionais qualificados e com diferentes tempos de carreira ganhariam o mesmo valor. O governo, no entanto, diz que há sistemas de progressão e promoção na carreira por tempo de serviço e escolaridade.
Já um professor em início de carreira com nível de licenciatura plena tem salário-base de R$ 550,54 para uma jornada de 24 horas, segundo o sindicato. Com adicionais e gratificações, o valor vai para R$ 935. No sistema de subsídio, esse mesmo professor recebia R$ 1.320, segundo o sindicato.

O governo acrescenta ainda que, desde 2007, quando foi realizado o último concurso público para as carreiras da educação, o nível mínimo exigido para ingresso no magistério em Minas Gerais é a licenciatura plena. Ou seja, não há mais ingresso na carreira de professores com formação equivalente ao ensino médio.

Rio Grande do Norte
A greve no Rio Grande do Norte começou no dia 2 de maio e tem adesão de 90%, segundo o sindicato. O governo calcula que a adesão das escolas esteja em torno de 47%.

Os profissionais querem o cumprimento do piso nacional e a revisão do plano de carreira. No estado, os professores com nível médio recebem R$ 664,33 por uma jornada de 30 horas semanais, segundo dados do governo.
Diante da greve da categoria , o governo propôs equiparar o salário do professor com nível médio ao piso nacional a partir de junho e dar aumento para os outros níveis a partir de setembro, mas de forma dividida até dezembro. A cada mês haveria aumento de 7,6% até chegar a 34%, segundo a secretária adjunta do estado, Adriana Diniz.
De acordo com José Teixeira da Silva, um dos coordenadores gerais do sindicato, os professores não aceitam essa proposta e defendem que a secretaria conceda aumento a todos os profissionais pelo menos a partir de julho.
Rio de Janeiro
No Rio de Janeiro, os professores e funcionários administrativos da rede estadual entraram em greve no dia 7 de junho com três reivindicações principais. A primeira é de aumento de 26%. Segundo Sérgio Paulo Aurnheimer Filho, um dos coordenadores do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do Rio de Janeiro (Sepe-RJ), o percentual corresponde ao crescimento de arrecadação do estado nos últimos três anos.

“A gente acha que é muito possível, do ponto de vista legal, esse aumento. O estado do Rio de Janeiro é o que menos gasta com funcionário. Não tem outro estado que a gente tenha conhecimento, pelos dados do Dieese, que tenha percentual menor de gasto com funcionalismo”, afirma.
As outras reivindicações são a incorporação de gratificações ainda este ano e a regulamentação do plano de carreira dos funcionários administrativos. O sindicato estima que 60% dos profissionais tenham aderido à greve. Segundo Aurnheimer, já houve uma audiência com a secretaria de Educação, mas não houve acordo. O próximo passo, afirma, será buscar o apoio dos deputados estaduais nas negociações.
Santa Catarina
Os professores da rede estadual entraram em greve no dia 18 de maio em Santa Catarina. Eles pedem a aplicação do piso, a realização de concurso público e a regularização da situação dos ACTs, que são professores admitidos em caráter temporário. Também pedem investimentos em infraestrutura nas escolas.

No estado, o salário-base é de R$ 609,46 para um professor de nível médio e de R$ 993,12 para professores de nível superior, segundo dados informados pela Secretaria de Educação. Nos dois casos, a jornada é de 40 horas semanais.
O governo calcula que 65% das escolas tenham aderido à greve e que 70% dos alunos tenham sido atingidos. Ainda segundo o governo, as aulas serão repostas. Já o sindicato que representa os professores afirma que 92% das escolas estão paralisadas.
O secretário-adjunto da Secretaria de Educação de Santa Catarina, Eduardo Deschamps, disse que a defasagem foi corrigida com uma medida provisória enviada à Assembleia Legislativa no dia 23 de maio.
Segundo ele, os professores com formação de nível médio vão passar a receber salário-base de R$ 1.187 e que os de nível superior receberão entre R$ 1.380 até R$ 2.317, dependendo da titulação, sem contar abonos e adicionais de regência.
O secretário diz que haverá uma folha de pagamento suplementar para cobrir as diferenças do reajuste e que o próximo salário referente ao mês de junho já terá o novo valor. A expectativa da secretaria é que os professores retomem as atividades ainda nesta semana. O sindicato, no entanto, afirma que ainda pretende discutir a tabela de salários.
Amapá
No Amapá, os profissionais estão em greve há 28 dias pela aplicação do piso nacional. Representantes do Sindicato dos Servidores Públicos em Educação no Amapá (Sinsepeap) foram recebidos pelo governador Camilo Capiberibe nesta quinta-feira. Os rumos do movimento devem ser decididos em assembleia na manhã desta sexta-feira (17).

O professor de nível médio tem salário-base de R$ 1.053,83 por uma jornada de 40 horas semanais, segundo dados fornecidos pelo governo.
Por e-mail, o governo afirmou que "tem interesse de acabar com a greve, afinal os alunos não podem ser prejudicados, porém assumimos o estado cheio de dívidas, e o Governo do Estado não pode se comprometer com algo que no momento não pode cumprir. Um dos pontos fortes dessa gestão é a valorização do servidor e isso passa pelo pagamento do piso também.”
'Estado de greve' e paralisações em outros estados
No Espírito Santo, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública afirma que a rede estadual está em “estado de greve” pela aplicação do piso nacional e de um plano de carreira. Para o sindicato, o estado não deveria ter incorporado gratificações para compor o salário-base e a remuneração por vencimento teria de sofrer uma complementação de 44,76% para alcançar o piso nacional.

No estado, a Secretaria de Educação criou um sistema de subsídio em dezembro de 2007. Segundo o governo, o sistema é uma modalidade de remuneração em parcela única, sobre a qual não incidem gratificações. A adesão é voluntária.
No Maranhão, os professores estão em "estado de greve", segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública. Houve uma paralisação de 78 dias que terminou no último dia 4, sem acordo. Os professores querem a adequação ao piso nacional, plano de carreira e repasses do Fundo Nacional da Educação Básica (Fundeb). Além disso, a categoria critica o governo por incorporar as gratificações ao salário-base.
No Amazonas, a possibilidade de greve não está descartada, segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública. A entidade informou que o piso estadual foi atualizado em 2011, mas disse que os valores novos incorporaram gratificações irregularmente.
Em Goiás, o Sindicato dos Trabalhadores de Educação informou que há indicativo para que uma paralisação aconteça no segundo semestre, reivindicando o piso nacional.
No Piauí, o Sindicato dos Trabalhadores na Educação fez greve por 18 dias entre março e abril. Com a paralisação, houve a implantação do piso salarial nacional, segundo o sindicato. Os professores agora negociam o reajuste das gratificações. “O governo deu para todos os servidores, menos para os professores”, disse o diretor de assuntos educacionais do sindicato, João Correa da Silva.

(*colaboraram Alex Araújo, Fernanda Nogueira, Marcy Monteiro e Tatiane Queiroz).