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terça-feira, 31 de maio de 2011

ESTUDANTES CRITICAM PARALISAÇÃO DOS PROFESSORES



Durante todo o dia de ontem, grande parte dos alunos da rede estadual de ensino ficou sem aula devido a mais uma paralisação dos professores estaduais
Fonte: Diário do Pará (PA)

Durante todo o dia de ontem, grande parte dos alunos da rede estadual de ensino ficou sem aula devido a mais uma paralisação dos professores estaduais.

Se já não bastasse o atraso no início do ano letivo, que começou no mês de abril, os alunos ainda precisam encarar as frequentes suspensões de aula por conta das reivindicações dos docentes, que continuam na luta pela implementação do Plano de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR).

No período de dois meses, essa foi a terceira paralisação nas escolas estaduais, ato público que parece já fazer parte do calendário estadual de ensino.

Aluna da oitava série da Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Augusto Meira, Pietra Gomes tomou um susto quando chegou ao colégio e encontrou os portões fechados.

“É horrível, a gente sai de casa pra estudar e não tem aula. No final, quem se dá mal são os alunos. É uma paralisação aqui, outra paralisação ali. Não tem condições de estudar assim. Ainda nem fizemos a primeira prova, os alunos da escola particular já estão na segunda. E o pior é que eles não avisam nada”, desabafa.

Na Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Visconde de Souza Franco a reação dos alunos não foi diferente. O estudante do primeiro ano do ensino médio Roseno Rodrigues entrou na escola na expectativa de mais um dia de aula e saiu com a frustração de um deslocamento em vão.

“A gente chega aqui e não tem aula. Eles não avisam nada. Isso não é bom. Já vai ter prova na semana que vem e a gente fica prejudicado”, conta.

No Visconde de Souza Franco apenas uma turma de convênio teve aula normal, por conta de um professor que não aderiu à paralisação.

“Eu acho totalmente certo, acharia ótimo se outros professores também agissem assim. Se tiver greve vai atrapalhar o conteúdo e mais uma vez vamos ficar até março tendo aula. Quem sai prejudicado somos nós, a culpa não é nossa se eles estão ganhando mal. Eles estudaram, se formaram e sabiam quanto iam ganhar”, destaca a aluna do terceiro ano do ensino médio, Ires Aguiar, que em breve vai fazer a prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

O estudante Breno Souza, aluno da sétima série da Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Pinto Marques, teria aula de religião na manhã de ontem, mas acabou tendo que voltar pra casa antes da hora.

“A gente gasta dinheiro pra não ter aula. Acordei 4h30 da manhã, vim no ônibus apertado e nada”. Segundo ele, a professora da disciplina ainda não deu nenhuma aula desde o início do ano, com a paralisação a situação só se agrava.

As escolas estaduais Deodoro de Mendonça, Orlando Bitar e Paes de Carvalho estão no período de provas e não tiveram as avaliações suspensas.

Na Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Pedro Amazonas Pedroso, mesmo com o movimento pequeno, as aulas aconteceram normalmente.

O professor de Educação física, João Ruivo, foi um dos docentes que não aderiram à paralisação e logo cedo estava na escola aguardando os alunos. “O movimento está 30% menor, acho que devido à divulgação da paralisação muitos alunos acabaram não vindo”, conta.

Seduc diz que das 1.200 escolas, 300 suspenderam as atividades
A Secretaria de Estado de Educação (Seduc) informa que, em função da paralisação anunciada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado do Pará (Sintepp), das cerca de 1.200 escolas da rede pública estadual, aproximadamente 300 tiveram suas atividades suspensas parcialmente ou totalmente.

A Seduc ressalta que respeita as reivindicações dos trabalhadores, mas reitera que o Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR) está em processo de implantação e que para isso está trabalhando em conjunto com a direção do sindicato.

A Seduc diz que mantém o esforço de não alterar a rotina dos 800 mil estudantes atendidos na área metropolitana e nas demais regiões do estado, e com isso espera garantir o cumprimento do ano letivo e os 200 dias, no mínimo, previstos pela Lei de Diretrizes e Base da Educação (LDB).

Na região metropolitana, das 379 unidades de ensino, 70 paralisaram as atividades: 14 parcialmente e 58 por completo. No conjunto Maguari, em Belém, onde está localizada a escola Maria Gabriela Ramos Oliveira, com cerca de 1.189 estudantes, o dia foi de aplicação de provas.

“Nós começamos nossas avaliações hoje. Acertamos com os professores para não prejudicar as aulas que já começaram atrasadas”, disse a professora Sandra Lemos.

Na jurisdição da Unidade Seduc na Escola do Tapanã, que abrange 24 unidades e envolve ainda os bairros do Benguí e Sacramenta, somente as escolas Márcio Aires e Marilda Nunes suspenderam as atividades.

Segundo a Seduc, apesar do Sintepp estabelecer prazo para implantar o PCCR dos profissionais de Educação, o Governo do Estado mantém a posição: reafirma que a mesa de negociação continua aberta e vê o Plano “como um importante instrumento para a melhoria da qualidade da Educação”.

Afirma que os dois passos para se chegar a execução do PCCR passa pela regulamentação do decreto com as correções de alguns artigos da lei que estão inconsistentes e que precisam ser revistos, e atualização do cadastro da Seduc que não foi realizado nos últimos quatro anos






GREVE GERAL NO ESTADO

31 de maio de 2011


Professores de diversas cidades aprovaram ontem indicativo e paralisação começa na segunda-feira, por piso de R$ 1.312
Fonte: Diário de Cuiabá (MT)
CAROLINA HOLLAND
Da Reportagem

Os profissionais da rede estadual de Educação param as atividades na próxima segunda-feira por tempo indeterminado. A greve geral foi aprovada durante assembleia da categoria realizada ontem, no ginásio da Escola Estadual Presidente Médici, em Cuiabá. Mato Grosso tem hoje cerca de 30 mil profissionais da Educação, sendo 17 mil professores trabalhando em 730 Escolas.

Mais de 90 municípios enviaram representantes à assembleia para discutir a campanha salarial da rede e votar a proposta encaminhada pelo governo do Estado. O Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep) estima que 1,5 mil pessoas estiveram no ginásio. A greve foi aprovada por quase todos os presentes.

A categoria reivindica piso salarial de R$ 1.312, a ser implantando imediatamente. O Estado enviou proposta que prevê aumento de 10% no salário em maio, 3%, em dezembro, e a totalização do piso para abril do próximo ano.

O salário atual é de R$ 1.135. “Nós queremos que [o piso] seja colocado em prática imediatamente. Estudos comprovam que isso é possível, que o Estado tem receita pra isso”, disse Gilmar Soares Ferreiras, presidente do Sintep.

O sindicato apresentou estimativa de arrecadação do Estado em 2011 baseada nos números dos anos anteriores – conforme dados da Secretaria do Tesouro Nacional.

Segundo o levantamento, mesmo com piso salarial de R$ 1.312, os gastos com salário não ultrapassariam 60% da receita da Educação, como manda a lei, chegando a 57,6%. Com os 10% propostos pelo Estado, a folha de pagamento seria responsável por 55,8% da receita.

O levantamento considera o piso atual de janeiro a abril e, entre maio e dezembro, 13º salário e um terço de férias, as propostas de aumento da Seduc e do sindicato.

O sindicato também apresentou comparativo dos salários de outros servidores do Estado que possuem nível médio e ganham mais do que professores, que têm nível superior. Exemplos são os assistentes do Sistema Único de Saúde e do Sistema Penitenciário, que ganham, respectivamente, R$ 1.233 e R$ 1.415.

Os profissionais criticaram a aprovação de aumento de 10% para os professores, aprovada na semana passada pela Assembleia Legislativa. “Não houve contato por parte do governo sobre o envio dessa proposta, que o sindicato não aprova”, afirmou Soares.

A categoria também pede a posse imediata de 1,5 mil aprovados no último concurso e o aumento dos gastos do Estado com Educação. “Atualmente não são gastos nem 25%, sendo que o correto é 35%”, disse Soares.

A secretária de Educação, Rosa Neide Almeida, disse que o Estado não tem receita para pagar o piso pedido pelos profissionais e que 87% da arrecadação da Pasta são para a folha de pagamento. Ela disse ainda que a Secretaria está aberta a negociações com o sindicato.


segunda-feira, 30 de maio de 2011

PARALISAÇÃO DEIXA ALUNOS MAIS UMA VEZ SEM AULAS


Alunos da rede estadual de ensino ficam novamente sem aula hoje; professores reivindicam negociações do Plano de Cargos, Carreira e Remuneração
Fonte: Diário do Pará (PA)

Alunos da rede estadual de ensino ficam novamente sem aula hoje. Os professores paralisam para realizar um ato hoje, às 15h, na frente da Secretaria de Estado de Administração (Sead). Os professores reivindicam negociações do Plano de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR).

“O plano foi aprovado no ano passado e estamos cobrando agora a implementação. Queremos que o governo apresente um cronograma de enquadramento do PCCR. E hoje vamos paralisar para poder negociar”, disse o coordenador da secretaria do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Pará (Sintepp), Mateus Ferreira.

Segundo o Sintepp, o professor recebe uma gratificação de 0,3% a cada três anos. O estatuo do magistério diz que a gratificação tem que ser de 3,5% a cada dois anos. “O professor, após 30 de estado, vai ganhar apenas 3% de diferença de quem está começando. Isso não pode mais acontecer”, disse.

Ainda com relação às gratificações, o Sintepp quer discutir valores diferentes para cada titularidade. “Quem tem especialização a gratificação é de 10%, o mestrado 20% e o doutorado 30%. Vamos incluir nessa agenda a gratificação dos professores do sistema modular de ensino. Em lugares como a ilha do Marajó o professor chega a tirar dinheiro do próprio bolso para chegar em determinados locais e até fretar barco”, contou Mateus.

SEM AULAS
As aulas nas escolas estaduais começaram em maio mas, em apenas dois meses, esta será a terceira paralisação. Cerca de 40 mil trabalhadores devem parar, segundo o Sintepp, em Belém e em municípios como Moju, Abaetetuba, Barcarena e Castanhal.

A categoria irá se reunir no dia 2 de junho, no Centro Social de Nazaré, para avaliar o encontro com a secretaria e discutir pautas. Ferreira garante que se até o início do segundo semestre não houver um acordo, uma greve não está descartada.

Enquanto os professores lutam por melhorias salariais através de paralisações, os alunos vivem com a instabilidade das constantes faltas de aula. “É complicado porque as aulas já começaram atrasadas, aí vai atrasando mais, tem feriado, tem paralisação, a gente se prejudica muito”, pontua Joyce Santos, aluna do segundo ano da Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Ulysses Guimarães.

“Não vou fazer Enem, mas faço Prise (processo seletivo da Uepa) e tenho que buscar reforço nos cursinhos para tirar dúvida. Essas paralisações são sempre súbitas, pegam de surpresa. Ainda estamos fazendo a primeira avaliação, já era para estarmos na segunda”.

Aluno do terceiro ano do ensino médio da Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Visconde de Souza Franco, Jonas Oliveira vai prestar vestibular para História e afirmou estar preocupado.

“Além da gente ter começado tarde eu ainda vou fazer o Enem que está próximo e ainda não estamos nem na metade do conteúdo que a prova exige. Vai chegar na hora da prova e eu nem sei como vai ser. Me preocupo também porque, quando eu passar em uma faculdade, não vou poder me matricular pois não vou ter o certificado de conclusão do ensino médio”.

SEDUC
A Secretaria de Estadol de Educação (Seduc) informou que não se manifestará sobre a paralisação, pois só terá um balanço sobre possíveis prejuízos ao calendário escolar hoje. (Diário do Pará)





PARALISAÇÃO DEIXA ALUNOS MAIS UMA VEZ SEM AULAS


Alunos da rede estadual de ensino ficam novamente sem aula hoje; professores reivindicam negociações do Plano de Cargos, Carreira e Remuneração
Fonte: Diário do Pará (PA)

Alunos da rede estadual de ensino ficam novamente sem aula hoje. Os professores paralisam para realizar um ato hoje, às 15h, na frente da Secretaria de Estado de Administração (Sead). Os professores reivindicam negociações do Plano de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR).

“O plano foi aprovado no ano passado e estamos cobrando agora a implementação. Queremos que o governo apresente um cronograma de enquadramento do PCCR. E hoje vamos paralisar para poder negociar”, disse o coordenador da secretaria do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Pará (Sintepp), Mateus Ferreira.

Segundo o Sintepp, o professor recebe uma gratificação de 0,3% a cada três anos. O estatuo do magistério diz que a gratificação tem que ser de 3,5% a cada dois anos. “O professor, após 30 de estado, vai ganhar apenas 3% de diferença de quem está começando. Isso não pode mais acontecer”, disse.

Ainda com relação às gratificações, o Sintepp quer discutir valores diferentes para cada titularidade. “Quem tem especialização a gratificação é de 10%, o mestrado 20% e o doutorado 30%. Vamos incluir nessa agenda a gratificação dos professores do sistema modular de ensino. Em lugares como a ilha do Marajó o professor chega a tirar dinheiro do próprio bolso para chegar em determinados locais e até fretar barco”, contou Mateus.

SEM AULAS
As aulas nas escolas estaduais começaram em maio mas, em apenas dois meses, esta será a terceira paralisação. Cerca de 40 mil trabalhadores devem parar, segundo o Sintepp, em Belém e em municípios como Moju, Abaetetuba, Barcarena e Castanhal.

A categoria irá se reunir no dia 2 de junho, no Centro Social de Nazaré, para avaliar o encontro com a secretaria e discutir pautas. Ferreira garante que se até o início do segundo semestre não houver um acordo, uma greve não está descartada.

Enquanto os professores lutam por melhorias salariais através de paralisações, os alunos vivem com a instabilidade das constantes faltas de aula. “É complicado porque as aulas já começaram atrasadas, aí vai atrasando mais, tem feriado, tem paralisação, a gente se prejudica muito”, pontua Joyce Santos, aluna do segundo ano da Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Ulysses Guimarães.

“Não vou fazer Enem, mas faço Prise (processo seletivo da Uepa) e tenho que buscar reforço nos cursinhos para tirar dúvida. Essas paralisações são sempre súbitas, pegam de surpresa. Ainda estamos fazendo a primeira avaliação, já era para estarmos na segunda”.

Aluno do terceiro ano do ensino médio da Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Visconde de Souza Franco, Jonas Oliveira vai prestar vestibular para História e afirmou estar preocupado.

“Além da gente ter começado tarde eu ainda vou fazer o Enem que está próximo e ainda não estamos nem na metade do conteúdo que a prova exige. Vai chegar na hora da prova e eu nem sei como vai ser. Me preocupo também porque, quando eu passar em uma faculdade, não vou poder me matricular pois não vou ter o certificado de conclusão do ensino médio”.

SEDUC
A Secretaria de Estadol de Educação (Seduc) informou que não se manifestará sobre a paralisação, pois só terá um balanço sobre possíveis prejuízos ao calendário escolar hoje. (Diário do Pará




OPINIÃO: A GREVE FORTALECIDA


30 de maio de 2011


''Professores da rede estadual entram hoje no 13º dia de greve conquistando o mais importante aliado político desde que o movimento foi deflagrado, dia 11: o parlamento estadual'', diz Moacir Pereira
Fonte: Jornal de Santa Catarina (SC)
* MOACIR PEREIRA

Os professores da rede estadual de ensino entram hoje no 13º dia de greve conquistando o mais importante aliado político desde que o movimento foi deflagrado, dia 11: o parlamento estadual.

O presidente Gelson Merisio (DEM) já comunicou ao governo que a Assembleia Legislativa só votará a medida provisória assinada pelo vice-governador Eduardo Moreira (PMDB), fixando o piso para os níveis inferiores do magistério, depois de acordo político com o Sindicato dos Trabalhadores em Educação.

Sem acordo não haverá tramitação da matéria no Legislativo. Está, assim, sepultada a ameaça de rolo compressor. O governador tem maioria confortável na Assembleia, mas os deputados não têm disposição de um confronto com o magistério, pagando a conta político-eleitoral de equívocos na condução do processo.

Como os professores não aceitam a medida provisória e estão até fazendo uma campanha em todo o Estado, é de se concluir que o ato governamental não deverá prosperar, embora já esteja produzindo seus efeitos, com força de lei.

Na base governista, ficou claro que o governo cometeu uma sucessão de equívocos e avaliou mal o movimento do magistério. Em primeiro lugar, a proposta do secretário da Educação, Marco Tebaldi, do pagamento do piso como remuneração. Desconheceu o teor da Lei Federal 11.738, que fixou o piso equivalente a vencimento básico e, sobretudo, a decisão do Supremo.

Depois veio a falta de informação sobre a real disposição dos professores, que realizaram assembleia estadual inédita e uma manifestação singular. O governo apostou no esvaziamento quando decidiu pagar o piso só para os níveis salariais mais baixos. Nem os ACTs voltaram ao trabalho. Ao contrário, há indicativos de que a medida causou mais indignação por liquidar a carreira, a maior conquista da categoria.

Para parlamentares aliados, ficou a impressão de dessintonia entre o governo e a realidade. Indaga-se o que era mais importante: ficar em SC e agilizar medidas, abrir negociação real com o Sinte e encontrar uma solução emergencial para a greve, ou viajar à Europa para cumprir uma agenda flexível de contatos empresariais que poderiam acontecer mais tarde?

Prospecções internacionais são importantes para o Estado. Visitas a empresas aqui instaladas ou que aqui queiram montar fábricas constituem investidas elogiáveis dos governantes. Mas tudo com uma agenda robusta, a presença de líderes empresariais e em período de harmonia, sem greve num setor público tão vital. Faltou timing na assinatura da medida provisória e na realização da viagem.

Uma constatação que eleva o nível de desgaste político do governo por ocorrer no quinto mês de uma gestão que paralisou tudo para economizar recursos destinados a investimentos.

O governador concederá entrevista coletiva hoje, às 15h. Para falar sobre a greve dos professores – é o que se imagina. A viagem e os resultados acabaram sufocados pela paralisação do magistério.

Raimundo Colombo tem demonstrado, desde que chegou, uma estranha tranquilidade em relação à greve. Pode ter cartas na manga para futuras negociações para o fim da paralisação, especialmente depois dos contatos feitos com o Ministério da Educação, em Brasília. Ou pode ser desinformação sobre a dimensão real da greve dos professores. Santa Catarina inteira torce pela primeira alternativa e que negociações cheguem a um final feliz




domingo, 29 de maio de 2011

CRIANÇAS E JOVENS SÃO AS MAIORES VÍTIMAS DA GREVE

29 de maio de 2011


Dizer que as aulas vão ser recuperadas é tentar ludibriar a boa-fé daqueles que precisam da escola pública
Fonte: Diário do Nordeste (CE)
Na última quinta-feira, chegou às redações dos noticiosos da Capital cearense, nota do Ministério Público estadual, da parte do Núcleo de Defesa da Educação, dando conta de uma reunião, programada para o dia seguinte, sexta-feira, com representantes dos Conselhos Tutelares e chefes dos Distritos de Educação das Secretarias Regionais, para discutirem os números da evasão Escolar, em Fortaleza, considerados excessivos.

Pelo apurado, um total superior a 23 mil jovens fortalezenses não renovaram suas matrículas para as aulas da Escola pública municipal, no corrente ano. Nenhum reparo a fazer. Ao contrário. Mas a prevenção, contra qualquer mazela, sempre será muito mais eficiente para a sociedade e ao próprio indivíduo, ao final, a maior vítima.

Atualmente, um universo de 230 mil estudantes, número apresentado como oficial, formado por crianças e jovens fortalezenses está abandonado, e de certa forma, pela omissão de muitos, tangidos para a marginalidade. Eles estão sem aulas por conta da greve dosprofessores municipais.

Discutir a paralisação dos mestres, suas razões e legalidade, é um capítulo à parte. Agora, a preocupação é com as consequências negativas para esses jovens, os mais atingidos pelo movimento, para o próprio Município de Fortaleza, o Estado e de resto o País, que mais distantes ainda ficam da realidade mundial, visto ser o estudo, a qualificação, o conhecimento, na sua expressão mais ampla, as condições essenciais para o sucesso pessoal e o crescimento das Nações.

Ambiente
Os mais pobres de Fortaleza estão sendo vitimados pelas greves anunciadas que, houvesse o compromisso social dos governantes e legisladores, além de uma ação pró-ativa dos segmentos outros da comunidade local, talvez não estivéssemos a reclamar da violência sentida atualmente por eles, além de estar melhor a perspectiva de um ambiente mais promissor para todas as famílias no amanhã.

Talvez nem todos saibam, inclusive aqueles cujos filhos, netos, sobrinhos e parentes outros frequentadores da Escola particular, cujas aulas de 2011 começaram no fim de janeiro ou começo de fevereiro, que os estudantes pobres de Fortaleza nem sequer iniciaram este ano letivo, e mais, em razão de outros movimentos paredistas, os últimos anos foram significativamente prejudiciais às suas atividades Escolares, posto deixá-los bem atrasados em relação aos demais jovens da mesma faixa etária, mas estudantes da Escolar particular, diminuindo, consideravelmente suas condições de competição para ingressarem nas Escolas superiores.

A Câmara Municipal de Fortaleza ficou totalmente paralisada, em suas atividades plenárias, desde a última terça-feira, em razão da greve dos professores. É um fato denegridor à nossa democracia, essa situação, não só pelo atentado ao Legislativo, um dos pilares do Regime Democrático, mas, também, pelo desrespeito às famílias das crianças e jovens necessitadas da Escola pública municipal, tolhidos do direito de ter o benefício da Escola.

Silentes
Nos últimos dias, pouco ou quase nada se ouviu ou viu em defesa de um dos direitos garantidos constitucionalmente ao brasileiro, sobretudo os mais pobres, impossibilitados de adentrarem à Escola particular, onde estão todos os que podem pagar o que lhes é cobrado e alguns outros, embora pobres, sacrificados para garantirem Educação a seus filhos.

Vereadores e deputados estaduais, inclusive e sobretudo aqueles integrantes das comissões de Educação das duas Casas, omissos e silentes permanecem, desconhecendo os direitos dos estudantes, das suas famílias, e a obrigação do Poder Público, de que fazem parte.

Estão submissos às partes causadoras da calamidade na Escola pública municipal, contribuindo para ampliar o quadro de miseráveis. A sociedade, na sua parte hipossuficiente nunca esteve a reclamar tanto a atenção dos que devem zelar pelos seus interesses do que agora.

EDISON SILVA
EDITOR DE POLÍTICA




quinta-feira, 26 de maio de 2011

GREVES DE PROFESSORES AFETAM 1,7 MI DE ALUNOS

26 de maio de 2011



Movimentos em seis Estados mobilizam tanto docentes de redes estaduais de ensino como municipais; categoria pede reajuste salarial
Fonte: O Estado de São Paulo (SP)
Em pelo menos seis Estados, movimentos grevistas de professores da rede pública estão afetando até 1,7 milhão de estudantes, ao todo, segundo sindicatos da categoria. Cada Estado - ou município, no caso de Porto Alegre - tem reivindicações diferentes e negocia de maneira independente.
Os professores do Amapá entraram ontem em greve, por tempo indeterminado. Eles reivindicam reajuste salarial de 16%, contra os 3% oferecidos pelo governo. Na capital Macapá, 90% dos professores teriam aderido.
Em Porto Alegre, a greve chegou ao terceiro dia e afeta 40 mil alunos. A categoria não aceita reajuste de 6,5% em maio e mais 0,5% em dezembro e quer 18%.

A prefeitura sustenta que não pode oferecer mais. O Sindicato dos Municipários estima que 90% dos educadores estão parados, enquanto a prefeitura afirma que o índice é de 70%. A categoria diz que a greve só termina se houver nova proposta.
Em Sergipe, os professores da rede estadual entram no quarto dia de paralisação, prejudicando 300 mil alunos. Eles fazem hoje uma vigília na Assembleia Legislativa a partir das 8 horas e, amanhã, um ato público no centro comercial de Aracaju.

A categoria recusou proposta de pagamento integral imediato do reajuste de 15,86% para os professores do nível um e a partir de setembro para os demais níveis.
Adesão forte
Em Santa Catarina, onde a greve chega ao oitavo dia, a adesão é de quase 90% (35,6 mil dos 39 mil professores da rede), segundo o sindicato da categoria. Cerca de 600 mil alunos estariam sem aula.
A greve é uma reação à proposta do governo que fixa, por medida provisória, o piso nacional do magistério em R$ 1.187 para docentes que não tinham o valor como salário-base sem a soma de abono.

Antes, o mínimo era de R$ 609. Os professores são contra a MP porque ela não acompanharia o progresso de carreira. O governo se recusa a negociar, e os grevistas querem que os deputados rejeitem a MP. 
Em Alagoas, onde 350 mil estão sem aula, os professores decidiram prorrogar a greve, iniciada na semana passada, por mais uma semana. Os docentes acusam defasagem de 25% no salário, mas o governo oferece 7%.
Quase um mês
Na Paraíba, 18 mil funcionários de 600 escolas (60% dos profissionais) estão em greve há 25 dias, segundo o sindicato local, afetando as aulas de 400 mil estudantes.

Os professores pedem piso de R$ 890 para 30 horas semanais e manutenção das gratificações. Hoje, o piso é de R$ 661. O governo diz que aceita pagar o piso, desde que as gratificações sejam incorporadas.

28 de maio de 2011




Editorial: As greves do professorado
''Estudantes do ensino básico voltaram a ser vítimas dos interesses corporativos de seus professores'', afirma o editorial
Fonte: O Estado de São Paulo (SP)
Estudantes do ensino básico voltaram a ser vítimas dos interesses corporativos de seus professores. Por causa das greves por tempo indeterminado deflagradas por professores da rede pública de seis Estados e da prefeitura de Porto Alegre, mais de 1,7 milhão de estudantes do ensino fundamental e médio estão sem aula há vários dias. A maior parte das greves está ocorrendo no Nordeste.
A estimativa é de que cerca de 80 mil professores suspenderam as atividades didáticas no meio do semestre letivo. Cerca de 60 mil servidores técnicos e administrativos também aderiram ao protesto. As reivindicações dos grevistas variam conforme cada Estado - ou município, no caso da capital gaúcha. Por isso, as negociações são independentes.
Na Paraíba, por exemplo, os professores exigem a manutenção das gratificações de estímulo à atividade pedagógica, pedem um piso de R$ 890 para quem tem jornada semanal de 30 horas e pleiteiam aumento das bolsas de avaliação de desempenho docente e da ajuda de custo para transporte dos funcionários administrativos dos colégios estaduais.
Em Alagoas, os docentes alegam que, por causa da inflação, os vencimentos da categoria estão com uma defasagem de 25% e acusam o governo estadual de não ter implementado o plano de cargos e carreiras.

No Rio Grande do Norte, a discussão gira em torno de critérios para promoções, processo seletivo e pagamento de licença-prêmio e de abono de férias. Em Santa Catarina, os professores protestam porque o governo estadual aprovou uma lei que acaba com o Plano de Carreira do Magistério, que estava em vigor desde a década de 1980.
Em Sergipe, no Amapá e em Mato Grosso, os membros do magistério público estão pressionando os governos estaduais a cumprir a decisão tomada há cerca de um mês pelo Supremo Tribunal Federal, que reconheceu a constitucionalidade da Lei do Piso Salarial Nacional, de 2008, obrigando todas as unidades da Federação a cumpri-la.

Essa também é a reivindicação dos professores de Pernambuco - o Estado que, segundo os levantamentos do Ministério da Educação, paga os salários mais baixos da rede escolar pública de todo o País. Em Santa Catarina, os professores querem que o governo exclua os abonos do cálculo do piso salarial nacional, que hoje é de R$ 1.187 mensais para uma jornada semanal de 40 horas.
Em quase todos esses Estados e na prefeitura de Porto Alegre, os secretários de Educação alegam não dispor de recursos orçamentários para cumprir a decisão do Supremo, depositando a diferença entre os vencimentos atuais pagos ao magistério público e o piso de R$ 1.187.

Em Santa Catarina, o secretário Marcos Tebaldi afirma que o Estado só pode pagar o piso para 53% dos professores da rede estadual. "O que podemos fazer é isso. Para atender os que vão ficar de fora precisaremos de mais tempo para encontrar fontes de recursos", diz ele.
Alguns secretários de Educação afirmam que somente poderão cumprir a Lei do Piso se puderem incorporar no cálculo do salário os bônus de produtividade e as gratificações de estímulo à atividade pedagógica - o que é recusado pelo professorado da rede pública.
Além de reclamar da falta de recurso, vários secretários de Educação lembram que os gastos com a folha de pagamento do magistério público já estão no limite imposto pela Lei de Responsabilidade Fiscal. Por isso, se tiverem de pagar a diferença para atingirem o piso nacional, como determinou o Supremo, os governadores desses Estados poderão ser acionados por crime de responsabilidade.
Esse problema era esperado desde que, pressionado pelo governo federal, o Congresso aprovou a Lei do Piso Salarial Nacional para o magistério público, em 2008, criando despesas adicionais para os Estados. Mas a lei aí está e os professores têm o direito de exigir o seu cumprimento.

O problema está na forma da reivindicação. Ao suspender as aulas, os docentes estão prejudicando a formação de 1,7 milhão de alunos, que foram convertidos em reféns de um confronto corporativo.



 

PROFESSORA ALIA-SE À GREVE

26 de maio de 2011

Recente fenômeno das redes sociais, a professora Amanda Gurgel, famosa por fala sobre Educação, esteve em Fortaleza e defende greve nacional
Fonte: O Povo (CE)

Depois de sua imagem espalhar-se pelas redes sociais e repercutir até na televisão em horário nobre, a professora potiguar Amanda Gurgel aporta em Fortaleza e empresta seu repentino cartaz aos militantes da Educação do Município, em greve há exato um mês.

Ela esteve ontem na Câmara Municipal, em manifestação da categoria, e concedeu entrevista exclusiva ao O POVO na Rádio O POVO/CBN. A meta, segundo ela, é aproveitar o momento de notoriedade em todo o país para puxar os olhares às greves em vários estados brasileiros e articular uma paralisação nacional.

Amanda virou “fenômeno” da internet depois de fazer intervenção em audiência pública sobre Educação na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte, no início deste mês. Com fala contundente sobre as más condições de trabalho dos professores daquele estado e de todo o Brasil, a servidora pública conseguiu desconstruir parte dos discursos de alguns líderes políticos que conduziam o evento.

O vídeo que exibe todo o constrangimento da situação foi disponibilizado no Youtube e aprofessora passou a ser tratada como referência da luta por Educação de qualidade, figurando, inclusive, como um dos tópicos mais comentados no Twitter e como uma das principais atrações de programa na maior emissora de televisão brasileira no último domingo.

E já que, no momento, Amanda se tornou figura pública das mais comentadas, o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação do Ceará (Sindiute) resolveu convidá-la para participar da manifestação de ontem e agregar mais poder de ressonância às ações do movimento.

Juntamente com os militantes cearenses, ela ocupou o plenário do Parlamento e fez pressão até que fosse derrubada a sessão. Mesmo sem nem conhecer anteriormente a dirigente do sindicato, Gardênia Baima. A categoria quer protelar a votação do projeto de lei de revisão salarial enviado pela Prefeitura de Fortaleza na última quinta-feira, 19.

Partidarismo
Filiada ao PSTU há sete meses e tendo disputado por duas vezes a direção do sindicato dos professores natalense, Amanda garante que o intuito é a mobilização da categoria de forma suprapartidária. “Mas as pessoas colocam como se eu tivesse a intenção de candidatura. Não estou nem sequer utilizando o nome do partido”, disse.

ENTENDA A NOTÍCIA
Nascida na Bahia e criada no Rio Grande do Norte pelos tios, Amanda Gurgel é bacharel em Letras e especialista em Educação de Jovens e Adultos. Está no serviço público desde 2005 e antes atuou em Escolas particulares e projetos sociais.

O QUE ELA PENSA SOBRE:

- Greve: Amanda hoje já estaria novamente em Natal, para ato público da greve de servidores estaduais, dos quais ela não faz parte, mas considera como sua base: “Acredito que a greve ainda é o instrumento mais importante da luta dos trabalhadores. Existem registros históricos dos êxitos dos trabalhadores”.

- Luizianne Lins: No único dia em que permaneceu em Fortaleza, Amanda aproveitou para mandar recado para a prefeita de Fortaleza: “Peço que ela reveja sua posição. Ela, que já foi uma das grandes defensoras da greve e hoje toma uma atitude dessa, de passar por cima da direção do sindicato e votar em regime de urgência o seu projeto”.

- Popularidade: “Essa superexposição vai passar e não vão mais nem falar no meu nome. O principal aspecto positivo é o ânimo que as pessoas ganham através dessas redes. Não é a rede social que vai transformar, mas a pessoa se senti instigada a ir para as ruas”.


Marcela Belchior
marcelabelchior@opovo.com.br

quarta-feira, 25 de maio de 2011

PROFESSORES MUNICIPAIS EM ESTADO DE GREVE

25 de maio de 2011


Prefeitura do Recife propôs um reajuste salarial de 4,94%
Fonte: Folha de Pernambuco (PE)
WAGNER SANTOS

Não satisfeitos com o posicionamento da Prefeitura do Recife em relação ao pedido de reajuste salarial, professores da rede municipal resolveram entrar em estado de greve. A decisão foi tomada durante a assembleia realizada na manhã de ontem pelo Sindicato dos Professores do Recife (Simpere).

A insatisfação dos docentes se dá pela proposta de reajuste de 4,94% no piso salarial, enquanto que a categoria exige um aumento de 27%, para, assim, o salário se adequar ao estipulado pelo Ministério da Educação: R$ 1.187.

Ainda ontem, os professores realizaram um ato público com faixas e bandeiras no cruzamento da avenida Conde da Boa Vista com a rua da Soledade.

De acordo com a coordenadora do Simpere, Ana Cristina Davi, a prefeitura apresentou na última mesa de negociação, um calendário com um cronograma de obras para a restauração de 41 escolas da rede municipal, além da tabela de reajuste salarial.

“Esse reajuste é o que estava faltando para o piso salarial. Só que ele deveria ser no mínimo de 27% para que a categoria saísse dos R$ 860 para R$ 1.187, que é o valor estipulado pelo MEC. Enquanto isso, estão dando apenas 4,94 %, onde o piso sobe para R$ 960. Isso mostra que a prefeitura continua descumprindo o piso”, disse.

Segundo o sindicato, os professores do Recife entregaram em março a pauta de reivindicações de 2011. Entre as solicitações estão o reajuste imediato do Piso Salarial Nacional, com retroativo a janeiro de 2011, de 21,71% o que corresponde a R$ 1.597,87; aumento do ticket-refeição para R$18; pagamento do vale-transporte em pecúnia; o fim da cobrança de coparticipação do Saúde-Recife e aumento do valor do acréscimo pago aos professores de escolas com difícil acesso.

Além disso, a categoria exige o aumento correspondente à titulação de especialização, mestrado e doutorado para 30%, 40% e 50%, respectivamente.

Mediante o impasse, os professores resolveram fazer uma paralisação na próxima segunda-feira e um ato público na rua 7 de Setembro, na Boa Vista, junto com os servidores da PCR, que, segundo o sindicato, também estão em greve.

A Secretaria de Educação do Recife informou, através de nota, que anunciou durante negociações com a categoria sobre o reajuste de 4,98% referente ao pagamento do Piso Salarial Nacional, retroativo a janeiro de 2011.

Além disso, explicou que o piso prevê valor mínimo de R$ 1.187 para quem trabalha 40 horas semanais, e a maioria dos profissionais da rede de ensino do Recife trabalha 29 horas por semana. Por isso, o é pago o valor proporcional, conforme Lei Federal.






PROFESSORES MANTÊM GREVE

25 de maio de 2011


Docentes optaram por continuar a paralisação, mesmo com a medida provisória assinada pelo governador em exercício, Eduardo Pinho Moreira que cumpre a lei nacional do piso dos professores
Fonte: Jornal de Santa Catarina (SC)
FLORIANÓPOLIS - A greve do magistério da rede estadual completa uma semana hoje. Ontem, em assembleias regionais, os professores optaram por continuar a paralisação, mesmo com a medida provisória (MP) assinada segunda-feira pelo governador em exercício, Eduardo Pinho Moreira que cumpre a lei nacional do piso dos professores.

A proposta foi rejeitada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinte) porque, para os educadores, ela desconsidera a progressão na carreira.

Apesar do governo afirmar que só abrirá novas negociações quando a greve terminar, o Sinte vai pedir, hoje, um novo encontro com representantes do Estado. O sindicato solicitou ainda ajuda dos deputados estaduais, para que eles falem com o governo. A expectativa deles é que amanhã haja uma reunião.

Sem receber o pedido, o governador em exercício, Eduardo Pinho Moreira, não se manifestou. Por enquanto, vale a posição anunciada segunda-feira. O secretário deEducação, Marco Tebaldi, afirmou que sempre estará disposto a conversar, mas novas negociações só com a volta das aulas.

Tebaldi voltou a afirmar que o governo fez o que tinha condições até o momento, mas não descartou a possibilidade de discutir a carreira.

Ele informou que a dificuldade de pagar o piso salarial foi tema, ontem, na reunião do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), que vai levar a questão ao ministro daEducação, Fernando Haddad.

Sindicato aguarda nova proposta do Estado
A coordenadora estadual do Sinte, Alvete Bedin, lamentou a maneira como o governo apresentou a proposta, sem chances de negociação. Para ela, o Estado teve tempo suficiente para mostrar uma saída antes que a categoria decidisse pela greve.

A coordenadora garantiu que, em vez de rachar o movimento, a MP uniu ainda mais os docentes. Ela ainda espera que haja um novo encontro com representantes do Estado para que o sindicato apresente uma proposta.

QUAIS SÃO AS DIVERGÊNCIAS

Para o Estado
O governo cumpriu a lei do piso nacional do magistério, ao pagar R$ 1.187 para todos os 35 mil professores, 53% da rede estadual, que ainda não recebiam o valor no salário-base. Ele continua pagando o Prêmio Educar (R$ 200) e a regência de classe. Isto vale para a folha de maio. Novas negociações só se a greve terminar. O governo espera a publicação do acórdão do STF para analisar o que é possível fazer.

Para os professores
A proposta não agradou porque, para eles, não respeita a progressão na carreira. O reajuste dado ao professor com ensino médio, que passou de um salário-base de R$ 609 para R$ 1.187, não foi repassado para quem tem pós-graduação, por exemplo, porque ele já ganhava salário-base acima do piso. A diferença salarial inicial entre um docente com ensino médio e um com doutorado passa a ser de R$ 305. Antes era de R$ 883





GUERRA DE INFORMAÇÕES E VERSÕES MARCA GREVE

25 de maio de 2011


A greve do magistério da rede estadual de Santa Catarina completa uma semana hoje
Fonte: Diário Catarinense (SC)
A greve do magistério da rede estadual completa uma semana hoje. Ontem, em assembleias regionais, os professores optaram por continuar a paralisação, mesmo com a medida provisória (MP) – assinada na última segunda-feira pelo governador em exercício, Eduardo Pinho Moreira – que estabelece novo piso salarial.

A proposta foi rejeitada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinte) porque, para os educadores, desconsidera a progressão na carreira.

Apesar de o governo afirmar que só reabrirá as negociações quando a greve terminar, o Sinte vai pedir, hoje, um novo encontro com representantes do Estado e solicitou ajuda dos deputados estaduais. A expectativa deles é que amanhã haja uma reunião. Sem receber o pedido, Pinho Moreira não se manifestou.

Por enquanto, vale a posição anunciada na segunda-feira. O secretário de Educação, Marco Tebaldi, falou que sempre estará disposto a conversar, mas só vai retomar as negociações com a volta das aulas.

O DC entrevistou o secretário e a coordenadora estadual do Sinte, Alvete Bedin, para que os dois dessem a versão deles sobre o momento. O resultado é uma guerra de informações e versões entre sindicato e governo.

JÚLIA ANTUNES LORENÇO
julia.antunes@diario.com.br






EM CAMPANHA SALARIAL, PROFESSORES DECRETAM GREVE EM SETE ESTADOS

25 de maio de 2011


A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) estima uma adesão de até 75% (60 mil trabalhadores) aos movimentos de paralisação
Fonte: Valor Econômico (SP)
Professores de cinco Estados brasileiros - Alagoas, Amapá, Paraíba, Rio Grande do Norte, Santa Catarina e Sergipe - decretaram greve. Em São Paulo, a paralisação atinge parte do magistério estadual, o que eleva para sete o número de movimentos regionais de paralisação de docentes.

Somadas, essas redes públicas estaduais contam com mais de 80 mil docentes efetivos e temporários, e a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) estima uma adesão de até 75% (60 mil trabalhadores) aos movimentos de paralisação.

Pernambuco, com 35 mil professores, tem paralisação de um dia programada para 3 de junho. No Espírito Santo, os cerca de 20 mil docentes estão em estado de greve, que pode ser deflagrada no dia 9 de junho caso o governo não atenda às reivindicações da categoria.

A maioria dos professores de escolas públicas estaduais está em campanha salarial. As principais reivindicações, de norte a sul do país, são a reposição de perdas salariais de anos anteriores e o cumprimento da lei do piso nacional do magistério, que foi considerada válida em sua totalidade pelo Supremo Tribunal Federal (STF), em decisão tomada há um mês.

"As mobilizações indicam que vários governos estão descumprindo a lei, que o professor brasileiro ainda recebe abaixo do piso nacional", avalia Heleno Araújo, secretário de assuntos educacionais da CNTE.

Dos sete movimentos grevistas, os professores das escolas e faculdades técnicas e tecnológicas de São Paulo (Etecs e Fatecs) são os que exigem o maior reajuste: 58%. O número, de acordo com o Sindicato dos Trabalhadores do Centro Paula Souza (Sinteps), é a base para repor seis anos de perdas salariais.

No Rio Grande do Norte, a greve também abrange motoristas e cobradores do transporte coletivo de Natal, policiais civis, servidores do Detran e da Secretaria Estadual de Tributação.

Cerca de 90% dos 8 mil professores, que querem aumento de 15% no salário e 40% na principal gratificação, não trabalharam ontem e devem manter a greve até amanhã, quando será organizada uma assembleia geral.

De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Rede Pública (Sinte-RN), o governo exigiu a volta ao trabalho para abrir negociações. A Secretaria Estadual de Educação não se manifestou.

A Secretaria Estadual de Educação de Sergipe informou que 396 escolas estão fechadas por causa da greve de mais de 12 mil professores. O governo aceitou pagar o piso e dar reajuste de 5,7% para docentes que já recebem acima de R$ 1.187. "O sindicato dos professores está intransigente e radicalizou", diz nota da secretaria.

Em Alagoas, os professores rejeitaram aumento de 7%. "É o valor que o governo quer dar para todos os servidores. Estamos tentando unificar nossas reivindicações com o conjunto de servidores estaduais numa greve estadual. Queremos obter reajuste de 25%", diz Maria Consuelo Correa, dirigente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Alagoas (Sinteal).

No Amapá, o governo estadual ofereceu três reajustes de 3% até o fim do ano. A oferta foi rejeitada pelos professores, que exigem aumento de 16%.

"É a complementação do salário para chegarmos ao piso. Estamos hoje [ontem] na quarta negociação, sem consenso", relata Maria Antônia Freitas, vice-presidente do Sindicato dos Servidores Públicos emEducação do Amapá.

No Rio Grande do Sul, a paralisação está restrita aos professores municipais da capital. Em Porto Alegre, os professores se uniram ao restante dos servidores municipais e decretaram greve na última segunda-feira.

Com data-base em maio, os funcionários da prefeitura exigem reajuste salarial de 18%, além de aumento de R$ 12 para R$ 18 no vale-alimentação e outros benefícios como a inclusão, no cálculo da aposentadoria, do valor médio das horas extras recebidas pela categoria.

Segundo o sindicato dos servidores, o Simpa, 90% das escolas municipais e 70% dos serviços de saúde estão parados.

A proposta da prefeitura, rejeitada ontem pelos grevistas, prevê aumento salarial de 7%, já inclusos os 6,5% referentes à inflação acumulada em 12 meses até maio, mais vale-alimentação de R$ 13 e reposição parcelada de perdas de anos anteriores. Em nota, a administração argumentou que a reivindicação dos servidores geraria gasto extra anual de R$ 289 milhões




PROFESSORES MUNICIPAIS EM ESTADO DE GREVE

25 de maio de 2011


Prefeitura do Recife propôs um reajuste salarial de 4,94%
Fonte: Folha de Pernambuco (PE)
WAGNER SANTOS

Não satisfeitos com o posicionamento da Prefeitura do Recife em relação ao pedido de reajuste salarial, professores da rede municipal resolveram entrar em estado de greve. A decisão foi tomada durante a assembleia realizada na manhã de ontem pelo Sindicato dos Professores do Recife (Simpere).

A insatisfação dos docentes se dá pela proposta de reajuste de 4,94% no piso salarial, enquanto que a categoria exige um aumento de 27%, para, assim, o salário se adequar ao estipulado pelo Ministério da Educação: R$ 1.187.

Ainda ontem, os professores realizaram um ato público com faixas e bandeiras no cruzamento da avenida Conde da Boa Vista com a rua da Soledade.

De acordo com a coordenadora do Simpere, Ana Cristina Davi, a prefeitura apresentou na última mesa de negociação, um calendário com um cronograma de obras para a restauração de 41 escolas da rede municipal, além da tabela de reajuste salarial.

“Esse reajuste é o que estava faltando para o piso salarial. Só que ele deveria ser no mínimo de 27% para que a categoria saísse dos R$ 860 para R$ 1.187, que é o valor estipulado pelo MEC. Enquanto isso, estão dando apenas 4,94 %, onde o piso sobe para R$ 960. Isso mostra que a prefeitura continua descumprindo o piso”, disse.

Segundo o sindicato, os professores do Recife entregaram em março a pauta de reivindicações de 2011. Entre as solicitações estão o reajuste imediato do Piso Salarial Nacional, com retroativo a janeiro de 2011, de 21,71% o que corresponde a R$ 1.597,87; aumento do ticket-refeição para R$18; pagamento do vale-transporte em pecúnia; o fim da cobrança de coparticipação do Saúde-Recife e aumento do valor do acréscimo pago aos professores de escolas com difícil acesso.

Além disso, a categoria exige o aumento correspondente à titulação de especialização, mestrado e doutorado para 30%, 40% e 50%, respectivamente.

Mediante o impasse, os professores resolveram fazer uma paralisação na próxima segunda-feira e um ato público na rua 7 de Setembro, na Boa Vista, junto com os servidores da PCR, que, segundo o sindicato, também estão em greve.

A Secretaria de Educação do Recife informou, através de nota, que anunciou durante negociações com a categoria sobre o reajuste de 4,98% referente ao pagamento do Piso Salarial Nacional, retroativo a janeiro de 2011.

Além disso, explicou que o piso prevê valor mínimo de R$ 1.187 para quem trabalha 40 horas semanais, e a maioria dos profissionais da rede de ensino do Recife trabalha 29 horas por semana. Por isso, o é pago o valor proporcional, conforme Lei Federal.






GUERRA DE INFORMAÇÕES E VERSÕES MARCA GREVE

25 de maio de 2011


A greve do magistério da rede estadual de Santa Catarina completa uma semana hoje
Fonte: Diário Catarinense (SC)
A greve do magistério da rede estadual completa uma semana hoje. Ontem, em assembleias regionais, os professores optaram por continuar a paralisação, mesmo com a medida provisória (MP) – assinada na última segunda-feira pelo governador em exercício, Eduardo Pinho Moreira – que estabelece novo piso salarial.

A proposta foi rejeitada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinte) porque, para os educadores, desconsidera a progressão na carreira.

Apesar de o governo afirmar que só reabrirá as negociações quando a greve terminar, o Sinte vai pedir, hoje, um novo encontro com representantes do Estado e solicitou ajuda dos deputados estaduais. A expectativa deles é que amanhã haja uma reunião. Sem receber o pedido, Pinho Moreira não se manifestou.

Por enquanto, vale a posição anunciada na segunda-feira. O secretário de Educação, Marco Tebaldi, falou que sempre estará disposto a conversar, mas só vai retomar as negociações com a volta das aulas.

O DC entrevistou o secretário e a coordenadora estadual do Sinte, Alvete Bedin, para que os dois dessem a versão deles sobre o momento. O resultado é uma guerra de informações e versões entre sindicato e governo.

JÚLIA ANTUNES LORENÇO
julia.antunes@diario.com.br






terça-feira, 24 de maio de 2011

SERVIDORES DEFLAGRAM GREVE

24 de maio de 2011


Os servidores municipais de Paulista decidiram on­tem suspender as atividades; a greve começa na próxima quinta-feira por tempo indeterminado e foi acertada em assembleia geral
Fonte: Folha de Pernambuco (PE)
André Clemente

Os servidores municipais de Paulista decidiram on­tem suspender as atividades. A greve começa na próxima quinta-feira por tempo indeterminado e foi acertada em assembleia geral.

A paralisação está relacionada à falta de retorno da Prefeitura às reivindicações dos setores de Educação, saúde, limpeza urbana, administração, guardas municipais, agentes de trânsito, entre outros. Até o momento, o município só ofereceu 5% de reajuste salarial, o que não foi suficiente para o avanço das negociações.

O chefe de Gabinete de Paulista, Gilberto Lopes Filho, esperava que o percentual fosse aceito pelos sindicatos na última rodada de negociação.

“O valor é razoável. Foi o repassado no ano passado e, inclusive, é maior que o oferecido pelo Governo de Estado, de 4%”, explicou. “É o máximo que a Prefeitura pode oferecer e já é uma extensão dos 3% colocados na primeira proposta”, completou.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Servidores do município, Genivaldo Ribeiro, entre as reivindicações estão a entrega de notebooks para facilitar o trabalho dosprofessores, reajuste salarial por categoria, revisão do Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos (PCCV) dos servidores da saúde e, ainda, aumento do piso salarial das enfermeiras de nível superior, passando de R$ 1,2 mil para R$ 2 mil.

“Há 45 dias, as negociações não avançaram por falta de compromisso e de interesse da gestão municipal. Vários ofícios foram entregues ao chefe de Gabinete, mas as respostas são evasivas. Chega de descaso e indiferença. Os servidores merecem respeito”, informou.

A pauta da categoria contempla ainda pontos como reposição das perdas salariais de 88,93% e reajuste para o Piso Nacional do professor.








SERVIDORES E GOVERNO NÃO CHEGAM A CONSENSO E GREVE GERAL É DECRETADA

24 de maio de 2011


A reunião ocorrida ontem entre os servidores estaduais e representantes do governo do Estado não surtiu os efeitos desejados pelo funcionalismo público; categorias deverão decretar greve geral
Fonte: Jornal do Dia (AP)
A reunião ocorrida ontem entre os servidores estaduais e representantes do governo do Estado não surtiu os efeitos desejados pelo funcionalismo público e hoje as categorias deverão decretar greve geral por tempo indeterminado.

Na quarta feira (18) da semana passada o SINSEPEAP anunciou que a categoria dosprofessores faria uma paralisação nos dias 18, 19 e 20, para buscar negociações com o Governo, porém por não obterem respostas do poder executivo, resolveram transforma a paralisação em uma greve de tempo indeterminado.

Na sexta-feira (20) houve uma assembleia geral para fazer um balanço do ato, e vendo que não obteriam uma resposta positiva, no sábado foi anunciado ao governo que a greve ia ser instaurada.

“Primeiro fizemos uma paralisação para vermos qual seria a resposta do governo, e em meio às reuniões percebemos que não teríamos respostas positivas, o que levou a classe a optar pela greve”, explicou a professora Rosália Oliveira.

Um dos motivos é em respeito ao aumento dos salários dos deputados, que recebeu em dezembro um aumento de 61,83%, e não houve nenhuma indagação, ou empecilho para que ele ocorresse, já para o aumento de 6,3% no salário dos professores é altamente debatido e impedido, dando espaço para mais indagações.

Inderteminação
Em meio à falta respostas favoráveis os professores colocarão hoje (24) a greve em prática. “É por prazo indeterminado, porque até o momento em meios as reuniões com o governador, não houve respostas favoráveis, e nós não podemos aceitar a proposta 3% de aumento que ele está fazendo. E também estamos muito decepcionados, porque o governador revogou a lei da data base, que dizia que em todo primeiro de abril, o aumento seria de 6,31%”, conclui Rosália Oliveira.

Geral
A greve não atinge somente os servidores da Educação, mas setores cruciais do funcionalismo público, como saúde, segurança, área econômica e administrativa.

A Federação dos Servidores Estaduais disse que enquanto o governo estadual não chegar a um consenso sobre a pauta de reivindicações do funcionalismo, a greve vai continuar.

De acordo com informações da assessoria de imprensa do governo, alguns pontos das negociações tiveram avanços, porém, outros não teve acordo. Na próxima quinta-feira, uma nova reunião deverá acontecer entre o Executivo e os servidores


SERVIDORES E GOVERNO NÃO CHEGAM A CONSENSO E GREVE GERAL É DECRETADA

24 de maio de 2011




A reunião ocorrida ontem entre os servidores estaduais e representantes do governo do Estado não surtiu os efeitos desejados pelo funcionalismo público; categorias deverão decretar greve geral
Fonte: Jornal do Dia (AP)
A reunião ocorrida ontem entre os servidores estaduais e representantes do governo do Estado não surtiu os efeitos desejados pelo funcionalismo público e hoje as categorias deverão decretar greve geral por tempo indeterminado.

Na quarta feira (18) da semana passada o SINSEPEAP anunciou que a categoria dosprofessores faria uma paralisação nos dias 18, 19 e 20, para buscar negociações com o Governo, porém por não obterem respostas do poder executivo, resolveram transforma a paralisação em uma greve de tempo indeterminado.

Na sexta-feira (20) houve uma assembleia geral para fazer um balanço do ato, e vendo que não obteriam uma resposta positiva, no sábado foi anunciado ao governo que a greve ia ser instaurada.

“Primeiro fizemos uma paralisação para vermos qual seria a resposta do governo, e em meio às reuniões percebemos que não teríamos respostas positivas, o que levou a classe a optar pela greve”, explicou a professora Rosália Oliveira.

Um dos motivos é em respeito ao aumento dos salários dos deputados, que recebeu em dezembro um aumento de 61,83%, e não houve nenhuma indagação, ou empecilho para que ele ocorresse, já para o aumento de 6,3% no salário dos professores é altamente debatido e impedido, dando espaço para mais indagações.

Inderteminação
Em meio à falta respostas favoráveis os professores colocarão hoje (24) a greve em prática. “É por prazo indeterminado, porque até o momento em meios as reuniões com o governador, não houve respostas favoráveis, e nós não podemos aceitar a proposta 3% de aumento que ele está fazendo. E também estamos muito decepcionados, porque o governador revogou a lei da data base, que dizia que em todo primeiro de abril, o aumento seria de 6,31%”, conclui Rosália Oliveira.

Geral
A greve não atinge somente os servidores da Educação, mas setores cruciais do funcionalismo público, como saúde, segurança, área econômica e administrativa.

A Federação dos Servidores Estaduais disse que enquanto o governo estadual não chegar a um consenso sobre a pauta de reivindicações do funcionalismo, a greve vai continuar.

De acordo com informações da assessoria de imprensa do governo, alguns pontos das negociações tiveram avanços, porém, outros não teve acordo. Na próxima quinta-feira, uma nova reunião deverá acontecer entre o Executivo e os servidores






SERVIDORES DEFLAGRAM GREVE

24 de maio de 2011

Os servidores municipais de Paulista decidiram on­tem suspender as atividades; a greve começa na próxima quinta-feira por tempo indeterminado e foi acertada em assembleia geral
Fonte: Folha de Pernambuco (PE)
André Clemente

Os servidores municipais de Paulista decidiram on­tem suspender as atividades. A greve começa na próxima quinta-feira por tempo indeterminado e foi acertada em assembleia geral.

A paralisação está relacionada à falta de retorno da Prefeitura às reivindicações dos setores de Educação, saúde, limpeza urbana, administração, guardas municipais, agentes de trânsito, entre outros. Até o momento, o município só ofereceu 5% de reajuste salarial, o que não foi suficiente para o avanço das negociações.

O chefe de Gabinete de Paulista, Gilberto Lopes Filho, esperava que o percentual fosse aceito pelos sindicatos na última rodada de negociação.

“O valor é razoável. Foi o repassado no ano passado e, inclusive, é maior que o oferecido pelo Governo de Estado, de 4%”, explicou. “É o máximo que a Prefeitura pode oferecer e já é uma extensão dos 3% colocados na primeira proposta”, completou.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Servidores do município, Genivaldo Ribeiro, entre as reivindicações estão a entrega de notebooks para facilitar o trabalho dosprofessores, reajuste salarial por categoria, revisão do Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos (PCCV) dos servidores da saúde e, ainda, aumento do piso salarial das enfermeiras de nível superior, passando de R$ 1,2 mil para R$ 2 mil.

“Há 45 dias, as negociações não avançaram por falta de compromisso e de interesse da gestão municipal. Vários ofícios foram entregues ao chefe de Gabinete, mas as respostas são evasivas. Chega de descaso e indiferença. Os servidores merecem respeito”, informou.

A pauta da categoria contempla ainda pontos como reposição das perdas salariais de 88,93% e reajuste para o Piso Nacional do professor.








SERVIDORES E GOVERNO NÃO CHEGAM A CONSENSO E GREVE GERAL É DECRETADA

24 de maio de 2011


A reunião ocorrida ontem entre os servidores estaduais e representantes do governo do Estado não surtiu os efeitos desejados pelo funcionalismo público; categorias deverão decretar greve geral
Fonte: Jornal do Dia (AP)
A reunião ocorrida ontem entre os servidores estaduais e representantes do governo do Estado não surtiu os efeitos desejados pelo funcionalismo público e hoje as categorias deverão decretar greve geral por tempo indeterminado.

Na quarta feira (18) da semana passada o SINSEPEAP anunciou que a categoria dosprofessores faria uma paralisação nos dias 18, 19 e 20, para buscar negociações com o Governo, porém por não obterem respostas do poder executivo, resolveram transforma a paralisação em uma greve de tempo indeterminado.

Na sexta-feira (20) houve uma assembleia geral para fazer um balanço do ato, e vendo que não obteriam uma resposta positiva, no sábado foi anunciado ao governo que a greve ia ser instaurada.

“Primeiro fizemos uma paralisação para vermos qual seria a resposta do governo, e em meio às reuniões percebemos que não teríamos respostas positivas, o que levou a classe a optar pela greve”, explicou a professora Rosália Oliveira.

Um dos motivos é em respeito ao aumento dos salários dos deputados, que recebeu em dezembro um aumento de 61,83%, e não houve nenhuma indagação, ou empecilho para que ele ocorresse, já para o aumento de 6,3% no salário dos professores é altamente debatido e impedido, dando espaço para mais indagações.

Inderteminação
Em meio à falta respostas favoráveis os professores colocarão hoje (24) a greve em prática. “É por prazo indeterminado, porque até o momento em meios as reuniões com o governador, não houve respostas favoráveis, e nós não podemos aceitar a proposta 3% de aumento que ele está fazendo. E também estamos muito decepcionados, porque o governador revogou a lei da data base, que dizia que em todo primeiro de abril, o aumento seria de 6,31%”, conclui Rosália Oliveira.

Geral
A greve não atinge somente os servidores da Educação, mas setores cruciais do funcionalismo público, como saúde, segurança, área econômica e administrativa.

A Federação dos Servidores Estaduais disse que enquanto o governo estadual não chegar a um consenso sobre a pauta de reivindicações do funcionalismo, a greve vai continuar.

De acordo com informações da assessoria de imprensa do governo, alguns pontos das negociações tiveram avanços, porém, outros não teve acordo. Na próxima quinta-feira, uma nova reunião deverá acontecer entre o Executivo e os servidores