11 de setembro de 2009
Caio de Menezes Profissionais da rede estadual de Educação distribuíram
flores a policiais militares durante passeata realizada na tarde de ontem em
Laranjeiras (Zona Sul), dois dias após um confronto entre professores e PMs do
Batalhão de Choque terminar com saldo de oito feridos.
Fonte: JORNAL DO
BRASIL (RJ)
Caio de Menezes Profissionais da rede estadual de Educação distribuíram flores
a policiais militares durante passeata realizada na tarde de ontem em
Laranjeiras (Zona Sul), dois dias após um confronto entre professores e PMs do
Batalhão de Choque terminar com saldo de oito feridos.
Segundo o coordenador do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação
(Sepe), José Carlos Madureira, "cerca de 3 mil grevistas compareceram à
passeata". A PM não fez estimativas de público.
- A manifestação foi boa, mas esvaziada por conta da truculência da PM na
última terçafeira. Distribuímos flores para os policiais para mostrar que não
somos contra eles, queremos a corporação ao nosso lado - justificou o
sindicalista.
Em assembleia realizada na Associação Brasileira de Imprensa (ABI), no fim da
tarde de ontem, o sindicato decidiu manter a greve até a próxima terça-feira,
quando fará novo ato, às 14h, em frente à Alerj.
De acordo com Madureira, os grevistas foram recebidos ontem pela líder do PMDB
na Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), Aparecida Gama,
mas ouviram resposta negativa às suas reivindicações.
- Aparecida nos disse que não haverá incorporação dos profissionais de 40 horas
ao plano de carreira.
O mesmo foi dito pelo secretário de Planejamento, Sérgio Ruy, que cancelou
todas as negociações.
Greve de baixa adesão De acordo com a Secretaria Estadual de Educação, apenas
1% das 1.500 Escolas da rede aderiram à greve. Na véspera, os grevistas
calcularam a adesão em 50%.
Em Copacabana (Zona Sul), no Colégio Estadual Roma, as aulas foram normais.
- O colégio funcionou normalmente, só uma professora de geografia tem faltado -
disse Wellem Christina Sousa, aluna do 1º ano do ensino médio.
A estudante do 2º ano do ensino médio Cirlei das Neves Oliveira, os alunos do
Colégio Estadual professora Alcina Rodrigues de Lima, em Niterói - sem aula
desde o início da greve - teme pelo aproveitamento do ano letivo, mas não quis
culpar os grevistas.
- Os alunos estão preocupados com a reposição das aulas perdidas.
Com o adiamento da volta das férias por conta da gripe suína, perdemos 17 dias.
Agora é essa história de greve. Os professores estão no direito; errado é o
Estado, que desvaloriza o educador.
Governo mantém diálogo Em nota divulgada ontem, o governo do Rio, informou que
receberá o Sepe em outubro para discutir as reivindicações.
De acordo com a nota, "o governo do estado do Rio de Janeiro aprovou na
Assembleia Legislativa o programa de remuneração aos profissionais da Educação
mais ambicioso e consistente dos últimos 30 anos. Não só com relação à
valorização salarial substancial, mas no que diz respeito ao estimulo à
especialização profissional com agregação remuneratória. O secretário de
Planejamento irá receber o sindicato da categoria em outubro. Ele tratará
especificamente do Plano de Cargos e Salários para os professores de 40 horas
semanais".