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terça-feira, 29 de novembro de 2011

GREVE: ESTADO E CPERS RETOMAM NEGOCIAÇÃO


Hoje, o governo do Estado e o Cpers retomam as negociações, interrompidas desde 18/11, quando iniciou a greve dos professores
Fonte: Correio do Povo (RS)
Hoje, às 9h, no auditório da Procergs, na Capital, o governo do Estado e o Cpers retomam as negociações, interrompidas desde 18/11, quando iniciou a greve dos professores. O maior impasse se relaciona ao pagamento do Piso Nacional do Magistério - principal reivindicação da categoria. Mas a reformulação curricular no ensino médio também é alvo de embate.

O andamento dessas últimas semanas de aula neste ano, motivo de preocupação de estudantes e familiares da rede estadual, será tema também tratado.Para a presidente do Cpers, Rejane de Oliveira, a expectativa é de boa disposição para negociar.

Ontem, após um dia de mobilização e vigília na Capital e no Interior, o comando de greve do sindicato decidiu aceitar a agenda. "Vamos discutir sobre o Piso, o Plano de Carreira e a reforma do ensino médio; e estaremos abertos a ouvir a contraproposta do governo", antecipou Rejane.

Conforme a dirigente, ontem houve boa mobilização em Porto Alegre, diante do Palácio Piratini; e no Interior, nas Coordenadorias de Educação (CREs/SEC) e praças centrais de municípios.

Na reunião de hoje, o Cpers será recebido pelo secretário da Educação, Jose Clovis Azevedo. Ontem, nota da Secretaria Estadual da Educação (SEC) comunicava que não tinham informações a serem antecipadas. E sobre o movimento, ressaltava que segue a determinação de corte no registro de ponto dos grevistas.

Após encontro com o governo, o comando de greve do Cpers avaliará o conteúdo discutido e agendará nova assembleia para definir, com a base da categoria, rumos e estratégias do movimento.
Coelho Neto sem escola de lata
O fim da "era de lata" na Escola Estadual de ensino fundamental Coelho Neto foi comemorado ontem pela comunidade Escolar do bairro Bom Jesus, na Capital.

Depois de quase cinco anos estudando em sete módulos "habitáveis", os 700 alunos do colégio participaram da cerimônia de inauguração das novas instalações, com a presença do secretário estadual da Educação, Jose Clovis de Azevedo.

Segundo ele, foram investidos R$ 1,139 milhão na construção do novo pavilhão. O espaço conta com seis salas de aula, três conjuntos de sanitários, salas de professores, direção e orientação; depósito, biblioteca, reservatório de água e áreas de circulação abertas e cobertas.

"Também foi construída nova sala de vídeo, com mezanino, onde a direção da Escola pretende instalar um estúdio de rádio", revelou o secretário.
A diretora da Coelho Neto, Patrícia Andriola da Silva, falou das dificuldades enfrentadas, lembrando que muitos alunos deixavam de estudar devido às condições precárias dos módulos de lata, como frio, calor e barulho. Agora, espera reverter a situação.

"Os alunos se encantaram com a Escola nova. Estão cuidando de detalhes, enfeitando, limpando o pátio e fizeram, até, mutirão para pintar o muro", citou.

A Coelho Neto estava entre as 11 Escolas de lata que foram implantadas na rede estadual a partir de 2007. Recentemente, o governo entregou as novas instalações da Escola Estadual Ismael Chaves Barcellos, em Caxias do Sul. O prédio teve investimento de R$ 1,57 milhão.

E a última Escola a ser recuperada será a Rafaela Remião, na Lomba do Pinheiro, na Capital. A inauguração deve ocorrer amanhã (15h).

Situação física de escolas em debate
A estrutura física das Escolas públicas do RS foi ontem tema de audiência pública na Assembleia Legislativa. O debate foi proposto pelo deputado estadual Carlos Gomes (PRB), que integra Comissão de Educação, Cultura, Desporto, Ciência e Tecnologia.

Conforme a Secretaria Estadual da Educação (SEC), das 2.554 Escolas da rede, ao menos 1.521 precisam de reforma. Nesse universo, está a Escola de ensino fundamental Alvarenga Peixoto, no bairro Arquipélago, na Capital, que funciona em prédio provisório há 66 anos.

"Não temos telas e muros de proteção. A cozinha e o refeitório encontram-se em condições lamentáveis. Atendemos 800 alunos, praticamente sem estrutura", afirmou a diretora Doris Alves. Ela citou ainda que o colégio sofre constantes ataques de vândalos.

O diretor substituto do Departamento Administrativo da SEC, Roberto Adornes, reconhece a gravidade da situação. Mas revelou a meta de aplicar R$ 1 bilhão em melhoria na estrutura física das Escolas estaduais até 2014

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