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segunda-feira, 25 de março de 2013

Cota não garante aluno de escola pública em vestibular

Universidades estaduais e federais têm queda no número de vestibulandos
Fonte: Folha de São Paulo (SP)
25 de março de 2013
 
 
A falta de aulas de geografia no último ano do Ensino médio fez com que Monique dos Santos Pires, 21, desistisse de vez do vestibular para as universidades públicas.
"Não tinha como competir com Aluno de Escola privada", afirma ela, que trabalha e estuda administração na instituição particular FMU.
A situação de Monique ajuda a explicar por que o número de Alunos da rede pública nos vestibulares de importantes instituições gratuitas do país caiu ou mudou pouco nos últimos anos, apesar de políticas de bônus e cotas.
Entre dez universidades que enviaram dados à Folha, USP e Unicamp (São Paulo), UERJ (Rio de Janeiro) e UFMG (Minas Gerais) registraram queda no percentual de vestibulandos formados na rede pública de Ensino.
Em outras três universidades, a fatia se alterou pouco (veja quadro na pág. C4).
Os Alunos das públicas ainda são minoria na maior parte dos vestibulares das instituições públicas, embora representem 85% dos que concluem o Ensino médio no país, percentual que aumentou na última década.
As universidades federais de Santa Catarina (UFSC) e do Rio Grande do Sul (UFRGS) estão entre as que tiveram aumento de Alunos das Escolas públicas em seus vestibulares.

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O Grupo Folha não autoriza a publicação na íntegra do conteúdo produzido pelo jornal Folha de S.Paulo


Apoio familiar é importante, diz pró-reitorOdesildo Olímpio de Macedo, 31, veio de Pernambuco com a família para São Paulo quando tinha 15 anos. À época, cursava a antiga quinta série do Ensino fundamental e mal sabia ler e escrever.
Hoje, Macedo é graduado em relações internacionais na USP, faz mestrado em direito internacional e está terminando a graduação em gestão de políticas públicas, também na USP, curso em que Marta Assumpção foi sua Professora.
Para ela, a correção da primeira avaliação do pernambucano foi marcante.

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Formação ruim inibe inscrição em examePouco mais da metade das Escolas da rede pública de Campinas não teve um único Aluno inscrito no vestibular da Unicamp, que é sediada na cidade, em 2008 e 2009.
A constatação foi feita por Maurício Kleinke, coordenador da comissão de vestibular da universidade, enquanto planejava o curso preparatório da Unicamp para ingresso na graduação, destinado a Alunos de Escola pública.
Para Kleinke, "o forte aumento no número de vagas nas universidades públicas nos últimos anos não foi acompanhado por crescimento da quantidade de Alunos que saem das Escolas públicas com formação de qualidade alta para poder competir".
Segundo especialistas, essa realidade colabora para que a parcela dos estudantes que não se inscrevem nos vestibulares das principais universidades -mesmo com a adoção de políticas afirmativas, como cotas e bônus- permaneça alta.
"Quando cotas são estabelecidas, não se pode achar que a universidade sozinha vai resolver os problemas de Ensino do país", diz Lená Medeiros de Menezes, sub-reitora de graduação da UERJ.

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Cotas ajudam, mas não criam demanda novaPara Ricardo Miranda, pró-reitor de graduação da UFBA, "as cotas ajudaram a resolver o problema do gargalo entre os Alunos de Escola pública que tentavam e não passavam. Mas não necessariamente criam demanda nova".
Outra medida que ajudou a atrair Alunos da rede pública para a federal da Bahia foi o lançamento de bacharelados interdisciplinares (BIs), uma espécie de curso preparatório que dura, em média, três anos e mostra diferentes áreas de estudo ao Aluno.
Os que concluem o preparatório podem concorrer a 20% das vagas dos cursos tradicionais de graduação da UFBA. A seleção é feita com base no desempenho no BI.

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