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sexta-feira, 31 de julho de 2009

PROFESSORES DA REDE ESTADUAL SUSPENDEM GREVE

31 de julho de 2009

Depois de 25 dias de paralisações, os professores da rede estadual decidiram suspender a greve nesta quinta-feira (30). Segundo o Presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco (Sintepe), Heleno Araújo, a categoria retorna às aulas na manhã desta sexta-feira (31).
Fonte: JC Online


Do JC Online ATUALIZADA ÀS 18H28
Depois de 25 dias de paralisações, os professores da rede estadual decidiram suspender a greve nesta quinta-feira (30). Segundo o Presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco (Sintepe), Heleno Araújo, a categoria retorna às aulas na manhã desta sexta-feira (31).

A decisão foi tomada em assembleia realizada na quadra do Instituto de Educação de Pernambuco, no bairro de Santo Amaro, centro do Recife.

Segundo a categoria, a suspensão foi realizada para que as negociações sejam retomadas, já que um documento enviado pelo governo informava que só negociaria com os professores se eles suspendessem a greve. "A categoria mostrou que está disposta ao diálogo", diz Heleno.
AGENDA - Na manhã desta sexta-feira (31), a partir das 9h, uma reunião com a Secretaria de Administração vai ser realizada. Na próxima segunda-feira (03), uma nova assembleia para avaliar os rumos do movimento, acontece na quadra do IEP às 9h.
Os professores reivindicam reajuste de 19,2% no Piso Salarial Nacional do Magistério definido por lei




quinta-feira, 30 de julho de 2009

BÔNUS PARA PROFESSOR EM PE VIRA ARMA CONTRA GREVE

30 de julho de 2009

Governo estadual começa a pagar o benefício, mas profissional que está parado não receberá
Fonte: O Globo


Demétrio Weber - O GLOBO

Governo estadual começa a pagar o benefício, mas profissional que está parado não receberá

BRASÍLIA. Criado para premiar professores que conseguem melhorar a aprendizagem dos alunos, o bônus por desempenho virou uma arma contra a greve do magistério em Pernambuco.

Ontem, o governo estadual começou a pagar o benefício, mas somente para quem não aderiu à paralisação. A justificativa é que a greve foi considerada ilegal pela Justiça, que concedeu liminar favorável ao governo pernambucano.

Os profissionais que aceitaram voltar ao trabalho semana passada receberão o bônus só em 5 de agosto. São 788, segundo a Secretaria de Estado de Educação. Eles assinaram termo de compromisso no qual prometem não parar novamente.

Dos 18.570 profissionais da educação em Pernambuco com direito ao prêmio, 17.063 receberam ontem o bônus, cujo valor pode chegar ao de um 14osalário.

Ficaram de fora 1.507.

Desse grupo, os 788 que voltaram a trabalhar receberão dia 5.

Os demais só após o fim da greve, sem data definida.

O senador e ex-ministro da Educação Cristovam Buarque criticou a decisão do governo pernambucano. Entusiasta da concessão de bônus como incentivo à melhoria do ensino, ele considera que houve desvio de finalidade prejudicial ao próprio mecanismo da premiação: - É um grande equívoco.

Mata o conceito do programa.

Se a greve é ilegal, o governo tem o direito de cortar o ponto, suspender os salários. O bônus em si já é um incentivo contra a greve - afirmou.

O secretário de Administração de Pernambuco, Paulo Câmara, disse que o governo levou em conta a decisão da Justiça, que considerou o movimento ilegal. Segundo ele, o motivo seria acordo firmado entre o governo e a categoria que não previa reajuste em 2009. Câmara afirmou que menos de 5% do magistério aderiram à paralisação e que o Tribunal de Justiça manteve liminar concedida em primeira instância: - O estado não quis premiar servidor que está confrontando decisão judicial. Quando voltar ao trabalho, recebe o bônus em data a ser definida.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação em Pernambuco, Heleno Araújo, disse que a greve afeta parcialmente 80% das escolas estaduais. O sindicato reivindica reajuste de 19,2%. Um docente sem diploma superior recebe R$ 950 por mês, por jornada de 40 horas semanais.

- A posição do governo é arbitrária. Cabe representação à OIT (Organização Internacional do Trabalho) - disse.

(Demétrio Weber)



quinta-feira, 23 de julho de 2009

PROFESSORES AMEAÇAM GREVE EM AGOSTO

23 de julho de 2009


Os professores da rede pública de ensino fundamental e médio irão paralisar suas atividades a partir do dia 10 de agosto por tempo indeterminado. A paralisação afetará mais uma vez o ano letivo dos 83.769 estudantes das 351 Escolas estaduais, que retornaram às aulas ontem.
Fonte: FOLHA DE BOA VISTA (RR)


VANESSA LIMA
Os professores da rede pública de ensino fundamental e médio irão paralisar suas atividades a partir do dia 10 de agosto por tempo indeterminado. A paralisação afetará mais uma vez o ano letivo dos 83.769 estudantes das 351 Escolas estaduais, que retornaram às aulas ontem.
A greve foi decidida no mês passado, durante assembleia geral realizada pelo Sinter (Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Roraima). Entre as reivindicações expostas pelo presidente do Sinter, Ornildo Roberto, está a gestão democrática nas Escolas, ou seja, eleições diretas para diretores. Outro ponto é a data-base para reajuste salarial. A Lei 321 estabelece o mês de janeiro como data-base. O sindicato afirma que, até agora, a medida é ignorada pelo governo.
Os professores querem ainda melhorias nas Escolas, especialmente nas do interior. Em vistoria realizada recentemente, o Sinter detectou a necessidade de reformas, falta de carteiras e material Escolar. Outro ponto das discussões está relacionado à criação do plano de cargos e salários para os técnicos da Educação e o pagamento das progressões horizontais dos professores. O repasse do retroativo foi garantido pelo secretário de Educação, Dirceu Medeiros, até o final do mês de julho.
Ornildo expôs ainda as reclamações da base no que diz respeito à merenda Escolar, que em várias Escolas não atenderia as necessidades do alunos. "Temos reclamações de um modo geral. Isso quer dizer que a Educação em nosso Estado precisa ser levada mais a sério. Nós entendemos que em Educação necessita-se de investimento para que tenhamos condições de obter resultados a longo prazo".
A decisão de cruzar os braços foi comunicada ao secretário de Educação durante reunião realizada na primeira semana de julho. Até agora, o governo não teria se manifestado, segundo o Sinter. Um novo encontro ficou agendado para o dia 7 de agosto. Os professores esperam receber uma resposta positiva para evitar a greve. "Os trabalhadores esperam uma decisão, mas entendemos que o governo não está querendo, simplesmente, resolver o problema. Estamos com essa data definida, mas isso não quer dizer que não possamos reavaliar nossa posição. Basta que o governo sinalize de forma concreta e objetiva para com os trabalhadores, aí sim, se o governo der um sinal que está disposto a negociar com a categoria, vamos sentar à mesa e começar um processo de discussão. Não queremos fazer greve, estamos sendo obrigados devido às circunstâncias atuais", concluiu Ornildo Roberto.
SECD - A Folha entrou em contato com a assessoria de comunicação da Secretaria Estadual de Educação, Cultura e Desporto (Secd) e a informação foi que Dirceu Medeiros vem realizando reuniões para atender as reivindicações dos professores.


quinta-feira, 16 de julho de 2009

"ESVAZIADA", GREVE CONTINUA

16 de julho de 2009

Apesar de apenas 19 das 1.105 Escolas da rede estadual de ensino permanecerem de portas fechadas, parte dos professores decidiu, ontem, em assembleia, pela continuidade da greve iniciada no último dia 6.
Fonte: DIÁRIO DE PERNAMBUCO (PE)



Apesar de apenas 19 das 1.105 Escolas da rede estadual de ensino permanecerem de portas fechadas, parte dos professores decidiu, ontem, em assembleia, pela continuidade da greve iniciada no último dia 6.
Sindicato aprovou continuidade, mas apenas 19 Escolas estão sem aulas. Foto: Inês Campelo/DP/D.A PressPor conta das sanções anunciadas pelo governo, como desconto dos dias de falta e substituição por temporários, muitos professores efetivos voltaram à ativa. E os que insistem em continuar de braços cruzados já estão sendo substituídos. De acordo com a Secretaria de Educação do Estado (SEE), as aulas estão praticamente normalizadas. Mesmo assim, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco (Sintepe) garante que mais de 80% da categoria está aderindo à greve. Porém, dos 27 mil professores lotados na SEE, apenas 1.477 grevistas foram substituídos por temporários nesta 2ª semana de mobilização. Um indicativo dos faltosos.Uma das unidades onde a rotina foi normalizada é a Escola Estadual Governador Barbosa Lima, no bairro do Derby. Ontem ocorreram aulas nos três turnos. Dos 103 professores da unidade,apenas 15 continuam em greve. "Sou efetiva mas continuo trabalhando. Estou aproveitando essa semana para repassar assuntos novos para os alunos do 3º ano", afirmou a professora de biologia Araberg Elias. A falta de adesão à paralisação, inclusive, fez do colégio alvo dos grevistas na última segunda-feira. Durante o ato público, houve confronto entre representantes do Sintepe e policiais militares chamados para conter a manifestação. Os professores em greve foram contidos porque tentaram panfletar dentro das salas de aula.
Na Escola Estadual Maciel Pinheiro, na Torre, os estudantes também já voltaram ao ritmo de aulas. Para não prejudicar os alunos concluintes do ensino médio, muitos professores estão ministrando aulas extras de preparação para o Exame Nacional do ensino médio (Enem). Este ano o teste nacional vai substituir de forma total ou parcial os vestibulares das três universidades federais do estado (UFPE/UFRPE/Univasf). Na Clóvis Beviláqua, no Hipódromo, os alunos também assistiram todas as aulas. NoAgreste, a mobilização também não atingiu a maior parte dos professores. Na Escola Estadual professor Mário Sette, em Caruaru, apenas 12 dos 36 profissionais aderiram à paralisação. Em Petrolina, no entanto, a adesão pode chegar a 85%, segundo dados do Sintepe.

As aulas estão sendo ministradas nomalmente nos três turnos na Escola Barbosa Lima Sobrinho, no Derby. Foto: Edvaldo Rodrigues/DP/D.A/PressApós a assembleia realizada ontem, em frente à Secretaria de Administração, os professores em greve saíram em passeata pelas ruas do centro do Recife. Eles passaram pela sede da SEE, pelas Avenidas Guararapes e Conde da Boa Vista e encerraram as manifestações na Praça do Derby. A próxima assembleia está marcada para terça-feira, às 14h, na quadra do IEP, na Boa Vista. Os docentes querem um aumento de 19,2% em cima do Piso Nacional de R$ 950, implantado em semtebro do ano passado. O governo, no entanto, afirma que o atendimento da reivindicação causaria um impacto de R$ 106 milhões na folha de pagamento mensal. A folha dos servidores da Educação é da ordem de R$ 93 milhões.
MPPE - O setor jurídico do Sintepe enviou um dossiê ao Ministério Público dePernambuco (MPPE) denunciando uma suposta perseguição do governo à greve. O sindicato também ingressou com uma ação ordinária indenizatória na Justiça pedindo a regulamentação do plano de cargos e carreiras (PCC) dos professores. Segundo a advogada do Sintepe, Lúcia Barbosa, existe uma lei estadual de 1998 que prevê a implantação do PCC e que não está sendo cumprida. Ela também está preparando uma interpelação judicial pedindo ao secretário de Educação, Danilo Cabral, para que mostre a assinatura do presidente do Sintepe concordando com a aplicação do piso de R$ 950 para os anos de 2008 e 2009. O governo afirma que o acordo foi assinado no ano passado pelos representantes dos professores

quarta-feira, 8 de julho de 2009

REDE ESTADUAL TEM MERENDA GARANTIDA MESMO COM GREVE

08 de julho de 2009

Merenda Escolar nas 1.105 unidades do estado será mantida enquanto durar a paralisação. O anúncio foi feito ontem pela assessoria de imprensa da Secretaria de Educação do Estado (SEE).
Fonte: DIÁRIO DE PERNAMBUCO (PE)


Merenda Escolar nas 1.105 unidades do estado será mantida enquanto durar a paralisação. O anúncio foi feito ontem pela assessoria de imprensa da Secretaria de Educação do Estado (SEE). Como a movimentação é exclusiva dos docentes, as 2 mil merendeiras continuarão prestando seus serviços nos três turnos a partir de amanhã, dia marcado para a volta às aulas da rede após o recesso de São João. Para parte dos 963 mil alunos matriculados nas Escolas estaduais, a merenda é a principal refeição do dia. Ontem, 1º dia da greve, os professores realizaram protestos em frente ao Centro de Convenções, em Olinda. Eles querem um reajuste de 19,2% em cima do Piso Nacional, no valor de R$ 950. O governo afirma que não pode pagar o salário pleiteado pelos docentes (R$ 1.132,40) porque causaria desequilíbrio fiscal nas contas do estado. Até o fechamento desta edição, às 21h, o impasse não tinha chegado ao fim. A greve continua por tempo indeterminado. A merenda é uma espécie de café da manhã reforçado para o estudante João Victor Cardoso, de 9 anos, matriculado na 2ª série da Escola Estadual Creuza Barreto Dornelas Câmara, no bairro da Torre. "É na Escola que ele garante o café da manhã, o que às vezes não consigo colocar na mesa de casa. A merenda é muito importante e garante a nutrição que ele precisa para o dia todo", afirma a mãe do menino, a desempregada Sandra Cardoso. A família, mãe e três filhos, vive na comunidade de Santa Luzia, na Torre, com o dinheiro repassado pelo programa federal Bolsa Família. "Gosto de comer na Escola. Principalmente quando tem biscoito", garante João Victor. Além das 439 mil crianças do ensino fundamental, a alimentação está garantida para os demais alunos da rede estadual matriculados no ensino médio regular e na Educação para Jovens e Adultos (EJA).
Durante todo o dia de ontem não ocorreram negociações entre o Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco (Sintepe) e o governo. Uma nova assembleia da categoria está marcada para a próxima sexta-feira, às 14h, em frente à sede da SEE, no bairro de Santo Antônio. Hoje o Sintepe realizará protestos em frente às Escolas da Região Metropolitana do Recife (RMR). Os protestantes levarão carro de som e faixas solicitando o aumento de 19,2%. Os professores justificam que o reajuste é legitimado pela Lei 11.738/2008, criadora do Piso Nacional, que prevê um aumento anual nos salários já em janeiro deste ano.
Pernambuco antecipou-se à determinação federal, que determinava o pagamento apenas em janeiro deste ano, e tornou-se o 1º estado brasileiro a pagar o piso de R$ 950, implantado em setembro do ano passado. Em novembro, o governo promete incorporar o piso ao salário-base inicial dos professores de nível médio com jornada de 30 horas-aula semanais. Isso sem contar com as gratificações. A proposta foi aprovada pelo Sintepe em junho de 2008. Isso ocorreu 40 dias antes da sanção da Lei que criou o Piso. Por enquanto, a Secretaria de Administração do Estado (SAD) informa que não tem condições de dar reajustes salariais a nenhuma categoria de servidor.





terça-feira, 7 de julho de 2009

GREVE PREJUDICA ALUNO NO ENEM

07 de julho de 2009

A menos de três meses para a realização do Exame Nacional do ensino médio (Enem), os professores da rede pública estadual decidiram cruzar os braços ontem. A categoria entrou em greve por tempo indeterminado para pressionar o governo a pagar um reajuste de 19,2% em cima do Piso Salarial Nacional de Magistério, implantado no ano passado com o valor de R$ 950.
Fonte: DIÁRIO DE PERNAMBUCO (PE)


A menos de três meses para a realização do Exame Nacional do ensino médio (Enem), os professores da rede pública estadual decidiram cruzar os braços ontem. A categoria entrou em greve por tempo indeterminado para pressionar o governo a pagar um reajuste de 19,2% em cima do Piso Salarial Nacional de Magistério, implantado no ano passado com o valor de R$ 950. O salário pleiteado é de R$ 1.132,40. O Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco (Sintepe) quer que todos os professores, cerca de 50 mil ativos e inativos, sejam contemplados. Pernambuco foi o 1º estado brasileiro a implantar o piso da categoria. O governo alega, no entanto, que não tem condições de mexer no orçamento deste ano e que os professores assinaram acordo no ano passado mantendo o valor inicial do piso para todo 2009. A reivindicação causaria um impacto de R$ 106 milhões, por mês, na folha de pagamento do estado. A paralisação deve adiar a volta às aulas dos 963 mil estudantes da rede, que estavam em recesso, prevista para quinta-feira. Desses, 120 mil farão o Enem. Até o fechamento desta edição, às 21h, não havia data para uma nova rodada de negociação. A próxima assembleia da categoria acontece sexta-feira, às 14h, em frente à sede da Secretaria de Educação do Estado (SEE). A greve geral foi definida ontem durante uma assembleia em que participaram cerca de 3 mil docentes, na quadra do IEP, na Boa Vista. Os professores justificam que o artigo 5º da Lei 11.738/2008, que criou o Piso Nacional, prevê um reajuste anual baseado no aumento do custo por aluno repassado pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (Fundeb). Este ano, o aumento foi de 19,2%. Os professores entendem que esse mesmo percentual deveria ser dado aos profissionais ativos desde o salário de janeiro e estendido aos aposentados.
Só que o Sintepe assinou um acordo com o governo 40 dias antes da aprovação da Lei Federal, no início de junho de 2008, em que concordava em manter os R$ 950 para este ano, proposta ratificada pela Secretaria de Administração (SAD). Agora, o Sindicato voltou atrás. "Queremos o pagamento retroativo a janeiro, que é o que a lei determina", afirmou o presidente do Sintepe, Heleno Araújo. A SAD justificou que o orçamento do ano foi fechado levando em conta o acordo feito com os professores em 2008 e que essa reivindicação de agora poderia causar desequilíbrio nas contas do estado. A assessoria de imprensa da Secretaria informou que já a partir de novembro, o valor do piso hoje de R$ 950 passará a ser o salário base da categoria, sem contar com as gratificações.
As negociações entre governo e Sindicato começaram em abril. Com a proximidade do fim do recesso de julho e a realização do Enem, nos dias 3 e 4 de outubro, os professores optaram pela greve para pressionar o governo a resolver a questão salarial o mais rápido possível. Após a assembleia, apesar da forte chuva que caiu ontem, os docentes saíram em passeata rumo ao Palácio do Campo das Princesas. Para entregar a pauta de reivindicação à Casa Civil, paralisaram o trânsito na Ponte Princesa Isabel. A manifestação durou 30 minutos. Suficientes para irritar os motoristas no início da tarde.
Os mais prejudicados com a greve dos professores são os alunos que estão no último ano do ensino médio e participarão do Enem. O teste nacional vai substituir de forma total ou parcial os vestibulares das três universidades federais de Pernambuco. "Entendemos os professores, mas estamos preocupados. A greve pode atrapalhar ainda mais a preparação dos alunos da rede pública para o Enem. Historicamente eles já estão em desvantagem em relação aos estudantes da rede particular", comentou o presidente da Associação de Mães, Pais e alunos das Escolas Públicas de Pernambuco, Manoel Santos.
O fera de biomedicina Deyvidsson Alan Jansen, de 18 anos, teme que a greve vá atrapalhá-lo. "Vou tentar formar grupos de estudo com os colegas ou ver o conteúdo que falta em casa mesmo", reclamou o jovem, aluno do 3º ano da Escola Estadual Sizenando Silveira, na Boa Vista. O lamento tem razão de ser. As notas dos alunos de Escolas públicas chegam a ser 40% menores que as dos alunos da rede privada do estado em exames como o Enem. Os resultados dos últimos anos do Enem estão disponíveis no site www.inep.gov.br.