PESQUISA

quinta-feira, 30 de abril de 2015

Começar a aula às 7h não faz sentido, diz pesquisador da UFPR


30 de Abril de 2015

Para professor, sono tem um papel ativo na aprendizagem e atua na consolidação do conhecimento e importante para desenvolver criatividade

Fonte: UOL Educação

O professor Fernando Louzada, da UFPR (Universidade Federal do Paraná), defende uma escola com horários mais flexíveis e que dê mais atenção à necessidade de sono dos alunos. Para ele, dormir mais pode ajudar na consolidação da aprendizagem.
"As escolas estão fazendo tudo errado, não levam em conta o sono dos estudantes", diz o professor, que faz parte da Rede Nacional de Ciência para Educação, formada por um grupo de pesquisadores que se reuniu na segunda-feira (27) no Instituto Ayrton Senna, em São Paulo, para compartilhar pesquisas que podem ser aplicadas na sala de aula.
"Sempre que me perguntam qual é a escola ideal eu respondo: a que fica mais perto da sua casa, porque você pode dormir mais", afirma Louzada, que critica a predominância de escolas com horários matutinos. "Começar a aula às 7h não faz sentido nenhum", diz.
Para o pesquisador, esse horário privilegia os "matutinos", que naturalmente têm mais disposição de manhã, em detrimento dos estudantes que não conseguem dormir cedo. Desse modo, Louzada sugere um novo modelo de carga horária: 3 horas fixas para todos os alunos (das 9h às 12h) e duas horas flexíveis (das 7h às 9h para quem prefere acordar cedo ou das 13 às 15h para quem é vespertino).
"O sono tem um papel ativo na aprendizagem. A gente precisa dormir para aprender. Ele atua não só na consolidação do conhecimento, como também é importante para desenvolver a criatividade", diz.
Sesta
Se chegar bem descansado na escola tem um papel fundamental para entender o conteúdo, o cochilo após o estudo também pode ser um aliado na aprendizagem. "A escola precisa ter tempo para a sesta, no mínimo até os 7 anos", diz. Mas não para por aí, nas demais idades também é importante ter disponível um espaço para o cochilo.
"A sesta é uma estratégia para compensar a falta de sono. A escola não pode colocar uma aula de alfabetização às 13h", afirma Louzada.

Ministro defende intervenção no ensino e mudança radical dos currículos


30 de Abril de 2015

Proposta preliminar de Mangabeira Unger para o projeto "Pátria Educadora" inclui nova divisão de recursos da Educação e carreira única para professores de todo o país

Fonte: Agência Câmara

O ministro-chefe da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, Roberto Mangabeira Unger, apresentou, em audiência pública da Comissão de Educação da Câmara dos Deputados, uma proposta preliminar que prevê alterações profundas no sistema de ensino brasileiro. Ele disse ter sido incumbido de formular a proposta pela presidente Dilma Rousseff, dentro do projeto “Pátria Educadora”. “Este é um projeto de Estado e é a prioridade número um da presidente”, disse.
A proposta de Mangabeira prevê uma intervenção na educação, principalmente na qualidade das escolas de municípios com fraco desempenho. Ele chama isso de “cooperação federativa”. “Tudo em matéria de educação passa pelo federalismo cooperativo, que é a maneira de organizar a cooperação entre governo federal, estados e municípios”, explicou.
Ele propõe mudanças na divisão de recursos para União, estados e municípios, e a transferência de investimentos para lugares com ensino deficiente a partir da avaliação de órgãos colegiados inspirados no Sistema Único de Saúde (SUS). Isso seria feito por meio de um órgão que teria a participação dos três entes federativos, com a missão de identificar os problemas regionais e intervir para que a qualidade do ensino aumente.
O plano de Mangabeira prevê ainda uma alteração radical nos currículos escolares, a adoção de uma carreira nacional para os professores, mudança no processo de formação de docentes e na forma de escolha de diretores de escolas baseada em mérito.
Currículo
Mangabeira Unger fez críticas ao ensino tradicional. “A tradição no Brasil é de enciclopedismo raso. É um decoreba. Como se o melhor aluno fosse aquele que conseguisse decorar a enciclopédia. Esse modelo briga com os pendores dos brasileiros, não é nossa natureza. O Brasil é uma anarquia criadora”, disse.
A proposta da Secretaria de Assuntos Estratégicos sugere mudança em todos os currículos, com menos conteúdos e maior profundidade no ensino. “É uma maneira de desenvolver as capacitações analíticas. Aprende-se criticando e criando”, explicou. “Profundidade conta mais que abrangência. Temos que enxugar o currículo.”
Recursos
Ele também propõe a extensão do período escolar, além do aumento da qualidade do ensino, e para isso ele sugere uma nova divisão dos recursos e das atribuições dos entes federados para a implantação de um sistema nacional de ensino, em especial a transferência de recursos dos lugares mais ricos para lugares mais pobres. Ele admitiu a criação de um novo fundo para isso.
“O Fundeb (Fundo de Desenvolvimento do Ensino Básico) tem sentido apenas levemente distribuidor. Ele ajuda a elevar os estados mais carentes a um patamar mínimo. Mas estamos discutindo agora formas de fortalecer esse sentido distribuidor. Ou dentro do Fundeb ou dentro dos recursos do FNDE ou definindo, no futuro, um terceiro fundo”, disse.
Diretores
O ministro defendeu a criação de centros regionais de formação de diretores de escola e afirmou ser contra a seleção apenas mediante eleição. “Diretores são muito importantes. Eles teriam que ser escolhidos entre os mais qualificados. A qualificação tem que ser o primeiro critério, mesmo que o segundo seja o processo eletivo”, disse.
A proposta prevê também que os professores tenham dedicação exclusiva a apenas uma escola e que não ensinem apenas uma disciplina, mas várias disciplinas dentro de uma área.
Piso salarial
Mangabeira Unger quer ainda mudança na formação de professores, com uma carreira nacional e a adoção de um piso nacional salarial que permita a progressão funcional. “A ideia é propor aos estados diretrizes de uma carreira comum, nacional, e essa carreira tem que ser vinculada ao piso salarial nacional, definido de modo a respeitar as diferenças regionais e a permitir uma progressão dentro da carreira”, disse.
Ao responder pergunta da deputada Professora Dorinha Seabra Rezende (DEM-TO), autora do requerimento da audiência pública, ele disse que a discussão do piso salarial não pode superar a da carreira. Segundo a deputada, muitos estados não estão cumprindo o piso por falta de recursos.
“Há um perigo a enfrentar em relação ao piso. Não podemos permitir que a questão maior, da carreira nacional, seja inibida pelo piso. O piso é um tema menor. O importante deve ser a carreira e não o piso”, disse.


Carreira nacional para professores é mais importante do que piso, diz ministro
O ministro-chefe da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, Roberto Mangabeira Unger, disse, em audiência pública da Comissão de Educação, que a criação de uma carreira nacional para professores é mais importante que a discussão sobre um piso nacional para a categoria.
Ao responder pergunta da deputada Professora Dorinha Seabra Rezende (DEM-TO), autora do requerimento da audiência, ele disse que o piso tem que respeitar a realidade nacional e que essa discussão não pode superar a da carreira. Segundo a deputada, muitos estados não estão cumprindo o piso por falta de recursos.
“Há um perigo a enfrentar em relação ao piso. Não podemos permitir que a questão maior, da carreira nacional, seja inibida pelo piso. O piso é um tema menor. O importante deve ser a carreira e não o piso”, disse Unger.
A audiência ocorre no plenário 10.

Mangabeira Unger quer mudar formação de professores e diretores de escolas
O ministro-chefe da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, Roberto Mangabeira Unger, defendeu há pouco mudanças na formação dos professores e na escolha de diretores das escolas. Ele participa de audiência da Comissão de Educação da Câmara dos Deputados.
Mangabeira propõe a criação de centros regionais de formação de diretores de escolas. “Diretores são muito importantes. Eles teriam que ser escolhidos entre os mais qualificados. A qualificação tem que ser o primeiro critério, mesmo que o segundo seja o processo eletivo”, disse.
Ele também quer mudança na formação de professores, com uma carreira nacional e a adoção de piso nacional salarial que permita a progressão funcional. “A ideia é propor aos estados diretrizes de uma carreira comum, nacional, e esta carreira de professor tem que ser vinculada ao piso salarial nacional, que tem que ser definido de modo a respeitar as diferenças regionais e que permita uma progressão dentro da carreira”, disse.
Mangabeira defende que os professores tenham dedicação exclusiva a apenas uma escola e que não ensine apenas uma disciplina, mas várias disciplinas dentro de uma área.
O ministro elaborou um projeto preliminar para implantação das metas do Plano Nacional de Educação (PNE) a pedido da presidente da República, Dilma Rousseff. Ele propõe também uma nova divisão de recursos e de responsabilidades entre União, estados e municípios, além de intervenção federal em escolas com baixo rendimento, e mudança radical nos currículos.
A audiência ocorre no plenário 10.




Nas últimas horas do prazo do Fies, alunos cogitam até parar de estudar


30 de Abril de 2015

Fonte: Folha de São Paulo

 Desempregado, Valdemir Duarte, 29, estava animado: começou a cursar fotografia na Fiam Faam e imaginava logo conseguir um trabalho. A inscrição no Fies (Fundo de Financiamento Estudantil), do governo federal, caminhava bem. Até que, faltando 15 dias para acabar o prazo, ele descobriu no site que o processo tinha sido zerado. "Sempre trabalhei em armazém, sala fechada. Nunca me identifiquei. Agora que finalmente comecei a fazer o que gosto, sou barrado. O sentimento é de derrota", diz. Duas mensalidades estão pendentes, e a faculdade disse que esperaria até esta quinta (30) para acionar a Justiça. Esse é o prazo do governo para novas inscrições no Fies. "Não tenho opção. Acho que vou ter que trancar", lamentou Duarte. A situação se repete na porta de faculdades em todo o país. Mudanças anunciadas no fim do ano passado restringiram o acesso ao programa. O governo cortou repasses, limitou o reajuste de mensalidades e aumentou o rigor com a qualidade das instituições. Com isso, estudantes tiveram que contar com planos B ou até abrir mão dos planos.
Até terça (28), 249.954 novos contratos foram firmados no ano, segundo o Ministério da Educação. Em 2014, foram 732 mil. Ainda não há data de abertura do Fies no segundo semestre. Há 1,9 milhão de contratos ativos, dos quais 156.940 estão pendentes. O governo estendeu o prazo para quem pretende renovar o contrato até 29 de maio. Mas quem está na fila pela primeira vez não teve a mesma chance. Por isso, Anna Carolina Duarte, 23, acorda de madrugada, corre até o cartório para regularizar sua documentação, corre até a faculdade, corre contra o relógio para conseguir ficar no curso de direito que faz há três anos na FMU. Ela mora com a avó, aposentada. O dinheiro que seu pai, residente no exterior, mandava acabou. "A esperança é a última que morre. Mas a minha está quase morrendo", desabafou. E.T., que não quis ter o nome publicado, tem 27 anos. Quando terminou o ensino médio, na rede pública, teve que adiar o plano de cursar engenharia da computação por um problema de saúde. Tentou fazer a cirurgia pelo SUS, sem sucesso. Com dores, resolveu trabalhar com carteira assinada para ter um convênio de saúde. Conseguiu. Fez a operação e ficou liberado para estudar. Durante dois anos tentou o vestibular para uma universidade federal. Não deu. Passou na Fiap com bolsa do Prouni, programa que banca metade de sua mensalidade –a outra metade pretende pagar com o Fies. E.T frequenta as aulas desde o início do ano animado, mas "apreensivo". "Gostaria de já ser independente financeiramente", lamenta.
As 2h30 de viagem de Itapecerica da Serra (Grande SP), onde mora, à faculdade, são gastas no site do Fies. "Vou tentar até 23h59." Lígia Tenório, 46, já se prepara para sacrificar os estudos pela filha. Ambas foram aprovadas na Uninove em enfermagem. A mãe conseguiu bolsa de 50% do Prouni, mas a filha, não. As duas estão na batalha do Fies. Se não conseguirem, a mãe diz que abandonará o curso. "Ela é prioridade. Já tenho 46 anos, é mais difícil entrar no mercado de trabalho", diz. O Ministério da Educação diz, em nota, monitorar o sistema para garantir pleno atendimento.

quarta-feira, 29 de abril de 2015

Opinião: A Educação que queremos


29 de Abril de 2015

"Celebramos ontem o Dia Mundial da Educação. Ter uma data especial voltada à causa reforça a necessidade de refletir sobre a Educação que temos e queremos", afirma Glauco José Côrte

Fonte: JI News

Celebramos em 28 de abril, o Dia Mundial da Educação. Ter uma data especial voltada à causa reforça a necessidade de refletir sobre a educação que temos e a que queremos. Estudos comprovam que ainda temos muito que avançar. O brasileiro trabalha mais do que a média do trabalhador dos países ricos, mas a produtividade é menor. Uma das razões que explicam este fato é a baixa escolaridade, que se torna mais grave em uma economia cada vez mais baseada no
Apenas 43% dos brasileiros entre 25 e 64 anos possuem formação equivalente ao ensino médio. É bem menos que a média (75%) dos países que integram a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Entre os jovens de 25 a 34 anos, apenas 57% concluíram a educação básica, contra 82% na comparação internacional.
Em Santa Catarina, mais de 142 mil jovens entre 15 e 29 anos não trabalham e nem estudam, uma realidade que aponta para um descompasso entre juventude, educação e o mundo do trabalho.
O mais recente relatório da OCDE sobre crescimento econômico avalia e compara o progresso das reformas em todos os países e identifica novas prioridades para relançar o crescimento e torná-lo mais inclusivo. O estudo mostra que o Brasil precisa INVESTIR em educação e qualificação
É por isso que, em sua nova fase, o Movimento A Indústria pela Educação, da FIESC, decidiu estimular os jovens para uma atuação mais colaborativa com a escola e mais próxima do mundo do trabalho. O Movimento conta, também, com parceiros que se empenham nesta causa, como o
Todos pela Educação, a Fundação Victor Civita, representantes dos trabalhadores, o Instituto Ayrton Senna e a HAMK – Universidade de Ciências Aplicadas da Finlândia.
Para os próximos anos, o desafio é maior ainda. A proposta é transformar a iniciativa, hoje focada na indústria, em Movimento Santa Catarina pela Educação, agregando outros setores da economia e da sociedade que partilham da mesma causa. É pela educação que manteremos o nosso Estado na rota da inovação e do desenvolvimento social e econômico.

Professores cearenses receberão reajuste complementar


29 de Abril de 2015

O objetivo é igualar ao piso nacional. No Ceará, o valor inicial, que hoje é de R$1.817, passará a R$ 2.053

Fonte: Diário do Nordeste (CE)

O Governo do Estado anunciou nesta terça-feira o reajuste complementar a ser concedido aos professores da rede estadual de ensino. O percentual, unido aos 6,45% concedidos no início do ano, deve chegar a 13,01%. O objetivo é igualar o salário dos profissionais no Ceará ao piso nacional da categoria. Os valores foram divulgados em coletiva concedida pelo governador Camilo Santana. O projeto de lei que trata do assunto será enviado à Assembleia Legislativa em maio, e a expectativa é de que em junho seja sancionado. No Ceará, o valor, que hoje é de R$1.817, deve chegar a um total de R$ 2.053.
Isso significa que toda a tabela da categoria será reajustada de acordo com as mudanças. O custo total será de R$ 60 milhões anuais. Devido ao alto custo do reajuste, o governador explicou que ainda vai negociar com a categoria para saber como será feito o pagamento do retroativo referente ao último mês de janeiro. "Nós reconhecemos os valores retroativos", disse o gestor.
"Nos oito anos do governo Cid Gomes, nenhum servidor teve perda salarial do ponto de vista da inflação. Esse é um compromisso que vamos manter, principalmente com aqueles que fazem a diferença entre uma boa e uma má escola, que são os professores e gestores escolares", afirmou o gestor.
Além disso, o gestor estadual ainda confirmou a nomeação de 212 professores concursados para substituir os temporários que trabalham atualmente na rede estadual. Será gasto R$ 1,5 milhão. "O impacto não será tão grande devido à substituição dos temporários".
Nos primeiros meses do ano, o governador enviou para a Assembleia Legislativa uma proposta de lei que aprova o vale-alimentação para os mestres temporários da mesma forma dos efetivos. Após a aprovação dos deputados, ontem, a norma foi sancionada.
Anunciou-se ainda a ampliação definitiva de carga horária, processo que permitirá aos professores efetivos que desejarem, trabalharem em regime de 40 horas semanais.
Responsabilidade
Segundo o governador, todas essas mudanças foram realizadas com bastante responsabilidade devido ao momento difícil do ponto de vista econômico que vem causando reduções na arrecadação nos estados e municípios. "Esse é um momento de muito zelo e responsabilidade para assegurar o equilíbrio fiscal das contas do Estado", frisou.
Para chegar ao resultado, Governo e categoria reuniram-se várias vezes para dialogar, diz Camilo. "Essa é a maneira que queremos encontrar as soluções não apenas para essa categoria, mas com todas as áreas para que possamos encontrar as melhores alternativas possíveis".
O presidente da Associação dos Professores de Estabelecimentos Oficiais do Ceará (Apeoc), Anízio Melo, comemorou as conquistas. No entanto, comentou que vai continuar trabalhando para a melhoria das condições dos outros profissionais, que não são educadores, mas atuam na rede de ensino.
O sindicalista, lembrou porém, que, hoje, os profissionais da educação vão parar as atividades em todo o Brasil em protesto ao uso dos royalties do petróleo e contra o projeto de lei que autoriza a terceirização, em votação no Congresso. Em Fortaleza, o protesto ocorre em frente ao Palácio da Abolição, no Meireles.

Plataforma online auxilia capacitação para elaboração de PMEs


29 de Abril de 2015

Parceria entre diversas fundações e o movimento Todos pela Educação, o Conviva Educação é um ambiente virtual desenvolvido com o objetivo de apoiar a gestão das secretarias

Fonte: Blog da Mobilização

De acordo com o Plano Nacional de Educação – PNE, municípios de todo o Brasil tem até o dia 24 de junho de 2015 para apresentar seus Planos Municipais de Educação – PMEs, documentos que estabelecem metas e estratégias para a educação local ao longo dos próximos 10 anos. No entanto, segundo o Ministério da Educação – MEC, cerca de 75% dos municípios ainda não elaboraram projetos de lei para instituir seus planos.
Parceria entre diversas fundações e o movimento Todos pela Educação, o Conviva Educação é um ambiente virtual desenvolvido com o objetivo de apoiar a gestão das Secretarias Municipais de Educação. A plataforma é gratuita e, por meio de informações, ferramentas e processos de apoio, visa colaborar para melhorar a gestão dos processos administrativos.
Para auxiliar a comunidade escolar no processo de elaboração do Plano Municipal de Educação – PME, a plataforma disponibilizou o vídeo de capacitação a seguir. Além disso, as secretarias cadastradas podem consultar informações sobre os marcos legais, as etapas de construção e as rotinas de acompanhamento de forma prática e rápida

PNE: Estados e municípios têm um mês para elaborar planos de educação


29 de Abril de 2015


Planos de educação devem ter viabilidade prática, sentido e condições de alterar a política educacional de cada setor

Fonte: IG/ Último segundo


Falta só um mês de prazo para Estados e municípios elaborarem seus planos de educação – conforme determina o Plano Nacional de Educação (PNE) do Ministério da Educação (MEC), aprovado em junho de 2014 –, mas até fevereiro deste ano apenas 55 dos 5.570 municípios brasileiros tinham finalizado seus planos, bem como três dos 27 Estados.
Entretanto, a representante da Secretaria de Articulação com os Sistemas de Ensino (Sase), do MEC, Flávia Maria de Barros Nogueira, acredita que a grande maioria conseguirá cumprir a obrigação até final de maio.
“Temos pouca governabilidade sobre os trâmites administrativos, mas é fato que a grande maioria vai estar com o projeto de lei encaminhado. Não teremos 100% nessa condição, sabemos que alguns terão alguma dificuldade, e trabalharemos intensamente com os que restarem para finalizar o trabalho. O Ministério Público tem um plano de ação para localizar os municípios e avaliar porque o prazo não foi cumprido e o que será feito dali em diante”, disse Flávia Maria.
Segundo ela, a maior preocupação é fazer com que todos os Estados e municípios tenham planos de educação, que mostrem viabilidade prática e tenham sentido e condições de alterar a política educacional em seu campo de atuação. “Nosso objetivo é mostrar que há uma mobilização nacional. Todo o MEC está passando por um replanejamento, com todos os programas sendo adequados ao PNE. Ou os municípios e estados compreendem que estamos em um novo momento da educação, ou eles vão perder muito”, salientou.
Para Flávia Maria, o ideal seria que o PNE orientasse os Estados a fazerem seus planos, observando os municípios. “Nós tivemos o PNE tramitando por quatro anos, tivemos uma lentidão muito grande dos municípios para perceber que o tempo depois da aprovação seria curto para fazer o trabalho”, disse ela. De acordo com Flávia, a orientação é no sentido de se tentar uma articulação entre e estados e municípios para que, depois, o MEC possa fazer uma pactuação para a execução das metas.

Pátria Educadora é plano da presidente, diz Mangabeira


29 de Abril de 2015

Ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos é criticado por apresentar projeto sem o MEC

Fonte: O Globo (RJ)


RIO - A ausência do ministro Renato Janine Ribeiro (Educação) nos debates em torno do plano da “Pátria Educadora” foi criticada por entidades e especialistas durante a reunião convocada pelo governo para debater a proposta. O encontro aconteceu anteontem em São Paulo e, em resposta aos questionamentos, a Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE), responsável pela construção do projeto, divulgou ontem uma nota com esclarecimentos, assinada pelo titular da pasta, Roberto Mangabeira Unger.

Um dos pontos mais questionados por educadores presentes ao evento foi o fato de o novo ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro, que assumiu o cargo no início do mês, até agora não ter se pronunciado sobre o projeto apresentado por Mangabeira. O plano prevê, entre outros pontos, a intervenção em redes com maus resultados e a criação de um plano de carreira nacional para docentes.
Mesmo sendo um documento preliminar, ainda aberto ao debate, a crítica é que, sem o respaldo de Janine, não fica claro como o governo conduzirá o projeto.
Para Mangabeira, está “claríssimo” que quem formula e conduz o projeto é “a Presidenta da República”. Segundo ele, a SAE apenas assessora Dilma e “o Ministério da Educação participou e participa de todas as etapas de formulação do projeto e terá, em colaboração com os estados e os municípios, a responsabilidade de executá-lo”.
A participação do MEC na elaboração do plano aconteceu apenas durante a curta gestão do ex-ministro Cid Gomes, que deixou o cargo em março.
Outra crítica de educadores que leram o projeto da SAE está no fato de ele dar pouca ênfase ao Plano Nacional de Educação (PNE), aprovado pelo Congresso no ano passado. Para Mangabeira, não haveria conflito entre os dois planos, pois o PNE seria uma “lei-arcabouço”, que fixa metas e define procedimentos. Enquanto isso, a proposta preliminar da Pátria Educadora começa a dar conteúdo a estas diretrizes. “Demarca trajetória para transformá-las em realidade”, diz no texto.
CONFIRA A NOTA NA ÍNTEGRA:
ALGUNS MAL-ENTENDIDOS E ALGUMAS DIVERGÊNCIAS SUSCITADOS NA REUNIÃO A RESPEITO DA PATRIA EDUCADORA DE 26 DE ABRIL DE 2015
Roberto Mangabeira Unger
Mais uma vez agradeço a participação de todos. Não quis usar nosso tempo para defender a proposta. A discussão revelou, porém, alguns mal-entendidos e algumas divergências que me permito comentar, na seguinte forma dialética.
Objeção: Não está claro quem formula e conduz o projeto Pátria Educadora.
Resposta: Está claríssimo. É a Presidenta da República, ainda mais por tratar-se do projeto prioritário do governo. A Secretaria de Assuntos Estratégicos apenas assessora a Presidenta. O Ministério da Educação participou e participa de todas as etapas de formulação do projeto e terá, em colaboração com os estados e os municípios, a responsabilidade de executá-lo.
Objeção: A proposta contradiz o Plano Nacional de Educação.
Resposta: Não há conflito. O Plano Nacional de Educação é uma lei-arcabouço. Fixa metas e define procedimentos. Invoca conceitos abstratos como o do regime de cooperação dentro da Federação sem dar-lhes conteúdo institucional. A proposta preliminar da Pátria Educadora (chamada aqui “a proposta”) começa a dar conteúdo a estas diretrizes. Demarca trajetória para transformá-las em realidade.


Objeção: Nada se conseguirá sem acertar com os estados e os municípios.

Resposta: É o que diz a proposta. Um de seus quatro eixos é o desenho institucional da cooperação federativa em educação. Até agora temos tido apenas fragmentos de federalismo cooperativo em matéria de educação. A proposta esboça o desenho institucional que falta.

Objeção: Não é desejável ou factível ter funcionários do MEC batendo às portas das escolas a título de recuperá-las quando tais escolas deixam de alcançar patamar mínimo de qualidade.

Resposta: Em nenhum momento sugere a proposta intervenção federal. Prevê cooperação federativa para socorrer escolas com desempenho inaceitável. Num primeiro momento, o socorro viria de quadro de orientadores recrutados de todos os três níveis da Federação. Em segundo momento, a cooperação atuaria por meio de órgãos transfederais, compostos por representantes do governo federal, dos estados e dos municípios.
O ponto crítico é o que fazer quando, apesar de todos os esforços, tal socorro não basta. Precisa haver procedimento transfederal, ou de cooperação federativa, para organizar resgate, mobilizando recursos humanos e financeiros adicionais e, substituindo, quando necessário, os gestores atuais de escolas malogradas. Não admiti-lo equivale a transgredir o princípio de que a qualidade da educação que um jovem recebe não deve depender do acaso do lugar onde ele nasce. O direito da criança se sobrepõe às prerrogativas do gestor.

Objeção: Certos elementos da proposta são inconstitucionais.

Resposta: A proposta é clara em distinguir etapas de seu desdobramento que são infralegais (mudar práticas sem mudar leis), legais (mudar leis) e constitucionais (mudar a Constituição). Nosso federalismo, cujas origens históricas estão no federalismo norteamericano, apenas abre brechas para a cooperação federativa, especialmente no artigo 23, que governa as competências concorrentes dentro da Federação. Falta de imaginação jurídica e constitucional é nociva para todas as políticas públicas. Revisão constitucional não é tarefa para agora. Poderá ser, porém, tarefa para depois.

Objeção: Em matéria de currículo, há conteúdos indispensáveis. O currículo deve ser sequência de conteúdos, não apenas de competências.

Resposta: O que vale como palco para a aquisição de competências analíticas é aprofundamento seletivo. Não há vínculo inquebrantável entre tais competências e qualquer rol de conteúdos consagrados. A tentativa de consagrá-los abre a porta para os dogmatismos e dilui o foco em habilidades básicas, como interpretação de texto e raciocínio lógico.A plausibilidade do compromisso com tais conteúdos, supostamente indispensáveis, resulta em parte de uma confusão: nos degraus inferiores do ensino conteúdos e
competências de confundem. Logo começam a divergir: as mesmas competências se podem adquirir ao lidar com conteúdos alternativos. Profundidade pesa mais do que abrangência.

Objeção: É preconceituoso supor que os alunos vindos de famílias pobres tendem a enfrentar maiores obstáculos pré-cognitivos ou "socioemocionais" ao aproveitamento escolar do que os filhos da classe média.

Resposta: O mundo não é como gostaríamos que fosse. O estudo empírico comprova, de maneira inequívoca, que numa sociedade de classes, como são todas as sociedades contemporâneas, formas de consciência e de comportamento importantes para o aproveitamento escolar não estão igualmente acessíveis a crianças de todas as classes. Considere-se, por exemplo, a seguinte questão. A capacidade para planejar o trabalho no tempo e a disposição para dar peso ao futuro estão presentes tão forte e comumente em crianças pobres e em crianças burguesas? Os estudos de sociólogos como Pierre Bourdieu, Bernard Lahire e, entre nós, Jessé de Souza demonstram que não. Tais efeitos da estrutura de classes exigem respostas, como, por exemplo, estreitamento do vínculo entre a escola e a família e organização cooperativa da educação, com base em equipes de alunos e de professores. Homenagens ao politicamente correto não resolvem o problema.

Objeção: Assegurar oportunidades acadêmicas especiais para jovens com vocações incomuns é anti-democrático.


Resposta: Todas as democracias contemporâneas enfrentam a tensão entre compromisso igualitário e respeito pelos talentos individuais. Igualdade não é nivelamento. A supressão das vocações extraordinárias empobrece a todos tanto quanto a recusa em reconhecer que nem todos aprendem do mesmo jeito. Daí a importância de oferecer sequências curriculares especiais ao lado da sequência padrão. Faz parte do esforço para sacudir a mediocridade, no benefício de todos.

Objeção: A proposta faz da tecnologia um fetiche ao mesmo tempo que apresenta visão estreita de seu potencial.

Resposta: O potencial da tecnologia para acelerar a qualificação do ensino básico depende de práticas cooperativas e de atitudes experimentalistas. Estas atitudes e práticas são mais importantes do que seus instrumentos tecnológicos. Determinam-lhes a eficácia.

Mangabeira Unger defende intervenção federal em escolas municipais de fraco desempenho


29 de Abril de 2015

Ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos faz críticas ao ensino com tradição de ‘enciclopedismo raso’

Fonte: O Globo 


BRASÍLIA - O ministro-chefe da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, Roberto Mangabeira Unger, defendeu, em audiência pública da Comissão de Educação, uma intervenção do governo federal na educação, principalmente nas escolas de municípios com fraco desempenho.
— Educação é um processo de Estado — afirmou.
Entre as propostas listadas por ele está a criação de órgãos colegiados compostos pela União, estados e municípios – inspirados no Sistema Único de Saúde – que teriam a missão de intervir em redes de ensino que apresentem baixa qualidade. Ele também defendeu uma nova divisão dos recursos destinados à educação, mudanças na escolha de diretores e uma total reformulação do currículo escolar.
Mangabeira recebeu da presidente Dilma Rousseff a tarefa de apresentar uma proposta preliminar para a educação, dentro do conceito de “pátria educadora” lançado pelo governo federal.
— O projeto da pátria educadora tem o objetivo de implantar o Plano Nacional de Educação — disse.
Em seguida, explicou que o PNE, que estabelece metas para a educação no país a médio e longo prazos, prevê, em seu artigo 7º, a colaboração entre os vários entes da federação.
— O PNE invoca o princípio da colaboração dentro da federação, sem entrar em detalhes. Tudo passa pela cooperação federativa — disse.
Mangabeira também fez críticas ao ensino tradicional.

— A tradição no Brasil é de enciclopedismo raso. É um decoreba. Como se o melhor aluno fosse aquele que conseguisse decorar a enciclopédia. Esse modelo tem dois grandes defeitos que o desqualificam: briga com os pendores dos brasileiros, e não é nossa natureza. O Brasil é uma anarquia criadora. O atributo do país é sua vitalidade — disse, defendendo um currículo menos abrangente e com mais profundidade.
— Não me conformo, como cidadão, que nossos Darwins baixem à sepultura sem terem sido descobertos. Quero libertar a genialidade brasileira. Quero um currículo que permita as heresias, as diferenças individuais — afirmou.
O ministro também propõe a extensão do período escolar, além do aumento da qualidade do ensino, e para isso ele sugere uma nova divisão dos recursos e das atribuições dos entes federativos, em especial a transferência de recursos dos lugares mais ricos para lugares mais pobres. Ele admite a criação de um novo fundo para isso.


Total de novos contratos no Fies vai ficar abaixo das expectativas, diz ABMES


29 de Abril de 2015


Só 242 mil foram firmados, menos da metade do esperado, segundo Associação de Mantenedoras. Prazo acaba nesta quinta

Fonte: O Globo (RJ)


RIO - Na véspera do fim do prazo de inscrição no FINANCIAMENTO Estudantil (Fies), o cenário é de apreensão para estudantes que ainda não conseguiram ingressar no programa. Embora o Ministério da Educação (MEC) não divulgue o número atualizado de adesões ao Fies até o momento, a estimativa da Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES) é de que a quantidade de novos contratos fique muito aquém do esperado e seja menor do que no ano passado.

— Tínhamos uma estimativa de que 500 mil alunos iriam aderir ao Fies no primeiro semestre, mas não vai alcançar esse número. Falta um dia e o último balanço divulgado pelo MEC (há uma semana) é de 242 mil, isso é menos da metade. Além disso, o primeiro semestre tem um ingresso maior que o segundo — afirmou o diretor executivo da ABMES, Sólon Caldas — Em comparativo com o ano passado, que tivemos um total 730 mil contratos novos, isso está aquém. Teremos um retrocesso no FINANCIAMENTO de contratos pelo governo.
Na maioria dos casos, o motivo pelo qual os estudantes não conseguem o cadastro no Fies tem nome: “M321”. O código que aparece quando muitos universitários tentam sem sucesso o financiamento significa que “o limite de financiamento disponibilizado para esta IES (instituição de ensino ou curso) está esgotado”.
— Eu vou continuar tentando, aproveitar o dia que resta. Até o ano passado, só faltavam jogar no nosso colo (o FINANCIAMENTO), e agora quem quer aderir não consegue— afirma o estudante de farmácia da Universidade Estácio de Sá, Audrey Ferreira.
O aluno tem 40 anos, está no 6º período do curso, e tenta aderir ao Fies pela primeira vez. Audrey afirma que o programa é a ferramenta que encontrou para garantir a conclusão dos estudos:
— A nossa realidade é muito difícil, o preço das coisas aumenta mais que o que ganhamos de salário. Chegou em uma situação que o dinheiro que ganho mal dá para pagar o curso. Veio a ideia de me inscrever, porque as condições ficaram apertadas, mas não consigo me cadastrar.


Após meses de transtornos causados pela “M321”, o Fundo Nacional do Desenvolvimento (FNDE), responsável pelo Fies, acrescentou anteontem um esclarecimento afirmando que a mensagem não se trata de um erro de sistema, mas sim de uma indicação de que, realmente, não existem mais vagas. Segundo o FNDE, “a partir deste ano o MEC definiu cotas de FINANCIAMENTO para cada instituição de ensino, além de priorizar o financiamento de cursos melhores avaliados nos processos conduzidos pelo Ministério, ou seja, que obtiveram, nessa ordem, os seguintes conceitos no Sistema Nacional de Avaliação de Cursos (SINAES): 5,4 e 3”.
— Eu nem sei mais o que fazer, sinceramente. Cursei quase quatro meses para perder tudo, jogar todo o período no lixo. Madruguei na frente do computador para chegar agora e simplesmente falarem que não vamos conseguir e ponto. É um descaso total. A dois dias do fim do prazo eles colocam esse aviso no site do Fies? Vemos na TV falando totalmente o oposto: que todo mundo vai conseguir. Mas é tudo mentira. — critica a aluna de odontologia da Universidade Veiga de Almeida, Beatriz Morgado, que diz que terá que cancelar a matrícula caso não consiga o Fies.
Em resposta ao GLOBO, o FNDE confirmou as restrições de vagas aos cursos com conceito 3 e 4, mas afirmou que “há atendimento plenos aos cursos nota 5”. A Veiga de Almeida , no entanto, nega. A universidade aponta em um informativo sobre o programa que alunos do curso de enfermagem, que tem conceito 5, não estão sendo atendidos.
— Segundo os últimos dados, há 1.122 novos contratos pelo Fies na Veiga. Mas existem, pelo menos, mais mil alunos no sistema que ainda estão na fila e não têm vaga— conta o reitor Arlindo Cardarett Vianna.
ALUNOS RECORREM À JUSTIÇA
Em meio à crise causada pelas alterações nos critérios de concessão de vagas do Fies, alguns estudantes têm recorrido à justiça. Em Piracicaba, no interior de São Paulo, um grupo de estudantes entrou com um pedido de ação civil pública no Ministério Público Federal (MPF) relativo às dificuldades encontradas.
É este o exemplo que a paulista Anna Santiago pretende seguir caso não consiga se cadastrar no Fies. Estudante de veterinária no Centro Universitário das Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU), Anna conta que já entrou em contato com um advogado para saber como deve agir caso não seja aceita no programa.
— Estou tentando entrar em uma faculdade federal, mas vou ter que estudar muito para isso e nunca tive tempo, porque sempre tive dois empregos. Já entrei em contato com um advogado e também fui orientada a procurar a defensoria pública. Eu vou continuar tentando, mas a minha esperança foi para o ralo— disse.


METAS DO PNE EM RISCO
O diretor executivo da ABMES ressalta outro problema que pode ser gerado pelas restrições encontradas no Fies neste ano. De acordo com Caldas, a baixa adesão ao programa influencia de maneira negativa uma das metas do Plano Nacional de Educação (PNE). O plano prevê que a taxa líquida de matrículas na educação superior— ou seja , o número de jovens entre 18 e 24 anos na universidade— deve alcançar o patamar de 33% dos até 2024. Atualmente, a taxa é de 16,5%.
— Essa decisão do governo vai afetar diretamente no cumprimento das metas do PNE.— afirma Caldas.
O FNDE afirmou que o Fies “não funciona com número de vagas pré-estabelecidas, mas sim com limite financeiro”. O fundo, no entanto, não informou qual seria o limite estabelecido para este ano. No ano passado, o valor chegou a R$13,8 bilhões. O órgão disse ainda que, no caso dos alunos que não firmaram o contrato inicial, “não há previsão de estender o prazo para novas inscrições.”

terça-feira, 28 de abril de 2015

Dia da Educação: veja quais são os principais desafios do Brasil na área


28 de Abril de 2015


Dos altos índices de evasão e repetência à superlotação de salas de aula, veja no que o Brasil precisa avançar

Fonte: IG/  Úlltimo segundo



Apesar de o País ter aumentado o INVESTIMENTO em Educação e de a presidente Dilma Rousseff ter anunciado o slogan "Brasil, Pátria Educadora" como mote de seu segundo mandato, ainda são muitos os desafios que temos de enfrentar nessa área.
Os resultados das avaliações nacionais mostram que as crianças saem da escola sabendo muito menos do que deveriam; nos exames internacionais, o desempenho dos alunos brasileiros é bem aquém do apresentado pelos estudantes de países desenvolvidos.
Veja abaixo quais são os principais problemas da educação no Brasil, da creche ao ensino superior.
ALFABETIZAÇÃO AOS 8 ANOS- Na prova realizada em 2012, apenas 44,5% das crianças do 3° ano mostravam alfabetização adequada na leitura
FORA DA ESCOLA - Brasil ainda tem 3,8 milhões de brasileiros entre 4 e 17 anos fora da escola
ENSINO DE MÁ QUALIDADE - No Brasil, mais de 90% dos estudantes terminaram o ensino médio em 2013 sem o aprendizado adequado em matemática
REPETÊNCIA E EVASÃO - Com baixa qualidade de ensino, estudantes repetem de ano e abandonam a escola. Metade dos alunos não concluem o ensino médio até os 19 anos.
PROBLEMAS NA ESCRITA - No Enem de 2014, 529 mil estudantes brasileiros tiraram zero na redação. O tema era Publicidade Infantil.
PROFESSORES TEMPORÁRIOS - 1 em cada 4 professores da rede pública do País é temporário, segundo estudo do Ipea. Assim, os professores não têm direitos trabalhistas completos e tampouco dedicação total ao trabalho. 
QUALIFICAÇÃO - 1 a cada 4 professores da educação básica no Brasil não tem diploma de ensino superior.
MUITOS ALUNOS POR SALA - Na rede estadual de São Paulo, as aulas começaram em 2015 com turmas superlotadas. Apesar do limite de 40 alunos, salas tinham até 85 matrículas.
VIOLÊNCIA - A violência no entorno das escolas também atinge as salas de aula. Escolas públicas por vezes têm de lidar com roubo de materiais e até de merenda.
BAIXOS SALÁRIOS - Em 2015, a Lei do Piso subiu o salário para R$ 1.918 por 40 horas de trabalho por semana. Criada em 2008, a lei não é cumprida por 3 redes estaduais: MG, RS e RO
FALTA DE INFRAESTRUTURA - Mesmo em SP, um dos Estados mais ricos do País, a rede estadual ainda tem escolas feitas de lata.
ENSINO SUPERIOR - Apenas 32,3% dos brasileiros de 18 a 24 anos cursam ou cursaram ensino superior. A meta do PNE é que o índice chegue a 50% em 2024