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sexta-feira, 27 de março de 2009

PROFESSORES EM GREVE DE 24H

27 de março de 2009


Protesto é nacional contra más condições de trabalhoProfissionais da Educação vão fazer uma paralisação de 24 horas, na segunda-feira, para protestar contra as condições de trabalho, os baixos salários e as demissões em todo o país.
Fonte: JORNAL DO BRASIL (RJ)


Protesto é nacional contra más condições de trabalhoProfissionais da Educação vão fazer uma paralisação de 24 horas, na segunda-feira, para protestar contra as condições de trabalho, os baixos salários e as demissões em todo o país. A greve é um dos atos programados para marcar o Dia Nacional de Luta Contra as Demissões. Os professores municipais vão se reunir às 10h em frente à prefeitura. Os do estado farão um protesto em frente à Secretaria de Educação, no Centro, às 12h.
- A Educação está sendo punida pelo descaso dos políticos - garante o coordenador-geral do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe), Danilo Serafim. - Como vamos enfrentar a crise com a Educação se deteriorando?
A situação da rede pública é caótica, na avaliação do sindicalista, tanto na capital como no interior.
- Na capital, a maior rede da América Latina, são 500 mil alunos para 24 mil professores - diz.
A intenção do protesto é chamar a atenção para problemas como sobrecarga de trabalho; salas superlotadas; carência de professores; e baixos salários. Os professores também querem a incorporação da gratificação do programa Nova Escola, prometida pelo governador Sérgio Cabral; a inclusão de docentes no plano de cargos e salários; e a convocação dos concursados de 2007.
A secretaria estadual informou que está reorganizando o quadro, para suprir as carências; serão contratados 386 professores para o ensino fundamental; e estuda a inclusão de docentes 1 e 2 de 40 horas semanais, concursados de 1993, no plano de cargos e salários.




quinta-feira, 26 de março de 2009

PROFESSORES REALIZAM HOJE UMA PARALISAÇÃO DE ADVERTÊNCIA

O Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado de Roraima (Sinter) realiza hoje uma paralisação de advertência, como forma de chamar a atenção do Governo do Estado quanto às reivindicações da categoria que até agora não foram atendidas.
Fonte: FOLHA DE BOA VISTA (RR)


O Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado de Roraima (Sinter) realiza hoje uma paralisação de advertência, como forma de chamar a atenção do Governo do Estado quanto às reivindicações da categoria que até agora não foram atendidas. A manifestação acontecerá na Praça do Centro Cívico, em frente ao prédio da Assembleia Legislativa (ALE), a partir das 7h30.
Um dos motivos principais da manifestação é a retomada da pauta de reivindicações que não está esgotada. Os trabalhadores cobram do governo pontos fundamentais tais como: Atualização do Plano de carreira com inclusão dos demais servidores estaduais e com reposição salarial de acordo com os recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb).
Também reivindicam a correção das inconsistências nas progressões horizontais, o pagamento do retroativo das progressões verticais, realização de concurso público para todos os profissionais da Educação, fim da terceirização da merenda Escolar, formação continuada para os trabalhadores em Educação, melhoria da infraestrutura das Escolas, gestão democrática através de eleição direta para diretores e instituição dos órgãos colegiados, dentre outros.
O presidente do Sinter, Ornildo Roberto, disse que a categoria não tem medido esforços para negociar com o governo, mas até o momento não houve uma resposta concreta por parte da Secretaria de Educação, Cultura e Desporto (Secd) que atenda satisfatoriamente as reivindicações.
"Desde a última greve, a Secd ficou de resolver uma série de problemas enfrentados pelas Escolas e pelos Trabalhadores em Educação, mas até agora, nada aconteceu", destaca. O sindicalista aponta como exemplo as péssimas condições de trabalho da Comissão de Gestão do Magistério (CGM), que é responsável pela concessão das progressões aos servidores. A referida Comissão não possui local nem estrutura adequada para trabalhar, além da falta de compromisso de alguns membros.



terça-feira, 17 de março de 2009

SINTER REALIZARÁ PARALISAÇÃO DE ADVERTÊNCIA

Uma paralisação de advertência será realizada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado de Roraima (Sinter) marcada para o dia 26 de março, numa quinta-feira.
Fonte: FOLHA DE BOA VISTA (RR)



Uma paralisação de advertência será realizada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado de Roraima (Sinter) marcada para o dia 26 de março, numa quinta-feira. Os trabalhadores em Educação pretendem chamar a atenção do Governo do Estado por não ter atendido às reivindicações da categoria. A concentração da manifestação deve acontecer na Praça do Centro Cívico, em frente ao prédio da Assembleia Legislativa de Roraima (ALE), a partir das 7h30.
Um dos principais motivos da manifestação é a retomada da pauta de reivindicações que não está esgotada. Segundo a direção do sindicato, os sindicalistas cobram a atualização do plano de carreira com inclusão dos demais servidores da Escola e com reposição salarial de acordo com os recursos do Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e Valorização dos Profissionais da Educação), além da correção das inconsistências nas progressões horizontais.
Também está na pauta o pagamento do retroativo das progressões verticais, a realização de concurso público para todos os profissionais da Educação, o fim da terceirização da merenda Escolar e mais a formação continuada. Já na parte estrutural, cobram a melhoria da infraestrutura das Escolas, uma gestão democrática através de eleição direta para diretores e instituição dos órgãos colegiados, dentre outros.
O diretor-geral do Sinter, Ornildo Roberto, disse que a categoria não tem medido esforços para negociar com o Governo, mas até o momento não houve uma resposta concreta por parte da Secretaria de Educação, Cultura e Desporto (SECD) que atenda satisfatoriamente as reivindicações.
"Desde a última greve, a Secretaria de Educação ficou de resolver uma série de problemas enfrentados pelas Escolas e pelos trabalhadores em Educação, mas até agora nada aconteceu", destaca.
O sindicalista aponta como exemplo as péssimas condições de trabalho da Comissão de Gestão do Magistério (CGM), que é responsável pela concessão das progressões aos servidores. A referida Comissão não possui local nem estrutura adequada para trabalhar, além da falta de compromisso de alguns membros.
"Outro absurdo é a falta de transparência na aplicação dos recursos destinados à Manutenção e Desenvolvimento da Educação (MDE) e do Fundeb, onde até os gerenciais fornecidos pela Secretaria de Educação ao Conselho do Fundeb apresentam inconsistências quanto aos valores informados", aponta Ornildo.
MUNICÍPIOS - A diretoria do Sinter realizou, nos dias 06, 07 e 08 de março, reuniões em alguns municípios, como forma de aproximar os trabalhadores em Educação, que moram no interior do Estado, das ações do sindicato. Os municípios visitados foram: Alto Alegre, Caracaraí, Rorainópolis e São João da Baliza, sendo que este último contou com a presença de representantes do Caroebe e de São Luiz do Anauá.
Na ocasião o sindicato realizou um levantamento geral nos municípios e detectou que os problemas são praticamente os mesmos em todos eles.
"Nestas visitas detectamos que em algumas Escolas ainda faltam carteiras, situação que obriga alguns alunos a sentarem no chão, o transporte Escolar é precário com superlotação e levando a um rodízio de alunos, ou seja, num dia vão somente alguns alunos e no outro vão os outros, como foi o caso de Caracaraí. Além disso, a falta de merenda Escolar é constante." informou Ornildo.

terça-feira, 10 de março de 2009

CNTE ACHA QUE SAÍDA É UMA GREVE NACIONAL

10 de março de 2009

A CNTE não tem muitas esperanças de que a maioria dos estados e municípios vá implementar a lei do piso salarial em curto prazo, por isso prepara a realização de uma greve nacional para o mês de abril, como forma de pressionar prefeitos e governadores.
Fonte: Agência Senado



A CNTE não tem muitas esperanças de que a maioria dos estados e municípios vá implementar a lei do piso salarial em curto prazo, por isso prepara a realização de uma greve nacional para o mês de abril, como forma de pressionar prefeitos e governadores. Segundo Heleno Araújo Filho, secretário de Assuntos Educacionais da entidade que congrega um milhão de trabalhadores da educação (a base total é de 2,5 milhões), a orientação aos sindicatos filiados é avaliar a situação local durante março e decidir que rumo tomar no dia 3 de abril, em uma reunião em Brasília.
Pelo levantamento preliminar da CNTE de meados de fevereiro, pelo menos quatro estados ainda não haviam implantado o piso de R$ 950 (Goiás, Rondônia, Rio Grande do Sul e Tocantins) e aqueles que o fizeram, em muitos casos, interpretaram a aplicação da Lei 11.738/08 "de forma a causar prejuízos na remuneração de muitos educadores". Nas redes municipais a situação seria bem mais grave, principalmente no interior dos estados do Sudeste e do Sul e nas regiões Nordeste, Norte e Centro-Oeste.
Em outubro passado, após a sanção da lei, a entidade divulgou levantamento apontando que pelo menos 12 estados tinham professores recebendo abaixo do piso nacional - na maioria, docentes formados apenas em ensino médio. Em quatro estados (Ceará, Pernambuco, Santa Catarina e Sergipe) existiam educadores que, mesmo com curso superior, ganhavam menos que os R$ 950.
- Na maioria dos estados e municípios, o piso não está sendo cumprido. Dos 26 estados e o DF, 17 têm hoje valores abaixo do exigido em lei, considerando como parâmetro o vencimento inicial, que é o entendimento da CNTE - justifica Heleno, citando um dos pontos de discórdia entre os executivos locais e a categoria dos professores, que ainda será decidido pelo Supremo Tribunal Federal.
Na interpretação da CNTE, o conceito de piso seria aquele em que nenhum estado ou município possa pagar abaixo de R$ 950 para uma jornada de no máximo 40 horas semanais, não consideradas as vantagens pessoais. Muitos estados e prefeituras, porém, têm adotado a lei, levando em conta não o vencimento inicial, mas o salário integral do professor, que inclui tais vantagens.
- A nossa orientação é que o piso tem que ser aplicado para cada sistema de remuneração. Pernambuco alega que, desde setembro passado, está pagando o piso integral. Só que os R$ 950 pagos para a professora é de quarenta horas, quando o que achamos é que seria para as trinta horas, que é a jornada oficial do estado. Deveria ser adotada a proporcionalidade para os que trabalham quarenta horas.
Segundo a CNTE, muitos professores acabaram tendo prejuízos. Um exemplo são as vantagens pessoais, que, ao invés de se manterem como valor extra, foram incorporadas ao vencimento básico, diminuindo a renda dos profissionais e extinguindo os ganhos da carreira docente.
Sylvio Guedes - Jornal do Senado

domingo, 8 de março de 2009

GREVE SEM CAUSA




08 de março de 2009



Com salário médio de R$ 4.752,94, professores da rede pública ameaçam cruzar os braços na quarta se não receberem do gdf aumento de 18,9%, índice três vezes maior do que a inflação registrada pelo IPCA em 2008, de 5,9%
Fonte: CORREIO BRAZILIENSE (DF)



Lilian Tahan e Elisa Tecles
Da Equipe do Correio
As palavras passaram a fazer sentido para Ester Nascimento há pouco tempo. Aos seis anos, ela iniciou em fevereiro a primeira série na Escola Classe da Estrutural, onde mora com a mãe, e até o final do ano deve ler com desenvoltura um livrinho de histórias. A alfabetização da pequena estudante, no entanto, corre o risco de ser adiada. A aluna está entre os 520 mil jovens e crianças que terão a rotina Escolar interrompida se os professores da rede pública decidirem cruzar os braços em abril, quando o sindicato da categoria programa uma assembléia-geral. Na próxima quarta-feira, haverá um ato de protesto com paralisação. Desde o início do ano, a ameaça de greve voltou a rondar as 620 Escolas do Distrito Federal. Com salário médio de R$ 4.752,94, os docentes exigem do governo aumento de 18,9%. O percentual é três vezes maior do que a inflação do ano passado, que fechou em 5,9% segundo o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
O risco de paralisação angustia os pais e desanima os alunos, que se tornam as principais vítimas da queda-de-braço dos professores por aumento de salários. "Acho que a alfabetização é uma das partes mais importantes para um aluno. Não é justo que minha filha seja prejudicada", lamenta a mãe de Ester, Islam Nascimento, que todas as tardes estimula o desenvolvimento da filha com exercícios de caligrafia. A preocupação é compartilhada por Michele Marise, mãe de Bruna, 11 anos, que iniciou a 5ª série este ano. "O tempo afastado gera sequelas irreparáveis no aprendizado, além de causar transtorno na rotina da casa, porque a gente que trabalha conta com a Escola como um lugar seguro onde os nossos filhos são supervisionados, diz Michelle.
O indicativo de greve anunciado pelo sindicato dos professores ocorre dentro de um contexto de fragilidade financeira do tesouro local, o que provocou um impasse nas negociações entre sindicato e o governo. A repercussão da crise econômica que surpreendeu o mundo apresenta agora a fatura à economia do GDF. Uma das receitas mais importantes para a capital da República, a do chamado Fundo Constitucional, está vinculada ao desempenho fiscal da União. O repasse dos recursos garantidos em lei para o pagamento de pessoal na saúde, segurança e Educação será tanto maior quanto melhor for a arrecadação do governo federal.
As previsões, no entanto, apontam para queda da receita em 2009, o que jogará para baixo também as transferências previstas para o DF. Com base no desempenho do governo federal dos últimos sete meses, já se prevê, por exemplo, que o aporte de verbas federais em 2010 será o menor desde a criação do Fundo Constitucional, em 2002. É que desde julho do ano passado, a medição de riquezas da União variou para baixo na maioria dos meses. Só para se ter ideia, entre novembro e dezembro a Receita Corrente Líquida, que já apresentava queda de 7%, minguou em 36%.
O impacto desse encolhimento foi projetado até junho do ano que vem, quando fecha o ano fiscal e, portanto, se tem a base de cálculo para as transferências. O resultado, na melhor das hipóteses - se os efeitos da crise se estabilizarem -, é que se terá um índice de crescimento de apenas 3,6%. Esse percentual é seis vezes mais baixo do que a performance no primeiro semestre de 2008, quando o Fundo Constitucional atingiu a melhor fase, registrando aumento de quase 19%.
E é justamente sobre esse reajuste recorde que os professores pretendem emparelhar os salários de 2009 e 2010. A vinculação das remunerações ao Fundo Constitucional foi prevista no início de 2007, quando ocorreu a aprovação do plano de cargos e salários. Mas, recentemente, a medida foi condenada pelo Ministério Público, que apresentou uma Ação Direta de Inconstitucionalidade contestando a base de cálculo para corrigir a folha de pessoal da Educação. O MP sustenta que não se pode atrelar aumento de salário a índices variáveis, como é o caso dos repasses do fundo, sob risco de provocar um aumento em cascata.
R$ 32 milhões a menos
A desaprovação do Ministério Público não é o único impedimento do governo para chegar aos patamares reclamados pelos professores. Além das perspectivas de repasses menores, o GDF alega que a receita recolhida com impostos e taxas sofreu em janeiro frustração de, pelo menos, 6,9%. Frustração é um termo usado quando o governo programa um valor de arrecadação que não se confirma. Em números absolutos, significa dizer que o tesouro local teve R$ 32 milhões a menos em apenas um mês.
Em fevereiro, essa diferença entre expectativa e receita real foi ainda maior, de 12%, ou R$ 72 milhões, dinheiro que daria para construir 36 Escolas públicas ou até oito postos de saúde. "Vivemos um processo de desaceleração da economia. A cada mês que passa se arrecada menos, o que ocorre em função da distorção, provocada pela crise, entre a previsão do que o governo pretendia arrecadar e o que de fato se confirmou", explica o secretário de Planejamento, Ricardo Penna.
O impacto de um aumento de salários na proporção reivindicada pelo sindicato dos professores custaria ao ano R$ 640 milhões. O valor equivale a um terço do custo de todas as obras de infraestrutura que o governo pretende realizar em 2009, um impacto com o qual o GDF sustenta não ter a menor condição de se comprometer, sob o risco de precisar rever ações consideradas como prioridade e programadas para os próximos meses. Entre elas, estão os investimentos no transporte público, saúde, segurança, além dos programas de assistência social

sábado, 7 de março de 2009

ADESÃO À GREVE NÃO É COMPLETA, MAS ALUNOS RECLAMAM

07 de março de 2009


Enquanto sindicato e gestores divergem sobre o número de profissionais que aderiram ao movimento grevista na rede pública de Educação no estado e município de Natal, a realidade nas Escolas fala por si só.
Fonte: DIÁRIO DE NATAL (RN)


Enquanto sindicato e gestores divergem sobre o número de profissionais que aderiram ao movimento grevista na rede pública de Educação no estado e município de Natal, a realidade nas Escolas fala por si só. A reportagem do Diário de Natal percorreu as Escolas estaduais Atheneu e Anísio Teixeira, no bairro de Petrópolis, Winston Churchil, na Cidadel Alta, além da Escola municipal Mareci Gomes, no Passo da Pátria, para verificar como anda o funcionamento dessas unidades durante a greve dos professores, iniciada na última segunda-feira. O resultado foi esmagador: três unidades sem aulas e uma funcionando apenas parcialmente.Na Escola estadual Atheneu, portões fechados desde segunda-feira. Depois de uma semana de greve, a informação dadas por funcionários da Escola é que as aulas deverão ser retomadas na próxima segunda, com estagiários substituindo os professores nas salas de aula.
No Winston Churchill, aulas totalmente paralisadas desde segunda. De acordo com a diretora Maria Imaculada dos Santos Bezerra, os cerca de 70 professores da Escola aderiram à greve. ''Os turnos matutino, vespertino e noturno estão completamente sem aulas. A Escola está funcionando apenas com o pessoal do apoio pedagógico e secretaria. Tenho dois professores que estão em estágio probatório e três estagiários, mas os alunos não estão vindo para nenhuma aula. Não adiantaria assistir uma aula agora e depois ver a mesma aula quando for reposta''. A diretora acredita que a maior parte dos professores volte às salas de aula após a assémbléia geral dos grevistas, marcada para segunda-feira, às 14h, no próprio Winston Churchill.
No Passo da Pátria, a Escola municipal Mareci Gomes, que oferece aulas para o ensino fundamental, também está com portões fechados desde segunda. Um cartaz na entrada da Escola indica que os professores do turno vespertino estão em greve e que uma única professora continua dando aulas para o 1º ano.
ANÍSIO
No Anísio Teixeira, os alunos Tiago Cunha Andrade, 18, e Emerson Breno, 15, do 3º ano, relatam que os estudantes enfrentam dificuldades. ''Deveríamos ter cinco horários de aula, mas só tivemos dois na maior parte da semana. Hoje só tivemos duas aulas de inglês'', conta Tiago. ''É complicado porque é ano de vestibular e começamos assim'', afirma Emerson. Segundo ele, faltam professores para as disciplinas de português, filosofia, sociologia e história.
O professor de português Bionor Paulino é um dos grevistas do Anísio Teixeira. ''O movimento aqui está dividido. Muitos professores pararam desde segundo e outros continuam. Eles estão juntando as turma para dar aula, porque tem sala com dez, quinze alunos apenas''. professor da rede estadual há 15 anos, ele não está confiante nas promessas do governo. ''A governadora anunciou que tem R$ 31 milhões para atender nossas reivindicações até 2011. Ela prometeu R$ 10 milhões entre abril e dezembro desse ano. Mas próximo ano já vem eleição, ela deve deixar o governo, e não sabemos como vai ficar esse acordo''.
De acordo com o diretor do Anísio Teixeira, Francisco Neris Viana, no turno da manhã, apenas quatro dos vinte professores aderiram à greve. O turno vespertino estaria funcionando completamente e não há aulas para o turno noturno. O diretor descartou utilizar estagiários para complementar o quadro e retomar as aulas. ''Não temos estagiários aqui, apenas dois professores em estágio probatório. Não teria porque colocar estagiários por apenas duas semanas''.
Francisco Viana relata que há 19 anos aguarda sua promoção de professor do magistério com nível médio para nível superior. ''A universidade reconheceu nossa mudança de nível, mas o governo até hoje não o fez. É uma diferença de cerca de R$ 300 a que temos direito e que faz falta porque os salários são baixos''.
O diretor afirma que há uma dificuldade muito grande para gerenciar as Escolas estaduais devido à falta de recursos. ''O Anísio Teixeira oferece apenas o ensino médio. Por isso recebemos recursos apenas do Governo Estadual. Escolas que oferecem também o ensino fundamental, recebem recursos de outros programas e tem uma situação melhor. O que vemos é que os recursos não chegam como deveriam e não há critérios claros sobre essa distribuição. Quem faz a Educação realmente é o agente social que está dentro da rede, por sua força de vontade''.
Luiz Freitas
da equipe do diário de natal






quarta-feira, 4 de março de 2009

SINTEAC E CNTE PROMETEM GREVE

04 de março de 2009

Os representantes do Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinteac) e da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) prometeram brigar pela aplicação do piso nacional de R$ 950 para professor com ensino médio. Para Isso, eles farão um movimento de greve em abril.
Fonte: A TRIBUNA (AC)



Os representantes do Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinteac) e da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) prometeram brigar pela aplicação do piso nacional de R$ 950 para professor com ensino médio. Para Isso, eles farão um movimento de greve em abril.
De acordo com o presidente do Sinteac, Manoel Lima, apenas Brasiléia está pagando o valor exigido em lei.
"A prefeitura de Brasiléia escolheu pagar os R$ 950, ofereceu 25% de aumento para os servidores e mais 12% para os professores com nível superior. Essa atitude foi positiva, mas a nossa reivindicação para os outros gestores é apenas o piso nacional", detalhou o sindicalista.
A diretora social do CNTE no Acre, Rosana Nascimento, afirmou que a entidade já iniciou a mobilização da classe, que deverá lançar um manifesto na frente do Supremo Tribunal Federal (STF) no dia 2 de abril, em Brasília.
"Vamos reivindicar uma carga horária máxima de 40 horas semanais, além de reivindicar a aplicação da lei", detalhou Rosana.
Para forçar o pagamento do piso único, o CNTE deu aos prefeitos e secretários o prazo de até o dia 30 de março.
"Depois desta data, vamos denunciar os prefeitos para o Ministério Público Estadual. Queremos também os valores retroativos referentes a janeiro e a fevereiro", afirmou a diretora social.
Piso
A lei do piso foi sancionada em julho pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, fixando o início do pagamento em 2009, que deveria ser oferecido de forma progressiva até 2010.
Com o objetivo de garantir que os valores fossem repassados aos professores, o Ministério da Educação (MEC) possui um recurso de R$ 500 milhões para a implementação dos recursos dos gestores.
Mesmo com a garantia de um repasse, alguns Estados entraram com uma ação direta de inconstitucionalidade (Adin), argumentando que a regra fere o pacto federativo, pois interfere na estrutura do serviço e da carreira pública nos Estados e nos municípios. (Freud Antunes)

terça-feira, 3 de março de 2009

PROFESSORES AMEAÇAM FAZER GREVE NACIONAL PELO PISO DE R$ 950

03 de março de 2009


A CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação) planeja greve nacional de professores para abril ou maio pela aplicação do piso salarial nacional de R$ 950. Durante o mês de março, eles realizam uma série de assembleias em todo o país para decidir a data.
Fonte: UOL Educação


A CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação) planeja greve nacional de professores para abril ou maio pela aplicação do piso salarial nacional de R$ 950. Durante o mês de março, eles realizam uma série de assembleias em todo o país para decidir a data.
Aprovada em julho do ano passado e em vigor desde 1º de janeiro de 2009, a Lei 11.738/08, que estabelece o piso, ainda não é realidade na maioria dos estados e municípios, segundo a confederação. Os estados teriam até 2010 para pagá-lo como vencimento inicial (salário-base). Segundo a assessoria de imprensa da entidade, a greve está prevista para começar em abril ou maio.
. Veja os valores dos salários dos professores no país, segundo dados da CNTE

Governadores do Ceará, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina entraram com uma Adin (Ação Direta de inconstitucionalidade) contra o piso, e foram apoiados por Distrito Federal, Minas Gerais, Roraima, São Paulo e Tocantins. O STF (Supremo Tribunal Federal) considerou a lei constitucional, mas limitou sua abrangência até o julgamento do mérito da ação.

A CNTE planeja para o dia 2 de abril uma manifestação em frente ao STF (Supremo Tribunal Federal) para pedir celeridade no julgamento da ação proposta pelos cinco estados. Pontos como o valor a ser pago em 2009, a aplicação do reajuste e a jornada de aplicação do piso geram dúvidas em torno da implementação da lei e ainda esperam decisão do STF.

"Estamos trabalhando na perspectiva de que as nossas entidades façam mobilizações para que os municípios e estados cumpram a lei. É preciso criar uma mobilização nacional para que não caia no esquecimento uma lei que é de tamanha importância para a melhoria da educação brasileira", afirmou Roberto Leão, presidente da CNTE, em entrevista à Agência Brasil.
Histórico
A lei tramitou por 13 meses no Congresso Nacional e foi sancionada em 16 de julho pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Segundo a lei, até 2010, os salários deveriam ser reajustados progressivamente: o primeiro reajuste estava previsto para janeiro de 2009. Os estados que entraram com a Adin argumentam que a lei fere o pacto federativo porque interfere na estrutura do serviço e da carreira pública nos estados e municípios. Além disso, eles alegam que, para muitos, a lei é inviável do ponto de vista orçamentário