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quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Em greve, professores acampam em frente ao prédio da Alerj

12 de setembro de 2013


Grupo está no local desde a noite desta quarta-feira Fonte: O Globo Online


Cerca de 100 professores da rede estadual de ensino passaram a madrugada desta quinta-feira acampados em frente ao prédio da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), no Centro. Pedindo uma negociação direta com o governo para discutir a lista de reivindicações, os docentes estão no local desde a noite de quarta-feira, quando, em assembleia, resolveram manter a greve.
No início da manhã desta quinta-feira, o clima era de tranquilidade, com alguns professores varrendo a área. Catorze barracas estavam o montadas próximo a estátua de Tiradentes e havia uma grande quantidade de cartazes com palavras de ordem como 'Educação não rima com repressão'. Seis viaturas da Polícia Militar, sendo duas do Batalhão de Choque, faziam o patrulhamento na região.
De acordo com os professores, no início da madrugada, surgiram alguns boatos informando que o acampamento seria desmontado à força pela Polícia Militar. Porém, ainda segundo os docentes, o corpo jurídico do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do Rio de Janeiro (Sepe/RJ) se reuniu com a PM, e ficou acertado que não haveria conflitos.
Em nota divulgada no site do Sepe/RJ, os professores informaram que vão ficar acampados em frente a Alerj esperando o resultado de uma reunião com o líder do governo na Casa, deputado André Correa (PSC), que será realizada nesta quinta-feira, às 16h. O encontro teria sido definido após uma reunião entre o Sepe e os deputados Comte Bittencourt (PPS), presidente da Comissão de Educação da Alerj; Marcelo Freixo (Psol), presidente da Comissão de Direitos Humanos; Robson Leite (PT), presidente da Comissão de Cultura; e a deputada Inês Pandeló (PT).
Mas, apesar dessa reunião, os professores ainda pedem uma negociação direta com o governo, através do governador Sérgio Cabral ou o vice-governador, Luiz Fernando Pezão. Entre as reivindicações que não foram atendidas está o aumento salarial. Os profissionais pedem pelo menos 16% de aumento, enquanto a Seeduc argumenta que já elevou em mais de 8%.
— A nossa pauta é muito conhecida e não estamos pedindo nenhum ponto que não possa ser atendido pelo governo. Além disso, eles não querem negociar diretamente com a gente. Esperamos que essa reunião com o André Correa seja importante na busca por nossas reivindicações — disse a diretora do Sepe, Leila da Silva Xavier.
A assembleia que manteve a greve foi realizada na Associação Cristã de Moços (ACM), na Lapa, na tarde de quarta-feira. Após a decisão, um grupo de aproximadamente 2 mil professores seguiu até à Alerj.
Secretaria nega falta de negociação
A Secretaria de Estado de Educação (Seeduc) informou, em nota, que o governo nunca se negou a negociar. O texto diz que o sindicato já foi recebido quatro vezes, inclusive pelo secretário de Estado de Educação, Wilson Risolia, e pelo vice-governador Luiz Fernando Pezão, em encontro que ocorreu no dia 12 de agosto. Segundo o texto, na última segunda-feira, Pezão recebeu animadores culturais e apresentou avanços à categoria.

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