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quarta-feira, 29 de abril de 2009

PROFESSORES ENTRAM EM GREVE E 72 MIL ALUNOS FICAM SEM AULAS

29 de abril de 2009


professores e funcionários das Escolas municipais de João Pessoa decidiram entrar em greve, na tarde de ontem, durante assembleia da categoria. A partir de hoje, 72 mil alunos ficarão sem aulas por tempo indeterminado nas 92 unidades que formam a rede municipal de ensino.
Fonte: JORNAL DA PARAÍBA (PB)


Por: BARTOLOMEU HONORATO
Professores e funcionários das Escolas municipais de João Pessoa decidiram entrar em greve, na tarde de ontem, durante assembleia da categoria. A partir de hoje, 72 mil alunos ficarão sem aulas por tempo indeterminado nas 92 unidades que formam a rede municipal de ensino. Na manhã de ontem, os vereadores da capital aprovaram um reajuste de 10% para os servidores do magistério pessoense. Insatisfeitos, os oito mil profissionais reivindicam 20% de aumento salarial em cima dos contracheques.
"Entre 2005 e 2008, o Fundo de Desenvolvimento Básico da Educação (Fundeb) cresceu 62,6%. Neste período, só tivemos 34,5% de aumento salarial. Então, estamos com o vencimento defasado em 28,1%. Mas estamos pedindo apenas 20% para compensar o valor que falta", argumentou o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de João Pessoa, Daniel Assis. Segundo ele, a Secretaria de Educação da capital recebeu quase R$ 43 milhões do Fundeb em 2005. No ano passado, o valor subiu para R$ 69,5 milhões. Na próxima terça-feira, eles esperam ser recebidos pelo prefeito Ricardo Coutinho para discutir sobre o aumento salarial de 20%.
A secretária de Educação de João Pessoa, Ariane Arruda, acredita que a greve da categoria não vai seguir em frente porque a Câmara de Vereadores aprovou um reajuste de 10% aos funcionários do magistério municipal. "A Prefeitura está dando um aumento substancial aos professores, mesmo em tempos de crise mundial. Por isso, eu acredito que seja improvável a continuidade do movimento", classificou Ariane Arruda. Atualmente, um professor da Educação Básica I (5º ao 9º ano) recebe R$ 992,70 por 25 horas de trabalho semanais. (MAIS GREVES NA PÁGINA 10).





domingo, 26 de abril de 2009

PROFESSORES AMEÇAM ENTRAR EM GREVE

26 de abril de 2009

Em Ananindeua - Atraso no vale-alimentação é um dos motivos da paralisação
Fonte: O LIBERAL (PA)


Os professores da rede muncipal de Ananindeua ameaçam radicalizar e até deflagrar greve se o prefeito Helder Barbalho continuar descumprindo os acordos celebrados com a categoria.
Quem avisa é Jair Pena, coordenador geral do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Pará (Sintepp), sub-sede Ananindeua. Ele e Alberto Andrade, da Comissão de Mobilização do sindicato, informaram que a parcela do mês de março do vale-alimentação dos professores ainda não foi paga pela Prefeitura.
Há outros motivos que reforçam o indicativo de greve. Segundo Jair, o acordo em torno do vale-alimentação ocorreu em dezembro de 2008 e foi definido o valor de R$ 140. Na mesa de negociação, a secretária de Educação, Elieth Braga, e Severino Filho, que era o titular da Secretaria Municipal de Orçamento e Finanças (Sepof), mas que agora está na Controladoria Geral do município.
Em janeiro deste ano, o prefeito Helder Barbalho avisou que não poderia pagar mais o valor de R$ 140. Em uma nova negociação ficou acertado que nos primeiros três meses do ano, a Prefeitura pagaria R$ 100. E que a diferença de R$ 120 reais das três parcelas seria paga no mês de setembro de 2009. O prazo foi dado pelo sindicato porque a Prefeitura alegou ajuste no orçamento. Mas o prefeito já pagou janeiro e fevereiro com atraso , reclamaram os sindicalistas.
Jair Pena disse que o pagamento deveria ocorrer no dia 12 de cada mês. No entanto, a parcela de fevereiro caiu no final de março e a de março, até hoje, nada. E a secretária Elieth Braga garantiu que o pagamento seria feito até o dia 24 (a última sexta-feira), mas não foi , relatou.

Cartão

A própria secretária de Educação fez questão de dizer ao Sintepp que nem tem certeza se o valor de março ainda será pago no mês de abril . Tanto Jair quanto Alberto estão preocupados que o atraso persista mesmo a partir da quarta parcela. Segundo eles, o vale-alimentação passará a ser creditado através de cartão eletrônico da empresa Amazon Card. Já estamos com o mesmo pressentimento de atraso também, porque segundo a empresa, a recarga não é responsabilidade da Amazon Card, e sim da Prefeitura de Ananindeua , observaram.
O coordenador do Sintepp em Ananindeua disse que pretende fazer movimento de enfrentamento, a partir de segunda, com a máxima mobilização da categoria para não aceitar o descumprimento de acordo .
Outro problema enfrentado pelos professores de Ananindeua é o atraso na recarga do vale-transporte digital. O Sintepp já propôs a mudança para que o valor referente à recarga seja convertido em dinheiro no contracheque do servidor da Educação. A Prefeitura aceitou a modificação e prometeu implementá-la em junho. Já tivemos atraso na recarga de um mês , revelou Alberto.
Outra reivindicação é o cumprimento do Plano de Carreira do segmento. Jair Pena assegura que pelo menos 200 professores do município entregaram titulação de cursos como os de mestrado e especialização, mas não receberam a progressão devida no contracheque. Todo mês é uma desculpa que a Prefeitura dá. São mais de 200 trabalhadores nessa situação. Prometeram para o contracheque de maio essa correção. Mas a nossa dúvida é a seguinte - se descumpriram vários prazos, será que eles vão realmente implementar o que está na lei? , questionou o sindicalista.

Verbas

O primeiro prazo furado pelo prefeito Helder Barbalho foi março deste ano. Depois abril e, agora, a promessa do peemedebista ficou para maio. Enquanto isso, o Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação) colocará no caixa da Prefeitura mais de R$ 47 milhões este ano. Mas eles justificam que vivem um momento de crise. Em 2008 foram R$ 33 milhões. A gente observa que, na prática, houve um aumento de R$ 14 milhões , disparou. O Sintepp de Ananindeua também denuncia que o governo municipal não pode estar alegando que a crise chegou na Educação, porque a verba para a área é carimbada .
Amanhã, o sindicato vai bater na porta da Secretaria Municipal de Educação (Semed) e cobrar o cumprimento de acordo, sob pena de acontecer a mobilização e o indicativo de greve. Ananindeua tem hoje 1,7 mil professores na rede municipal de ensino, entre efetivos e temporários. A assembléia geral da categoria acontecerá no dia 29 de abril, no colégio Castanheira, no conjunto Cidade Nova I. É o pontapé para um movimento mais contundente contra o governo de Helder Barbalho , enfatizou Jair.
O Sintepp cobra ainda a equiparação salarial entre pedagogos e professores. Atualmente há uma defasagem de R$ 450 no salário do pedagogo, mesmo que ele atue com a mesma carga horária de trabalho que o professor. A Prefeitura ficou de se posicionar e até agora nada , realçou o coordenador geral.
O sindicato vai brigar, também, por eleição direta para diretores de Escolas, pois hoje o cargo é de indicação política de vereadores, o que vem gerando conflito com os professores - principalmente os efetivos - das Escolas de Ananindeua. Segundo Jair e Alberto, os diretores indicados se sentem protegidos, blindados pelos políticos e começam a tomar atitudes arbitrárias e autoritárias contra os docentes. Na Escola Novo Brasil, onde a diretora Nazaré Rocha Silva é irmã da vereadora Ray Tavares, está acontecendo isso. Ela já fez quatro tentativas de transferências de professores efetivos para colocar os professores contratados por ela, que são seus apadrinhados , finalizou






sexta-feira, 24 de abril de 2009

PROFESSORES SINALIZAM GREVE NO PARÁ

24 de abril de 2009

REAJUSTE - Servidores fazem paralisação por reajuste salarial de 30% da categoria
Fonte: O LIBERAL (PA)


Técnicos, servidores e professores da rede estadual de ensino paralisaram atividades durante 24 horas e se concentraram diante do Palácio dos Despachos, na rodovia Augusto Montenegro, na manhã de ontem, para reivindicar melhorias na remuneração e nas condições de trabalho ao governo do Estado. As principais exigências são o reajuste de 30% em relação ao salário-base da categoria, atualmente fixado em R$ 430 para cada 100 horas de trabalho, e a extensão do auxílio-alimentação a todos os servidores de Educação pública. O governo, no entanto, não arredou pé da decisão de reajustes que apenas adequem o salário-base ao novo salário mínimo, entre 6% e 12%, o que gerou revolta entre professores e sindicalistas. O Sindicato dos Trabalhadores na Educação Pública do Estado do Pará (Sintepp) marcou uma audiência para 6 de maio, às 9 horas, na sede da Secretaria de Planejamento, Orçamento e Finanças (Sepof), em Belém, para dar um ultimato e exigir do Estado o cumprimento da proposta. Caso contrário, uma greve se iniciará na rede estadual de ensino em todo o Pará.
A ação promovida pelo Sintepp em Belém também influenciou vários municípios do interior, como Igarapé-Açú, Barcarena e Tailândia, e faz parte de uma mobilização da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), em todo o Brasil, por melhorias nas condições de trabalho de profissionais da área de Educação. Por volta de 9 horas, os manifestantes começaram a se reunir na Augusto Montenegro. Eles levaram um carro som para a frente do Palácio dos Despachos, pediram a presença da governadora Ana Júlia Carepa e, uma hora depois, já haviam conseguido bloquear a pista no sentido Icoaraci-Entroncamento, o que atrapalhou o tráfego de veículos naquele trecho.
Cerca de dez agentes vinculados à 8ª Zona de Policiamento (Zpol) da Polícia Militar fizeram a segurança no local, mas não houve tumultos. Os professores e funcionários concentraram esforços em convocar populares para o local, empunhando faixas com expressões, como Não vamos pagar pela crise e Reajuste de 30% ou greve . Eles discutiram sobre argumentos com as entidades de classe, como o Sintepp e o Conlutas (Coordenação Nacional de Lutas) no Pará.
O argumento é de que o governo do Estado não estaria cumprindo o estabelecido para salários da categoria desde a aprovação da Lei 11.738 no Senado Federal, que prevê um piso nacional de R$ 950 por 100 horas. Considerando os reajustes de 2009, o valor, inclusive, teria subido para R$ 1.132, mas a situação no Estado está bem abaixo das expectativas.
Segundo o Sintepp e vários professores que faziam o manifesto no local, um professor de 1ª a 4ª série da rede estadual tem, hoje, um salário base de R$ 433 para cada 100 horas de trabalho - ou seja, R$ 35 a menos que o próprio salário-mínimo em vigor desde fevereiro. Somados os benefícios de nível superior calculados a partir deste valor, o mesmo professor pode ganhar, no máximo, cerca de R$ 800. Já um professor que trabalha 200 horas mensais - ou seja, dois turnos letivos diários - consegue acumular R$ 866 mensais e chegar a R$ 1,2 mil ao final do mês.
Este valor é inaceitável. Nós queremos que, no mínimo, seja cumprido o reajuste de 30% garantido por lei, ou então vai ter greve. É preciso que se entenda que estamos trabalhando somente com o necessário, já que temos uma demanda histórica, reiterada pelo Dieese, de um salário de pelo menos R$ 2.077. Seria o valor digno, mas no momento entendemos a urgência das mudanças e pedimos, somente, o cumprimento da lei , explicou a coordenadora geral do Sintepp, Conceição Holanda.

REUNIÃO

Depois de montar uma comissão de doze representantes para a negociação, os manifestantes foram recebidos no Palácio dos Despachos pelo subchefe da Casa Civil Jorge Panzera, acompanhado de representantes da Secretaria de Estado de Educação (Seduc). Durante a reunião, que durou cerca de uma hora e não pôde ser acompanhada pela imprensa, Panzera explicou que o governo manterá a proposta de reajustes que adequem os valores ao salário-mínimo - mais precisamente 12,03% para o nível operacional, 9,93% para o nível médio e 6% para o superior. O argumento foi o de que a crise econômica mundial impede o Estado de promover reajustes do montante exigido, de 30%. Sobre o aumento do auxílio-alimentação de R$ 100 para R$ 300, solicitado pelo Sintepp, o governo mantém a determinação de garantir o benefício igualitário para todos os servidores.
Ao saber que não havia acordo, os professores e servidores decidiram começar a preparação para uma greve, cujo início se dará no próximo dia 6, caso as exigências não sejam cumpridas pelo governo. Reuniões nas Escolas para explicar as razões da greve, com a presença de pais e alunos, serão organizadas durante a próxima semana.
Claro que não queríamos que isso acontecesse, até porque os alunos acabam prejudicados, mas é nossa única forma de lutar pela garantia do direito à dignidade do trabalhador em Educação , disse o professor Abel Ribeiro, representantes da Conlutas. A última greve organizada na rede pública estadual de ensino durou 46 dias e começou em 27 de abril de 2008.
Docentes paulistas também pedem mais segurança nas Escolas públicas
são paulo
Agência Brasil



Hoje, o salário de um professor que inicia (na profissão) está em torno de R$ 750, que é abaixo do piso nacional , criticou Maria Izabel Azevedo Noronha, presidente da Apeoesp. Segundo ela, além do aumento salarial, os professores necessitam também ter uma carreira atrativa, onde possam evoluir, além de reconhecimento social.
É uma categoria hoje que está tão desmotivada e mutilada pelos vários secretários (de Educação), que passaram pela pasta, que ela hoje até questiona a sua autoridade. Os professores têm enfrentado tanta violência, porque ocorre exatamente isso: a autoridade dele também está em dúvida. Quando ele é posto sob avaliação, ele vai avaliar o aluno, mas ele não tem autonomia na Escola. Existe a aprovação automática que tirou dele a capacidade de avaliar o projeto político-pedagógico , afirmou.
A falta de respeito na profissão foi uma das queixas de Cláudia Martinho, professora há 25 anos em São Paulo. Hoje, é mais difícil ser professor até mesmo por essa política do governo de desvalorização e discriminação (da categoria) , disse. Cláudia também reclamou dos baixos salários. Com o salário (na época em que iniciou na profissão) dava para fazer um monte de coisa. Dava para pagar contas de água, de luz e de aluguel e até viajar nas férias. Hoje em dia, você paga a conta de luz num mês e, no outro, a conta de água, para não cortar. O salário que o professor tinha em média há vários anos não é o mesmo de agora , criticou. Como parte do Dia Nacional de Mobilização e paralisação, cerca de 300 professores da rede pública estadual de São Paulo, segundo números da Polícia Militar, participaram na tarde de ontem de uma manifestação em frente à sede da Secretaria Estadual de Educação, na Praça da República, no centro da capital. Um dos pedidos dos manifestantes é para que o governo paulista assuma o piso nacional da categoria, estipulado em R$ 950.
São Paulo é o estado mais rico do país, mas temos Estados em que o salário é muito melhor, tal como o Acre. (O governo de) São Paulo é muito injusto com a questão da Educação. Se temos um Estado rico e forte, devíamos ter também uma Educação de qualidade para corresponder a sua importância , afirmou Cláudio Azevedo, diretor do Sindicato dos professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp).
Os professores de São Paulo também reivindicam reajuste salarial e mais 27,5% de reposição das perdas salariais, fim da política de bônus concedida pelo governo e que premia professores de Escolas que receberam melhores notas, fim da superlotação das salas de aula, estabilidade no emprego e um novo plano de carreira.



GOVERNO FAZ PROPOSTA A PROFESSORES EM GREVE

24 de abril de 2009



GDF oferece aumento de 5% já no salário pago em junho, com duas correções ao longo do ano a depender das receitas. Assembleia é hoje
Fonte: CORREIO BRAZILIENSE (DF)


O governo apresentou aos professores da rede pública uma proposta concreta para acabar com a greve que chega ao 12º dia. A categoria decide se volta ao trabalho em assembleia na manhã de hoje. A promessa do GDF é conceder, até março do ano que vem, os 15,31% de reajuste que os docentes reivindicam. O aumento imediato seria de 5% com possíveis correções 90 dias após o fim da paralisação e em novembro, dependendo da receita que entrar nos cofres públicos. O percentual seria completado no início de 2010, quando os professores devem receber ainda outro reajuste referente à variação do Fundo Constitucional, repassado ao DF pelo governo federal para custear despesas com pessoal (veja quadro).
O sindicato da categoria reivindica os 15,31% de aumento imediatamente, mas viu um avanço na proposta do governo e há a chance de que os professores presentes na assembleia de hoje, marcada para a frente da Catedral, às 9h30, votem pelo retorno à sala de aula. A questão foi discutida ontem entre governo, sindicalistas e representantes de outras entidades, como a Central Única dos Trabalhadores (CUT), em reunião que durou o dia inteiro na residência oficial do governador, em Águas Claras. José Roberto Arruda participou do início do encontro e disse à direção do Sinpro que o governo se esforçou ao máximo para buscar uma solução. "Ele disse que essa será a nossa única proposta", relatou o secretário de Educação, José Luiz Valente.
O GDF oferece aos professores aumento de 5% no salário de maio (pago em junho), retroativo aos meses de março e abril - cuja diferença seria paga em seis parcelas mensais. Caso a greve acabe hoje, no fim de julho, o governo promete acrescentar a variação entre a receita arrecadada e a prevista no orçamento - caso o saldo seja positivo. A mesma conta seria refeita em novembro. Depois disso, o que faltasse para chegar aos 15,31% seria pago em março do ano que vem. "Em março, eles também vão receber reajuste correspondente ao aumento do nosso Fundo Constitucional entre 2009 e 2010", lembra Valente. Será descontado do aumento o percentual referente à progressão extraordinária, bônus instituído este ano na carreira dos professores e que depende do tempo de serviço.
Sem aulas
Por conta da assembleia de hoje, não deve haver aula em boa parte das Escolas, e os alunos vão ficar na expectativa pela volta à rotina. "A nossa esperança é que a greve acabe logo porque estamos sendo prejudicados", resume Stephany Fernandes Oliveira, 15 anos, estudante do 1º ano no Centro de ensino médio Ave Branca (CEMAB), em Taguatinga. Ontem, ela e os colegas tiveram quatro das seis aulas previstas. "Tem dia que não tem aula nenhuma, mas é difícil saber com antecedência e a gente vem", conta Filipe Leite, 15. No CEMEB, que tem 3 mil alunos, cerca de 60% dos professores aderiram à greve, segundo a direção.
Se a paralisação acabar hoje, professores e governo devem negociar a normalização do ano letivo, provavelmente com reposição das aulas perdidas. Os diretores do Sinpro devem falar aos professores sobre a evolução nas negociações. "Avançamos porque no começo o governo dizia que não poderia dar aumento nenhum", avalia um dos diretores do sindicato Washington Dourado. "Mas ainda precisamos discutir questões como a reposição das aulas para evitar o corte no ponto", completou. A folha de presença foi fechada na terça-feira pela Secretaria de Educação prevendo o desconto pelos dias não trabalhados.
O GDF se comprometeu ainda, no documento entregue ao Sinpro e publicado no site da Secretaria de Educação (www.se.df.gov.br), a rever a proposta e conceder o reajuste mais cedo se o governo federal suspender o corte de R$ 238 milhões que fez no Fundo Constitucional deste ano. A oferta de ontem, de acordo com o governo, só foi possível porque a União anunciou no início da semana um incremento no Fundo de Participação dos Estados. O DF vai receber R$ 27 milhões e a previsão é aplicá-los no pagamento do reajuste


segunda-feira, 20 de abril de 2009

PROFESSORES FAZEM CONFERÊNCIAS ESTA SEMANA E PLANEJAM PARALISAÇÃO PARA SEXTA

Começa nesta segunda (20) em todo o país uma semana de conferências escolares estaduais e municipais em defesa da educação pública brasileira.
Fonte: UOL Educação



Da Agência Brasil

Começa nesta segunda (20) em todo o país uma semana de conferências escolares estaduais e municipais em defesa da educação pública brasileira. Coordenada pela CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação), a mobilização vai culminar com uma paralisação geral dos professores de escolas públicas de todo o país na próxima sexta-feira (24).

"Essas conferências escolares têm incluído vários temas de discussão nas escolas, desde o financiamento da educação, a gestão democrática e qualidade da educação. E no dia 24 teremos greve nacional de um dia em defesa do piso que não foi implantado ainda por muito estados", explica Denilson Costa, secretário-geral do CNTE.

Segundo ele, mesmo os professores dos estados que já aplicam o piso de R$ 950 estipulado por lei federal, vão parar para defender a aplicação de outros pontos da lei que ainda não estão sendo respeitados por muito estados. "Na verdade, essa é uma lei que tem várias conseqüências, porque tem estados que aplicam o piso, mas não respeitam a jornada de trabalho ou o reajuste anual do piso, por exemplo", explica Costa.

As conferências que ocorrerão ao longo da semana também terão como objetivo preparar os delegados que irão para as conferências estaduais e municipais preparatórias à Conferência Nacional da Educação, que será realizada no próximo ano.

Mariana Jungmann.

terça-feira, 14 de abril de 2009

NO DF, 29% DOS PROFESSORES ADERIRAM À GREVE, DIZ GOVERNO

14 de abril de 2009

Na greve dos professores do Distrito Federal, iniciada nesta segunda-feira (13), 3.338 professores do período matutino não compareceram às escolas, segundo dados da Secretaria de Educação. No período vespertino, 2.506 aderiram ao movimento, totalizando 5.844 professores em greve, o que representa 29% do total de 20 mil da rede.
Fonte: UOL Educação


Na greve dos professores do Distrito Federal, iniciada nesta segunda-feira (13), 3.338 professores do período matutino não compareceram às escolas, segundo dados da Secretaria de Educação. No período vespertino, 2.506 aderiram ao movimento, totalizando 5.844 professores em greve, o que representa 29% do total de 20 mil da rede.

Em liminar publicada hoje, o desembargador Fernando Antônio Habibe Pereira considerou a greve constitucional e determinou que, caso haja piquetes em porta de escolas, o Sinpro-DF (Sindicato dos Professores do Distrito Federal) deve pagar multa diária de R$ 15 mil.

A decisão também prevê que os professores podem não receber pelos dias não trabalhados e que no mínimo 50% dos docentes deve trabalhar para manter a rede em funcionamento.

Os profissionais reivindicam reajuste de 15,31% dos salários, seguindo o aumento do Fundo Constitucional do DF. O governador José Roberto Arruda no entanto alegou, em carta entregue ao Sinpro-DF (sindicato dos professores do Distrito Federal), não ser possível aplicar o reajuste devido a corte de verbas vindas da União.
Escolas
O movimento contou com a adesão de 63,51% das escolas. Nesta segunda, 362 estabelecimentos aderiram parcialmente e 33 tiveram paralisação total, de um total de 622.

A rede pública de Brasília tem, atualmente, 20 mil professores e 520 mil alunos. Na próxima quarta-feira (15), às 9h30, a categoria irá realizar novo encontro em frente ao Buritinga, sede do governo.






quarta-feira, 8 de abril de 2009

PROFESSORES DE BRASÍLIA ENTRAM EM GREVE NA PRÓXIMA SEGUNDA-FEIRA

08 de abril de 2009


Os professores da rede pública do Distrito Federal entrarão em greve por tempo indeterminado a partir da próxima segunda-feira, 13 de abril. A paralisação foi decidida em assembleia nesta terça-feira (7), no estacionamento do Buritinga, sede do governo.
Fonte: UOL Educação


Da Redação
Em São Paulo
Os professores da rede pública do Distrito Federal entrarão em greve por tempo indeterminado a partir da próxima segunda-feira, 13 de abril. A paralisação foi decidida em assembleia nesta terça-feira (7), no estacionamento do Buritinga, sede do governo.

Os docentes reivindicam aumento de 15,31% dos salários. Ontem (6), o governador José Roberto Arruda entregou ao Sinpro-DF (sindicato dos professores do Distrito Federal) carta em que dizia não ser possível aplicar o reajuste devido a corte de verbas vindas da União.

Hoje será protocolado documento junto ao governo do Distrito Federal informando a decisão da assembleia. Novo encontro da categoria foi marcado para o dia 15 de abril. Atualmente, a rede de professores de Brasília tem 20 mil professores e 520 mil alunos.

No mês passado, a categoria havia reivindicado aumento de 19,98%. O índice foi recalculado pelo governo e passou para 15,31%, seguindo o aumento do Fundo Constitucional do DF.





sexta-feira, 3 de abril de 2009

PROFESSORES DECIDEM NESTA 6ª DATA DE GREVE POR PISO SALARIAL

03 de abril de 2009


A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) decide nesta sexta-feira quando terá início a greve nacional dos professores pela aplicação da lei do piso do magistério. Na quinta-feira, representantes de sindicatos da categoria de todo o país se reuniram para uma manifestação em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Fonte: Terra Educação


A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) decide nesta sexta-feira quando terá início a greve nacional dos professores pela aplicação da lei do piso do magistério. Na quinta-feira, representantes de sindicatos da categoria de todo o país se reuniram para uma manifestação em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF). A corte interrompeu, em dezembro, o julgamento de uma ação proposta por governadores de cinco estados que questiona a constitucionalidade da lei. Até agora, o tribunal negou um pedido de liminar que solicitava a suspensão da lei, mas ainda não avaliou o mérito da questão.
A lei do piso tramitou por 13 meses no Congresso Nacional e foi sancionada em julho de 2008. Ela determina que, a partir de 2010, nenhum professor da rede pública receba menos de R$ 950 por uma carga-horária de 40 horas semanais.
"Nós queremos sensibilizar os ministros para que eles apreciem o mérito da ação. Em dezembro eles mudaram dois artigos importantes para nós que é o que estabelece o conceito de piso e o que trata da jornada de trabalho. A lei como foi aprovada no Congresso Nacional por unanimidade é um consenso, eles não podem ser contra isso", argumenta o presidente da CNTE, Roberto Leão.
A lei aprovada pelo Congresso Nacional estabelece que os salários devem ser reajustados progressivamente até 2010. Em dezembro, o STF entendeu que as secretarias estaduais de Educação podem incluir nesse valor as gratificações que já são pagas aos professores até que o mérito da ação seja julgado.
"Isso é ruim e vai na contramão do debate de valorização da educação pública. Se um professor se aposenta nesse período ganhando um piso composto por gratificação, ele não leva essa parte para a aposentadoria", diz Leão.
Segundo o presidente da CNTE, por causa da demora de uma decisão do STF, alguns estados estão pagando menos do que o estabelecido pela lei. "Sergipe, Rio Grande do Sul e Goiás não pagam, são três grandes estados. Eles pagam do jeito que eles entendem que é o piso. O julgamento é importante para uniformizar, porque nessa situação muito prefeito e governador oportunista quer fazer economia em cima da educação pública", diz.
A secretária de Educação do Rio Grande do Sul, Mariza Abreu, disse em entrevista à Rádio Nacional que a posição contrária à lei aprovada no Congresso não é apenas do governo gaúcho, mas uma unanimidade entre os secretários da educação.
"A ação não é contra um piso nacional, nós somos absolutamente defensores de um piso nacional do magistério. O problema foram as modificações feitas pelo Congresso Nacional ao projeto original encaminhado pelo Executivo. Essa nova lei transforma piso em vencimento inicial, o que são coisas completamente diferentes", argumenta.
A secretária acredita que, como está, a lei federal é confusa e interfere na autonomia dos estados. "Se o piso for vencimento inicial das carreiras significa que a cada vez que esse valor for reajustado em âmbito federal, todas as folhas de pagamento de todos os professores do país seriam reajustas no mês seguinte. Isso seria um desrespeito à autonomia dos estados federados", afirma Mariza.





quinta-feira, 2 de abril de 2009

PROFESSORES PODEM FAZER GREVE NACIONAL, DIZ SENADOR

02 de abril de 2009


Os professores de todo o país podem entrar em greve nos próximos dias, em busca do piso salarial da categoria, hoje estabelecido em R$ 950. A informação foi dada pelo senador Paulo Paim (PT-RS), em discurso na tribuna.
Fonte: UOL Educação


Os professores de todo o país podem entrar em greve nos próximos dias, em busca do piso salarial da categoria, hoje estabelecido em R$ 950. A informação foi dada pelo senador Paulo Paim (PT-RS), em discurso na tribuna.

A decisão sobre a greve será tomada ainda nesta semana pela CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação). Nesta quinta-feira (2), informou o senador, integrantes da CNTE e das entidades estaduais estarão em Brasília para um ato público na frente do Supremo Tribunal Federal, para pedir que os seus ministros façam cumprir a lei do piso, sancionada em julho do ano passado.

O STF decidiu liminarmente em dezembro que "piso" é o valor mínimo que os estados têm de pagar aos professores, mas ainda não julgou o mérito de uma ação direta de inconstitucionalidade, proposta por cinco governadores que querem derrubar o valor mínimo.

Em aparte, o senador Cristovam Buarque (PDT-DF) manifestou-se contra a greve nacional dos professores para pressionar pela efetivação da lei do piso. Ele acha que greve prejudica os alunos e sugere, como alternativa, que os professores bloqueiem "as entradas de todos os palácios de governadores e prefeitos", chamando atenção para o descumprimento da lei, apontando-os como "traidores da educação".

* Com informações da Agência Senado