PESQUISA

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

"O GOVERNO PODE ESTAR PROVOCANDO UMA GREVE", DIZ PRESIDENTE DO CPERS

06 de novembro de 2009

Entrevista com Rejane de Oliveira
Fonte: Zero Hora


Parece já um mantra da presidente do Cpers-Sindicato, Rejane de Oliveira: o governo não dialoga com os professores. Do desgosto com as medidas, ela passa ao tom ameaçador. Confira:

Zero Hora - A senhora gostou da notícia de que o salário inicial do magistério será de R$ 1,5 mil?

Rejane de Oliveira - Gostaremos se os R$ 1,5 mil forem o salário básico para o plano de carreira. Melhor: se o piso nacional dos professores for o básico para nosso plano de carreira.

ZH - Qual a avaliação da senhora sobre a proposta do governo que estabelece R$ 1,5 mil como vencimento mínimo para os professores com carga horária de 40 horas?

Rejane - Não conheço a proposta, mas parece que o governo está dando um golpe na categoria. A proposta foi apresentada à imprensa sem ser discutida com o sindicato que representa os professores. Temos uma audiência marcada para o dia 11, mas o governo preferiu não falar conosco primeiro.

ZH - Mas, com o que a senhora ouviu pela imprensa, qual é a sua opinião?

Rejane - Só seria vantagem se o valor de R$ 1,5 mil fosse o básico para o plano de carreira. O problema é o que vem com isso, no pacote. A sociedade precisa saber que o governo pode estar provocando uma greve no fim do ano.

ZH - O que motivaria uma paralisação agora?

Rejane - Não aceitamos projetos que incluam metas de produtividade na educação para beneficiar alguns servidores apenas. A educação tem de ser igual para todos. Se a proposta contiver remuneração adicional por esse tipo de critério, poderemos ter greve, sim. Não deixaremos a Assembleia Legislativa aprovar algo assim