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quarta-feira, 25 de maio de 2011

PROFESSORES MANTÊM GREVE

25 de maio de 2011


Docentes optaram por continuar a paralisação, mesmo com a medida provisória assinada pelo governador em exercício, Eduardo Pinho Moreira que cumpre a lei nacional do piso dos professores
Fonte: Jornal de Santa Catarina (SC)
FLORIANÓPOLIS - A greve do magistério da rede estadual completa uma semana hoje. Ontem, em assembleias regionais, os professores optaram por continuar a paralisação, mesmo com a medida provisória (MP) assinada segunda-feira pelo governador em exercício, Eduardo Pinho Moreira que cumpre a lei nacional do piso dos professores.

A proposta foi rejeitada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinte) porque, para os educadores, ela desconsidera a progressão na carreira.

Apesar do governo afirmar que só abrirá novas negociações quando a greve terminar, o Sinte vai pedir, hoje, um novo encontro com representantes do Estado. O sindicato solicitou ainda ajuda dos deputados estaduais, para que eles falem com o governo. A expectativa deles é que amanhã haja uma reunião.

Sem receber o pedido, o governador em exercício, Eduardo Pinho Moreira, não se manifestou. Por enquanto, vale a posição anunciada segunda-feira. O secretário deEducação, Marco Tebaldi, afirmou que sempre estará disposto a conversar, mas novas negociações só com a volta das aulas.

Tebaldi voltou a afirmar que o governo fez o que tinha condições até o momento, mas não descartou a possibilidade de discutir a carreira.

Ele informou que a dificuldade de pagar o piso salarial foi tema, ontem, na reunião do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), que vai levar a questão ao ministro daEducação, Fernando Haddad.

Sindicato aguarda nova proposta do Estado
A coordenadora estadual do Sinte, Alvete Bedin, lamentou a maneira como o governo apresentou a proposta, sem chances de negociação. Para ela, o Estado teve tempo suficiente para mostrar uma saída antes que a categoria decidisse pela greve.

A coordenadora garantiu que, em vez de rachar o movimento, a MP uniu ainda mais os docentes. Ela ainda espera que haja um novo encontro com representantes do Estado para que o sindicato apresente uma proposta.

QUAIS SÃO AS DIVERGÊNCIAS

Para o Estado
O governo cumpriu a lei do piso nacional do magistério, ao pagar R$ 1.187 para todos os 35 mil professores, 53% da rede estadual, que ainda não recebiam o valor no salário-base. Ele continua pagando o Prêmio Educar (R$ 200) e a regência de classe. Isto vale para a folha de maio. Novas negociações só se a greve terminar. O governo espera a publicação do acórdão do STF para analisar o que é possível fazer.

Para os professores
A proposta não agradou porque, para eles, não respeita a progressão na carreira. O reajuste dado ao professor com ensino médio, que passou de um salário-base de R$ 609 para R$ 1.187, não foi repassado para quem tem pós-graduação, por exemplo, porque ele já ganhava salário-base acima do piso. A diferença salarial inicial entre um docente com ensino médio e um com doutorado passa a ser de R$ 305. Antes era de R$ 883





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