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terça-feira, 26 de novembro de 2013

RIO DE JANEIRO E ARTE SÃO TEMAS DE BATE-PAPO SOBRE EDUCAÇÃO COM ARTE-EDUCADORA DO MUSEU DE ARTE DO RIO NESTA 3ª


26 de Novembro de 2013

Fonte: Museu de Arte Murilo Mendes

O Encontro de Educadores de Museus do mês de novembro recebe o Museu de Arte do Rio (MAR). Na apresentação desta terça, 26, às 19h, no Museu de Arte Murilo Mendes(Mamm), a assessora pedagógica do MAR, Melina Almada,  apresenta os desafios de um museu recém inaugurado- o MAR tem menos de um ano de existência-  e que tem como proposta integrar acervo museológico à vida cultural da cidade.
Idealizado para atingir principalmente o público pouco habituado a visitar espaços artísticos, o MAR se destaca por trabalhar o binômio “museu e comunidade”, usando  o potencial turístico do Rio de Janeiro a seu favor. “Uma das coisas que pretendo passar é justamente esta perspectiva do museu como um espaço de diálogo com o ambiente externo, a articulação entre exposições, projetos educativos e cenário urbano”, afirma.
A conversa também abordará os diversos programas de formação realizados pela instituição, o principal dentre eles é a “Escola do Olhar”. A atividade promove encontros regulares nos quais o participante é levado a compreender mais profundamente as mostras em exposição e sua conexão com a cidade ao redor.

Ainda de acordo com Melina, outro princípio fundamental que norteia o Educativo do MAR,  é entender o espaço museal como um lugar autônomo para ação do visitante e livre para que ele possa narrar sua experiência.  “A visita é um território amplo de investigação, no qual seus desdobramentos com o público espontâneo em conversas de galerias e ações educativas pode ser interpretada de maneira singular por cada educador. Este é o cerne do que pretendemos passar em nossa conversa”.

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

EDUCAÇÃO E CULTURA

04 de Novembro de 2013

Fonte:Câmara Notícias

A Comissão de Educação da Câmara dos Deputados aprovou proposta que estabelece como disciplinas obrigatórias da educação básica as artes visuais, a dança, a música e o teatro. O texto altera a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB –9.394/96), que, atualmente, entre os conteúdos relacionados à área artística, prevê a obrigatoriedade somente do ensino da música.
Foi aprovado o substitutivo do relator, deputado Raul Henry (PMDB-PE), ao Projeto de Lei 7032/10, do Senado. O texto original determinava a inclusão da música, das artes plásticas e das artes cênicas no currículo das escolas do ensino fundamental.
Henry lembrou que a LDB já previa o ensino das artes nos currículos da educação básica, mas não especificava quais eram as essas "artes". “Era preciso regulamentar isso”, apontou. Ele disse que optou por deixar explícita na lei as linguagens em que há cursos de formação em licenciatura nas universidades brasileiras. “Essa era uma demandas das faculdades de dança, teatro e artes visuais [artes plásticas, fotografia e cinema, entre outras]”, comentou.

Ensino integral
O relator acrescentou que, no momento em que ganha força a ideia da educação em tempo integral, a valorização curricular das diferentes linguagens artísticas contribuirá para a efetivação desse novo modelo de escola.
Para o professor de música Luciano Mendes, o ensino de variadas artes vai facilitar a assimilação de outros conteúdos, além de manter vivo o lado criativo dos alunos. Ele acredita que a inclusão dessas disciplinas não vai tornar o currículo mais pesado. "O estudo da música e de outras artes na escola não precisa ter o mesmo peso das outras matérias. É possível trabalhar o conteúdo de artes de uma maneira que não seja cansativa para o estudante", declarou.
O texto determina um prazo de cinco anos para que as instituições de ensino se adaptem ao novo currículo.
Tramitação
A proposta, aprovada no último dia 16, ainda será analisada, em caráter conclusivo, pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ).

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Empreendedora aposta em `professor-mãe` para ensinar crianças com dificuldades em aprender


POR ADRIANO LIRA - G1 GLOBO.COM - 21/10/2013 - RIO DE JANEIRO, RJ

A professora e terapeuta familiar Elizabeth Polity sempre gostou de ensinar – ainda mais crianças com dificuldades em aprender, e desde uma época em que distúrbios como a dislexia eram vistos de forma preconceituosa pela sociedade. Em 1996, a escola em que Elizabeth trabalhava dispensou todos os alunos com problemas no aprendizado.
Esse comportamento fez com que a professora tomasse coragem, convidasse professores que trabalhavam com ela e criassem uma escola para as crianças preteridas. A ideia deu certo. Desde fevereiro de 1997, Elizabeth é a diretora do Colégio Winnicott, especializado na educação de crianças com dificuldades de aprendizagem causadas por fatores neurológicos, emocionais ou cognitivos, como dislexia, déficit de atenção, síndrome de Down e fobia escolar.
Em 1996, Elizabeth era coordenadora em uma escola convencional, mas que também aceitava crianças com dificuldades. Na época, a mantenedora da instituição foi vendida para um grupo que queria transformar o colégio em um lugar de `alunos de elite`. Por isso, todos aqueles que tinham algum problema foram dispensados. Ao ver as crianças sendo rejeitadas, Elizabeth convidou alguns professores da escola para abrir sua própria instituição. `A primeira reunião que fizemos para criar o Winnicott aconteceu no salão de festas do prédio de um professor. Convidamos os pais dos alunos dispensados e a reação deles foi muito positiva. Foi comovente`, afirma ela.
No dia 2 de fevereiro de 1997, o Winnicott foi aberto no Jardim Paulista, centro expandido de São Paulo. O nome do colégio foi inspirado no pediatra e psicanalista inglês Donald Winnicott. Ele criou o conceito da `mãe suficientemente boa`, aquela que se mostra como um porto seguro ao filho, mas que diminui gradativamente a atenção à criança, a fim de estimular seu desenvolvimento. Tal conceito foi usado por Elizabeth para definir a dinâmica de ensino do Winnicott.
O colégio tem `professores suficientemente bons`, com condições de exigir o melhor dos alunos, mas sem deixar de ser uma figura de segurança para as crianças. `Autores como Freud afirmam que o professor pode atuar como um substituto da figura materna. Com afeto, o professor cria um contexto ainda mais favorável para a aprendizagem`, diz a diretora.
O Winnicott tem hoje 65 alunos, mas o número costuma variar entre 55 e 70 crianças. O ensino aborda todos os anos dos ensinos fundamental e médio. A metodologia de aprendizagem é individualizada, mas alunos com faixa etária e desenvolvimento intelectual semelhantes podem estudar em grupo. Neste caso as salas de aula têm, no máximo, seis crianças.
Apesar de contar com profissionais preparados para o ensino de crianças com dificuldades, Elizabeth afirma que a mensalidade do Winnicott é menor que a de colégios particulares de elite, que não oferecem os recursos de seu colégio. Cada aluno paga R$ 2,5 mil, em média.
Ao contrário do que normalmente se vê no mundo do empreendedorismo, a expansão do Winnicott não é a maior prioridade de Elizabeth. `Um número maior de alunos prejudicaria o acompanhamento individual dos alunos, que é de extrema importância para nós`, afirma ela.
Por fim, a diretora do Winnicott deixa uma mensagem para os pais de crianças com alguma dificuldade em aprender. `Apesar de muita coisa ter mudado, ainda há muita gente que não entende as dificuldades desses alunos. Peço para que os pais não sejam preconceituosos. Que abram a mente, pois essas crianças são absolutamente normais e têm muito a contribuir.`

Ser Educacional tenta reverter decisão da CVM sobre IPO


BETH MOREIRA - AGENCIA ESTADO - O ESTADO DE SÃO PAULO - 21/10/2013 - SÃO PAULO, SP

O Grupo Ser Educacional publica, nesta segunda-feira, 21, comunicado ao mercado nos jornais, informando que está tomando todas as medidas necessárias visando a revogação da decisão da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que suspendeu, pelo prazo de até 30 dias, a oferta pública inicial de ações (IPO, em inglês) do grupo. A empresa informa ainda novo cronograma estimado da oferta, com fixação do preço por ação em 25 de outubro.
Entre as medidas tomadas está a alteração na seção da fatores de risco da oferta para inclusão dos efeitos de possível perda ou redução das políticas de financiamento e/ou benefícios fiscais. A empresa explica que o Prouni, institucionalizado pela Lei n.º 11.096/05, tem como finalidade a concessão de bolsas de estudos integrais e parciais a estudantes de baixa renda, em cursos de graduação e tecnológicos, em instituições privadas de educação superior, oferecendo, em contrapartida, isenção de alguns tributos federais às instituições que aderirem ao programa.
Adicionalmente, informa, alguns de seus alunos utilizam o Fies, programa criado pelo MEC, operacionalizado pela Caixa Econômica Federal, destinado a financiar estudantes de baixa renda, em cursos de graduação e tecnológicos, em instituições privadas de educação superior.
`Caso o governo federal decida extinguir ou reduzir os benefícios do Prouni e do Fies, ou caso não consigamos cumprir os requisitos para utilização do Prouni e, no caso do Fies, os alunos não consigam cumprir os requisitos para sua utilização ou o governo alongue os prazos dos reembolsos ou mude a regra de maneira adversa, nossos resultados operacionais poderão ser afetados e poderemos ser compelidos a pagar os tributos a que somos isentos atualmente e ter redução de receita em função da redução de captação de alunos oriundos do Fies`, informa. Adicionalmente, a empresa destaca que tem um sistema de crédito educativo (Educred) próprio que responde por 0,76% dos seus alunos. `Caso haja aumento de inadimplência nesse programa nossos resultados operacionais poderão ser negativamente afetados`, afirma.
A empresa explica que, em 12 de setembro de 2013, a Receita Federal publicou a Instrução Normativa nº 1.394, que revogou a Instrução Normativa nº 456, de 5 de outubro de 2004, que regulamenta a Lei n.º 11.096/05. A nova instrução, destaca, trouxe novas disposições em relação às isenções fiscais instituídas pelo Prouni, em especial ao cálculo de referidas isenções.
Conforme a empresa, a nova instrução, que passa a produzir efeitos a partir de 1º de janeiro de 2014, a isenção fiscal obtida pelas instituições privadas de ensino superior signatárias do Prouni será calculada com base na `proporção da ocupação efetiva das bolsas devidas`. De modo a obter a `proporção da ocupação efetiva das bolsas devidas`, deverá ser realizado um cálculo que corresponde à relação entre o valor total das bolsas efetivamente preenchidas e o valor total das bolsas devidas.
Adicionalmente, a instrução desconsidera, para fins do cálculo da isenção relativa ao IRPJ e à CSLL, os valores do adicional do IRPJ e da CSLL. `A aplicação das regras da instrução poderá resultar em uma redução do valor da isenção fiscal obtida e, assim, afetar adversamente nossos resultados`, reitera.
Cronograma
A empresa informa ainda novo cronograma estimado da oferta, com encerramento do procedimento de bookbuilding e fixação do preço por ação em 25 de outubro. O início do prazo de exercício da opção de ações suplementares ocorre no mesmo dia. O início da negociação das ações na BM&FBovespa, sob o código `SEER3`, está previsto para o dia 29 do mesmo mês, com data de liquidação em 31. O encerramento do prazo de exercício da opção de ações suplementares ocorre em 22 de novembro e a data máxima de liquidação em 27 do mesmo mês.
A oferta primária e secundária da Ser Educacional compreende 30,7 milhões de ações no Novo Mercado. Considerando os lotes extras, a oferta poderá chegar a até R$ 976,465 milhões. O Grupo Ser Educacional tinha informado no prospecto que pretendia usar 70% do valor captado para fazer aquisições. A companhia diz ter identificado mais de 40 cidades nas regiões Nordeste e Norte com potencial para receber unidades do grupo. Hoje, a rede tem 23 unidades e 76 mil alunos matriculados.

domingo, 20 de outubro de 2013

Faltou planejamento para a saúde, diz Eduardo Campos

FRANCISCO CARLOS DE ASSIS - AGÊNCIA ESTADO - O ESTADO DE SÃO PAULO - 20/10/2013 - SÃO PAULO, SP

O governador de Pernambuco e virtual candidato à Presidência de República (PSB), Eduardo Campos, disse há pouco que `se o Brasil hoje importa médicos, é porque ontem não viu a necessidade de organizar um planejamento estratégico na formação de recursos humanos para assistir os brasileiros do Sertão, Pantanal, da Amazônia e das fronteiras com o Uruguai`.
A crítica do pernambucano foi ouvida por cerca de 2 mil professores e estudantes de medicina, de todo o País, durante a abertura oficial do 51º Congresso Brasileiro de Educação Médica (Cobem), no Centro de Convenções de Pernambuco, no Recife.
`Nós precisamos reconhecer publicamente que o Brasil falhou no planejamento da formação de pessoas para uma área essencial à expressão da cidadania brasileira`, emendou Campos. Segundo ele, é preciso que se adote no País um planejamento estratégico para `vencer os gargalos e consolidar, efetivamente, no Brasil o Sistema Único de Saúde (SUS) como um direito da cidadania brasileira`.
`Entendo que o diálogo que será travado neste congresso tem como diretriz colocar, de um lado, as necessidades sociais e, do outro, as tecnologias que precisam ser aprimoradas, para responder a um modelo que precisa de inovação, sim. Precisa da formação de mais brasileiros para a área da saúde, não apenas aqueles que vão fazer medicina, mas todos os outros cursos`, provocou o governador de Pernambuco.
O congresso, que segue até a próxima terça-feira (22), tem como tema central `Desafios na Educação Médica: Necessidades Sociais e Avanços Tecnológicos`. Na pauta dos debates, os aspectos atuais e o futuro da educação médica na graduação e pós-graduação, discutindo, entre outros assuntos, a profissionalização docente e o impacto das Diretrizes Curriculares Nacionais nas escolas e na comunidade. As informações são da assessoria de imprensa do governador Eduardo Campos.

Enem atrai quem há muito saiu da escola


MARINA AZAREDO, VICTOR VIEIRA E ANGELA LACERDA - O ESTADO DE SÃO PAULO - 20/10/2013 - SÃO PAULO, SP

A quantidade de inscritos no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) pulou de 4,03 milhões para 7,11 milhões entre 2009 e 2013, mas poucos candidatos extras vêm direto da educação básica.
Embora avaliar o ensino médio fosse o objetivo da prova, quando criada, há 15 anos, 77% dos candidatos desta edição já estão fora da escola. Útil para vários objetivos - como vestibular de instituições públicas, acesso a bolsas em particulares, diploma de ensino médio e intercâmbio pelo Ciência sem Fronteiras - a prova tem atraído cada vez mais pessoas fora do grupo de concluintes do ensino médio.
Com dois filhos e dois netos, Brivaldo Maciel sequer passou pelo 3.º ano. Aos 57 anos, vai fazer o Enem para conseguir o certificado do ensino médio. Motorista de ônibus por mais de 20 anos, parou há dois anos para poder completar os estudos. Seu sonho é ser aprovado no exame e fazer o curso de Direito. Se não passar, pretende tentar de novo em 2014.
`Não tenho problema para desenvolver uma ideia, mas me enrolo com gramática`, reconheceu ele, que divide o tempo entre biscates e aulas em um centro de educação para jovens e adultos no Recife. Um dos mais velhos da turma, e ganhou o apelido de `coroa` e `veinho`.
Mariana Araújo, de 21 anos, acreditava que a fase de vestibulares havia ficado para trás quando entrou na Universidade Federal do Espírito Santo, em 2010. A situação mudou em junho deste ano, quando a jovem, que cursa Engenharia Civil, soube que o Enem se tornou obrigatório para o Ciência sem Fronteiras, que dá bolsas a alunos de graduação e pós no exterior.
Sem opções, após recorrer ao Ministério da Educação e à Justiça, ela fará o exame para tentar a viagem ao Reino Unido. `É difícil estudar porque tenho faculdade e estágio. Comecei há poucos dias.` Para ela, as dificuldades são Biologia e Geografia, que usa pouco na faculdade.
Direto da escola. Já a estudante Aracelles Medrado, de 16 anos, pretende emendar o 3.º ano do ensino médio com o curso de Medicina em uma instituição pública. Com o Enem, ela concorre a vagas nas federais de Minas e Bahia pelo Sistema de Seleção Unificada, além de tentar Unicamp, USP e Unesp, que usam vestibulares próprios. `Os professores dão dicas sobre cada prova, mas não há tanta diferença em relação a conteúdo`, diz. Nas últimas semanas, tem dedicado duas horas diárias aos livros, além do dia ocupado por aulas.
Beatriz Pereira, de 17 anos, preferiu rotina menos pesada. Além de não fazer o pré-Enem oferecido pela escola, a adolescente tira folga dos livros aos sábados. Interessada em um curso de gastronomia em instituição privada, acredita que deve ter menos dificuldades que os colegas que tentam universidades públicas disputadas. `Ano passado eu fiz como treineira e tirei boa nota.`
O caso de Beatriz não é isolado. Com a disseminação de treineiros, é fácil encontrar veteranos entre quem mal concluiu o ensino médio. Fazendo a prova pela segunda vez, Antonio Nogueira Neto, de 16 anos, de Altamira, no Pará, pretende ingressar em algum curso de Engenharia da Universidade Federal do Ceará, em Fortaleza, onde mora parte da família. Caso não consiga, o jovem tentará vaga pelo Programa Universidade para Todos (ProUni) do governo federal, que dá bolsas em instituições privadas.
Dicas. Na reta final, a especialista em educação Andrea Ramal recomenda fazer edições antigas do Enem para ficar mais acostumado com o formato da prova. Para quem se desdobra em vários processos seletivos, ela diz que é preciso priorizar o de mais interesse. `Mas, de modo geral, se estuda bem para um, está preparado para os outros`, afirma Andrea.

sábado, 19 de outubro de 2013

Projeto quer levar energia elétrica para 66 mil escolas da América Latina

MARCELLE SOUZA - UOL EDUCAÇÃO - 19/10/2013 - SÃO PAULO, SP

Um levantamento feito pela OEI (Organização dos Estados Ibero-americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura) aponta que 66.707 escolas da América Latina não possuem energia elétrica. Em geral, as unidades ficam em locais de difícil acesso e parte delas atende a crianças de comunidades rurais, indígenas, quilombolas ou ribeirinhas.
O mapeamento faz parte do projeto Luzes para Aprender, da OEI, que pretender levar energia elétrica e computadores com internet para essas escolas até 2014. Até agora, 200 unidades da Colômbia, Peru, El Salvador, Honduras, Paraguai e República Dominicana já receberam os equipamentos, que serão usados por 5.400 estudantes. Os próximos países atendidos serão Argentina e Uruguai.
`O fornecimento de energia elétrica tem permito a incorporação da tecnologia na sala de aula. Com isso, o projeto pretende contribuir para a melhora da qualidade educativa e a redução da exclusão digital`, afirma Angélica Páez, coordenadora do projeto.
O objetivo, segundo a organização, é aumentar o acesso à educação pública de qualidade e oferecer melhores oportunidades a esses estudantes. A OEI afirma que existem mais de três milhões de crianças fora da escola na América Latina.
Brasileiros sem luz
Segundo o Inep, existem 10.036 escolas de ensino fundamental sem energia elétrica no Brasil, o que corresponde a 6,93% do total, com 260.278 alunos matriculados. Os dados são do Censo da Educação Básica de 2012 e são os mais recentes disponíveis. Há ainda 35 escolas de ensino médio sem luz (0,12% do total), que atendem a 3.673 estudantes.
O Brasil, porém, não deve receber as placas de energia solar e os computadores do programa. Segundo Páez, o Ministério da Educação informou que o programa Luz para Todos, do governo federal, se encarregará de levar energia para as escolas que ainda não possuem.
Em nota, o Ministério de Minas e Energia disse que as escolas da zona rural que ainda não têm energia elétrica serão atendidas até dezembro de 2014. `Conforme o programa vai chegando às comunidades, os domicílios e as escolas que ainda não dispõe de energia elétrica serão atendidos`, afirma o órgão.
A primeira vez
O primeiro passo do Luzes para Aprender é instalar placas de energia solar e o sistema elétrico na escola. Em seguida, chega o computador (ao menos um por estabelecimento) e a internet. Pessoas da comunidade são capacitadas para a manutenção dos equipamentos. Os professores, por sua vez, recebem treinamento para saber como usar as novas ferramentas em sala de aula.
`Desenvolve-se um componente de formação docente e fortalecimento da comunidade para garantir a apropriação dos recursos tecnológicos fornecidos e a sustentabilidade do projeto`, diz a coordenadora.
O custo do sistema é de aproximadamente 4.800 dólares (R$ 10.444) por escola, o que inclui o valor da instalação, dos computadores e da capacitação de professores e da comunidade. O financiamento vem de governos, ministérios da Educação, Energia e/ou Comunicações, assim como de empresas privadas.
A partir daí, os protagonistas são os alunos, que pouco a pouco descobrem, com curiosidade e surpresa, as ferramentas de um computador e a infinidade de informações e de imagens disponíveis da internet.

Como é corrigida a redação no Enem? Veja o que pode e o que não pode

DA REDAÇÃO - TERRA EDUCAÇÃO - 19/10/2013 - SÃO PAULO, SP

Após textos com receita de macarrão e até hino de futebol terem recebido nota razoável na edição de 2012 do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), o Ministério da Educação (MEC) mudou regras e aumentou o rigor na correção dos textos. Com base nas orientações apresentadas pelo órgão no Guia do Participante 2013, o Terra apresenta as principais orientações sobre como é feita a correção da redação e como evitar surpresas desagradáveis na prova, principalmente a nota zero.
Quem vai avaliar a redação?
O texto produzido por cada candidato será revisado por pelo menos dois avaliadores, de forma independente, sem que um conheça a nota do outro.
Como será atribuída a nota na redação?
Cada avaliador atribuirá uma nota entre 0 e 200 pontos para cada uma das cinco competências da redação, e a soma desses pontos comporá a nota total de cada avaliador, que pode chegar a 1000 pontos. A nota final será a média aritmética das notas totais atribuídas pelos dois avaliadores.
Quais são as cinco competências?
1: Demonstrar domínio da modalidade formal da língua portuguesa (para a nota máxima nesse quesito, desvios gramaticais serão aceitos somente como excepcionalidade).
2: Compreender a proposta de redação e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo em prosa.
3: Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista.
4: Demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação.
5: Elaborar proposta de intervenção para o problema abordado, respeitando os direitos humanos.
E se houver discrepância na nota dos dois avaliadores?
Considera-se discrepância quando eles divergirem em mais de 100 pontos na nota total ou quando a diferença for de mais de 80 pontos em uma das competências. Quando isso acontecer, a redação será avaliada por um terceiro corretor. A nota final será a média aritmética das duas notas que mais se aproximarem.
Caso ainda permaneça discrepância, a redação será avaliada por uma banca composta por três professores, que definirá a nota final.
Quais as razões para a nota 0?
Fuga total ao tema; não obediência à estrutura dissertativo-argumentativa (texto em prosa); texto com até sete linhas; impropérios, desenhos e outras formas propositais de anulação ou parte do texto deliberadamente desconectada do tema proposto (neste quesito passou a contar como nota zero os casos como os do ano passado, de receita de macarrão e hino de futebol); desrespeito aos direitos humanos; e folha de redação em branco.
Fique atento:
- Para a contagem do mínimo de linhas, a cópia parcial dos textos motivadores ou de questões objetivas do caderno de prova acarretará a desconsideração do número de linhas copiadas.
- A redação deve ser escrita com letra legível, caso contrário não poderá ser avaliada.
- O título é um elemento opcional e será considerado como linha escrita.
- A implantação definitiva do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa deveria ocorrer no Brasil a partir de 1º de janeiro de 2013. No entanto, um novo decreto ampliou o período de transição até 31 de dezembro de 2015. Até lá, coexistirão a norma ortográfica atualmente em vigor e a nova norma estabelecida por meio do acordo.

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Ruanda aposta em tecnologia para superar passado e se transformar


BBCBRASIL.COM - TERRA EDUCAÇÃO - 18/10/2013 - SÃO PAULO, SP

Olive Uwineza, 12 anos, sonha em se tornar presidente quando crescer. Ela estuda em uma sala de aula com outros 30 alunos, em uma escola primária de alta tecnologia em Kigali, Ruanda.
Cada estudante tem um laptop, que usa animações para tornar as aulas mais divertidas.
As matérias favoritas de Olive são matemática e ciências, e ela acha que seria `muito difícil fazer as lições` sem o computador.
Cinco anos atrás, o projeto Um Laptop por Criança (OLPC, na sigla em inglês) foi lançado na escola de Olive, com apoio do governo e de ONGs. Desde então, 200 mil computadores portáteis foram distribuídos em mais de 400 escolas do pequeno país do leste africano.
A infraestrutura da escola de Olive também melhorou - foi modernizada com conexão wi-fi e softwares adaptados ao currículo escolar.
O projeto é um dos pilares da iniciativa Visão de Ruanda para 2020, que tem a ambiciosa meta de transformar o país em um de economia baseada em tecnologia, semelhante ao papel desempenhado por Cingapura no leste asiático.
Genocídio
Ruanda é mais conhecida pelo genocídio de 1994, em que integrantes da etnia hutu massacraram cerca de 1 milhão de pessoas - a maioria da etnia tutsi, mas também hutus contrários à carnificina.
Superar o genocídio e cicatrizar as feridas do país é uma das motivações do atual presidente, Paul Kagame, com o projeto 2020. Em entrevista à BBC, ele argumenta que o melhor acesso à informação poderia ter dado outras possibilidades políticas a Ruanda.
Diz, também, que a transformação do país em um polo tecnológico regional pode ajudar os ruandeses a `obter (melhores) empregos, alimentar suas famílias e reconquistar sua dignidade`.
Ruanda cresceu mais de 7% no ano passado, e reformas governamentais têm estimulado investimentos estrangeiros. O Banco Mundial colocou o país como o terceiro melhor `para fazer negócios` na África Subsaariana.
Mas essas conquistas estão ameaçadas por recentes tensões diplomáticas com doadores, já que o país está sendo acusado de ajudar a treinar soldados mirins na vizinha República Democrática do Congo - acusações estas negadas pelo governo.
Em outubro, os EUA impuseram sanções contra Ruanda, algo que deve abalar a capacidade do governo em atrair apoio econômico externo para a iniciativa 2020.
Comunicações
Por enquanto, porém, os projetos continuam.
Clare Akamanzi é a executiva-chefe do Conselho de Desenvolvimento de Ruanda, criado para transformar a Visão para 2020 em programas tangíveis.
A meta, diz ela, é se tornar um país de renda média em 2020 e `evoluir de uma economia agrícola para uma baseada em conhecimento, sobretudo de alto valor agregado`.
Neste ano, foi assinado um acordo com a empresa Korea Telecom para oferecer tecnologia 4G ao redor do país, com investimento estrangeiro de US$ 140 milhões.
O Estado instalou 3 mil quilômetros de cabos de fibra ótica nos últimos quatro anos e quer que a tecnolgia 4G ajude a melhorar a deficiente comunicação fora da capital Kigali.
`(Também) instalamos telecentros e pontos de serviço - infraestruturas comunitárias onde colocamos computadores`, diz Akamanzi.
Olive Uwineza, 12 anos, sonha em se tornar presidente quando crescer. Ela estuda em uma sala de aula com outros 30 alunos, em uma escola primária de alta tecnologia em Kigali, Ruanda.
Cada estudante tem um laptop, que usa animações para tornar as aulas mais divertidas.
As matérias favoritas de Olive são matemática e ciências, e ela acha que seria `muito difícil fazer as lições` sem o computador.
Cinco anos atrás, o projeto Um Laptop por Criança (OLPC, na sigla em inglês) foi lançado na escola de Olive, com apoio do governo e de ONGs. Desde então, 200 mil computadores portáteis foram distribuídos em mais de 400 escolas do pequeno país do leste africano.
A infraestrutura da escola de Olive também melhorou - foi modernizada com conexão wi-fi e softwares adaptados ao currículo escolar.
O projeto é um dos pilares da iniciativa Visão de Ruanda para 2020, que tem a ambiciosa meta de transformar o país em um de economia baseada em tecnologia, semelhante ao papel desempenhado por Cingapura no leste asiático.
Genocídio
Ruanda é mais conhecida pelo genocídio de 1994, em que integrantes da etnia hutu massacraram cerca de 1 milhão de pessoas - a maioria da etnia tutsi, mas também hutus contrários à carnificina.
Superar o genocídio e cicatrizar as feridas do país é uma das motivações do atual presidente, Paul Kagame, com o projeto 2020. Em entrevista à BBC, ele argumenta que o melhor acesso à informação poderia ter dado outras possibilidades políticas a Ruanda.
Diz, também, que a transformação do país em um polo tecnológico regional pode ajudar os ruandeses a `obter (melhores) empregos, alimentar suas famílias e reconquistar sua dignidade`.
Ruanda cresceu mais de 7% no ano passado, e reformas governamentais têm estimulado investimentos estrangeiros. O Banco Mundial colocou o país como o terceiro melhor `para fazer negócios` na África Subsaariana.
Mas essas conquistas estão ameaçadas por recentes tensões diplomáticas com doadores, já que o país está sendo acusado de ajudar a treinar soldados mirins na vizinha República Democrática do Congo - acusações estas negadas pelo governo.
Em outubro, os EUA impuseram sanções contra Ruanda, algo que deve abalar a capacidade do governo em atrair apoio econômico externo para a iniciativa 2020.
Comunicações
Por enquanto, porém, os projetos continuam.
Clare Akamanzi é a executiva-chefe do Conselho de Desenvolvimento de Ruanda, criado para transformar a Visão para 2020 em programas tangíveis.
A meta, diz ela, é se tornar um país de renda média em 2020 e `evoluir de uma economia agrícola para uma baseada em conhecimento, sobretudo de alto valor agregado`.
Neste ano, foi assinado um acordo com a empresa Korea Telecom para oferecer tecnologia 4G ao redor do país, com investimento estrangeiro de US$ 140 milhões.
O Estado instalou 3 mil quilômetros de cabos de fibra ótica nos últimos quatro anos e quer que a tecnolgia 4G ajude a melhorar a deficiente comunicação fora da capital Kigali.
`(Também) instalamos telecentros e pontos de serviço - infraestruturas comunitárias onde colocamos computadores`, diz Akamanzi.
E ônibus acoplados com salas de aula passaram a circular pelo país ensinando informática à população rural.
Resistência
Mas as novas tecnologias ainda não funcionam para todo o mundo.
Em um mercado nos arredores de Kigali, comerciantes compram grãos de agricultores locais.
Em 2007, esses agricultores receberam um aplicativo de celular, chamado e-Soko, criado para facilitar esse comércio por meio de mensagens de texto automáticas com os preços dos grãos.
Não funcionou: muitos agricultores dizem preferir o estilo tradicional de negociação cara a cara.
`Com o e-Soko (...) os preços não eram confiáveis`, diz o agricultor Jean Baptiste Nzabamwita. `(Com a interação) podemos pechinchar.`
Esse é um pequeno exemplo de como a sociedade pode resistir a mudanças tecnológicas.
Ruanda ainda é, em grande parte, um país rural. Por isso, tentativas de modernizar a economia terão de levar em conta o ritmo da população.
O governo diz estar ciente da brecha tecnológica em grande parte de Ruanda, mas Kagame alega que sua população começa a ser `recompensada pelo progresso`.

`Saí da escola no 2º colegial. Usarei o Enem para ter o diploma do Ensino Médio`


JULIA CAROLINA - IG ÙLTIMO SEGUNDO - 18/10/2013 - SÃO PAULO, SP

“Parei de estudar no 2º ano do Ensino Médio, em 2011. A minha mulher, na época namorada, ficou grávida e eu passei a ter outras prioridades”, lembra Marcelo Ristam, 19 anos. Apesar da resistência que enfrentou dos tios-avós, com quem morava na época, ele saiu de casa e começou a trabalhar. Agora, decidiu que era hora de voltar a pensar nos estudos.
Neste ano, para conseguir o certificado de conclusão do Ensino Médio, Ristam vai se juntar aos mais de sete milhões de candidatos que vão prestar o Enem nos dias 26 e 27 de outubro. “O exame vai me ajudar em duas questões: conseguir o certificado e também ingressar em uma universidade. E o meu maior suporte é meu filho”, diz.
Ristam não é exceção. De acordo com os dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), entre os candidatos ao Enem deste ano, mais de 784 mil fizeram inscrição para tirar o certificado, o que corresponde a cerca de 10% do total.
Para pedir a certificação de conclusão do Ensino Médio, de acordo com o Ministério da Educação (MEC), o candidato deve ter ao menos 18 anos até a data da primeira prova e conseguir o seguinte rendimento na avaliação: 450 pontos em cada uma das áreas de conhecimento da prova e tirar ao menos 500 pontos na redação.
A jovem Ohanna Jade do Amaral, de 19 anos, está fazendo cursinho para atingir esse porcentual de acertos e conseguir seu diploma. Ela saiu da escola em 2011, quando reprovou no 1º ano do Ensino Médio.
“Depois que os meus pais se separaram, eu mudei de colégio. Acabei tendo problemas com os outros alunos, sofri bullying e briguei muito. Então, quando repeti de ano, acabei decidindo, junto com a minha mãe, sair do colégio por um tempo”, lembra. Nessa época em que ficou sem estudar, Ohanna terminou o curso de inglês e fez um curso técnico de hotelaria e turismo em Santo André, no Grande ABC, onde mora.
Seu maior desejo, conta, é entrar na Universidade de São Paulo (USP). “Quero prestar vestibular para História. Vou tentar este ano já, mas acredito que as datas do certificado e dos vestibulares não vão bater. Então devo fazer mais um ano de cursinho”, explica.
O Enem também deve mudar a vida do torneiro mecânico Darlei Alves Bezerra, de 30 anos. Para conquistar seu objetivo, a rotina é pesada: trabalha das 7h30 às 17h, à noite vai a um cursinho pré-vestibular e, depois, corre para casa para ficar com a mulher e o filho. Pai de um bebê de oito meses, Bezerra decidiu que este era o ano para voltar à sala de aula e finalmente conquistar o certificado de conclusão de curso.
Bezerra conta que chegou a terminar o Ensino Médio em Tocantins, onde cresceu, mas veio logo em seguida para São Paulo e não conseguiu pegar o certificado de conclusão.
O coordenador do cursinho da Poli, Gilberto Alvarez, o Giba, diz que percebe com o passar dos anos o aumento de adultos que procuram pelos cursos pré-vestibular e lembra que um dos motivos é exatamente para conseguir o certificado. “Com o Enem, há novas possibilidades para essas pessoas”.

Alunos bloqueiam entrada de campus em protesto na USP


DA REDAÇÃO - TERRA EDUCAÇÃO - 18/10/2013 - SÃO PAULO, SP
Alunos da Universidade de São Paulo (USP) bloqueiam a entrada do campus da universidade na manhã desta sexta-feira. Com cartazes e faixas em frente ao portão principal da Cidade Universitária, eles pedem negociação com o reitor, João Grandino Rodas - que, acusado de falta de diálogo com estudantes, na quarta-feira faltou a uma audiência sobre a ocupação da reitoria da instituição. Apesar do protesto, a entrada está liberada e os alunos passam normalmente pelo portão.
A reitoria da instituição está sendo ocupada desde o dia 1º de outubro. Os manifestantes reivindicam água e luz para aqueles que invadiram a reitoria e eleições diretas para reitor e vice-reitor na instituição. Em nota, a USP informou que o reitor designou uma comissão para `dar continuidade às conversações com os segmentos da comunidade universitária`.
A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) solicita aos motoristas que evitem circular pela região da Cidade Universitária, uma vez que o bloqueio dos portões da USP impede a utilização do local como passagem de veículos. De acordo com a CET, agentes de trânsito estão acompanhando a manifestação e orientando os usuários.
Ocupação na reitoria
A ocupação da reitoria foi feita no dia 1º de outubro como forma de protesto pelo modelo de escolha do reitor da universidade. Um dos pontos mais criticados por alunos e funcionários é a lista tríplice, sistema pelo qual os nomes dos três candidatos mais votados são enviados ao governador do Estado, que decide quem será o reitor. Os alunos também cobram paridade entre eleitores na escolha do reitor. Atualmente, o pleito ocorre por meio de colégios eleitorais - representados majoritariamente por professores titulares.
Eles ainda criticam a presença da Polícia Militar dentro do campus da universidade e exigem que a segurança dos alunos seja feita por uma guarda comunitária.
Após a USP entrar com um pedido de reintegração de posse do prédio, a Justiça determinou a realização de uma audiência de conciliação entre alunos, funcionários, professores e representantes da universidade na semana passada. Como não houve acordo, foi estabelecido um prazo de 60 dias para que a reitoria e os manifestantes estabeleçam o diálogo.

Governo de SP antecipa férias de meio do ano para coincidir com Copa

FÁBIO TAKAHASHI - FOLHA DE SÃO PAULO - 18/10/2013 - SÃO PAULO, SP

A Secretaria Estadual da Educação decidiu antecipar as férias de meio de ano de suas escolas em 2014, para que coincidam com o período da Copa do Mundo.
Tradicionalmente marcado para o início do mês de julho, o período de recesso começará em 12 de junho e terminará em 11 de julho.
Cerca de 4,3 milhões de estudantes de São Paulo estão na rede rede estadual.
De acordo com a Secretaria da Educação, a ideia é que a presença dos alunos às aulas não sofra interferência dos jogos.
A medida também pode ajudar na mobilidade na capital paulista, onde estão previstas seis partidas.
O calendário deverá balizar as redes municipais e particular do Estado.
Lei federal chegou a exigir que todas as escolas marcassem as férias de meio de ano para o período da Copa, mas o Ministério da Educação publicou regra que deixa a decisão a cargo dos colégios.
A Secretaria Estadual da Educação definiu ainda que o início das aulas será em 27 de janeiro -tradicionalmente é em 1º de fevereiro.

Instituições se articulam contra IR mais alto


DAYANNE SOUSA - O ESTADO DE SÃO PAULO - 18/10/2013 - SÃO PAULO, SP

As instituições privadas de ensino preparam uma estratégia para que não entre em vigor uma instrução normativa da Receita Federal que na prática eleva a cobrança de Imposto de Renda para as companhias que participam do Programa Universidade para Todos (Prouni). A medida provocou reação negativa às ações de empresas de educação listadas em bolsa.
A instrução foi publicada há mais de um mês, mas abalou agora a confiança de investidores sobre o setor de educação brasileiro. Na opinião de analistas que não quiseram se identificar, um `mau humor` tomou conta do mercado uma vez que investidores consideraram este como um primeiro sinal de que o setor de educação não está protegido de intervenções negativas por parte do governo.
Em teleconferência de agosto, o presidente da Kroton, Rodrigo Galindo, a afirmou que a empresa vê espaço para que até 50% de sua receita venha de fontes ligadas aos programas do governo. Hoje, essa exposição é de 30%, segundo ele.
A Associação Nacional de Universidades Particulares (Anup) informou que prepara ações para evitar que a medida da Receita entre em vigor. A instrução normativa 1.394, de 12 de setembro, alterou o cálculo dos impostos, o que resultaria numa elevação de 10% do Imposto de Renda para as instituições de ensino já em janeiro de 2014.
De acordo com o diretor jurídico da Anup, Alexandre Melão, a entidade ainda estuda como contestar a medida, mas deve orientar as empresas a entrarem com pedidos de liminar em diversos municípios. Os pedidos devem ser feitos na próxima semana e o advogado crê ser possível obter as liminares até o fim de novembro.
Em relatório, os analistas da Brasil Plural calculam que, se a elevação de Imposto de Renda de fato vigorar, o preço-alvo para Anhanguera, Kroton e Estácio seria reduzido em cerca de 10%. Analistas, porém, acreditam que a regra da Receita não deve vingar. `É razoável assumir que as companhias serão capazes de manter legalmente a isenção em 2014`, concluíram os analistas do Itaú BBA, Thiago Macruz e Felipe Cruz.

PF faz operação em 14 Estados contra diplomas falsos de medicina


DA REDAÇÃO - TERRA EDUCAÇÃO - 18/10/2013 - SÃO PAULO, SP

Policiais federais participam na manhã desta sexta-feira da Operação Esculápio em 14 Estados: Mato Grosso, Acre, Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Paraná, Paraíba, Pernambuco, Rondônia, Rio Grande do Sul e São Paulo. A ação combate um esquema de uso de diplomas e documentos falsos de medicina no País.
Ao todo, foram cumpridos 41 mandados de busca e apreensão expedidos pela 7ª Vara Criminal da Justiça Federal de Mato Grosso. De acordo com o delegado responsável pela investigação, Guilherme Augusto Campos Torres Nunes, a denúncia foi feita pela Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT). `São diplomas que foram comprados na Bolívia e seriam usados para a pessoa clinicar no Brasil e há a suspeita de que alguns teriam solicitado o ingresso no Mais Médico`, informou, explicando que o programa do governo federal não autoriza o ingresso de profissionais formados na Bolívia.
Os detentores dos diplomas falsos teriam se inscrito no Revalida - exame que autoriza a atuação de médicos graduados no exterior no País. Em contato com as universidades bolivianas Universidad Nacional Ecológica (UNE), Universidad Técnico Privada Cosmos (Unitepc) e Universidad Mayor de San Simon (UMSS), a UFMT confirmou que dentre os inscritos, 41 nunca foram alunos ou não concluíram a graduação nessas instituições.
Ao analisar os documentos encaminhados pela universidade mato-grossense, a Polícia Federal constatou que, destes 41, 29 foram representados por cinco advogados ou despachantes, que teriam sub-rogado outras pessoas para realizar a inscrição dos supostos médicos. Os investigados responderão pelos crimes de uso de documento falso e falsidade ideológica. `O próximo passo vai ser interrogar e juntar a documentação para indiciá-los por falsidade e identificar o fraudador na Bolívia com base nos interrogatórios que estamos fazendo, para em seguida acionarmos as autoridades cabíveis`, completou Nunes.
A operação foi batizada em razão de que Esculápio é o Deus da medicina e da cura na mitologia greco-romana.

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Cade fará nova análise da fusão Kroton-Anhanguera


LUCI RIBEIRO - AGENCIA ESTADO - O ESTADO DE SÃO PAULO - 17/10/2013 - SÃO PAULO, SP

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) poderá pedir um prazo maior para a análise da fusão entre Kroton e Anhanguera, estimado inicialmente em 330 dias. A fusão foi anunciada em abril deste ano. A possibilidade de ampliação do prazo está informada em despacho publicado no Diário Oficial da União (DOU) desta quinta-feira, 17. No documento, o órgão considera `complexo` o negócio entre os dois grupos e determina a realização de `diligências` adicionais sobre a operação.
Segundo o Cade, as análises complementares pretendem obter novas informações e entender melhor - com dados do Ministério da Educação e com as próprias empresas - as condições de entrada e rivalidade no mercado de graduação a distância (EAD).
A fusão entre Kroton e Anhanguera vai resultar em uma gigante do setor com cerca de um milhão de alunos e valor de mercado de R$ 12 bilhões. A nova empresa terá aproximadamente 15% de todos os alunos de ensino superior do País e está sendo considerada no mercado como a maior instituição privada de educação do mundo.

Universidades paulistas resistem ao Enem; veja como cada uma usa a nota do exame


JULIA CAROLINA - IG ÚLTIMO SEGUNDO - 17/10/2013 - SÃO PAULO, SPIG ÚLTIMO SEGUNDO - 17/10/2013 - SÃO PAULO, SP

Apesar de o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) vir ganhando mais adeptos ano após ano - em 2013 todas as federais do País vão usá-lo em seu processo seletivo, além das centenas de instituições particulares - as três instituições estaduais paulistas continuam mostrando resistência ao exame.
Desde 2009 (Fuvest 2010), a Universidade São Paulo (USP) não usa mais a nota do Enem. A decisão naquele ano ocorreu depois que a prova vazou, o que inviabilizou a utilização dos resultados no vestibular. Após esse ano, o Enem nunca mais voltou a ser usada na nota da primeira fase do vestibular.
A Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) também chegou a rejeitar o Enem em 2009 e 2010, alegando que as datas do exame impediam o aproveitamento da nota. Em 2011, porém, a universidade voltou a aceitar a avaliação. Atualmente, as questões do Enem (menos a redação) compõem a 1ª fase do vestibular da instituição. Os acertos no Enem podem contribuir com 20% da nota e só são considerados quando melhora essa pontuação.
Já a Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp) usa a pontuação para composição da nota final dos candidatos. Para aqueles que, no Enem, conseguiram melhor rendimento do que obtiveram na 1.ª fase do vestibular, a nota do exame é que é considerada no resultado final.
Mateus Prado acredita que essa “resistência” de usar o Enem como processo de seleção deve ter mais a ver com o contexto político nacional do que com os problemas registrados na prova, já que o Enem é um exame do MEC, logo, do governo federal.
“O motivo é político. Se o candidato apoiado pelo governo federal fosse eleito governador, as universidades aceitariam o Enem de outro modo. E só ver como as federais estão todas utilizando”, afirma.

Maior concurso de professor tem recorde de inscritos


DA REDAÇÃO - O ESTADO DE SÃO PAULO - 17/10/2013 - SÃO PAULO, SP

Terminou nessa quarta-feira, 16, o período de inscrições para o maior concurso de professores já realizado pela Secretaria Estadual de Educação, que oferecerá 59 mil vagas. De acordo com um balanço divulgado no final da manhã, 283 mil profissionais já tinham se inscrito.
No último concurso realizado pela Educação, em 2010, foram 260 mil inscrições, o que indica um aumento de pelo menos 8,8%. Dos professores que atuam como temporários na rede, 83,6% haviam se inscrito até o último balanço.
A prova está marcada para dia 17 de novembro nos municípios-sede das 91 diretorias regionais de ensino do Estado. O salário inicial de um professor que leciona para classes de anos finais do ensino fundamental e do ensino médio, com jornada de 40 horas semanais, é de R$ 2.257,84. No início do próximo semestre, já serão chamados 20 mil profissionais. As vagas serão distribuídas regionalmente - e cada candidato deve indicar pelo menos uma diretoria de ensino onde gostaria de trabalhar.
Conteúdo. No concurso haverá 80 questões objetivas e duas dissertativas. O conteúdo se refere à formação básica do professor e à formação específica de cada disciplina.
Vão participar os educadores que atuam nos anos finais do ensino fundamental e ensino médio nas disciplinas de Arte, Biologia, Ciências Físicas e Biológicas, Educação Física, Física, Filosofia, Geografia, História, Língua Espanhola, Língua Inglesa, Língua Portuguesa, Matemática, Química, Sociologia ou que atuam nas áreas da Educação Especial.

A dez dias do Enem, simulados são boa opção para alunos se prepararem

MARIANA TOKARNIA - AGÊNCIA BRASIL - 17/10/2013 - BRASÍLIA, DF

Na reta final para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), a dica de vários professores para os estudantes é identificar as dificuldades e se dedicar aos estudos nessas áreas. Os simulados online são uma boa opção para avaliar os conhecimentos e se preparar para as provas.
“A orientação que dou para os alunos é fazer muitos exercícios de provas anteriores até porque isso é bom, eles vão ter ideia do que precisam estudar mais. Os sites são ferramentas que ajudam. Antes, os estudantes tinham que ficar buscando a prova no próprio site do Enem, tinham que imprimir, era muito complicado. Essas ferramentas são muito importantes na preparação”, diz a professora de sociologia da escola pública Centro de Ensino Médio Elefante Branco, Adriana Souza Toledo.
A Agência Brasil e o Portal EBC convidaram alunos do centro para fazer o simulado desenvolvido pela Empresa Brasil de Comunicação (EBC) e contar em que áreas do Enem têm mais dificuldade. O programa é gratuito e reúne todas as questões das provas de 2009 a 2012 para que o candidato possa testar os conhecimentos e monitorar o desempenho em todas as disciplinas. O estudante deve fazer o cadastro e, ao acessar o sistema, escolher se quer responder a todas as questões ou selecionar áreas do conhecimento específicas: linguagens, matemática, ciências humanas e da natureza. Também é possível selecionar o ano da prova a que o aluno quer responder.
Os alunos do 3º ano Ana Luisa Pimentel e Jonatas Rodrigues fizeram o simulado. Ambos disseram que o mais difícil no Enem é a quantidade de textos. “É uma prova de resistência”, diz Ana Luisa.
Ela fez o Enem no ano passado apenas para treinar. Este ano, vai fazer para concorrer a uma vaga em arquitetura. A prioridade é a Universidade de Brasília (UnB), que passará a adotar em 2014 o Sistema de Seleção Unificada (Sisu) - que usa a nota do Enem como critério de seleção.
Desde o começo do ano, ela está em um cursinho preparatório e faz simulados. “Eu vejo no que eu tenho mais dificuldade e estudo. Na escola, o meu rendimento é melhor em exatas. Eu consigo nos simulados ver se o que eu rendo melhor é em exatas ou em humanas, tenho noção do que preciso fazer para melhorar”. No ano passado, ela disse que foi bem. Com o preparo deste ano, está mais confiante.
“O problema é a interpretação do Enem, com o conteúdo tenho facilidade”, diz Jonatas. A alguns dias da prova, ele prefere gravar as aulas que tem na escola e escutar no ônibus. “Se eu ficar estudando, lendo, não vou ter tempo de reler o conteúdo. As dúvidas, tiro na internet e também vejo muitas videoaulas”, conta. Os simulados, segundo ele, ajudam a pegar o ritmo da avaliação. Ele quer fazer economia, também na UnB.
As provas do Enem serão nos dias 26 e 27 de outubro. No primeiro dia, os estudantes terão quatro horas e meia para responder 90 questões de ciências humanas e tecnologias e de ciências da natureza e tecnologias. No segundo dia, além das 90 questões de linguagens, códigos e tecnologias e matemática, será aplicada a prova de redação e o tempo aumenta para cinco horas e meia.
Dos estudantes que já fizeram o simulado disponível no Portal EBC, mais da metade tiveram dificuldade em ciências da natureza e tecnologias. Conforme levantamento, 57% das respostas na área estavam erradas. Em segundo lugar, aparece matemática (com 54% das respostas erradas). As línguas tiveram os maiores percentuais de acertos: inglês (59%) e espanhol (53%), seguidas de linguagens, códigos e suas tecnologias (52%).
Segundo a professora Adriana, na escola é também nas exatas que os alunos têm mais dúvidas. “Essas disciplinas exigem conhecimentos anteriores, matemática, química, física. São questões que exigem conhecimento até do ensino fundamental, das operações básicas. A gente tenta trabalhar por meio de exercícios”.
No site do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) estão disponíveis materiais e gabaritos que podem ajudar na preparação dos estudantes.

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Rio: TJ suspende liminar que anulava plano de cargos de professores


JB ONLINE - TERRA EDUCAÇÃO - 16/10/2013 - SÃO PAULO, SP

A assessoria de comunicação da Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro informou nesta quarta-feira que a presidente do Tribunal de Justiça do Estado, desembargadora Leila Mariano, suspendeu os efeitos da liminar que anulava a sessão que aprovou o Plano de Cargos, Carreiras e Remunerações dos professores municipais.
O pedido foi apresentado pelas Procuradorias do Legislativo e do Executivo. A decisão do TJ-Rio restabelece a validade da Lei Municipal nº 442/2013, que cria o PCCR da categoria.
Os professores da rede municipal estão em greve há mais de dois meses contra o plano. No dia da votação, ocorreu protestos e confusão em frente à Câmara do Rio.

Mercadante quer um pacto para pôr fim à falta de professores na sala de aula e greves extensas


HELOISA CRISTALDO - AGÊNCIA BRASIL - 16/10/2013 - BRASÍLIA, DF

O ministro da Educação (MEC), Aloizio Mercadante, criticou hoje (16) as faltas e as paralisações de professores que já duram mais de dois meses em várias cidades do país. “Sabemos que as condições de trabalho não são as melhores, mas temos que construir um pacto. Nos últimos três anos, os professores receberam 64% de reajuste no piso salarial. O professor precisa faltar menos nas escolas”, disse durante cerimônia de abertura do 5º Encontro Nacional de Fortalecimento do Conselho Escolar.
Para Mercadante, as reposições de aula não devolvem aos alunos o período em que as atividades escolares ficaram paradas. “Em paralisações de quase três meses não se recupera o tempo perdido. É preciso que haja mais entendimento e mais diálogo. Condições de trabalho não podem justificar as ausências na sala de aula”, completou o ministro.
No Rio de Janeiro, professores da rede municipal entraram em greve no dia 8 de agosto, pedindo a criação de um plano de cargos que oferecesse à categoria melhorias nos cargos e salários. Em disputa judicial, a sessão de aprovação do plano na Câmara Municipal, chegou a ser cassada. No entanto, o Plano de Carreira, Cargos e Salários (PCCS) de professores do município voltou a valer nesta quarta-feira.
Os professores do estado do Rio, também em greve, receberam a recomendação do Ministério Público Estadual para retornar as aulas e não prejudicar os alunos prestes a fazer o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), nos dias 26 e 27 deste mês. As secretarias municipal e estadual de Educação informaram que só vão retomar as negociações quando o sindicato da categoria encerrar a greve nas duas redes de ensino.
Em Goiânia, professores da rede municipal estão em greve desde o dia 25 de setembro. No estado de Mato Grosso, a greve dos docentes da rede estadual já dura 66 dias.
Durante o discurso de abertura da cerimônia, o ministro defendeu ainda que as indicações para gestores municipais e estaduais de educação seja baseada em critérios curriculares. “Temos que acabar com a indicação política [para dirigente de educação]. O gestor tem que conhecer os programas do MEC, tem que ter formação adequada. Chega de ser a mulher do prefeito, o amigo ou o cabo eleitoral”, disse.