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quarta-feira, 23 de março de 2011

FIM DE GREVE NÃO GARANTE INÍCIO DAS AULAS

23 de março de 2011


Mesmo com a volta dos professores, escolas não abrem por falta de estrutura
Fonte: Diário de Natal (RN)
Francisco Francerle // franciscofrancerle.rn@dabr.com.br

A greve dos professores da rede municipal acabou, mas os problemas estruturais dasEscolas municipais continuam, a ponto de impedir o início das aulas em muitos estabelecimentos, tanto do ensino fundamental quanto do infantil, conforme antecipou reportagem do Diário de Natal.

A falta de professores, merenda, carteiras e instalações precárias por conta dos atrasos nos repasses de verbas destinadas à manutenção e funcionamento das Escolas lideram esses problemas. Até o momento, nenhuma Escola ouvida pela reportagem recebeu verba referente a 2011 para conserto de instalações físicas, compra de material pedagógico, expediente e de gêneros alimentícios.

Para não prejudicar ainda mais o ano letivo, alguns estabelecimentos estão fazendo rodízio de turmas. Outros estão usando da criatividade e apelando para a comunidade, através de parcerias como forma de garantir pelo menos a mão-de-obra para realização de pequenos serviços.

Na tarde de ontem, a direção do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Rio Grande do Norte (Sinte-RN) denunciou a precariedade nas Escolas, que já era notória. O Centro Municipal deEducação Infantil Maria Ilka, em Nova Descoberta, por exemplo, não iniciou as aulas ainda por falta de alimentação e de profissionais suficientes para a sala de aula.

A situação é semelhante no CMEI Claudete Maciel, em Cidade Satélite, onde os servidores passaram ontem a manhã inteira reunidos para discutir como irão atuar diante da falta de profissionais e de gêneros alimentícios.

Na Escola Municipal Amadeu Araújo, no bairro de Lagoa Azul, a falta de professores nas disciplinas de matemática, português, história, ciência e geografia levou a direção a submeter os 1.500 alunos do ensino fundamental a um sistema de rodízio de turmas.

A Escola tem carência de 15 professores para os três turnos, monitores e professores auxiliares para salas com 53 alunos com necessidades especiais, bem como vigias e merendeiras. Tanto na Celestino Pimentel quanto na Amadeu Araújo, o horário de aulas não foi integral, terminaram às 9h30 por causa da falta da merenda.

Já na Escola Municipal Zuleide Fernandes, no conjunto Parque das Dunas, os 675 alunos ainda não têm previsão de quando começam as aulas porque o estabelecimento só tem trêsprofessores para onze turmas.

Em alguns CMEIS, os professores não aderiram à greve, mas não tiveram condições de funcionar devido a falta de educadores infantis e auxiliares, além de insumos para a merenda que inviabilizam a permanência das crianças de tempo integral.

A reportagem ouviu depoimentos reclamando do problema nos CMEIS Darilene Brandão, Padre Sabino Gentille, Jesiel Figueiredo e Amor de Mãe.


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