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quarta-feira, 30 de novembro de 2011

SECRETÁRIO EXIGE O FIM DA GREVE PARA NEGOCIAR


Nos primeiros 10 minutos de reunião, o professor Enilson Silva, do comando de greve e da direção do Cpers, abandonou o encontro
Fonte: Zero Hora (RS)

Nos primeiros 10 minutos de reunião, o professor Enilson Silva, do comando de greve e da direção do Cpers, abandonou o encontro. Alegou que o secretário da Educação, José Clovis de Azevedo não estava lá para negociar, e sim para exigir.

– A saída foi um ato pessoal por entender que o governo está nos tratando como se fôssemos alunos chamados à secretaria da Escola para ser repreendidos por mau comportamento – explicou Silva.

A reunião terminou meia hora depois da saída de Silva. A direção do Cpers saiu anunciando a continuação da greve. A presidente do sindicato, Rejane de Oliveira disse que a exigência do governo de só negociar com o fim da greve é um “absurdo que não merece maiores comentários”.

Recordou que o impasse foi criado pelo Estado ao apresentar no fim do ano letivo o projeto de reformulação do ensino médio. – O governo não nos apresentou uma proposta salarial. Continuamos aguardando – afirmou.

Azevedo não usou meias palavras: – De fato, a greve dos professores não existe mais no Estado. O que existe é a mobilização de seguidores dos dirigentes sindicais. Mas, para negociarmos, é necessário que a paralisação seja formalmente encerrada. Se isso acontecer, vamos formar comissões para implementar as reivindicações salariais e o plano de ensino.

Azevedo bateu de frente com a presidente do Cpers deixando bem claro que ele era o governo. O secretário da Educação é hoje uma voz forte dentro da administração estadual. Recuperou a confiança do governador Tarso Genro depois que começou a implantar as políticas previstas para a pasta, entre elas a avaliação do ensino e a reforma do ensino médio.

A baixa adesão dos professores à greve também reforça a imagem de Azevedo na pasta. À tarde, o secretário enviou uma carta com 38 linhas à direção do Cpers reiterando a disposição governamental para o diálogo.

– A carta não diz nada. É uma provocação à categoria – afirmou a presidente do sindicato dos professores.

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