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quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Líder do governo diz que negociação com docentes no RJ ficará para 2014


12 de setembro de 2013


Professores do estado aguardam por reunião com o vice-governador Pezão Fonte: G1


Os profissionais de educação do estado saíram da reunião com o líder de governo na Alerj, André Corrêa (PSD), com uma promessa: a de que o líder do governo ligaria ainda nesta quimta-feira (12) para a categoria para avisar sobre uma data para a reunião com o vice-governador Luiz Fernando Pezão. Segundo eles, a categoria teve uma porta aberta após a reunião. No entanto, Corrêa admitiu que a negociação com a categoria deverá ocorrer apenas em 2014. Um grupo de docentes continua acampado em frente à Alerj.
"Ele prometeu que ligaria ainda hoje [quinta-feira] para a gente", disse Marta Morais, coordenadora do Sepe que estava na reunião, que durou cerca de duas horas, terminando às 16h30.
Além de Corrêa, estiveram presentes na reunião Marcelo Freixo (PSOL), Paulo Ramos (PDT) e o presidente da Alerj, Paulo Melo (PMDB). O líder de governo, porém, negou o compromisso de ligar até o fim da noite para falar sobre uma audiência com Pezão ou com o governador Sérgio Cabral. "Não assumi esse compromisso", disse ele, que ressaltou que quer abrir uma mesa de negociação com os professores o mais rápido possível. " Mas não para esse ano, temos que ser realistas", disse Corrêa, que deixou claro que irá entrar em contato com o secretário de educação, Wilson Rizolia.
Para Corrêa, a reunião com os professores foi positiva. "Há pontos importantes, como a questão das 30 horas de aula por semana e a fidelização de um professor por escola em cinco anos. Estamos avançando", disse ele, que ressaltou que os pontos discutidos partem da suspensão da greve. "Sem a suspensão da greve, não há conversa com o vice-governador", finalizou.
A professora Ivonete Conceição, também dirigente do Sepe, diz que Corrêa, em caso de suspensão da greve, garantiu que irá ver a possibilidade de retirar as ações movidas pelo estado contra o Sepe, além do fim do pagamento da multa diária de R$ 200 mil por dia.
Ao saber da negativa de Corrêa, Marta se revoltou: "Estiveram presentes os deputados Paulo Ramos, André Corrêa, Inês Pandeló, Aparecida Gama e Marcelo Freixo. O principal motivo da audiência é a intermediação para uma reunião com o vice-governador Pezão. Ele apresentou propostas para plano de carreira, entre outras coisas. Ele pegou o meu telefone e o de outra professora e vamos aguardar a ligação dele confirmando essa audiência com o Pezão", finalizou.
Continuidade da greve
Nem mesmo a decisão judicial, que implica multa diária ao Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe) em R$ 200 mil por dia, intimidou os docentes a darem fim à greve. O Sepe recorreu das liminares. "Votamos pela continuidade da greve. O que importa é a luta da categoria e não liminares da Justiça", disse a coordenadora do Sepe, Marta Moraes, logo após a decisão.
Segundo organizadores, o encontro reuniu cerca de 10 mil pessoas e, por volta das 17h, parte do grupo saiu em passeata pela Lapa rumo a Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj).
Minutos antes da decisão, a Secretaria Estadual de Educação já se pronunciava "lamentando que o Sepe, com essa manutenção da greve, prejudique mais de 30 mil alunos às vésperas do Enem".

Professores do RJ têm encontro com líder da bancada do governo na Alerj
Após montarem um acampamento em frente à Assembleia Legislativa do Rio para simbolizar a continuidade da greve, os professores da rede estadual se encontram na tarde desta quinta-feira (12) com o deputado André Corrêa (PSD), líder da bancada do governo na Alerj. O encontro, que havia sido marcado para as 16h, foi antecipado para as 14h30. As informações são do site do Sindicato Estadual de Profissionais de Educação( Sepe). Na noite desta quarta-feira, os professores anunciaram que só retirariam o acampamento do local quando se encontrassem com o vice-governador do Rio, Pezão.
O grupo foi até a Casa após decidir, em assembleia na Lapa, no Centro do Rio, pela continuidade da greve, iniciada há mais de um mês. Por volta das 19h, policiais chegaram ao local. Às 21h20, cerca de 200 pessoas seguiam acampadas na porta da casa, prometendo uma vigília no local.
Às 20h40, policiais pediram para revistar as barracas dos professores para verificar se havia crianças no local. Quarenta minutos depois, um carro levou água e gelo para os professores acampados. Um PM tentou impedir e criou um princípio de tumulto.
A vigília é realizada — não por acaso — onde o deputado estadual Comte Bittencourt (PPS) e presidente da Comissão de Educação ouvia denúncias, no papel de corregedor da Alerj, em relação à deputada Janira Rocha (PSOL).
Na tarde desta quinta-feira, os dirigentes do Sepe se encontram também com o secretário municipal da Casa Civil, Pedro Paulo, e a secretária de Educação, Claudia Costin, às 17h. Após aceitarem voltar às aulas na última terça-feira, o tema do encontro será o Grupo de Trabalho do Plano de Carreira para a categoria.
Em nota, a Secretaria estadual de Educação diz que o governo do Estado solicitará em juízo a execução da multa, tendo em vista a ordem judicial que determinou a suspensão imediata do movimento grevista na rede estadual de ensino. Segundo a secretaria, a orientação da Procuradoria Geral do Estado é de notificar os servidores para que retornem imediatamente ao serviço e apresentem justificativas para as ausências.
 

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