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sábado, 1 de dezembro de 2012

Estudantes chegam à fase final da Olimpíada de 'Português'

01 de dezembro de 2014

Os alunos são da rede estadual de ensino e relatam a experiência vivida na fase semifinal

Fonte: ORM News



O estudante Wilcles de Souza Freitas, da Escola Estadual de Ensino Médio Prof. José Edmundo Queiroz, em Marituba e Bárbara Cristina Santos de Sousa, da Escola Estadual de Ensino Médio Padre Eurico, de Vitória do Xingu, são os dois representantes do Pará na final da 4ª edição da Olimpíada de Língua Portuguesa – Escrevendo o Futuro. Os alunos estiveram em Brasília (DF), no último dia 17 de novembro, para concorrer à etapa regional de Artigos de Opinião e foram classificados para final que acontece nos próximos dias 16 e 17 de dezembro, em Brasília (DF).
Para Bárbara Sousa, de Vitória do Xingu, conhecer Brasília trouxe novas perspectivas. “Tive acesso a outras pessoas nos três dias e pudemos trocar experiências”. O estudante Wilcles Freitas relata também que a experiência foi proveitosa. “Sou grato a todos que me apoiaram e me deram forças para participar desta olimpíada e não me arrependo de nada, pois tudo foi proveitoso. Que oportunidades como essa venham muitas e muitas vezes para incentivar os jovens a escrever o futuro”, desta o estudante. Bárbara acredita na vitória. “Se eu estou na final, eu tenho chances”.
Os finalistas das quatro categorias da Olimpíada estiveram em Brasília acompanhados de seus professores. A professora Silene Nascimento Faro, acompanhou o estudante Wilcles. Já Bárbara, foi acompanhada da professora Ivanete da Silva Paixão. As atividades programadas, para os alunos que chegaram nessa fase da Olímpiada, incluíram visitas a pontos turísticos da capital federal, produção de novos textos, compra de livros e cerimônia de premiação.
“Conhecemos um pouco da cultura de cada pessoa, de cada estado que compõe o nosso país “Brasil”, aprendemos uns com os outros, aprendemos a gostar de pessoas que nunca vimos antes, tivemos acesso aos melhores artigos do Brasil feitos por nós alunos que vivem a escola pública do país”, relata Wilcles.
Atividades das Olímpiadas – Os alunos tiveram, durante a Olímpiada, a oportunidade de dividir experiências e viver momentos de reflexão. “Todos os participantes se dividiram conforme as cores das pulseiras e fomos para as salas de encontros onde nos apresentamos para os demais companheiros de sala, fazendo com que se tivesse um bom relacionamento no grupo”, conta Wilcles.
Os alunos também tiveram encontros para reescrever seus artigos de opinião e produzir outro, com base no tema “Redes Sociais e Juventude”. “Além disso, conversamos sobre o debate que aconteceu no último dia da regional com o mesmo tema do novo artigo “Redes Sociais e Juventude”, explica Wilcles. Os alunos reescreveram os artigos com o intuito de identificar alguns erros e concertá-los, com dicas para melhorar a estrutura textual e, para os professores, sugestões para organização e condução de trabalhos em grupo.
Como parte das atividades das Olímpiadas, os alunos que participaram da semifinal estiveram em uma livraria montada no próprio hotel e, todos os alunos, ganharam um saldo de R$ 300,00 e os professores R$ 120,00 para comprar livros. “Logo após a livraria voltamos para a sala de encontro e produzimos um novo artigo de opinião com a seguinte questão polemica: O intenso uso de redes sociais traz mais desvantagens do que vantagens para a juventude?”, lembra Wilcles. Os textos abordavam os seguintes temas: Redes sociais e isolamento social, Redes sociais e consumo, Redes sociais e privacidade e Redes sociais e debate, temas também discutidos durante o debate.
Na noite do último dia da fase semifinal, foi realizada a cerimônia de premiação que foi transmitida ao vivo pelo site da TV Escola. Nesta cerimônia foram apontados os 38 alunos e professores finalistas da Olimpíada. Isso trouxe à aluna vontade de fazer vestibular em outras cidades. “Eu penso em fazer jornalismo. Quero tentar em outra cidade”.
Olímpiada - A Olimpíada tem caráter bienal e, em anos pares, realiza um concurso de produção de textos que premia as melhores produções de alunos de escolas públicas de todo o país. Na 3ª edição participam professores e alunos do 5º ano do Ensino Fundamental (EF) ao 3º ano do Ensino Médio (EM), nas categorias: Poema no 5º e 6º anos EF; Memórias no 7º e 8º anos EF; Crônica no 9º ano EF e 1º ano EM; Artigo de opinião no 2º e 3º anos EM. Nos anos ímpares, desenvolve ações de formação presencial e a distância, além da realização de estudos e pesquisas, elaboração e produção de recursos e materiais educativos.
Uma iniciativa do Ministério da Educação (MEC) e da Fundação Itaú Social, com coordenação técnica do Cenpec — Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária, a Olimpíada de Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro tem como parceiros na execução das ações o Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), a União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) e o Canal Futura.

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

GREVE: CPERS QUER REUNIÃO


Para o governador Tarso Genro, até agora não existiu greve de professores no Rio Grande do Sul
Fonte: Correio do Povo (RS)


Para o governador Tarso Genro, até agora não existiu greve de professores no Rio Grande do Sul. Em entrevista à Rádio Guaíba, após ter participado de atividade do Partido dos Trabalhadores (PT), sábado no Cais do Porto da Capital, ele afirmou:"Na nossa avaliação, não teve greve. Teve algumas faltas ao serviço. Isso não nos tira o respeito pelo movimento, mas greve não houve".

Sobre o pedido do Cpers/Sindicato de audiência com o governo para a tarde desta segunda-feira, Tarso não deu resposta clara e deixou o tema sem definição. "Estamos examinando. Parece que, na segunda, eles têm uma reunião para consolidar a sua posição", assinalou.

Na avaliação do governador, o projeto de lei de incorporação de 45% das gratificações aos servidores da Fazenda é parte das ações do Executivo para recompor salários de vários níveis do funcionalismo. "Nós estamos fazendo isso com várias categorias.

Eles tiveram aumento real de 6%, não é nem um terço do aumento que demos aos brigadianos. Estamos fazendo discussão com todas as categorias. No caso da Fazenda, ocorria discussão há oito meses, e o Ministério Público havia comunicado que a gratificação como estava sendo paga não podia continuar".

A presidente do Cpers, Rejane de Oliveira, garantiu que a mobilização dos trabalhadores em Educação permanecerá, com a vigília em frente ao Palácio Piratini e nos 42 núcleos regionais, rebatendo a interpretação de Tarso de que não existe greve.

De acordo com a dirigente sindical, a categoria espera que o governo estadual confirme reunião para esta segunda-feira. "Recebemos da Casa Civil a orientação de pedir a audiência por meio de um ofício. Foi o que fizemos. Agora, esperamos que haja uma posição clara do Executivo para marcar o encontro. Quem disse que quer o diálogo foi o governo. Então, estamos esperando", declarou a presidente do Cpers

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Um novo experimento na Escola Campos Salles

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Numa das maiores ex-favelas de São Paulo, alunos agora elegem “prefeito” e “vereadores”. Inovações incluem fim das aulas clássicas, nova relação aluno-professor e estímulo à pesquisa e aprendizado em grupo
Por Patrícia Gomes, no Porvir
Quem ouve o prefeito, os secretários e os vereadores falarem não acredita. Explicam em pormenores como tudo funciona, resolvem conflitos, debatem assuntos de interesse de seus pares, escutam suas reivindicações, discutem como encaminhá-las. Em tempos de eleição, daria até para pensar que o grupo é formado por políticos vencedores do primeiro turno já montando suas equipes. Mas não. São alunos com idades entre 10 e 15 anos, eleitos para serem os primeiros gestores da república de crianças recém-constituída na Emef Presidente Campos Salles, escola pública localizada em Heliópolis, segunda maior favela de São Paulo, que se inspirou na Escola da Ponte para adotar um modelo de educação democrática.
Na república da Campos Salles, as crianças eleitas têm poder de decisão, inclusive em assuntos que os alunos nem sempre são benvindos, como questões administrativas e regras gerais de funcionamento da escola. E o que eles decidem, se for viável, tem poder de lei. A escola tem um prefeito, Wilas de Arruda,15, e quatro secretários responsáveis pelas áreas de Cultura e Esporte, Comunicação, Convivência e Diversidade, Saúde e Meio Ambiente. Além de cerca de 30 vereadores e suplentes. Todos responsáveis por se envolver na gestão de uma escola com 1.100 alunos de ensino fundamental.r
A primeira ação dos vereadores foi a elaboração de três espaços para, segundo os próprios pequenos gestores, “dar mais voz aos alunos”, a árvore de sonhos, o muro das lamentações, a caixa de sugestões. Por enquanto, só a árvore de sonhos ficou pronta – os vereadores e o prefeito colheram galhos pelo terreno da escola e terminaram a confecção ontem mesmo. Nela, os alunos devem pendurar seus desejos, algo que gostariam de alcançar – e aí vale qualquer coisa, desde uma aula diferente que têm vontade de ter até um bem coletivo para a escola. “Se alguém quiser sugerir a cobertura da quadra, por exemplo, é só escrever na árvore que nós vamos discutir para ver se dá para fazer”, explica Jackson da Silva, 11, secretário da Cultura e do Esporte.
A república das crianças não é um contexto isolado de participação dos alunos na Campos Salles. Desde 2005, a escola vem adotando processos de ensino que buscam empoderar as crianças e compartilhar com elas a responsabilidade de gerir a escola. Quem capitaneia o modelo, chamado pelos professores apenas de “projeto”, é o diretor Braz Nogueira, à frente da escola há 17 anos. Para entender como foi a implantação da educação democrática, no entanto, é preciso voltar no tempo. “Hoje a escola está muito diferente. Duas horas depois de eu chegar, em 1995, eu coloquei as mãos na cabeça e perguntei: ‘o que eu estou fazendo aqui?’”, conta o diretor.
Escola da comunidade
A época era outra, diz Braz. Heliópolis convivia com a violência, as chacinas eram recorrentes e os traficantes haviam imposto um toque de recolher. Foi uma tragédia, o assassinato de uma aluna do turno da noite nas imediações da escola na saída da aula que fez tudo começar a mudar, lembra o diretor. “Aquela morte me revoltou. Eu percebi que nós estávamos sendo omissos.” Ainda no velório, ele começou a conversar com professores e lideranças locais para convencê-los de que era preciso fazer alguma coisa.  “A gente não podia mais aceitar a banalização da violência”, diz o diretor, que convocou uma caminhada pela paz nas ruas favela. O movimento começou pequeno, mas, ano após ano, foi ganhando força e trazendo a comunidade para dentro da escola.
Nos anos que se seguiram, do fim da década de 90 ao início dos anos 2000, a Campos Salles passou a consolidar sua boa relação com o entorno e foi se tornando um modelo. Em 2002, conta Braz, outro episódio colocou essa relação à prova. Cerca de 20 computadores novos foram roubados de dentro da escola. “Saí pelas ruas e pelos bares de Heliópolis dizendo: não foi a escola que foi roubada. Foram seus filhos!”, lembra. Dias depois, ele foi abordado por alguns rapazes que disseram que devolveriam os computadores na rua de trás da escola. Dito e feito. Recuperou os computadores.
O projeto
A boa relação com a comunidade, porém, ainda não se refletia na relação entre alunos e professores. “O estudante ainda não era visto como um ser integral, capaz”, lamentava Braz, que fazia uma pós-graduação e resolveu, como projeto final, adaptar e implantar as ideias da Escola da Ponte na Campos Salles. “Lá eles tinham 180 alunos e era turno integral. Aqui tínhamos mais de mil e quatro turnos. E se o caos se instalasse?”, temia Braz, que foi buscar ajuda na Emef Desembargador Amorim Lima, escola da mesma rede e que já adotava a metodologia. Nos anos de 2006 e 2007, a escola começou a mudar a sua abordagem pedagógica.
Em vez da sala de aula clássica, as turmas passaram a ser divididas em grupos. No lugar da aula expositiva, as atividades seguiam um roteiro de estudo, em que os próprios alunos deveriam buscar informações e construir seu aprendizado. O Ideb da escola aumentou, tudo ia bem, mas elas ainda estavam lá: as paredes. “No final de 2007, chamei m grupo de professores e perguntei se eles apoiavam que eu tirasse as paredes das salas. Eles disseram que sim. Quando voltaram, no outro ano letivo, eu tinha derrubado tudo.”
Braz transformou as salas de aula das mesmas séries em quatro grandes salões, cada um com mais de cem alunos, que sentam em grupos de até quatro pessoas. Os roteiros de todas as disciplinas são entregues, em média, uma vez por mês. O professor da disciplina faz uma orientação específica e deixa os roteiros com os alunos, que vão cumprindo as atividades na ordem que acham melhor. Quando têm dúvida, procuram os colegas do grupo ou os professores – ficam, pelo menos três por salão – para tirar as dúvidas.
Mas e se não tiver um professor da disciplina que os alunos estão com dúvida? “É exatamente isso que faz o projeto ser revolucionário”, diz o diretor. “Todos os professores devem saber o que os colegas estão trabalhando em seus roteiros. Se não souberem, têm que buscar a resposta ou com os colegas ou com alunos do salão que tenham solucionado o problema.” Com mais autonomia, os estudantes são estimulados a descobrirem o que gostam mais de fazer, a entenderem seus sonhos. “Antes, a gente perguntava para os alunos o que eles queriam ser e eles não sabiam. Hoje, todo mundo tem um sonho e sabe qual ele é”, afirma o diretor.
O formato, claro, causou estranheza no início e até hoje tem quem goste e se adapte e tem quem não goste, sejam alunos e professores. “Aqui está nascendo um novo professor e um novo aluno. Mas todo parto é doloroso”, diz Braz, que já poderia estar aposentado há quatro anos, mas segue no comando da escola.

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Colégios Liessin e Santo Inácio dão uma lição de tolerância religiosa


12 de Outubro de 2012


Escola judaica promove concurso para levar aluno católico a Israel e Polônia

Fonte: O Globo (RJ)

RIO - Enquanto o mundo se divide em guerras religiosas, alunos dos colégios Liessin e Santo Inácio dão um exemplo de tolerância e convivência pacífica. Na tarde desta quinta-feira (11), vinte estudantes do 1º ano do ensino médio da escola católica assistiram a uma aula sobre Holocausto e Israel, que servirá de subsídio para um concurso promovido pelo centro de ensino judaico. O vencedor ganhará uma viagem paga pelo Liessin para a Marcha da Vida, que passa por Israel e por campos de concentração na Polônia.
A ideia partiu dos coordenadores de estudos judaicos do Liessin, Rafael Bronz e Anita Goldberg, responsáveis pela aula e pelas apostilas de apoio para os estudantes do Santo Inácio fazerem uma prova na próxima quarta-feira (17). Mas o diálogo interreligioso entre os dois colégios remonta há seis anos, quando começou o projeto Vizinhos de Portas abertas, que promove encontros entre alunos de ambos para entender as diferenças e semelhanças entre eles.
— Achamos importante que pessoas que não fazem parte da comunidade judaica participem da Marcha da Vida. Como já havia uma parceria com o Santo Inácio, fizemos o convite. A experiência é muito forte, e os jovens têm o poder de multiplicar o conhecimento para que episódios como o o Holocausto nunca se repitam — explicou Anita.
A judia Luciana Deusch, de 16 anos, deu as boas vindas aos colegas católicos na entrada da Sucá, uma cabana judaica, dentro da qual cerca de 30 adolescentes se sentaram para responder a dúvidas e curiosidades das duas religiões.
— Essa cabana representa a proteção que Deus mandou durante os 40 anos que os judeus passaram andando no deserto quando saíram do Egito — explicou Luciana. — Todos são muito bem-vindos.
A inaciana Clara Braem se sentiu em casa.
— Adorei a experiência e aprendi muita coisa. Conhecer o judaísmo é entender a origem da minha religião cristã. É importante respeitar as diferenças, mas vi que também temos muitas semelhanças — disse a menina, de 15 anos.
Após explicar que os judeus usam o quipá para nunca esquecer que Deus está acima dos homens, Marcelo Liberman, de 16 anos, também quis saber quais eram as principais datas e feriados católicos, como o desta sexta-feira (12), Dia de Nossa Senhora Aparecida.

— Há tantos conflitos religiosos no mundo, e mostramos que através do diálogo não precisamos tomar nenhuma decisão precipitada.
As professoras de ensino religioso do Santo Inácio Rosana Lourenço e Sílvia Corrêa, que preparam estudantes para o sacramento da Crisma (confirmação do Batismo), também aprovaram a iniciativa.
— Você só confirma sua fé quando tem liberdade para ouvir o outro sem querer que ele seja igual a você — diz Sílvia.
Enquanto isso, outro grupo de alunos do Santo Inácio assistia à aula do professor Rafael Bronz sobre o Holocausto. A atenção era tamanha, que Bernardo Miranda, de 15 anos, só quis falar com o repórter após o término.
— Quis prestar bastante atenção à aula para fazer a prova com propriedade e tentar ganhar a viagem. Vai ser logo depois da Semana Santa e seria uma experiência muito emocionante — acredita o estudante católico.
Para completar o clima de sicretismo religioso, a envagélica Deborah Cabral, também aluna do Santo Inácio, está entre as candidatas do concurso. Filha de um pastor da Igreja Presbiteriana, a estudante se interessa pelo assunto.
— Meus pais se conheceram em Israel e estudo muito sobre o Holocausto — conta a menina de 15 anos. — Mesmo não sendo judia, é importante conhecer a história, para que ela nunca mais se repita.

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Aulões para Enem entram no impasse de greve na Bahia
João Paulo Gondim - iG Bahia - iG Último Segundo - 09/07/2012 - São Paulo, SP

A greve dos professores da rede estadual de ensino na Bahia chega aos 90 dias nesta segunda-feira, dia 8, sem perspectiva para acabar. Até mesmo os aulões de reforço instituídos pelo governo para atenuar os prejuízos aos alunos do 3º ano do ensino médio são questionados e considerados um exemplo da intransigência do governador Jaques Wagner pelos grevistas, que por sua vez não aceitam as propostas de reajuste recebidas até agora.

A vice-coordenadora do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia (APLB), diz que o governador não quer dialogar com a categoria e conceder o reajuste de 22,22%, acordado em 2011, mas paga R$ 250 por hora-aula para os profissionais contratados para dar aulas preparatórias para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e vestibulares. Professores da rede ganham R$ 5 por hora-aula.

Para ministrar 384 aulões, o governo contratou sem licitação a Abais Conteúdos Educativos e Produção Cultural, empresa do professor Jorge Portugal, e vai desembolsar cerca de R$ 1,6 milhão. Tais `aulões` são ministrados em 13 bairros da capital e em outros 11 municípios.

`Pedimos ao MP um posicionamento frente à contratação de uma empresa por um valor altíssimo, alegando que era para pagar o custo da hora-aula para esses profissionais. E não houve licitação. Nós, inclusive, fizemos um cálculo: o valor da hora-aula de professor de colégio particular é de R$ 8. O de cursinho, R$ 30. Então o que justifica o governo pagar R$ 250 por hora-aula?`, questionou.

A Secretaria Estadual de Educação diz que `a contratação se deu em caráter emergencial, que dispensa licitação, conforme previsão legal, tendo em vista a necessidade de minimizar os prejuízos causados pela greve dos professores aos estudantes concluintes do ensino médio da rede estadual que vão prestar provas do Enem e vestibulares`.

O `aulão` tem quatro horas e reúne de 500 a 700 alunos por sala. O conteúdo é o cobrado no Enem: matemática, linguagens, ciências da natureza e ciências humanas.

Márcio Carlos Santos, 18, foi um dos 400 estudantes que acompanharam o primeiro aulão, na semana passada, no colégio Parque, no bairro Caixa d`Água. `Gostei porque falaram dos problemas gerados pelo tráfico de drogas. Mas o mais massa era o show de reggae no intervalo`, disse.

Além dos aulões, para atender aos cerca de 22 mil estudantes do terceiro ano do ensino médio em Salvador - são 72 mil em toda a Bahia -, o governo convocou 706 professores temporários e 545 em estágio probatório para darem aulas regulares em 19 escolas da capital. Desse modo, há a mistura de estudantes de diferentes colégios na mesma turma.

Um desses 19 polos é o Colégio Estadual Mário Augusto Teixeira de Freitas, no bairro Nazaré. Nessa unidade há aula para alunos de outras seis escolas, num total de 260 alunos. Porém, esse número é inferior ao de estudantes do próprio terceiro ano do Teixeira de Freitas: 360 em um universo de 2.150.
Elaine Petronílio, 17, estuda no Teixeira de Freitas e reclamou das aulas. `As matérias não avançam o assunto. Temos aulas da mesma disciplina, com professores diferentes, mas os assuntos não mudam`.
Colega de Elaine, Douglas de Lima, 17, afirmou não se sentir preparado para o Enem. `Não me inscrevi [para o exame], pois não sei se essas aulas dão o conteúdo que realmente vai cair na prova`, disse o estudante.

Cinquenta e sete temporários foram demitidos por não comparecerem às escolas onde foram escalados para lecionar. Outros três, em estágio probatório, foram afastados sob a suspeita de impedir a realização das aulas. O iG tentou entrevistar professores temporários, mas ninguém quis se pronunciar. Um deles, sem se identificar, declarou que `estamos vivendo tempos de ditadura`.
 
Negociações
O reajuste de 22,2% reivindicado pelos professores, foi prometido pelo governo em novembro de 2011.

Para encerrar a paralisação, o governo acenou, com aumento de 7,29%, em novembro, para professores com licenciatura que fizerem cursos de qualificação organizados pelo Estado. Além disso, haveria mais um reajuste de 7% em abril do ano que vem.

A categoria recusou essa proposta. De acordo com os docentes, isso não contempla professores aposentados, em estágio probatório e em licença médica. Eles também dizem que essas garantias foram oferecidas pelo governo, e rejeitadas pela classe, antes da deflagração da greve.

Por sua vez, o governo do Estado afirma não ter verba suficiente para dar aumento superior ao já proposto, e que eventual atendimento da exigência da APLB resultará em transgressão à Lei de Responsabilidade Fiscal.

Segundo o sindicato, 30 mil professores aderiram à greve de um universo de 36 mil, prejudicando 1 milhão de em um universo de 1,1 milhão de estudantes, espalhados em 1.141 escolas. Já de acordo com a Secretaria de Educação, 76% das escolas da rede estão em funcionamento. Das 1.141 unidades, 1.065 têm aulas.
Estudantes aprovados no Sisu têm até hoje para fazer matrícula
Amanda Cieglinski - Agência Brasil - 09/07/2012 - Brasília, DF

Os estudantes aprovados no Sistema de Seleção Unificada (Sisu) têm até hoje (9) para comparecer às instituições de ensino nas quais foram selecionados e fazer a matrícula. O processo seletivo para o segundo semestre deste ano ofereceu 30 mil vagas em 56 universidades públicas e institutos federais de educação profissional.

Nesta edição, 642 mil candidatos se inscreveram no Sisu. Após o fim do prazo, será convocada a segunda chamada, prevista para 13 de julho.

O Sistema de Seleção Unificada foi criado para unificar a oferta de vagas em universidades públicas, em substituição aos vestibulares tradicionais. As vagas são disputadas pelos estudantes a partir da nota obtida no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

domingo, 8 de julho de 2012

Estudantes aceitam proposta da UnB e desocupam gabinete de reitor
Do G1 DF - G1 Globo.com - 08/07/2012 - Rio de Janeiro, RJ

Os estudantes que ocuparam o gabinete do reitor da Universidade de Brasília (UnB), na última terça-feira (3), deixaram o prédio da reitoria na tarde deste sábado (7). O Diretório Central dos Estudantes (DCE) considerou que a proposta do Decanato de Assuntos Comunitários atendeu às reivindicações do movimento estudantil.

Em reunião na noite da última quinta-feira (5), a universidade se comprometeu em incluir na pauta da próxima reunião da Câmara de Assuntos Comunitários, que será realizada no final de julho, o debate sobre as mudanças na assistência estudantil.

O movimento reivindica principalmente o fim da contrapartida exigida aos alunos que recebem bolsa. “Para um estudante de baixa renda ter direito a uma bolsa no valor de R$ 465, ele precisa trabalhar 12 horas semanais na instituição em projetos de pesquisa e extensão”, disse o coordenador-geral do DCE-UnB, Otávio Torres.

O grupo quer que a UnB mantenha o benefício avaliando apenas o rendimento escolar do estudante. Torres informou ainda que se a pauta for aprovada pela Câmara de Assuntos Comunitários, ela ainda terá que ser analisada pelo Conselho de Administração e pelo Conselho Superior.

A decana de Assuntos Comunitários, Carolina Cássia, informou que as reivindicações precisam ser amplamente discutidas. “A universidade está em greve, que já paralisa muitas coisas, os andamentos mínimos que a gente tem que dar. A greve atrapalha muito as agendas e fluxos de processo”, diz.

O movimento estudantil aguarda ainda uma resposta da UnB sobre o auxílio-moradia para um número maior de alunos e que seja feito o pagamento de indenização aos estudantes pelo fechamento do Restaurante Universitário (RU). Além disso, os estudantes querem que a universidade negocie com o DFTrans para garantir o passe estudantil durante a greve.
Ex-reitor da Universidade Federal de Sergipe é eleito presidente do CNE
Do G1 SE - G1 Globo.com - 08/07/2012 - Rio de Janeiro, RJ

José Fernandes de Lima, membro da Câmara de Educação Básica, é o novo presidente do Conselho Nacional de Educação (CNE). Ele foi eleito após a solenidade de posse dos 12 conselheiros do órgão na sede do conselho, em Brasília, com a presença do ministro Aloizio Mercadante.

O ministro assinou os termos de posse dos conselheiros Erasto Fortes Mendonça, José Eustáquio Romão, Luiz Fernandes Dourado, Luiz Roberto Liza Curi, Sérgio Roberto Kieling Franco e Benno Sander, que ocupam assentos na Câmara de Educação Superior. O mandato dos conselheiros tem duração de quatro anos.

Na Câmara de Educação Básica foram empossados Antonio Ibañez Ruiz, José Francisco Soares e Luiz Roberto Alves. Também foram reconduzidos para a mesma câmara os conselheiros Francisco Aparecido Cordão, Raimundo Moacir Mendes Feitosa e José Fernandes de Lima, depois eleito presidente do Conselho.

O professor Lima é aposentado do Departamento de Física da UFS. Foi reitor de 1996 a 2004. Possui graduação (bacharelado) em Física pela Universidade Federal de Pernambuco (1978), especialização em Física pela Universidade Federal de Sergipe (1982) , mestrado em Física pela Universidade de São Paulo (1987) e doutorado em Física pela Universidade de São Paulo (1991) . Tem experiência na área de Física , com ênfase em Física da Matéria Condensada, atuando principalmente nos seguintes temas: Calcita, Defeitos, Termoluminescência.

sábado, 7 de julho de 2012

TJ determina suspensão da greve de professores na Bahia
Agência Estado - iG Último Segundo - 07/07/2012 - São Paulo, SP

A desembargadora Dayse Lago Coelho, do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), determinou, na tarde de sexta-feira, a imediata suspensão da greve dos professores da rede estadual, que já dura 88 dias. A decisão, em caráter liminar, obriga os docentes e outros servidores da rede a retornar ao trabalho, sob pena de multa diária de R$ 10 mil ao Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia (APLB-Sindicato).

A decisão da desembargadora, acolhendo pedido da Procuradoria Geral do Estado, foi tomada menos de dez dias após os professores comemorarem a anulação, por parte do Supremo Tribunal Federal (STF), da decisão da Justiça da Bahia que havia apontado a ilegalidade da paralisação, no dia 29. Na deliberação do STF, a responsabilidade para julgar a questão era do TJ-BA.

Apesar da determinação do TJ, as lideranças do movimento grevista afirmaram que vão manter a paralisação e recorrer da decisão. A próxima assembleia dos docentes está agendada para a próxima terça-feira.

Os professores reivindicam reajuste salarial linear de 22,22% para toda a categoria, pago até o fim do ano. O governo, que concedeu o mesmo índice de aumento apenas aos professores da rede que não têm curso superior (para que eles pudessem ser enquadrados dentro do piso nacional da categoria), argumenta que o orçamento não comporta o pleito.

Foi oferecido aos docentes que têm curso superior (e já recebiam mais do que o piso nacional) reajuste automático de 6,5%, o mesmo que receberam os demais servidores do Estado este ano, além de duas progressões de carreira, em novembro e abril. De acordo com a administração estadual, com as progressões, os reajustes salariais da categoria seriam de entre 22% e 26%.

sexta-feira, 6 de julho de 2012

Justiça nega pedido do MPF para anular resultados do Sisu
Amanda Cieglinski - Agência Brasil - 06/07/2012 - Brasília, DF

A Justiça Federal no Ceará negou pedido do Ministério Público Federal (MPF) no estado para suspender os resultados do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) do segundo semestre de 2012. O MPF pediu a anulação do processo seletivo justificando que as 30 mil vagas oferecidas deveriam ser distribuídas aos alunos que se inscreveram no Sisu do início do ano e não foram selecionados na ocasião.

Criado em 2009 pelo Ministério da Educação (MEC), o Sisu visa unificar a oferta de vagas em instituições públicas de ensino superior, em substituição ao vestibular. O processo ocorre duas vezes por ano, antes do início de cada semestre letivo. Para se candidatar às vagas do Sisu, o estudante precisa ter participado do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

Quem fez a prova de 2011 em outubro passado, pôde disputar tanto as vagas oferecidas no início do ano quanto às da edição atual, cujo resultado foi divulgado no dia 25 de junho.

O argumento do MPF era de que as vagas do segundo semestre deveriam ser distribuídas entre os candidatos inscritos no processo do início do ano, mas que não tinham sido aprovados. O órgão levantou ainda a hipótese de que alunos já aprovados no Sisu do primeiro semestre estivessem concorrendo novamente para favorecer um esquema de comercialização de vagas em universidades públicas.

De acordo com a decisão da juíza federal Elise Frota, as provas apresentadas pelo MPF não são suficientes “para acolher o pleito”.
A Lei que faltava – Gestão Universitária Entrevista
Da Redação - Revista Gestão Universitária - 06/07/2012 - Belo Horizonte, MG

Foi encaminhado para sanção da Presidenta Dilma o Projeto de Lei nº 11/2007, que dispõe sobre a elaboração e o arquivamento de documentos em meios eletromagnéticos.

Se ainda restava alguma insegurança com relação à utilização do meio digital para armazenamento de documentos relativos ao “arquivo permanente” das instituições de ensino, mesmo com a regulamentação contida na Portaria SENESu/MEC nº 255/1990, a nova legislação não deixa dúvidas quando regulamenta o assunto de forma ainda mais ampla e definitiva do que a tratada no dispositivo supracitado, estendendo a todos os documentos públicos ou privados a prerrogativa da digitalização e descarte dos mesmos, guardados em papel ou microfilme sejam eles quais forem, com excessão dos documentos históricos.

O Projeto de Lei representa um grande avanço e se coloca como marco regulatório adequado à qualidade dos processos e a tecnologia que dispomos nos dias de hoje.

Em seu artigo 2º o legislador não poderia ser mais claro, verbis: “Art. 2º - É autorizado o armazenamento, em meio eletrônico, óptico ou equivalente, de documentos públicos e privados, sejam eles compostos por dados ou imagens, observadas as disposições constantes desta Lei e da regulamentação específica.”

O Parágrafo Primeiro do artigo 2º, dispõe sobre a “destruição” dos documentos originais.
Por entender que o assunto é de grande importância, a Revista Gestão Universitária estrevista o Prof. Tiago Muriel, Diretor de Negócios da CONSAE – Consultoria de Assuntos Educacionais, especialista na área com ampla atuação nos processos de digitalização, acesso e guarda de documentos nas Instituições de Ensino. O Professor é responsável pela implantação de diversas “Secretarias Acadêmicas Digitais` em mais de 23 instituições de ensino, o que representa o atendimento de mais de 200 mil alunos aproximadamente.

GESTÃO UNIVERSITÁRIA: Apesar do assunto estar regulamentado pela Portaria SENESu/MEC nº 255/90 e ainda com as prerrogativas da MP 2.200-2 (que institui o ICP-Brasil - assinaturas/certificações digitais), Você acredita que o novo marco regulatório irá modificar o posicionamento de muitos gestores em relação ao assunto?
Acredito que sim. A sanção do PL 11/2007 é um reforço jurídico ao nosso projeto SeAD. Muitos gestores ainda estão resistentes com relação ao descarte dos arquivos físicos de suas instituições.
Muitas vezes temos a falsa sensação de segurança com nossos documentos em meio físico, o que é um erro uma vez que o meio eletrônico nos dá a chance de replicar o referido arquivo, sem um custo extra.
GESTÃO UNIVERSITÁRIA: Olhando de fora não temos idéia do que representa em termos de custos e segurança a guarda de documentos em um arquivo permanente por tantos anos. Você pode nos apresentar algumas experiências sobre este assunto?
Perpetuar o papel é sempre complicado. O papel é perecível e necessita de muitos fatores para garantir sua longevidade. Ter um controle de luminosidade, temperatura, umidade, combate de pragas não fica barato.
Levar o arquivo para o meio eletrônico é uma ótima forma de atender a legislação vigente sem estar obrigado a um alto custo de guarda. Além do menor custo o meio eletrônico é uma forma de dar acesso a informação. Ter a informação não basta, temos que ter acesso a informação, de forma fácil, segura, a qualquer tempo e lugar.

GESTÃO UNIVERSITÁRIA: Mesmo após a sanção presidencial do Projeto de Lei quais os procedimentos ou cuidados básicos que ainda teremos que ter para a transformação dos arquivos em papel para o meio digital?
Estes são muitos e devem ser observados sempre caso a caso. Nas 23 instituições nas quais implantamos nossa metodologia SeAD não repetimos nenhum projeto. São únicos devido as especificidades encontradas em cada instituição. Mas os cuidados básicos são ter documentos eletrônicos certificados digitalmente por seus responsáveis e uma boa política de guarda e recuperação. Não dá para ir para o meio eletrônico na incerteza e insegurança.

GESTÃO UNIVERSITÁRIA: Em tempos de Rio+20 Você poderia nos dar uma idéia do avanço em termos ambientais que representa a sanção do Projeto de Lei?
Nossa... são muitos. Para as IES não muda muito, pois já tínhamos uma regulamentação, mas agora outras áreas serão cobertas.

Na ultima semana estive em uma instituição em Curitiba que possui nossa SeAD. Esta instituição possui cerca de 7 mil alunos e ao final de cada período é gerado um histórico escolar a cada um deles. Cada documento possui três páginas, gerando assim um montante de vinte uma mil páginas aproximadamente. Essa economia, financeira e ambiental, refere-se apenas a um único documento emitido pela Secretaria Acadêmica.

GESTÃO UNIVERSITÁRIA: Quantas instituições de ensino já implantaram o meio digital para a guarda e acesso a seus documentos?
Essa não é uma conta simples, mas clientes da CONSAE são vinte e três. Faculdades, Centros Universitários e Universidades utilizam a mesma metodologia, em doze estados diferentes.
Acredito que a nossa contribuição já seja muito expressiva para o meio ambiente, pois são muitos os documentos que são trabalhados apenas no meio eletrônico, sem que seja transferido para o meio físico.

GESTÃO UNIVERSITÁRIA: Para incineração dos documentos ainda existe alguma restrição que temos que observar ?
Incinerar! Isso não é uma possibilidade. Nossos projetos contemplam a inutilização, a fragmentação dos documentos que são doados a instituições beneficentes ou vendidos para reaproveitamento.
Incinerar é uma prática não aconselhada pela CONSAE. A partir de julho teremos a liberação dos registros eco.br destinado a organizações que possuem responsabilidade ambiental. Acredito que nossas clientes SeAD possuem grande apelo para usar e defender essa bandeira.

GESTÃO UNIVERSITÁRIA: Com a entrada em vigor da legislação que regula o acesso a documentos públicos, entendemos que o Projeto de Lei contribui para tornar esses arquivos acessíveis uma vez que a maior parte ainda está em meio físico. Você poderia descrever como a nova regulamentação se relaciona com os serviços de atendimento implantados pelos órgãos públicos?
Vivemos tempos exponenciais. A informação nunca foi tão relevante e o acesso a informação nunca teve tanto valor. Os órgãos públicos precisam ser transparentes, precisam dar acesso a informação, precisam levar seu atendimento para o meio eletrônico para estarem disponíveis e fazerem parte da vida e do cotidianos dos cidadãos.
O meio eletrônico é um caminho sem volta. A portabilidade e a mobilidade que o mundo eletrônico com as mídias eletrônicas proporcionam irá mudar a maneira com a qual vemos e lidamos com muitas coisas.

Estamos engatinhando neste sentido. Diria que estamos caminhando sobre a grama, sendo que o trilho ainda não foi formado de maneira definitiva.
Saúde libera R$ 101,5 milhões para 45 hospitais universitários do país
Do G1, em São Paulo - G1 Globo.com - 06/07/2012 - Rio de Janeiro, RJ

Em meio a uma grave crise nos hospitais universitários do país, o Ministério da Saúde anuncia nesta sexta-feira (6) a liberação de mais de R$ 101,5 milhões para 45 deles. Vinte estados de todas as regiões mais o DF serão beneficiados. A medida foi publicada no Diário Oficial da União.

O hospital que receberá individualmente a maior quantia é o Hospital São Paulo, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), com R$ 10,6 milhões. Nesta semana, as cirurgias no local chegaram a ser suspensas por falta de recursos.

No Rio de Janeiro, os hospitais universitários Clementino Fraga Filho, São Francisco de Assis e Gafrée e Guinle, a Maternidade Escola e cinco institutos federais (de ginecologia, doenças do tórax, neurologia, psiquiatria, e puericultura e pediatria) vão ganhar, ao todo, mais de R$ 7,7 milhões. Só o hospital Clementino Fraga Filho, conhecido como Hospital do Fundão, vai receber quase R$ 4 milhões.

Nas demais regiões, o hospital que terá menos recursos do governo é o Hospital Universitário Bettina Ferro de Souza, em Belém (PA), com R$ 40 mil.

O repasse de recursos será feito pelo Programa Nacional de Reestruturação dos Hospitais Universitários Federais (REHUF), estabelecido em janeiro de 2010. Essa é a primeira parcela do pagamento referente a este ano.

Segundo o texto do Diário Oficial, a liberação dos recursos financeiros fica condicionada à comprovação, por parte dos hospitais, da necessidade de pagamento imediato, para que isso não comprometa o fluxo de caixa do Fundo Nacional de Saúde.
MEC lança o Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa
Da Redação - Revista Gestão Universitária - 06/07/2012 - Belo Horizonte, MG

O Ministro da Educação, Aluizio Mercadante, institui, através da Portaria nº 867, de 4 de julho de 2012, o Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa que objetiva alfabetizar as crianças até, no máximo, os oito anos de idade.

A Portaria define as diretrizes gerais a serem observadas pelo Pacto como a alfabetização em língua portuguesa e em matemática, a realização de avaliações anuais universais pelo INEP/MEC para os concluintes do 3º ano do ensino fundamental e o apoio gerencial dos estados, aos municípios que tenham aderido às ações do Pacto.

O MEC em parceria com as instituições de ensino superior apoiará os sistemas públicas de ensino dos Estados, Distrito Federal e Municípios na alfabetização e no letramento dos estudantes até o final do 3º ano do ensino fundamental, em escolas rurais e urbanas.

O instrumento para adesão será disponibilizado pelo MEC.

Definidas as linhas gerais e as ações do Pacto estas compreendem os eixos de formação continuada de professores alfabetizadores, materiais didáticos, literatura e tecnologias educacionais, avaliação, gestão, controle e mobilização social.

O MEC poderá conceder bolsas para os orientadores de estudo e professores alfabetizadores com valores e critérios regulamentados pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação - FNDE.

O Governo implementará medidas destinadas ao reconhecimento dos esforços realizados pelas escolas e de estímulo ao alcance do objetivo central de alfabetizar todas as crianças até o final do ciclo de alfabetização.

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Professores grevistas pedem intermediação do MP em negociações
Do G1 BA - G1 Globo.com - 05/07/2012 - São Paulo, SP

Em greve há 86 dias, os professores estaduais da Bahia fizeram uma manifestação na manhã desta quinta-feira (5), em frente ao Ministério Público do estado, em Salvador.

Eles ocuparam o pátio do Ministério Público para que o órgão intermedeie as negociações entre a categoria e o governo. `Nós acreditamos que o Ministério Público Estadual ou Federal vai tentar intermediar uma saída, caso contrário a greve continua e a responsabilidade vai ser do governo da Bahia pela inviabiliade do ano letivo`, diz Rui Oliveira, presidente da APLB-BA.

Enquanto não há acordo entre a categoria e o governo, mais de um milhão de estudantes estão sem aula. `Acho que já chegamos a um ponto que o Ministério Público e a Justiça deveriam intervir, porque os nossos filhos vão perder o ano, não vão fazer vestibular. Eu tenho filho no terceiro ano e tenho fihlo também na quinta série. São mais de um milhão e cem mil estudantes fora de aula por quase 100 dias e nenhuma providência é tomada?!`, indaga Antônio Daltro, presidente da Associação de Pais e Alunos.

`A gente tem que entender que a educação vem em primeiro lugar, de qualquer forma, não pode isso acontecer de jeito nenhum. Isso daí vai acabar em que? A gente perder ano?!`, questiona Daniel da Silva, estudante.

Após o protesto dos professores, representantes do Ministério Público receberam membros da categoria para uma reunião. O MP divulgou em nota que um esforço adicional de mediação será feito por alguns de seus órgãos com o intuito de conseguir algum consenso entre governo e professores, já que foi avaliado que questões relacionadas à greve são objeto de processos judiciais em curso em diversas instâncias, formalizados por ambas as partes.

Interior
Na cidade de Itabuna, região sul da Bahia, os professores em greve fizeram manifestação pelas ruas do centro, com faixas, cartazes e até carrinho de supermercado, para potestar contra o corte nos salários dos grevistas.

Justiça
O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), cassou os efeitos da liminar que declarava a ilegalidade da greve dos professores estaduais da Bahia e pedia o retorno imediato dos profissionais às atividades sob pena de multa diária de R$ 50 mil. O processo será julgado pelos desembargadores do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA). Em nota, a Procuradoria Geral do Estado (PGE) ressalta que o julgamento atual não afeta o do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que manteve o corte do salário dos professores que participam da greve.
Demissões
Cinquenta e sete professores do Regime Especial de Direito Administrativo (Reda) tiveram os contratos rompidos com o Governo do Estado da Bahia por não acatarem a convocação de retorno imediato às salas de aula, segundo informações da Secretaria de Administração do Estado (Saeb). O desligamento dos profissionais foi oficializado em divulgação no Diário Oficial do Estado de quinta-feira (28).

No mesmo dia, foi publicado no documento o afastamento de três professores efetivos, com punição aplicada a eles de processo administrativo por indisciplina, de acordo com a Saeb. Os três serão punidos por adotarem comportamentos inadequados, como vandalismo e ameaças, ao tentar impedir aulas para estudantes do 3º ano do ensino médio do Colégio Thales de Azevedo, no bairro do Costa Azul, em Salvador.

Pedido dos professores
Os professores pediram reajuste de 22,22%. Eles alegam que o governo fez acordo com a categoria, em novembro do ano passado, que garantia os valores do piso nacional, e depois ignorou o acordo mandando para a Assembleia um projeto de lei com valores menores. No dia 25 de abril, os deputados aprovaram o projeto enviado pelo executivo que garante o piso nacional a mais de cinco mil professores de nível médio. A proposta feita pelo governo prevê reajuste salarial entre 22% e 26% por meio de progressão na carreira, através da presença regular em cursos de qualificação promovidos pelo governo. O sindicato aponta, por outro lado, que a proposta não contempla os professores aposentados, em licença médica e estágio probatório.
Fundo de Financiamento Estudantil dobra número de inscritos
Agência Estado - UOL Educação - 05/07/2012 - São Paulo, SP

No primeiro semestre deste ano, 176 mil universitários aderiram ao Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). A previsão é de que, até o fim de 2012, o número chegue a 250 mil, segundo estimativa do Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de Ensino Superior no Estado de São Paulo (Semesp). Será um número 233% maior do que o registrado em 2010 - quando 75 mil pediram esse financiamento do governo para fazer um curso superior.

O aumento é resultado das novas regras do fundo - desde 2010, os juros caíram de 6,5% para 3,4% ao ano, a carência para início do pagamento cresceu de 12 para 18 meses após o término do curso e, para alguns casos, não há mais necessidade de fiador. E, se o incentivo é bom para os alunos, também faz bem ao caixa das universidades.

É que, além de o financiamento atrair novos alunos, ele traz segurança. Com o Fies, a universidade recebe os repasses diretamente do governo federal e não corre o risco da inadimplência, ainda alta no setor.

Segundo o Semesp, o índice de inadimplência em 2011 foi de 9,5%, acima dos 6% registrados em outros setores da economia. `Além de ser alta, a instituição não pode interromper o serviço até o fim do contrato. Isso significa que, se o aluno apenas se matricular e não pagar nenhuma mensalidade, ele terá direito a frequentar as aulas o semestre todo. Daí esse empenho para que os estudantes tenham o Fies`, explica Rodrigo Capelato, diretor executivo do Semesp. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.
Dilma enfrenta manifestação de grevistas em evento em SP
Reuters - UOL Educação - 05/07/2012 - São Paulo, SP

Dias depois do anúncio da popularidade recorde, sua e de seu governo, a presidente Dilma Rouseff enfrentou nesta quinta-feira uma manifestação de estudantes e servidores da Universidade Federal do ABC durante a inauguração de uma unidade de saúde em São Bernardo do Campo, ao lado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Antes mesmo do discurso de Dilma, cerca de 30 manifestantes com cartazes e megafones protestaram contra o que consideram falta de vontade do governo de negociar o fim da greve em universidades federais de todo o país, iniciada em maio.

`Dilma, a culpa é sua, a minha aula é na rua`, gritavam os manifestantes que também pediam `negocia, negocia` à presidente.

Os coros de protesto também diziam `dinheiro para a Copa tem, para a educação tem que ter também` e `queremos plano, carreira, meu dinheiro não é para o Cachoeira`.

Dilma passou a maior parte do tempo aparentemente alheia aos manifestantes e usou quase todo o seu discurso para lembrar dos programas de seu governo na área de saúde e elogiar ações do prefeito de São Bernardo do Campo, Luiz Marinho (PT), no setor.

Marinho, candidato à reeleição, foi o primeiro a comentar as manifestações ao discursar na inauguração simultânea de Unidades de Pronto Atendimento (UPA) em Porto Seguro (BA) e Brasília, além da cidade paulista.

`Temos aí uma situação grevista. Mas tudo se acerta com o tempo`, disse ele ao elogiar a UFABC pelas parcerias que fez com seu governo.

Durante boa parte do discurso do prefeito, que elencou realizações de sua gestão em várias áreas, os manifestantes gritaram `greve geral em toda a federal`.

Acompanhada de Lula, dos ministros Alexandre Padilha (Saúde) e Miriam Belchior (Planejamento) e da ex-primeira-dama Marisa Letícia, Dilma comentou a manifestação apenas no final do seu discurso.
`Pessoal, pode acalmar, que as coisas vão para o lugar na hora certa`, disse ela.

A pesquisa CNI/Ibope que apontou melhora na aprovação do governo Dilma, atingindo o maior nível desde o início do mandato da presidente, mostrou que a área da saúde é a pior avaliada, sendo desaprovada por 66 por cento dos entrevistados.
(Reportagem de Eduardo Simões)
Com colchões e marmitas, estudantes ocupam reitoria da UnB
JOHANNA NUBLAT - DE BRASÍLIA - Folha de São Paulo - 05/07/2012 - São Paulo, SP

Quatro anos depois de invadirem a reitoria da Universidade de Brasília para expulsar o então reitor e passadas outras duas invasões desde então, alunos da universidade ocupam a reitoria deste a última terça-feira (3).

Colchões pelo chão, marmitas em mesas de reunião e muitos cartazes de protesto compõem a nova paisagem da reitoria. Os alunos garantem que nada foi quebrado e que a invasão foi pacífica.

`Nem porta quebramos dessa vez`, explica Lucas Brito, 21, estudante do 8º semestre de serviço social, da comissão de comunicação do movimento. `O caixão agora a gente não trouxe`, brinca o estudante, se referindo, em ambas as citações, à invasão de 2008, quando os alunos danificaram uma porta no momento da invasão e usaram um caixão como símbolo do movimento.

Dessa vez, o principal ponto de reivindicação é acabar com a contrapartida imposta pela UnB para pagar a bolsa de R$ 465 mensais, dada a alunos de baixa renda. Segundo os estudantes, para dar a bolsa, a universidade exige que eles trabalhem 12 horas semanais na própria instituição ou se envolvam em atividades acadêmicas (como pesquisas e extensão).

`Entendemos que a assistência é um direito. E essa é uma bolsa de trabalho precarizada. Que trabalhador ganha R$ 465 ao final do mês?`, indaga Brito.

O salário mínimo nacional, hoje em R$ 622, é pago a pessoas que trabalham até 44 horas semanais.
Outros pontos da pauta são: 1) Pagamento da bolsa de R$ 465 a mais 50 estudantes (180 foram classificados para receber a bolsa, mas só 130 recebem); 2) Garantia de auxílio-moradia para quatro estudantes que já tiveram o pedido deferido; 3) Ajustar com o governo do Distrito Federal as novas datas do calendário universitário para que continuem recebendo o passe estudantil; 4) Estabelecimento de um prazo para o pagamento de R$ 91 aos estudantes de baixa renda que ficaram sem acesso ao restaurante universitário por duas semanas.

Essa é a quarta invasão da reitoria da universidade desde 2008, segundo os alunos. Brito afirma que as reivindicações de agora são semelhantes às de 2009, ano em que não foram atendidos.

`Em dois dias de ocupação, caminhamos muito mais do que desde 2009. A ocupação ainda é o melhor método.` De acordo com Brito, entre 50 e 100 estudantes se revezam na reitoria.

Na tarde desta quinta-feira, os alunos terão uma reunião com representantes da reitoria para discutir o que já foi proposto pela universidade.

Ao que tudo indica, porém, a invasão não deve ter fim nesta quinta. Para amanhã, já estão programados um debate sobre o PNE (Plano Nacional de Educação) e um sobre opressões, com foco em homofobia e machismo na ocupação.
Por falta de merenda escolar, cidade de Minas Gerais antecipa férias escolares
Rayder Bragon - Do UOL, em Belo Horizonte - UOL Educação - 05/07/2012 - São Paulo, SP

Por conta de suspensão de um convênio com uma empresa terceirizada acusada de fraude em licitação e que fornecia merenda para aproximadamente 40 mil estudantes, as férias do meio do ano foram antecipadas nas escolas municipais da cidade de Montes Claros, localizada no norte de Minas Gerais e a 417 quilômetros de Belo Horizonte.

Em nota, a prefeitura atribuiu a antecipação das férias escolares “à impossibilidade de prorrogar contrato com a empresa terceirizada que fornece a alimentação escolas às unidades de ensino do município, dado ao fato às investigações que envolvem aquela empresa”.

De acordo com a assessoria da prefeitura local, o encerramento do 1º semestre foi feito no último dia 29, nas unidades de ensino da área urbana, e no dia 30, nas escolas da zona rural da cidade. Normalmente, as aulas se encerrariam nos dias 13 de julho (zona rural) e 20 de julho (zona urbana).
Uma operação do Ministério Público e da Polícia Federal intitulada “Pequi com Laranja” prendeu oito pessoas no mês passado, sendo cinco em Montes Claros. O MP acusa a empresa Stillus Alimentação de ser a beneficiária do suposto desvio de recursos públicos. Ela pertence ao ex-presidente do Cruzeiro Alvimar de Oliveira Costa, conhecido como Alvimar Perrella. O empresário é irmão do senador Zezé Perrella (PDT-MG).

Segundo a investigação, a Stillus era a principal beneficiária de esquema montado com a participação de outras empresas criadas somente com o intuito de fraudar licitações para fornecimento de refeições para presídios mineiros e no Tocantins, além da merenda escolar destinada a Montes Claros. O rombo pode ter chegado a R$ 55 milhões no suposto esquema fraudulento, que começou a ser investigado em 2009.

Valor da merenda
De acordo com o MP, antes da terceirização, a administração municipal da cidade mineira gastava R$ 2 milhões por ano com a compra da merenda escolar. Após a entrada da empresa para o fornecimento da comida, os valores saltaram para R$ 12 milhões anuais.

`De uma hora para outra, ela (prefeitura) contrata uma empresa ligada ao grupo para produzir um relatório sobre a qualidade das merendas. Esse relatório foi elaborado em um único dia, promove um processo licitatório no qual a concorrência não foi plena. A empresa principal (Stillus) vence a licitação é contratada e o preço tem um acréscimo de 500%. Nada justifica esse acréscimo`, disse o promotor Eduardo Nepomuceno, da Promotoria de Defesa do Patrimônio Publico, duran te entrevista coletiva realizada na sede do MP, em Belo Horizonte, em 26 do mês passado, dia no qual foi deflagrada a operação.

Durante a operação, foram presos dois assessores da prefeitura local, o chefe da divisão de compras e o diretor do projeto municipal “Esporte e Educação: Caminho para a Cidadania”, além de um vereador.

A assessoria da prefeitura havia emitido nota na qual o prefeito de Montes Claros, Luiz Tadeu Leite (PMDB) havia determinado a “rigorosa apuração dos fatos e, se for o caso, a eventual punição dos culpados na foram da lei, assegurando-lhes o amplo direito de defesa”. A Secretaria Municipal de Educação informou que, apesar da antecipação, os 200 dias letivos serão cumpridos nas escolas municipais.

Já o promotor Eduardo Nepomuceno revelou que as diligências continuam e o órgão vai pedir à Justiça, ao final do processo, a anulação dos contratos dos órgãos públicos com as empresas suspeitas. `Nós precisamos concluir as investigações para ajuizar as ações e, a partir daí, buscar a nulidade e a invalidação de todos os contratos`, afirmou.

Na época da operação, a assessoria da Stillus Alimentação Ltda tinha enviou nota à imprensa na qual negou as acusações e classificou a operação de `sensacionalista`. Segundo o boletim, os documentos solicitados pelas autoridades, que cumpriram mandados de busca e apreensão expedidos pela Justiça na sede da empresa e nas casas de diretores, `sempre estiveram à disposição do Fisco e autoridades do Estado, mas que antes nunca foram solicitados`. Em outro trecho, o informe destaca que `nossos diretores haviam comparecido dias antes ao Ministério Público, onde prestaram todas as declarações necessárias sobre os fatos em apuração, quais sejam, licitações públicas relativas à merenda escolar e fornecimento de alimentação a presídios do Estado de Minas Gerais`.