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segunda-feira, 21 de novembro de 2011

GREVE ENFRENTARÁ PAIS E ALUNOS


Estudantes do Ensino Médio e entidade de pais prometem fazer campanha para esvaziar paralisação do Magistério no Estado
Fonte: Zero Hora (RS)

Além de enfrentar o governo estadual, tradicional adversário em períodos de greve, a partir de hoje o Cpers dará início a uma paralisação em que medirá forças contra dois outros oponentes.

Associações de pais e de alunos do ensino médio, que já apoiaram mobilizações anteriores do magistério, desta vez se insurgem contra a ameaça ao término do ano letivo e fazem pressão pública para que as Escolas continuem funcionando. Hoje e amanhã, representantes dos grevistas vão visitar colégios em todo o Estado em busca de apoio para o movimento.

Reunidos na tarde de sábado em Canoas, alunos vinculados à União Gaúcha dos Estudantes Secundaristas (Uges) decidiram romper uma tradicional parceria com o sindicato de trabalhadores na Educação.

Durante o seu 56º Congresso Estadual, realizado na EscolaEstadual de ensino médio Bento Gonçalves, em Canoas, os participantes votaram pela aprovação de um documento contrário à paralisação dos educadores.

O texto produzido pelos alunos diz que “é preciso combater o sectarismo e a falta de diálogo presentes no processo conduzido por um segmento dos professores e construir uma ampla e massiva jornada de mobilização, agregando estudantes, professores e o conjunto dos movimentos sociais pela valorização da Educação e a garantia do piso nacional”.

Essa posição contraria o apoio dado às últimas duas greves do magistério, que também ocorreram em finais de ano, durante o governo Yeda. Segundo o presidente da Uges, Thalisson Silva, a mudança de postura não tem razão partidária.

– Nas últimas greves, nos manifestamos favoráveis porque se buscava solução para um problema grave de falta de diálogo. É bastante diferente do que está acontecendo agora, em que houve um rompimento por parte dos professores – sustenta.

A 1ª vice-presidente do Cpers, Neida de Oliveira, afirma que o sindicato “respeita a posição de todas as entidades”. Mas observa:

– Essas entidades já há algum tempo estão muito afastadas do debate da Escola pública, com os alunos e os professores.

MARCELO GONZATTO
marcelo.gonzatto@zerohora.com.br 

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