PESQUISA

quarta-feira, 27 de maio de 2009

PROFESSORES DO RECIFE ENTRAM EM GREVE HOJE

27 de maio de 2009


Docentes resolveram parar, ontem, por tempo indeterminado
Fonte: FOLHA DE PERNAMBUCO (PE)


Greve por tempo indeterminado. Esta foi a decisão tomada pelos professores da rede municipal do Recife, ontem, em assembleia geral. Com isso, mais de 100 mil estudantes ficam sem aulas a partir de hoje. Entre as reivindicações da categoria estão: a implementação do Piso Salarial Nacional de R$ 1.132,40 para todos os 4.990 docentes, reposição salarial de 12,5%, aumento do ticket de refeição para R$ 12,00, além da re-estruturação do plano Saúde Recife. Depois de algumas, mal-sucedidas, mesas de negociação entre o Sindicato dos professores do Recife (Simpere) e a Prefeitura do Recife, atos e mobilizações em frente ao prédio da administração municipal e paralisações das últimas duas aulas de cada turno, as chamadas greves brancas, o Simpere viu na greve a única forma de alcançar seus objetivos.
"Tomamos esta atitude por causa da falta de avanço com a Prefeitura", afirmou a coordenadora geral do Simpere, Ana Cristina. Depois da assembleia, os professores saíram em passeata da avenida João de Barros, na Boa Vista, até a Câmara dos Vereadores do Recife, onde fizeram apitaço e soltaram fogos, chamando a atenção da população. "Viemos pedir a mediação dos vereadores frente à Prefeitura", disse a coordenadora.
O secretário de Educação, Esportes e Lazer, Cláudio Duarte, se disse surpreso com a atitude dos professores. Na tarde de ontem, durante entrevista coletiva à Imprensa, o secretário afirmou que as negociações estavam em curso e que vários pontos foram avançados. "Tinha, inclusive, uma nova rodada de negociações na manhã de hoje (ontem), mas os professores não compareceram", destacou. Cláudio Duarte destacou como proposta a antecipação da Lei Federal 11.738/08, que determina aos municípios adequarem o Plano de Cargos, Carreira e Remuneração a dois terços do Piso Salarial Profissional Nacional, no valor de R$ 1.132,40, até 31 de dezembro de 2009 e, de forma integral até janeiro de 2010."Vamos antecipar a adequação para 2.277 professores em julho de 2009. Em setembro, mais 1.226 docentes serão contemplados. Em novembro, serão mais 680. Com isso, iremos contemplar todos os 4.183 profissionais", comentou o secretário, deixando claro que essa é a última proposta da Prefeitura. "Teremos um impacto de R$ 18 milhões em nossa folha. Caso os professores a recusem, iremos retirá-la para efeito de negociação", comentou. No entanto, os professores dizem que só aceitarão a implantação escalonada se for retroativa ao mês de julho. "Caso queiram escalonar, quem não receber o aumento em julho deverá receber retroativo nos meses seguintes", disse a coordenadora do Simpere, Andréia Batista.
Ele apontou ainda como avanço nas negociações a convocação imediata de 550 professores de nível I, aprovados no último concurso, para atender a alunos da Educação infantil e ensino fundamental; implantação do programa de incentivo à pós-graduação, beneficiando 420 dorcentes; implantação do programa de inserção dos professores em novas tecnologias com a entrega de notebooks; entre outras. Lembrou ainda que a prefeitura está investindo R$ 1.613.689 em melhoria das estruturas das unidades Escolares e que ainda em 2009 serão construídos cinco centros de Educação infantil, dos 40 que serão erguidos nos próximos quatro anos em parceria com o Governo Federal. O secretário deixou claro que todas as aulas serão repostas e que, se for necessário, as férias do mês de julho serão sacrificadas.
Olinda
Os 26 mil alunos da rede municipal de Olinda vão continuar sem aula. Ontem, também em assembleia, os professores resolveram dar prosseguimento à greve que já completa 14 dias. Hoje, eles farão outro encontro na frente da Prefeitura da cidade, às 9h



sexta-feira, 22 de maio de 2009

PROFESSOR REJEITA ÍNDICE E MANTÉM GREVE

22 de maio de 2009


Proposta - Acabou sem acordo reunião de servidores com representantes do governo do Estado
Fonte: O LIBERAL (PA)



As duas horas de reunião entre representantes do governo do Estado e Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Pará (Sintepp) não deram em nada e os servidores decidiram dar continuidade à greve que já atinge mais de 500 mil alunos em 37 municípios paraenses. Na audiência de ontem, que começou por volta de meio dia, o governo permaneceu com a proposta de reajuste salarial de 6% a 7,5% para os professores de ensino superior, 9,93% para nível médio e 12,05% para nível operacional.
Os grevistas rejeitaram, mais uma vez, os índices. Eles querem aumento de 30% no salário para todos os níveis, além do acréscimo de R$ 300 reais no tíquete-alimentação e aumento do abono do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb). Mesmo com a rejeição dos servidores, Iracy Gallo, titular da Secretaria estadual Educação (Seduc), garantiu que a partir de hoje o reajuste proposto pelo governo já estará no contracheque dos professores.
MARCHA

Antes da conversa com representantes do poder público, os grevistas saíram em caminhada pela rodovia Augusto Montenegro em direção ao prédio da Seduc, onde aconteceu a audiência. A manifestação dos educadores teve início por volta das 9h30, no trevo do Satélite, local da concentração da manifestação. Com faixas, cartazes e apitos, os servidores ocuparam uma das pistas da rodovia.
O tráfego de veículos na via no sentido Augusto Montenegro/ Icoaraci ficou interditado durante toda a marcha dos servidores. Os veículos tiveram que trafegar em mão dupla por uma única pista, o que resultou em um extenso congestionamento. Sem a presença de agentes da Companhia de Transportes do Município de Belém (Ctbel) no local, os próprios manifestantes tiveram que organizar o trânsito na via. Ao chegarem ao prédio da Seduc, ocuparam a área externa do local e parte da área interna do hall de entrada do prédio. Hoje a secretaria de Educação é dos servidores, portanto, vamos aguardar o fim da audiência na área da Seduc , declarou um dos grevistas.
Sem conseguirem o que queriam na reunião - que começou ao meio-dia e terminou por volta das 14 horas -, os professores voltaram a fechar a rodovia Augusto Montenegro, no sentido Icoaraci/ Entroncamento, durante dez minutos. Amparado por um carro som, que foi usado para bloquear a rua, um dos manifestantes protestava contra a administração da governadora Ana Júlia Carepa. Esse governo, que fala tanto em terra de direitos, está muito pior que o governo passado, dos 'tucanos' , protestou.
A principal justificativa do governo para não aceitar o reajuste solicitado pelos grevistas é a crise financeira internacional. Eles dizem que a culpa é da crise, mas aumentaram para 60% a verba destinada a propaganda. Os salários estão afetados. As Escolas estão sem condições de uso , destacou Joana Machado, professora da rede pública.

DESCONTOS

Abel Ribeiro, do comando de greve, disse que a Secretaria de Estado de Educação (Seduc) ameaçou descontar do salário dos professores os dias parados, mas mudou de idéia com medo da reação deles. Não houve avanço nenhum. O governo permanece com os mesmo percentuais. Marcaram mais um diálogo para eles dizerem a mesma coisa que já haviam dito antes e acabou não dando em nada. Diante disso, a greve permanece por tempo indeterminado. Eles pensaram em descontar dos nossos salários os dias parados, mas eles sabem que se fizeram isso, a perspectiva de radicalização do movimento é bem maior , ameaçou Abel.
Outro impasse que não foi resolvido diz respeito ao recurso do Fundeb, que destina um mínimo de 60% para a folha de pagamento e o restante para outros gastos, como reforma das Escolas. Eles tinham prometido fazer um estudo para mostrar a possibilidade de aumentar esse percentual destinado ao pagamento dos servidores, mas chegaram aqui sem nada. Fomos 'enrolados', porque eles têm técnicos que poderiam ajudar na análise da proposta , reclamou.
Secretária diz que crise financeira impede melhor proposta salarial
Iracy Gallo, secretária estadual de Educação, disse que não existe possibilidade do governo do Estado oferecer aos servidores mais do que está sendo proposto. Ela afimou também que, hoje, todos os professores do Estado já terão acesso ao aumento salarial sugerido pelo governo, mesmo sem a aceitação dos grevistas.
Não estamos com nenhuma carta na manga e reafirmamos a proposta que havíamos colocado na mesa antes. Mostramos os números do Estado e fizemos o reajuste que é possível nesse momento de crise. Essas são as possibilidades reais. O governo trabalha com o limite que é possível. Eu espero que a categoria entenda. Temos cerca de um milhão de alunos e 20% das Escolas estão paradas , lamentou.

RETROATIVO

Iracy negou também que, mesmo com o aumento, alguns professores de nível superior continuarão recebendo abaixo do salário mínimo, como reclamam os grevistas. O reajuste de 6% a 7,5% para esses professores é justamente para que eles possam atingir o valor do salário mínimo vigente no País (R$ 465). Já os que vinham ganhando abaixo do mínimo, irão receber o retroativo desde fevereiro. É direito deles. Só não posso informar quando porque isso está a cargo da Sepof (Secretaria de Estado de Planejamento, Orçamento e Finanças) , disse.
Em relação ao Fundeb, Iracy disse que o valor destinado para folha de pagamento está em 72%, ou seja, acima do percentual mínimo, que é de 60%. O que foi proposto no dia 30 de abril foi montar uma comissão com o sindicato para estudar a aplicação do Fundo. Essa comissão foi formada e só tivemos a primeira reunião ontem , explicou.

RUMOS

Hoje pela manhã os servidores irão se reunir em assembleia geral no ginásio da Universidade do Estado do Pará (Uepa), na avenida Almirante Barroso, onde serão decididos os rumos da greve. Segundo Eloy Borges, do Sintepp, a paralisação por tempo indeterminado já atingiu 57 municípios paraenses, entre estes os que fazem parte da Região Metropolitana de Belém (RMB) e as cidades de Abaetetuba, Castanhal, Marabá, Paragominas e Tucuruí. Conseguimos a adesão de servidores de diversos municípios paraense, inclusive Santarém, que também já aderiu à greve , destacou.
Cerca de 500 mil alunos estão sem aula em todo o Estado desde o início de maio, quando a greve teve início. Segundo a direção do Sindicato dos Trabalhadores de Educação Pública do Estado do Pará (Sintepp), esta foi a sétima audiência entre os servidores e a Seduc. Já tivemos várias audiência sem avanços, pois a proposta da secretaria não foi aceita pela nossa categoria , declarou o sindicalista.
Participantes do Pró-Jovem Adolescente expõem trabalhos no Centur
Cerca de 700 adolescentes de 15 a 17 anos, de Belém, atendidos pela Fundação Papa João XXIII (Funpapa) apresentaram, ontem, os resultados de um ano de atividades durante a I Mostra de Trabalhos do Pró-Jovem Adolescente. A programação transcorreu na sede da Fundação Cultural do Pará Tancredo Neves (Centur) e reuniu técnicos da fundação, familiares e adolescentes que fazem parte do pograma, além de alunos de Escolas e entidades convidadas para participar das mostras.
A praça do artista, no piso térreo, foi o local escolhido para os grupos apresentarem cartazes, performances culturais e minipalestras educativas sobre seus bairros de origem. A mostra é resultado do primeiro ano de atividades do Pró-Jovem - programa da Funpapa de assistência e apoio a jovens em situação de vulnerabilidade social ou atendidos por programas como o de Erradicação do Trabalho Infantil (Peti) e o Bolsa Família, do governo federal.
O Pró-Jovem começou em junho do ano passado como uma continuidade do Agente Jovem, também da Funpapa, e hoje a pelo menos duas mil pessoas - todos encaminhadas pelo próprio governo federal e pelos onze Centros de Referências de Assistência Social (Cras) de Belém. Durante os quatro ciclos que a fundação organizou para o período 2008-2009, eles tiveram acesso a atividades esportivas, de lazer, culturais e pedagógicas, com foco na produção de conhecimento e na redução dos índices de evasão Escolar do município.
Os grupos montaram pequenos estandes temáticos sobre seus bairros e distritos de origem - Terra Firme, Barreiro, Mosqueiro e Benguí entre eles. Além de cartazes com dizeres históricos e curiosidades de cada área, os adolescentes também aproveitaram para apresentar a cultura de sua vizinhança, com performances de teatro, hip hop e dança. Para nós, isso é uma chance de mostrar o que há de singular em cada comunidade de Belém , disse a jovem Graciete Ferreira da Silva, 17 anos.

quarta-feira, 20 de maio de 2009

ALUNOS SE SENTEM PREJUDICADOS COM GREVE E TEMEM PERDER AS FÉRIAS

20 de maio de 2009


O primeiro dia de greve dos servidores públicos municipais foi pouco notado. O presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais (Sindserm), Solistício Melão de Oliveira Ribeiro, diz que a greve é uma mostra à Prefeitura que o servidor está insatisfeito com a decisão do Poder Executivo de não dar aumento.
Fonte: JORNAL O DIA (PI)


O primeiro dia de greve dos servidores públicos municipais foi pouco notado. O presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais (Sindserm), Solistício Melão de Oliveira Ribeiro, diz que a greve é uma mostra à Prefeitura que o servidor está insatisfeito com a decisão do Poder Executivo de não dar aumento. No entanto, ele reconheceu que o movimento não teve a adesão esperada. "Amanhã (hoje), faremos uma assembleia para avaliar o movimento", conclui.A greve dos servidores da Prefeitura Municipal de Teresina não afeta somente a prestação de serviços administrativos na capital. Com a paralisação dos professores da rede municipal, alunos dos ensinos infantil e fundamental ficam sem a maioria das aulas e, ao contrário do que se possa pensar, não encaram o tempo sem aulas como um descanso. Eles entendem que serão prejudicados no período das férias.
Na Escola Municipal Eurípedes Aguiar, situada na zona Norte de Teresina, três professores não aderiram ao movimento e darão aulas sempre nos seus horários, o que dificulta ainda mais a vida dos alunos. "Amanhã, não teremos aulas de jeito nenhum, mas quinta e sexta-feira teremos aulas de Língua Portuguesa", afirma Tanandra Cristina Marques, estudante da Escola de ensino fundamental.
A preocupação da maioria dos alunos é com o período de férias, que deve ser comprometido para que haja a reposição das aulas perdidas agora. "A maioria dos alunos da minha classe foram contra porque eles sabem que, com isso nossas férias serão afetadas", conta Geovanna Maria de Albuquerque.
Os próprios alunos tentaram dissuadir os professores da ideia e, vendo que não teriam como, propuseram que houvesse a reposição das aulas em sexto horário, ao término das aulas regulares, ou aos sábados, para que o período de férias não seja afetado. "A gente se afasta da Escola agora e vai perder férias para repor. Isso é ruim", protesta Geovanna.
A Escola Eurípedes Aguiar é também abrigo de seis famílias atingidas pelas enchentes e, também por isso não será fechada durante a greve. A pedagoga Angelina Braga afirma que não se afastará das suas funções durante as atividades e que a greve é praticamente restrita aos professores.
O vigia Ivaldo Rodrigues também faz parte dos que não podem aderir à greve e continuará trabalhando na Escola, cumprindo seus turnos normalmente. "A greve vai ser de todas as Escolas, mas elas não podem ficar sem vigia. É uma pena que não queiram dar o aumento e os professores se sejam obrigados a fazer isso", declara.


quinta-feira, 14 de maio de 2009

EM SÃO PAULO, PROFESSORES MARCAM PARALISAÇÃO PARA O DIA 29 DE MAIO

Os professores da rede estadual de São Paulo decidiram fazer paralisação no dia 29 de maio, com assembleia e indicativo de greve, em protesto contra as novas jornadas de trabalho para docentes propostas pelo governo no início do mês.
Fonte: UOL Educação


Os professores da rede estadual de São Paulo decidiram fazer paralisação no dia 29 de maio, com assembleia e indicativo de greve, em protesto contra as novas jornadas de trabalho para docentes propostas pelo governo no início do mês. A decisão foi tomada em reunião organizada pela Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo), nesta terça-feira (12), na praça da República.

Nas novas regras elaboradas pelo governo, os professores ingressantes por concurso terão que fazer curso e prova antes de começarem a trabalhar. Os docentes temporários também terão que fazer prova; os que obtiverem menor nota, ficam de fora da sala de aula.

Segundo comunicado de Maria Izabel Azevedo Noronha, presidente da Apeoesp, as normas para contratação de temporários "vão contra o discurso [do governo] de melhoria de educação" e "institucionalizam a rotatividade dos docentes". A presidente se reuniu com o secretário da Educação, Paulo Renato Souza, nessa terça.

A entidade alega, em carta que será enviada aos deputados estaduais, que a nova norma dos temporários gerará "dispêndio de até R$ 277 milhões por ano, suficientes, por exemplo, para um reajuste salarial de 4% para toda a categoria".

A partir desta quarta-feira (13), os docentes devem fazer vigílias na Assembleia Legislativa. A Apeoesp também pede que os professores tenham faltas abonadas no dia 26, quando ocorrerão reuniões de representantes de escola, na preparação da assembléia no dia 29.



sábado, 9 de maio de 2009

PROFESSORES MANTÊM A GREVE

09 de maio de 2009


Desde o dia 14 de abril, 240 mil alunos das escolas públicas municipais da Capital estão sem aulas
Fonte: DIÁRIO DO NORDESTE (CE)



Professores das Escolas do Município de Fortaleza decidiram ontem, em assembléia geral, pela continuidade da greve, que completa hoje o 16º dia. Além de votarem pela manutenção da paralisação por tempo indeterminado, os docentes reivindicam a negociação do piso salarial com a Prefeitura Municipal.
De acordo com a diretora do Síndicato Único dos Trabalhadores em Educação, Gardênia Baima, os professores da rede municipal não abrem mão do reajuste de 19,2% no valor do piso salarial da categoria. Também estão pleiteiando a redução da jornada de trabalho, hoje de 48 horas semanais, para 40 horas semanais e a realização de concurso público.
Os docentes da rede pública do Município estão lutando ainda pelo reenquadramento do Plano de Cargos, Carreira. "Estamos solicitando da Prefeitura de Fortaleza a prestação de contas dos recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (Fundeb)", afirmou a sindicalista.
Gardênia Baima disse que a categoria aguarda a divulgação da prestação de contas do Fundeb para estudar a proposta da Prefeitura de Fortaleza. Ela diz que só houve uma declaração de que a Prefeitura está disposta a negociar, "mas até agora não apresentou nenhuma proposta concreta para os professores", completa.
Enquanto dura o impasse, as aulas continuam suspensas nas 420 Escolas da rede municipal, atingindo os cerca de 240 mil alunos matriculados. O comando da greve dos professores garante, no entanto, que as aulas serão recuperadas. Os estudantes não ficarão prejudicados por conta dos dias parados.
Os professores do Estado também estão paralisados desde a última quinta-feira. O comando da greve definiu a programação de atividades para a próxima semana. Na próxima segunda e terça-feira, os professores realizarão atividades nas Escolas para distribuírem uma carta aberta aos pais e alunos, informando os motivos da greve e pedindo o apoio da comunidade enquanto durar o movimento.
Na próxima quarta-feira, está prevista uma passeata, reunindo professores das redes estadual e municipal. A concentração é na Praça da Bandeira, Centro, a partir das 15 horas. De lá, eles seguem até a Praça do Ferreira, onde acontecerá um ato público em defesa da Educação básica. Na quinta-feira, nova assembléia, às 15h30, na Praça da Bandeira.

sexta-feira, 8 de maio de 2009

PROFESSORES DA REDE ESTADUAL ENTRAM EM GREVE

08 de maio de 2009


A greve atinge as escolas de Fortaleza e do Interior para pressionar o governo a implantar a Progressão Horizontal
Fonte: DIÁRIO DO NORDESTE (CE)


Professores da Educação Básica do Estado decidiram ontem, em assembléia geral, entrar em greve por tempo indeterminado em protesto contra a decisão do governador Cid Gomes de transformar a progressão horizontal em abono a ser pago no contracheque de maio. "O abono é provisório, queremos a implantação e pagamento da progressão horizontal", afirmou o Reginaldo Pinheiro, do Sindicato Apeoc
A paralisação vai deixar sem aula cerca de 590 mil estudantes da rede pública estadual no Ceará. Reginaldo Pinheiro disse que os professores vão recuperar, após a greve, toda a carga horário do aluno. "Se cortarem o ponto do professor, inexiste a obrigação de repor as aulas", esclarece o diretor da diretoria da Apeoc.
A assessoria de Imprensa da Secretaria da Educação do Estado (Seduc) informou que, até o fim da tarde de ontem, ainda não havia chegado ao Gabinete nenhum comunicado oficial sobre a greve dos docentes. Ressaltou que a secretária Izolda Cela só vai se manifestar depois que receber o documento do sindicato da categoria.
Reivindicações
Pinheiro relatou que os professores estão insatisfeita e se consideram "traídos" pelo governador Cid Gomes, que não cumpriu com o compromisso de efetivar a progressão horizontal. "O governo enviou um projeto de lei à Assembléia Legislativa instituindo um abono de 5%, relativo ao período de setembro de 2008 até junho de 2009, totalizando 50%, mas isso não é progressão e ela agride o nosso Plano de Cargo, Carreira e Remuneração".
Além da questão da progressão funcional, Pinheiro também cobram de Cid Gomes o compromisso de antecipar a data-base da categoria de julho para março, em 2009, e para janeiro em 2010, já que os recursos do Fundo de Desenvolvimento da Educação (Fundeb), que sobram em um ano, só podem ser aplicados até o primeiro trimestre do ano seguinte. "Nem essa promessa, ele cumpriu", diz Pinheiro.
O dirigente da Apeoc destaca ainda que o Ceará foi o único no Nordeste que assinou, no ano passado, uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) na Justiça contra a lei nacional do piso do magistério. "A Procuradoria Geral do Estado alega que a lei do piso é inconstitucional, o que nós descartamos e vamos continuar lutando pelo piso nacional".
Os professores do Estado também discordam da forma como o governo está tratando o Plano de Cargos e Carreiras (PCCR). "Sabemos que o plano está sendo elaborado a quatro paredes, sem a participação da categoria. Queremos discutir e participar da elaboração do nosso plano", enfatizou.
Ontem, o comando de greve elaborou a agenda da paralisação geral. Hoje e na próxima segunda-feira, os professores vão se reunir nas Escolas com pais e estudantes para prestar esclarecimentos sobre os motivos da greve. Ainda na próxima segunda-feira, acontecerá zonais, às 15 horas, na Escola Mariano Martins (Regional 3).
Na próxima quarta-feira, está marcado um ato público na Praça da Bandeira em Defesa da Educação, a partir das 15 horas. A próxima assembléia geral está prevista para a o dia 15, às 9 horas, no Ginásio Aécio de Borba, às 9 horas.
Suelem Caminha
Repórter