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segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Opinião: Currículo - as melhores práticas

 31 de Agosto de 2015

"Reformar um currículo é algo que não se faz de maneira açodada. Exige amplo debate. No Brasil, no entanto, nada disso é levado em conta", afirma João Batista Araújo e Oliveira

Fonte: Folha de S. Paulo (SP)
A discussão sobre currículos escolares é sempre política e polêmica. Traz consequências significativas para a educação, especialmente avaliação, formação de professores e produção de materiais didáticos. Temos muito que aprender com a experiência de países centralizados ou federalistas como Austrália, Cingapura, Finlândia, França, Inglaterra, EUA, ou com as de regiões como o cantão suíço de Genebra ou da província de Ontário (Canadá).
As nações desenvolvidas reformam seus currículos premidas pelas pressões crescentes da globalização, que passaram a exigir capital humano mais qualificado. Pelos avanços da neurociência e do conhecimento sobre o desenvolvimento cognitivo, que elevaram o patamar do que sabemos a respeito de como ensinar e aprender.
E ainda pelos resultados de exames internacionais, que puseram os países diante do espelho, derrubando mitos e ministros da área.
Reformar um currículo é algo que não se faz de maneira açodada. Exige amplo debate, pois, no geral, parte dos resultados das avaliações envolve especialistas nacionais e internacionais e busca situar a educação no contexto do país avaliado.
Na Finlândia e na Inglaterra mudanças e ajustes curriculares tornaram-se algo recorrente. Isso permite modular melhor o que é desejável com o que é viável.
Reformar um currículo exige reconhecer o que deu certo e abrir mão dos erros históricos e recentes e, com base em evidências, olhar para o futuro. Os estudos realizados em função do exame internacional Timss provocaram importantes mudanças nos currículos de matemática e ciências, reduzindo a ambição e aumentando o foco e rigor.
Todos estão de olho no exemplo de Cingapura: o currículo da educação infantil e as opções no ensino médio se expandem, e o equivalente ao fundamental torna-se compacto e consistente. O ensino da alfabetização recuperou-se dos equívocos construtivistas, enquanto o da língua começa a abandonar os modismos dos "gêneros" e revalorizar o ensino da gramática.
Reformar um currículo é tarefa realizada por especialistas com competência na área, no ensino da área e por suas contribuições acadêmicas ou profissionais. Nem sempre se obtém consenso. Divergências não superadas ficam registradas em votos separados e contribuem para manter aceso o debate.
Depois de elaborado, a partir de princípios consistentes, é que uma nova proposta de currículo passa pelo crivo de professores qualificados, para testar a sua aderência e promover ajustes finos.
No Brasil, nada disso é levado em conta. O Ministério da Educação estabelece prazos curtíssimos para elaborar currículos de 13 disciplinas em todas áreas e níveis. O ensino médio está condenado a mais algumas décadas de engessamento. Não há debate. Os consultores escolhidos para a tarefa refletem o pensamento hegemônico de que a pedagogia no país se tornou vítima.
Uma ONG sugeriu ao ministério o nome de 60 especialistas com credenciais bastante adequadas na maioria dos casos, mas desses apenas três foram "aproveitados".
Não há, no entanto, espaço para divergência. O que se prevê são apenas audiências públicas sem direito a fazer perguntas. Em raia paralela, o ministro Roberto Mangabeira Unger (Secretaria de Assuntos Estratégicos) parece disposto a apresentar proposta alternativa de currículo –e esse é todo o espaço de debate existente.
Por que não recomeçar do zero a discussão sobre currículos, aproveitando a experiência e a as melhores práticas dos países que têm avançado na educação?

Editorial: Tratar melhor a Educação Infantil

 31 de Agosto de 2015

"A oferta de vagas no Ensino Infantil fica aquém da demanda em todo o país. É uma grande carência que precisa ser equacionada", afirma jornal

Fonte: A Gazeta (MT)
Um fato se repete todos os anos no início do ano letivo. Nas portas das creches imensas filas se formam e até colchões são colocados para que pais durmam na esperança de conseguir uma vaga para colocar os seus filhos e poderem trabalhar com mais tranquilidade. É uma realidade brasileira. A educação infantil carece de mais atenção e a construção de creches é um dos graves problemas que precisam ser olhados com mais carinho pelos nossos políticos que sempre colocam a educação como prioridade mas, na prática, isso nem sempre acontece. Aliás, sempre não acontece.
O Centro de Educação Infantil (CEI) é um modelo implantado pelo governo que dá bons resultados. Oferecem um espaço que reúne jogos, brinquedos e o início do ensino propriamente dito. E um ambiente de brincadeiras, os alunos desenvolvam a linguagem oral e a corporal, a matemática, a socialização e outras competências. Pais chegam a perguntar se a criança vai aprender a ler, devido ao avançado sistema implantado. Não é esse o foco da educação infantil. Tem criança que sai lendo e escrevendo, mas o objetivo principal é trabalhar a socialização, a questão dos valores, da escuta sensível aos alunos. Socialização é parte importante na educação infantil, o impacto da educação infantil é percebido principalmente na autonomia dos alunos. As crianças saem percebendo os direitos e deveres que têm e sabendo respeitar os demais. Essa parte social é a mais importante.
No entanto, a oferta de vagas no ensino infantil fica aquém da demanda em todo o país. É uma grande carência que precisa ser equacionada.
A pré-escola, voltada para crianças de 4 e 5 anos passará a ser obrigatória no ano que vem e o Brasil terá que atender a todas as crianças que estão fora da escola. Ao todo são 790 mil. Universalizar o acesso à pré-escola é um objetivo que precisa ser alcançado., mas não é uma tarefa das mis fáceis devido ser um problema que vem se arrastando ha muitos anos. O próprio conceito de creche foi mudado, sendo hoje o inicio da educação infantil propriamente dito isso precisa ser entendido.
A educação infantil é começo de tudo, é a raíz de uma árvore que precisa ser regada pois ela vai crescer para dar bons frutos. Creche não é um benefício apenas para crianças mas sim tambem para os seus pais que confiança nesse sistema para eixar os seus filhos, trabalhar s garantir o sustento da família. A carência na educaão infantil acontece em todo Brasil e não se fala invstimentos no setor. Fala-se muito em Fies, em ensino médio, porém, pouco e fala em construir creches e ampliar a oferta de Centros de Educação Infantil no Brasil. Isso peisa ser olhado com mais carinho.

Opinião: Tendência irreversível


31 de Agosto de 2015

"Inovar em Educação é criar e implementar, com sucesso, novas ferramentas, metodologias ou modelos que tornem a gestão de escolas e redes mais eficiente", afirmam Priscila Cruz e Rafael Parente

Fonte: Estadão.com
O que você faria para transformar o nosso sistema educacional atual de tal forma que ele passe a garantir Educação de qualidade para todos? Antes de responder, lembre-se de que você não pode mudar os papéis de Educadores ou Alunos ou alterar a governança distribuída entre União, Estados e municípios; nem pensar em muitas mudanças no currículo, nos espaços, horários ou rotinas das Escolas; e, claro, em direito adquirido ninguém toca. Você provavelmente chegará à mesma conclusão que nós: não há como realizar transformações urgentes sem inovações disruptivas e em escala.

Mas o que é inovar em Educação? O termo viralizou recentemente nos meios educacionais e hoje é utilizado por líderes dos três setores sociais no Brasil e no mundo, possivelmente com significados bem diferentes. Em nossa concepção, inovar em Educação é criar e implementar, com sucesso, novas ferramentas, metodologias ou modelos que tornem a gestão de Escolas e redes mais eficiente demonstrando melhoras efetivas na aprendizagem dos Alunos. A inovação pode ou não incluir computadores, aplicativos e internet, ocorrer de baixo para cima ou o contrário, começar com programas de governo ou a partir de iniciativas dentro de uma sala de aula, ser incremental ou radical, relacionar-se a conteúdos, a métodos ou à gestão.
Seja qual for o caminho, o primeiro passo é desenvolver uma cultura de inovação nas Escolas, nas secretarias e no ministério. Os Educadores e gestores precisam assumir o compromisso contínuo com a busca, a adaptação e o desenvolvimento de práticas que tenham por objetivo a excelência na aprendizagem dos Alunos e o preparo deles para a complexa vida do século 21. Isso significa ampliar a escala de soluções que apresentem evidências de sucesso, com coragem suficiente para romper modelos que podem ter servido no passado, mas que já não dão conta dos desafios contemporâneos.
Há várias razões pelas quais precisamos inovar. A principal delas não é novidade para ninguém: o nosso sistema educacional é atrasado e extremamente ineficiente. Quase metade dos jovens brasileiros não conclui o Ensino médio na idade adequada e a principal causa do abandono Escolar é o desinteresse. A Escola não se mostra relevante ou capaz de motivá-los. Menos de dois em cada dez jovens brasileiros de 17 anos têm conhecimentos básicos e essenciais relacionados à interpretação de texto e ao raciocínio lógico matemático.
A segunda grande razão é o desenvolvimento cada vez mais veloz das tecnologias e da ciência em geral. Mas as Escolas e redes de Ensino se dEscolaram dessa evolução. Equipamentos e internet de qualidade, por exemplo, são realidade para poucas salas de aula. No campo da ciência, descobertas importantes sobre o modo como o cérebro aprende e conecta ideias e conhecimentos não chegam ao cotidiano Escolar – muitas vezes não conseguem sequer passar pelas barreiras ideológicas das universidades.
Finalmente, a terceira razão fundamental diz respeito à equidade. O nosso país é enorme e ainda muito desigual do ponto de vista socioeconômico. Isso só mudará definitivamente quando as camadas mais pobres da população tiverem oportunidades educacionais tão boas quanto as que têm as mais favorecidas. É uma agenda do século passado que precisa ser cumprida ao mesmo tempo que avançamos nas questões citadas anteriormente. E acreditamos que por meio da inovação isso é possível.
Bons exemplos de ações, programas e políticas públicas inovadoras podem ser encontrados no Brasil e no mundo, mas boa parte ocorre localmente e não é reconhecida e nem estimulada pelo governo. O modelo atual de sistema inibe a proatividade, a criatividade e a inovação.
Para ganharmos escala é preciso que os líderes governamentais deixem de agir só como aqueles que cobram e controlam e passem a ser os que buscam, reconhecem, estimulam e disseminam soluções inovadoras criadas localmente. Alguns exemplos disso são a Innovation Zone de Nova York, as práticas de personalização na Colúmbia Britânica (Canadá), a formação entre pares da Austrália, o Portal Rioeduca e os Ginásios Experimentais da cidade do Rio de Janeiro, o Instituto Chapada (Bahia) e o Ginásio Pernambucano. Um movimento real de inovação na Educação demanda foco, vontade política, estratégias inteligentes, boa articulação e ações que podem até ser impopulares num primeiro momento. A evolução incremental do que temos hoje, o mais do mesmo, já não é suficiente. Mais do que nunca, o tempo atual nos obriga a inovar, com doses enérgicas de transformação, em cada uma das áreas da política educacional, da formação dos Professores ao currículo, das avaliações ao financiamento.
Para concluir, é preciso entender e respeitar a capacidade dos jovens de inovar e de transformar a própria realidade. Temos de valorizar as mudanças que a juventude vem propondo e reconhecer iniciativas de movimentos que estimulam a inventividade, a produção e a inovação por meio da colaboração em rede, como o Movimento Maker, os Fab Labs, entre outros.
Quando tivermos um ecossistema que estimule e apoie pessoas inovadoras e dê suporte integral a grandes avanços de colaboração, imaginação e superação, teremos Professores e Alunos líderes e protagonistas de soluções para novos e velhos problemas, teremos gestores à frente de instituições criativas e teremos famílias participando de uma jornada real de transformação positiva. Esse é o modelo que queremos e de que precisamos para atingir nossos maiores objetivos. Essa é a Escola que possibilitará a nossos jovens sonhar e realizar cada vez mais.
Priscila Cruz é mestre em administração pública pela Havard KEnnedy School, fundadora e diretora executiva do movimento Todos Pela Educação. Rafael Parente é phD. em Educação pela New York University, é fundador e CEO do Laboratório de Inovação Educacional (LABI) e da Aondê Educacional.

Extra:Hospitalidade S.A.


31 de Agosto de 2015

Fonte: Nota 10

O Brasil vai sediar o maior evento esportivo do planeta em 2016. Pela primeira vez na história da América Latina vamos receber atletas, delegações e visitantes de mais de 200 nacionalidades diferentes!
Nosso país será o palco de um espetacular encontro de culturas cujo notícia principal será a competição e a busca pelas medalhas olímpicas. Tirando um pouco o foco e atenção sobre este lado já conhecido da superação física nas quadras, nas piscinas e ginásios, lembro que este encontro de povos é na verdade uma aula prática de hospitalidade.
Saber receber o mundo em nossa própria casa vai nos exigir mais do que um sorriso simpático. A recepção e o convívio com pessoas de hábitos, línguas e religiões variadas, de sistemas políticos nem sempre democráticos, de comportamentos, indumentária e gestual surpreendentemente plural e muitas vezes completamente desconhecidos por nós, vai exigir de todos mais conhecimento.
Mais leitura para saber sobre cada país e muita dedicação para acertar no atendimento, no serviço oferecido, nas eventuais emergências. Já tivemos duas amostras similares, durante a Copa e também na Jornada Mundial da Juventude. Mas 2016 será único!
Estamos sendo convocados para um desafio de hospitalidade coletiva que vai ser vitrine para o mundo, que vai servir como exemplo. Mais do que só honrar o mérito esportivo, todos nós seremos desafiados a dar uma aula na arte de receber e respeitar nossos visitantes. Nosso entusiasmo é grande como nosso coração, mas só o improviso não vai dar pé.
Aprender mais sobre os nossos convidados e ampliar a nossa capacitação profissional são obrigações nossas. O mundo vai avaliar a nossa hospitalidade e nossas boas maneiras. Nesse sentido, ter um compromisso com a educação vai fazer toda a diferença para 2016. O cronômetro já foi disparado e estamos todos convocados.

No Brasil, 18,6% das crianças de 4 a 5 anos ainda estão fora da escola

 31 de Agosto de 2015

Fonte: Nota 10

Ano que vem, a educação infantil, para crianças de 4 e 5 anos, será obrigatória no Brasil e o país deverá ofertar vagas a todos os que têm essa idade e estão fora da escola.
Para cumprir a meta de universalização da pré-escola, que está no Plano Nacional de Educação (PNE), o país tem de incluir 18,6% das crianças nessa faixa etária, conforme dados disponíveis no portal Planejando a Próxima Década, do Ministério da Educação (MEC).

"Os números mostram evolução e, mesmo assim, preocupam", diz a coordenadora-geral do movimento Todos pela Educação, Alejandra Meraz Velasco. De acordo com o movimento, em números absolutos, é preciso ainda incluir aproximadamente 790 mil crianças dessa faixa etária na pré-escola – responsabilidade que cabe aos municípios, com apoio dos estados e da União, e às famílias, que têm de matricular as crianças.

Segundo Alejandra, para além de simplesmente incluir, é preciso ofertar educação de qualidade às crianças. "É recente a passagem da primeira infância para a educação, em alguns locais ainda se mantém a ideia de que o ensino infantil é simplesmente um local onde as crianças ficam. Nesse momento de expansão. é importante reforçar a proposta pedagógica da etapa."

"É preciso que a criança na pré-escola tenha um ambiente acolhedor, que possibilite a leitura em rodas de conversa, onde possa recontar uma história que o educador está contando para ela, onde possa interagir", afirma o gerente de programas da Fundação Maria Cecília Souto Vidigal, Eduardo Marino.

Para Marino, a rotina da criança deve incluir jogos focalizados, leituras, brincadeiras. Não é como as demais etapas com disciplinas e com estudantes sentados em fileiras. Também é importante que se tenha um educador como referência, e não vários professores. "É importante que a criança tenha contato com música, ritmo, que se prepare bem na fase da pré-alfabetização, na iniciação de raciocínio lógico e matemático."

A professora e pesquisadora da Universidade de São Paulo (USP) Zilma de Moraes Ramos de Oliveira destaca a importância do contato com outras crianças e também com outros ambientes e materiais, respeitando o cuidado com a segurança.

"Uma criança em casa pode brincar de faz de conta, mas quanto está em um ambiente que propicia isso, pode brincar de faz de conta de coisas novas. As outras crianças podem acenar com possibilidades", diz. Ela acrescenta que o contato com a diversidade também é importante nessa fase. "A criança vê que o outro não pensa como ela, tem costumes diferentes e passa a ter uma maior abertura", diz.

Quanto ao papel do professor, Zilma diz que o educador deve aprender a interagir com a criança e escutar o que ela está falando. "Pode às vezes parecer engraçado e parecer que está falando de coisas diferentes, mas quando se estuda e se para para pensar, faz todo sentido o que a criança está falando. Frases que pareciam confusas ou engraçadas merecem ser observadas. E, quando se trata de bebês, é nas minúcias que estão as pistas do que está acontecendo com eles."

"Está sendo feito um grande esforço para aumentar a oferta de vagas", afirma o presidente da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), Alessio Costa Lima. "Por mais que em 2016 não venhamos a atingir 100% de inclusão, sabemos que possivelmente não atingiremos, mas o percentual de crianças não atendidas será pequeno", acrescenta.

Ele diz ainda que a atual situação econômica do país impossibilita os municípios de aumentar os investimentos em educação. "As redes não estavam preparadas para atender à demanda existente.

O Ministério da Educação (MEC) informa que presta ajuda suplementar, por meio de repasses do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). Quanto ao que é ensinado, a Base Nacional Comum Curricular incluirá os objetivos de aprendizagem e desenvolvimento da educação infantil. A proposta preliminar da base será publicada em 15 de setembro. O MEC diz que irá se reunir também com as Undimes estaduais para organização do debate com as redes municipais e apoio ao calendário que vem sendo construído com os estados.

Desde abril de 2012, a semana do dia 25 de agosto passou a ser considerada a Semana Nacional da Educação Infantil e o dia 25, o Dia da Educação Infantil. As datas foram instituídas por lei sancionada pela presidenta Dilma Rousseff em homenagem ao aniversário da médica Zilda Arns, fundadora da Pastoral da Criança. Zilda Arns foi uma das vítimas do terremoto que devastou o Haiti, em janeiro de 2010.

Na contramão da rede pública, escolas particulares discutem educação sexual

 31 de Agosto de 2015

Fonte: Uol Educação

Após muita discussão e polêmica, os vereadores de São Paulo barraram, na semana passada, a inclusão de metas de promoção e debate de igualdade de gêneros nas escolas da rede municipal. Na direção oposta, colégios particulares apostam há tempos na temática, que nos últimos dois anos ganhou nova abordagem por causa das mudanças tecnológicas. Antes baseadas na questão biológica, hoje as aulas estão mais focadas nos aspectos sociais e comportamentais.
"A escola é o primeiro lugar onde a criança vai se relacionar socialmente e onde começará a sentir interesse sexual. Para os pais, é difícil saber qual é esse momento, mas para os educadores não. Nós estamos com eles e sabemos quando esse interesse surge e como orientá-los", diz Paula Lima Lotto, coordenadora pedagógica do Colégio Renovação, que tem aulas de educação sexual a partir do 6.° ano, quando os alunos têm 11 ou 12 anos.
No Colégio Eduque, as aulas começam um pouco mais cedo, no 5.º ano. "A abordagem é guiada pela curiosidade dos alunos. Nunca respondemos mais do que eles perguntam nem de uma forma que não possam assimilar completamente", afirma a coordenadora Lucelena Souza. Conforme o debate se desenvolve, algumas atividades são propostas, como colocar camisinha em uma banana.
Durante as aulas, os estudantes podem colocar suas dúvidas de forma anônima, colocando-as em uma caixa. "No começo, eles fazem as perguntas de forma grosseira, com palavrões, porque é como veem na tevê e na internet. Conforme o assunto é desenvolvido e fica mais natural, ele passam a se comunicar melhor", conta Lucelena.
As dúvidas dos alunos, segundo as orientadoras, são variadas e vão desde questões sobre as mudanças do corpo na puberdade (por que os seios crescem, o surgimento de pelos e como a voz engrossa) até dúvidas comportamentais (como contar aos pais sobre as primeiras experiências sexuais e o que significa ser virgem).
A principal preocupação, de acordo com os educadores, é sanar as dúvidas e mostrar que sexo faz parte do cotidiano e, assim, evitar situações de violência e bullying nas escolas.

Internet

Recentemente, a preocupação também se voltou para os problemas que surgiram com o fato de os adolescentes estarem cada vez mais conectados. No Colégio Dante Alighieri, as aulas têm foco no respeito ao corpo, na importância da privacidade e nas consequências da exposição excessiva. "Essa geração lida com a internet como algo imprescindível, que tem de estar presente em todas as horas, até nas mais íntimas. Eles não entendem que a exposição pode ter consequências para a vida toda", diz Elenice Ziziotti, coordenadora do Serviço de Orientação Sexual.
Segundo Elenice, uma preocupação constante entre os pais é com a produção e a divulgação das chamadas "nudes selfies", que são fotos ou vídeos íntimos. "Os pais têm muito medo de que isso aconteça (a divulgação das imagens), mas não sabem como abordar o assunto. Os jovens precisam ter pessoas de confiança para tirar as dúvidas. Caso contrário, vão procurar as respostas na internet."

Diversidade

No Colégio Bandeirantes, as aulas também começam no 6.º ano, em grupos de debates mediados por professores, e se aprofundam com o passar das séries. "Para os mais novos, falamos sobre as mudanças do corpo. Depois, deixamos que eles mesmos proponham os temas", conta Maria Estela Zanini, coordenadora do programa de educação sexual.
Os alunos do 9.º ano, por exemplo, escolheram a transexualidade. Lara Almeida, de 13 anos, diz que foi importante se aprofundar em um assunto que é pouco abordado. "As pessoas nunca falam sobre transexuais ou homossexuais, a não ser para criticar. Achei legal entender porque algumas pessoas não se identificam com o que é considerado normal pelos outros." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Pré-selecionados do Fies podem fazer a inscrição até dia 1.º

 31 de Agosto de 2015

Fonte: Nota 10

Os estudantes pré-selecionados para obter o benefício do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) têm novo prazo, até as 23h59, 1.º de setembro (horário de Brasília), para fazer a inscrição no Sistema Informatizado do Fies (SisFies). O prazo inicial, que expiraria no dia 25 último, foi prorrogado pela Secretaria de Educação Superior (Sesu) do Ministério da Educação. 

Assim, os estudantes integrantes da lista de espera serão chamados para se inscrever somente após o encerramento desse novo prazo. Eles vão receber aviso no endereço eletrônico (e-mail). A partir do recebimento, terão dez dias para fazer a inscrição. Independentemente do aviso, o estudante deve conferir o boletim de acompanhamento, no sistema Fies Seleção. 

Renovação — Os estudantes que já têm o financiamento devem fazer o aditamento (renovação) referente ao segundo semestre de 2015 até 31 de outubro. O prazo vale também para aqueles que tiveram problemas para concluir o aditamento do primeiro semestre — a renovação do segundo só pode ser feita quando a do período anterior estiver regularizada. 

Quem tiver dúvidas ou dificuldades para fazer o aditamento deve entrar em contato com a central de atendimento telefônico gratuito, número 0800-616161, ou com o autoatendimento Fale Conosco. 

A prorrogação do prazo de inscrição dos pré-selecionados consta do Edital da Sesu nº 28/2015, publicado no Diário Oficial da União de sexta-feira, 28. As inscrições devem ser feitas no Sistema Informatizado do Fies (SisFies).

Universidade Federal do Paraná disponibiliza primeiro edital totalmente em Libras

 31 de Agosto de 2015

Fonte: Nota 10

A Universidade Federal do Paraná (UFPR) colocou no ar seu primeiro edital feito totalmente em Libras. O vídeo com mais de três horas de duração traduz, na íntegra, o documento que rege as normas para o Vestibular 2015/2016.
A partir de agora, todos os processos seletivos organizados pelo Núcleo de Concursos (NC) da Universidade terão esse tipo de versão - inclusive seleções internas, como o Provar.

De acordo com o coordenador do NC, professor Mauro Belli, a ação atende antecipadamente à Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (lei federal nº 13.146). Promulgada no mês passado, a Lei entra em vigor a partir de janeiro de 2016 e, entre 127 artigos, busca "assegurar e promover, em condições de igualdade, o exercício dos direitos e das liberdades fundamentais por pessoa com deficiência, visando à sua inclusão social e cidadania".

Para Mauro Belli, ao antecipar-se à aplicação da lei, a UFPR reafirma sua ideia de que a igualdade de oportunidades no acesso à informação, mais que uma necessidade, deve ser uma obrigação da universidade. "Até pelas nossas políticas de inclusão, não tínhamos como pensar diferente. É mais que justo que todos tenham igualdade de oportunidades para acesso à nossa Universidade. E isso deve ser garantido em todas etapas de um processo seletivo, a começar pelo próprio edital de abertura", afirma o coordenador.

Para produzir o vídeo, o NC contou com apoio da TV UFPR e de profissionais do curso de licenciatura em Letras-Libras - a Universidade é uma das seis únicas do Brasil a oferecer a formação nesta língua.

Pré-escola é importante, mas faltam vagas na rede pública

 31 de Agosto de 2015

Fonte: Uol Educação

O Centro de Educação Infantil (CEI) do Núcleo Bandeirante tem um espaço que reúne jogos, brinquedos e até uma arara com fantasias para ajudar as crianças a ser quem quiserem. Na sexta-feira (28), Carlos Eduardo, de 5 anos, escolheu ser o Batman.
Localizada no Núcleo Bandeirante, região administrativa do Distrito Federal (DF) a cerca de 13 quilômetros de Brasília, a escola atende crianças de 4 e 5 anos em dois turnos. A proposta do CEI é que, em um ambiente de brincadeiras, os alunos desenvolvam a linguagem oral e a corporal, a matemática, a socialização e outras competências.
"Muitas vezes, o pai pergunta se a criança vai sair daqui lendo. Não é esse o foco da educação infantil. Tem criança que sai daqui lendo e escrevendo, mas nosso objetivo é trabalhar a socialização, a questão dos valores, da escuta sensível aos alunos. Nosso projeto é: Criança não é gente grande", diz a diretora da escola, Ana Paula Gomes.
A professora Rebeca Breder afirma que o impacto da educação infantil é percebido principalmente na autonomia dos alunos. "As crianças saem percebendo os direitos e deveres que têm e sabendo respeitar os demais. Essa parte social é a mais importante."
No entanto, a oferta de vagas no ensino infantil fica aquém da demanda em todo o país. No Núcleo Bandeirante, o CEI recebe também crianças de quatro áreas próximas. "Todos os dias tem uma pessoa solicitando vaga. Precisamos de mais escolas", afirma Ana Paula.
A pré-escola, voltada para crianças de 4 e 5 anos passará a ser obrigatória no ano que vem e o Brasil terá que atender a todas as crianças que estão fora da escola. Ao todo são 790 mil. No Distrito Federal (DF), são 18,5 mil sem vaga, que equivalem a 23,4% do total da população nessa faixa etária.

Doméstica busca vaga para caçula

A doméstica Adelina Gomes da Silva sabe o que é não conseguir uma vaga. O filho mais novo, João Pedro, hoje com 5 anos, passou o ano passado inteiro sem estudar, porque as escolas não tinham vaga. Este ano, João está em uma escola particular, graças à ajuda da chefe de Adelina.
Adelina, que trabalha em turno integral quatro vezes por semana, diz que tem que pagar alguém para ficar com o filho na parte da manhã, já que ele estuda apenas à tarde. "Se ele passasse o dia na escola, seria bem melhor, me ajudaria muito", diz a doméstica.  "Para o próximo ano, vou correr atrás de novo. Pesa muito pagar uma particular."
Ela mora em Planaltina, a 43 quilômetros de Brasília. Na região, está a maior demanda no primeiro período, para crianças com 4 anos – cerca de 1,5 mil nesta faixa etária não foram atendidas na rede pública ou conveniada este ano, informa a Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal.
De acordo com o subsecretário de Planejamento, Acompanhamento e Avaliação Educacional da Secretaria de Educação, Fábio Pereira de Sousa, o governo do Distrito Federal pretende, até o final de 2016, universalizar o acesso à pré-escola. "Vamos implantar novas turmas em escolas que estão com salas ociosas e ampliar parcerias com entidades filantrópicas e conveniadas", adianta Sousa.

Cultura afro-brasileira é objeto de parceria entre ministérios

 31 de Agosto de 2015

Fonte: Nota 10

O Ministério da Educação e a Fundação Cultural Palmares, vinculada ao Ministério da Cultura, firmaram parceria para a formulação de ações e políticas públicas em favor da cultura afro-brasileira e de promoção da diversidade religiosa. O objetivo é o cumprimento da meta 8 do Plano Nacional de Educação (PNE), de superar a desigualdade educacional a escolaridade média entre negros e não negros, e da Lei 10.639/2003, que estabelece a obrigatoriedade do estudo de história e cultura afro-brasileiras nas redes de ensino. 

O protocolo de intenções, firmado pela Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi) do MEC, prevê a oferta de apoio técnico para o desenvolvimento de políticas. O secretário Paulo Nacif destacou a importância da integração entre a secretaria e a fundação. “A lei 10.639 leva a questão para a sala de aula, desafiando educadores e educandos brasileiros, para que vislumbrem o mundo pouco percebido da diversidade brasileira, mais notadamente nas suas relações etnorraciais”, disse. 

Nacif observa que, após uma década da lei, que determina o estudo da História da África, a luta dos negros no Brasil, a cultura negra brasileira e o negro na formação da sociedade nacional, ainda existe resistência em relação ao ensino desses conteúdos. “Essa parceria aponta para novos caminhos para implantação da lei na sala de aula, levando a cultura da diversidade aos nossos alunos e com isso possibilitando a criação de novos pactos sociais e culturais no Brasil”, concluiu. 

Pelo protocolo de intenções, os signatários vão cooperar para a realização da edição de 2016 do projeto Curta Histórias, em que estudantes da educação básica produzem curtas metragem sobre a cultura negra, contribuindo para a inserção da história e cultura afro-brasileiras nos conteúdos de história do Brasil. Participam da iniciativa estudantes dos ensinos fundamental e médio. Também está prevista a colaboração para a realização da 11ª conferência da Orixá World, mais importante reunião de praticantes e estudiosos das religiões de matriz africana do mundo, prevista para o segundo semestre de 2016. 

Para a presidente da Fundação Cultural Palmares, Cida Abreu, a parceria entre educação e cultura é uma necessidade para mudar a realidade social da população negra. “Para fazer a transformação do ponto de vista cultural é preciso que a educação caminho conosco”, disse.

sexta-feira, 28 de agosto de 2015

Professores indígenas e Governo de Roraima se reúnem para nova negociação

 28 de Agosto de 2015


Integrantes da comissão de representantes da Educação e dos povos indígenas elaboraram um documento em conjunto contendo a pauta de reivindicações


Fonte: Folha de Boa Vista (RR)

Na tarde de ontem, mais de 2 mil indígenas se reuniram em frente ao Palácio Senador Hélio Campos, localizado na praça do Centro Cívico, para apoiar a comissão com 40 representantes da educação e dos povos indígenas convocados pelo Governo do Estado para uma reunião afim de que uma negociação ponha fim na greve dos professores, que dura há mais de 20 dias.
Membros do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Roraima (Sinter) foram impedidos de entrar no prédio, uma vez que nesta semana já tiveram oportunidade de discutir propostas com a governadora Suely Campos (PP).
Os integrantes da comissão elaboraram um documento em conjunto contendo toda a pauta de reivindicações que, segundo eles, são necessárias para o retorno das atividades educacionais nas comunidades indígenas do Estado, inclusive com uma linha que pede a exoneração da secretária de Educação, Selma Mulinari.
Grupos indígenas se manifestaram na entrada principal da casa administrativa do governo com danças e palavras de protesto, alegando que a atual secretária não tem competência para gerir a Educação do Estado.
A assessora de comunicação do Conselho Indígena de Roraima (CIR), Mayra Celina, relatou que os pedidos dos educadores indígenas devem ser atendidos em curto e médio prazo, caso contrário, não haverá entendimento entre as partes. “Uma das propostas principais é a exoneração da secretária, além da votação do Plano Estadual de Educação (PEE), que deverá ocorrer na semana que vem na Assembleia Legislativa. Outra proposta está relacionada ao material didático, merenda escolar, reforma e construção de escola. Então, é um conjunto de documentos para firmar compromisso”, destacou.
Um número considerável de profissionais da educação aguardava o término da reunião. “Quem fica de fora também fica apreensivo. O que queremos é ter certeza de que vamos retornar para as comunidades e não teremos mais dificuldades de lecionar, porque sem qualidade no ensino não tem aprendizagem. Fico indignada com a cegueira do governo. Não temos escolas com boas condições, o transporte escolar não funciona como deveria, a merenda escolar é muito ruim, então, falta comprometimento e é isso que estamos cobrando, nada de mais”, frisou a professora Maria das Graças Mora.
A governadora Suely Campos pontuou, durante a reunião, que a greve está prejudicando a entrega de merendas, por exemplo. “Há escolas para as quais não estamos conseguindo entregar a merenda porque não há ninguém para recebê-la. Isso gera custos e tempo”, afirmou.
Suely ressaltou ainda que a situação atual da Educação indígena e não-indígena é de grande dificuldade. “Os recursos que temos foram planejados na gestão anterior, mas nós estamos nos planejando para os próximos quatro anos para mudarmos esse cenário que encontramos”, ressaltou.
SINTER – O Presidente do Sinter, Ornildo Roberto, explicou que a audiência dos professores não indígenas com a governadora aconteceu na segunda-feira, 24, e que é compreensível somente indígenas estarem participando da reunião. Quanto ao fim do movimento grevista, Ornildo não determinou data limite. “Na verdade, o Governo nos fez uma proposta na segunda-feira e nós já protocolamos um documento, em seguida, dizendo que estávamos analisando as propostas que o Governo fez. Hoje, vamos enviar uma contraproposta com os pontos de pauta que recebemos. Por enquanto, estamos discutindo ainda a lei 892 [que dispõe sobre o Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCR)]”, reforçou.
No que se refere ao processo 000.15.001674-9, que pede cortes dos pontos faltosos dos professores da rede estadual que continuam em greve, a Justiça intimou o Governo a informar no prazo de cinco dias. O Sinter aguarda uma resposta da assessoria jurídica, que trabalha para fazer a defesa da contestação da ilegalidade da greve, dentro do prazo determinado. (J.B)

Opinião: Protagonismo jovem no futuro do Brasil

  28 de Agosto de 2015

"A pauta de aspirações para nossa Educação deve levar em conta fortemente as inquietudes dos jovens", afirmam Renan Ferreirinha e Gabriel Dolabella

Fonte: Folha de S.Paulo (SP)

No momento difícil pelo qual o Brasil passa, nossas ações como sociedade precisam ser focadas numa agenda com sustentabilidade a longo prazo. A formação de mão de obra mais qualificada e de cidadãos mais conscientizados e comprometidos com os desafios sociais, políticos e econômicos que enfrentamos devem ser os próximos passos nessa jornada.
Desta forma, não há investimento mais seguro e sustentável do que aquele que começa nos bancos de nossas escolas e culmina em uma educação de maior qualidade.
Para nortearmos o Brasil na temática da educação, um profundo debate do se quer e se espera do nosso sistema educacional não é apenas necessário, é urgente. Todavia, a grande questão é saber quem participará deste debate, pois avançaremos ou não, a depender dos atores que venham a contribuir e enriquecer nesse processo de construção do amanhã.
Até então, as discussões e decisões do setor foram restritas à um nível muito técnico, no qual apenas especialistas debatiam o presente e o futuro da nossa educação. Tal dinâmica mostrou-se ineficaz e uma nova estratégia deve ser traçada.
Precisamos fomentar debates mais inclusivos que garantam a participação da sociedade civil, sobretudo através do jovem. A pauta de aspirações para nossa educação deve levar em conta fortemente as inquietudes desse grupo. Lapide-se tais anseios com experiências de especialistas e, certamente, teremos um projeto ambicioso e viável.
O ponto central aqui é não perder a oportunidade ímpar de pautar o debate dos novos rumos do Brasil, de maneira suprapartidária, como um projeto de Estado, incluindo o jovem ativamente nesse processo.
Referir-se aos jovens e à nossa juventude dessa forma pode passar uma errônea sensação de homogeneidade. Num país continental como o Brasil só se pode falar em uniformidade em relação a juventude quando a temática é a vontade de mudar nosso país para melhor. Justamente por esta diversidade de anseios associada a sinergia de um sonho grande amplamente compartilhado que o encontro de jovens de todas as cinco regiões do país, desde as áreas mais remotas às metrópoles mais populosas, é tão importante.
O dia 29 de agosto de 2015 tem tudo para ser um grande marco nessa direção. Neste dia, acontecerá a Conferência Mapa Educação que colocará jovens de todas as regiões do país juntos com especialistas e agentes de transformação pública e privada para debater a educação brasileira em Brasília, capital e centro de decisões do país.
De um lado, o jovem com sua energia, seu poder de mobilização e sua vontade singular de transformar o ambiente ao seu redor. Do outro, políticos, empresários e professores com toda sua experiência, garantindo que o momento que clama por mudança não se esvazie com propostas inexecutáveis ou sem lastro com a realidade.
Acreditamos que a dinâmica de troca de conhecimento desse encontro nos trará grandes resultados e aquecerá ainda mais o debate sobre a educação que queremos.
A criação e fomentação de ideias por meio do protagonismo jovem será determinante para a elaboração de um sistema educacional mais inclusivo, solidário e colaborativo. Só assim, escolhendo a educação de qualidade como prioridade para o desenvolvimento do Brasil, é que conseguiremos construir uma verdadeira Pátria Educadora.
Neste dia, como descrito no Manifesto Mapa do Buraco, nosso orgulho nacional será pode dizer: "Neste país, nenhum outro caminho é tão valioso e tão promissor, para cada uma de nossas crianças e jovens, como o caminho do conhecimento".
RENAN FERREIRINHA, 21, e GABRIEL DOLABELLA, 19, são diretores do Movimento Mapa Educação, que tem como objetivo central engajar o jovem no debate nacional para uma educação de maior qualidade

Pais e alunos dizem que calor intenso gera desconforto e atrapalha aulas

 28 de Agosto de 2015

Escolas em Roraima não têm sistema de climatização nas salas

Fonte: G1
O calor intenso provocado pelo verão na região Norte somado à falta de climatização nas salas de aula das escolas Municipal Roraima e Estadual Mário Quirino, no bairro Buritizal, Zona Sul de Macapá, tem gerado reclamações de pais e estudantes do turno da tarde, matriculados nas instituições.
A administradora Elaine Araújo, de 32 anos, diz que a filha, Ana Beatriz, de 8 anos, aluna da escola Roraima, reclama diariamente do calor e alguma vezes pediu para ficar em casa, justificando não conseguir prestar atenção na aula por causa da temperatura.
“Ela gosta muito de ler e estudar, mas percebi que esta situação atrapalha no aprendizado dela. Minha filha reclama que por causa do calor, não presta muita atenção e isso a desmotiva ir para a escola. Já visitei as salas e percebi que elas só têm ventiladores, que quase não funcionam. Reclamei da situação com a direção, mas nada mudou”, contou.
O estudante do 3º ano do ensino médio da escola Mário Quirino Roberto Ramos, de 18 anos, diz que o calor prejudica as aulas.
“O calor invade as salas e nos primeiros horários é quase impossível acompanhar as aulas. Infelizmente, as centrais de ar na minha sala não funcionam. Estamos no verão e não tem condições de ficar em sala de aula porque não temos nem ventiladores e nem bebedouros suficientes para os alunos”, reclamou.
A Mário Quirino está em reforma desde 2010. Em 2013, o Ministério Público do Estado do Amapá realizou inspeção na escola e detectou que a biblioteca estava funcionando em um banheiro da instituição e que salas de aula foram improvisadas na quadra poliesportiva.
O titular da Secretaria de Estado de Infraestrutura (Seinf), Marcos Jucá, explicou que a obra terá um reajustamento no contrato, que vai definir a climatização, até meados do mês de setembro.
“Com isso, os alunos poderão estudar com mais conforto. A obra ainda não ficará pronta, mas o problema do calor será amenizado, com as salas climatizadas”, explicou.
O G1 entrou em contato com a Secretaria Municipal de Educação (Semed) para obter informações sobre a escola Roraima, mas até esta publicação não recebeu resposta sobre as solicitações.

Ministério diz que dinheiro para Educação está difícil

 28 de Agosto de 2015

Em debate, Janine Ribeiro afirmou que a falta de verba é um obstáculo ao cumprimento das metas do Plano Nacional de Educação

Fonte: Valor Econômico (SP)
O Ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro, afirmou que a falta de dinheiro, em ano de crise e aperto fiscal, é um obstáculo ao cumprimento das metas do Plano Nacional de Educação (PNE), sancionado em junho do ano passado. Reafirmou ainda, diante do cenário difícil, que o PNE é responsabilidade de toda a sociedade. "O MEC pode ser protagonista, mas não é o único ator", disse.

Em debate no Centro Ruth Cardoso, o ministro reiterou que o MEC tem atuado intensamente em prol do PNE, predominantemente na articulação e planejamento. "Estamos seguindo o que determina o PNE. Está difícil a parte que se refere a dinheiro, porque não temos dinheiro", afirmou o ministro, que disse que a falta de recursos "demorará a ser solucionada", afirmou a uma plateia de Educadores e especialistas em Educação. Participaram também do debate outros especialista como Neca Setúbal, Maria Helena Guimarães de Castro, e Mauro Salles Aguiar, diretor do colégio Bandeirantes.

Como exemplo do papel articulador do MEC, Janine disse que prevê entregar ao Conselho Nacional de Educação em fevereiro, quatro meses antes do prazo determinado no PNE, o texto da base nacional comum da Educação, que definirá os conhecimentos que cada estudante brasileiro deve aprender na Educação básica. "Podemos, nesse período de dificuldades, preparar conceitualmente o melhor possível as ações para o futuro", afirmou, destacando que o PNE foi aprovado e demandado por toda a sociedade, bem como Congresso e Senado. "Todos os partícipes do poder público são responsáveis pelo PNE", disse.

Programa sobre gestão financeira será estendido a mais sete escolas estaduais

 28 de Agosto de 2015

Fonte: Nota 10

O programa “Gestão Financeira na Escola” será estendido para mais sete colégios estaduais do Paraná, nos Núcleos Regionais de Educação de Irati, Guarapuava, Ponta Grossa, Área Metropolitana Sul e Paranaguá. O principal objetivo é envolver toda a comunidade escolar na gestão financeira da escola. Atualmente duas unidades participam do programa. O projeto é desenvolvido pela Coordenadoria de Apoio Financeiro à Rede Escolar, em parceria com os Núcleos Regionais. 

Entre 17 e 21 de agosto, o “Gestão Financeira na Escola” foi apresentado para os diretores, alunos, pais, professores e funcionários nas escolas onde será implantado. Uma das principais características do projeto é a indicação de um agente financeiro nos colégios. Esse funcionário fica responsável pela prestação de contas da unidade e de toda a parte burocrática que envolve o recebimento de recursos. Isso ajuda o diretor, que antes precisava resolver sozinho estas questões. 

A partir de setembro o programa vai começar a funcionar na Escola Estadual Professora Luiza Rosa Z. Pinto, em Irati (Centro-Sul); Colégio Estadual Parigot de Souza, de Inácio Martins (Centro-Sul); Colégio Estadual Antônio Tupy Pinheiro, de Guarapuava (Centro); Colégio Estadual Regente Feijó, de Ponta Grossa (Campos Gerais); Escola Estadual Dias Rocha, de Araucária, e no Colégio Estadual Desembargador Cunha Pereira, de Fazenda Rio Grande (Região Metropolitana de Curitiba), e no Colégio Estadual Ilha das Peças, de Guaraqueçaba (Litoral). 

Além das sete escolas, desde 2014 o programa funciona no Colégio Estadual Alberto de Carvalho, de Prudentópolis (Centro-Sul), e no Colégio Estadual Herbert de Souza, de São José dos Pinhais (Região Metropolitana de Curitiba). Até 2018, o programa “Gestão Financeira na Escola” deve ser expandido para todos os 32 Núcleos Regionais de Educação do Paraná.

Extra:O ensino de habilidades sociais: essencial na educação

 28 de Agosto de 2015

Fonte: Nota 10

Encontramos hoje em nosso país um déficit em desenvolver habilidades sociais que até há pouco tempo eram menosprezadas frente a um belo currículo acadêmico. Embora muitas vezes sejam mais requeridas que as próprias habilidades técnicas, as habilidades sociais não são ensinadas em nossas instituições de ensino. Não temos salas de aula nem equipe escolar capacitada para o desenvolvimento de um aprendizado simples como ‘relacionamento interpessoal’ e ‘resolução de conflitos’. Assim, vamos aprendendo com a vida, da forma mais dura e incompreensiva, que essas habilidades são tão ou mais necessárias do que qualquer outra.
Tudo poderia ser bem diferente se, ao entrar na escola, uma criança pudesse ter acesso ao ensino maciço do comportamento social básico, como pedir ajuda ao colega, esperar a vez de falar e ouvir atentamente. Podem parecer atitudes simples, mas para uma criança não é. Crianças em fase escolar inicial são egocêntricas e se não as ensinamos como desenvolver essas competências, corremos um sério risco de que sejam adolescentes, jovens e, posteriormente, adultos individualistas, em uma sociedade onde o comum a todos se faz cada vez mais necessário.
Um exemplo básico da falta de habilidades sociais está em filas ou nos ônibus, onde jovens e adultos não respeitam a prioridade de idosos e grávidas. Seriam esses indivíduos tão culpados por não respeitar a lei do bom senso? Provavelmente, não! Não lhes foram ensinadas algumas regras básicas de convívio e eles, duramente, terão que aprender com a vida.
Pois bem, o que deve ser feito, então? A resposta é bem clara: crianças devem aprender habilidades sociais! Não como uma nova disciplina na escola, mas sim com a oportunidade de conviver mais e melhor com os seus colegas. Hoje estamos tomados, desde a pequena infância, aos smartphones, tablets, notebooks e outros aparelhos tecnológicos e deixamos a interação com seres humanos em segundo plano. Mas é justamente essa interação humana a responsável pela produção de habilidades sociais muito primárias. Crianças devem brincar com crianças e não somente com aparelhos. O uso da tecnologia é essencial e devemos desenvolvê-lo, porém, ser habilidoso socialmente é essencial. E podemos começar com simples gestos.
Lembram-se das palavrinhas mágicas aprendidas na escola? Por favor, obrigada... Pois é, elas ainda existem e devem ser ensinadas em casa, quando surgem as primeiras palavras. Ensinar a brincar com os colegas e a dividir o lanche também é parte importante da educação.
Uma criança assimila muito mais por imitação. Seja o adulto exemplo para a criança! Seja o guia para que essa criança tenha um referencial. Promova conversas enriquecidas com as crianças, propondo descobertas e desafios para elas. Estimule as brincadeiras onde a criança pode ser o líder, mas também o liderado e, após a brincadeira, explique a ela a importância de cada um dos papéis. Recompense com afeto: abrace, elogie.
Como educadores ou pais de alunos, podemos conversar, interagir, fazer com que as crianças participem de conversas sabendo sua vez de ouvir e falar, respeitando a opinião dos colegas e colocando suas opiniões de maneira assertiva. Essas rodas de conversa devem acontecer na escola, principalmente, visto que esse é o primeiro ambiente social do aluno. E para que rodas de conversa aconteçam precisamos apenas de um assunto interessante e que todos tenham o mesmo direito a falar e ouvir.
O ensino de habilidades sociais deve ser, portanto, na prática, no dia a dia, na reflexão diária. Não se ensina uma criança a agradecer pelo presente antes de ganhá-lo, mas sim ao ganhá-lo. Educar é um ato de amor e decisão. Podemos escolher educar para passar conhecimento simplesmente, ou agregar um outro valor: passar sabedoria, ensinos que serão necessários por toda a vida. Em qual dessas opções você educaria seu filho?

Empresa pública assumirá a gestão de unidade na Bahia

 28 de Agosto de 2015

Fonte: Nota 10

A Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), vinculada ao Ministério da Educação, assumirá gradualmente a administração do Hospital Nair Alves de Souza, no município baiano de Paulo Afonso. O processo de federalização foi concluído com a transferência daquela unidade hospitalar para a Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), na quarta-feira (26). 

A transferência da gestão do hospital será realizada em três anos. Nesse prazo, a Companhia Hidroelétrica do São Francisco (Chesf) — anterior administradora da unidade —, a Secretaria da Saúde da Bahia e a prefeitura de Paulo Afonso comprometeram-se a realizar as reformas necessárias e liberar recursos para a construção de uma unidade de terapia intensiva. 

Caberá à Ebserh dimensionar serviços e necessidade de pessoal para promover concurso público e recompor a força de trabalho. Ao fim do prazo de transição, a empresa será a responsável exclusiva pela gestão do hospital, que será o primeiro totalmente público a atender à população da região. 

“É nossa missão dar suporte e apoio às universidades e aos usuários do Sistema Único de Saúde”, disse o presidente da Ebserh, Newton Lima. “A Ebserh atuará no seu compromisso institucional de propiciar as melhores condições para a formação dos profissionais de saúde e de prestar serviço de saúde de qualidade à população.” 

A ideia de transferir a gestão do hospital para a Ebserh surgiu após a criação do curso de medicina na Univasf, no campus Paulo Afonso, como parte do programa Mais Médicos do governo federal. O reitor da universidade, Julianeli Tolentino, destacou a contribuição do curso de medicina para a região da unidade de saúde. “Visamos sempre parcerias para atender e contribuir com a região norte da Bahia, e os bons resultados têm acontecido”, afirmou. 

Descentralização — Pesquisas mostram que a Bahia registra taxa de 1,25 médico por mil habitantes — a média nacional é de dois médicos para o mesmo contingente. Cerca de 60% dos profissionais em atividade no estado estão concentrados em Salvador. 

De acordo com o secretário de Saúde da Bahia, Fábio Villas Boas, os recursos destinados à criação da UTI no hospital terão origem no governo estadual e em emendas de parlamentares. A UTI contribuirá para desafogar as unidades de terapia intensiva da capital baiana. “O objetivo é descentralizar o atendimento, hoje muito focado em Salvador”, disse. 

O prefeito de Paulo Afonso, Anilton Bastos Pereira, ficou satisfeito com as negociações sobre a transferência da gestão do hospital. “Tivemos diversas conversas para achar uma boa saída para a região e assinamos um documento de consenso que ajudará quase um milhão de pessoas”, afirmou.

USP proíbe festas com venda de bebida alcoólica


28 de Agosto de 2015

Fonte: Estadão

A Universidade de São Paulo (USP) oficializou nesta quinta-feira, 27, a proibição de festas com comercialização e consumo de bebida alcoólica dentro de seus câmpus. A determinação, aprovada pelo Conselho Gestor da Cidade Universitária em dezembro do ano passado, foi publicada no Diário Oficial do Estado com as regras e protocolos a serem seguidos para a realização de eventos nos espaços da universidade. 
Contrários à determinação, o Diretório Central dos Estudantes (DCE) e centros acadêmicos de diversos cursos organizaram uma festa em protesto para esta sexta-feira, 28, dentro da Cidade Universitária, na zona oeste da capital. O evento, divulgado nas redes sociais, é chamado de Festão contra a Proibição.
Com a nova regulamentação, apenas eventos festivos que tenham "compatibilidade com a vida universitária" e que possibilitem a realização das atividades acadêmicas "sem prejuízo de suas atividades de ensino, pesquisa, cultura e extensão" serão autorizados. A proibição de bebidas será feita com base na Lei Estadual 13.545, de maio de 2009, que veta "compra, venda, fornecimento e consumo de bebidas alcoólicas" em estabelecimentos de ensino sob administração estadual. Como as universidades têm autonomia, a USP não seguia a norma.
Há previsão de punições às confraternizações ilegais no câmpus.  Os organizadores de eventos que descumprirem as determinações ficarão sujeitos a responsabilização nas esferas civil, penal e administrativa, segundo a resolução. Os eventos terão que ser previamente autorizados pela diretoria da unidade e a prefeitura do câmpus. 
As festas foram suspensas temporariamente no velódromo da Cidade Universitária em setembro do ano passado, após a morte do estudante Victor Hugo Santos, que teve o corpo encontrado ao lado da raia olímpica. Na Faculdade de Medicina (FMUSP), os eventos também foram vetados após duas alunas denunciarem terem sido estupradas em festas em 2011 e 2013. O reitor da universidade, Marco Antonio Zago, afirmou, na ocasião, que as festas "não fazem parte da vida universitária e não deveriam acontecer".
"É uma cortina de fumaça da reitoria. Eles alegam que a proibição se deve para evitar casos de violência, mas eles continuam acontecendo na universidade independentemente das festas. Em junho, uma aluna foi estuprada às 18h dentro do câmpus quando ia ao Restaurante Universitário. Essa não é a forma de se resolver o problema", disse a aluna de Geografia Gabriela Ferro, de 21 anos, diretora do DCE.
Para Gabriela, a medida é uma tentativa de "desestruturar as organizações estudantis", já que as festas são o principal meio de financiamento do diretório e dos centros acadêmicos. "Nenhum reitor adotou essa medida, é uma clara provocação aos alunos".
Sobre a festa marcada para esta sexta, Gabriela disse que é um protesto e uma forma de mostrar à reitoria da USP que os alunos não vão aceitar a proibição.

Escolas já podem escolher livros didáticos para 2016

 28 de Agosto de 2015

Fonte: Nota 10

Começa hoje (28) o prazo para a escolha dos livros didáticos que serão utilizados pelos alunos do 1.º ao 5.º ano do ensino fundamental a partir do ano que vem. Professores, diretores e coordenadores educacionais das redes públicas de ensino têm até o dia 8 de setembro para indicar as obras mais adequadas ao projeto pedagógico de cada escola no sistema eletrônico do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). 

Para auxiliar na escolha, o FNDE disponibilizou oGuia de Livros Didáticos 2016, com resenhas e informações de cada uma das obras aprovadas para o Programa Nacional do Livro Didático (PNLD). 

De acordo com o FNDE, o PNLD 2016 apresenta duas novidades em relação a edições anteriores. Esta será a primeira vez que estudantes dos anos iniciais do ensino fundamental receberão livros de arte – no PNLD 2015, alunos do ensino médio já foram contemplados. Além disso, os professores terão duas opções em relação aos componentes de ciências, história e geografia. Podem optar por obras específicas de cada uma dessas disciplinas ou escolher a coleção integrada de ciências humanas e da natureza. 

Como regra básica, devem ser selecionadas duas opções de cada disciplina, de editoras diferentes. Caso não seja possível a aquisição dos livros da editora da primeira opção, o FNDE negociará as obras da segunda. Caso o colégio não acesse o sistema ou não registre opção em nenhum momento, será encaminhado, compulsoriamente, um dos títulos aprovados para o PNLD 2016 de cada componente curricular. 

O PNBL tem por objetivo prover as escolas públicas de ensino fundamental e médio de livros didáticos e acervos de obras literárias, obras complementares e dicionários. A cada ano, o FNDE adquire e distribui livros para todos os alunos de determinada etapa de ensino, repõe e complementa os livros reutilizáveis para outras etapas. Um mesmo período recebe todos os livros novos a cada três anos. 

Nesta edição do PNLD, serão selecionadas obras didáticas de todos os componentes curriculares do 1.º ao 5.º ano do ensino fundamental. o FNDE negocia a aquisição das obras com as editoras e, em função da escala da compra, consegue preços bem abaixo dos praticados no mercado. A previsão é de comprar cerca de 50 milhões de exemplares, em benefício de 10,4 milhões de alunos dos anos iniciais do ensino fundamental.

Comissão da Câmara aprova divulgação obrigatória de benefício fiscal para escolas privadas

 28 de Agosto de 2015

Fonte: Nota 10

A Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados aprovou, na última quarta-feira (19), projeto que obriga a Receita Federal, o Ministério da Educação e o Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) a divulgarem semestralmente, na internet, o valor dos benefícios fiscais concedidos às instituições privadas de ensino, com ou sem fins lucrativos. 

A proposta [PL 2479/07 do deputado Ivan Valente (Psol-SP)] recebeu parecer favorável do deputado Edmilson Rodrigues (Psol-PA), que apresentou emendas ao texto. Uma delas determina que a divulgação dos dados da renúncia de receita será feita na internet, e não em jornais impressos, como determina o projeto. 

Rodrigues disse que a publicação das informações em jornais elevaria os custos para os órgãos públicos, que teriam que pagar pelo espaço nos veículos. 

ORÇAMENTO - Ele também retirou o dispositivo que obriga o orçamento da União a informar o valor total da isenção tributária concedida às instituições de ensino. O relator lembrou que alterações orçamentárias são de iniciativa exclusiva do Poder Executivo, segundo a Constituição. 

Para Rodrigues, as emendas “não desvirtuam o objetivo primordial almejado pelo autor do projeto”, que é a transparência das informações públicas. 

IMPROBIDADE - O texto do deputado Ivan Valente determina que a não divulgação das informações sujeitará o gestor dos três órgãos a processo por ato de improbidade administrativa. 

As instituições de ensino beneficiárias também terão que divulgar semestralmente o valor do montante que deixaram de recolher e o número de alunos diretamente atendidos, especificando o total de matrículas por curso. O não cumprimento levará à perda do benefício tributário. 

No caso das universidades privadas, a divulgação será feita na página da instituição na internet, na propaganda eletrônica da instituição, que deverá conter link para a página que contém os dados, e no prédio da universidade, em local visível e de fácil acesso ao público. 

TRAMITAÇÃO - O projeto, já aprovado pela Comissão de Educação, ainda será analisado, em caráter conclusivo, pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania.