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![]() | 24/03/2013 |
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Inovar para competir
Programa federal que promete R$ 36,4 bilhões será fonte importante para empresas gaúchas, em segundo lugar entre as que mais buscam recursos para se diferenciar
Foi um olhar diferente em relação aos tantos pacotes de incentivo à economia já lançados pelo governo federal. O programa que promete destinar R$ 36,4 bilhões para dar impulso à inovação tecnológica no país foi percebido de forma especial pela indústria, que viu no gesto o reconhecimento do Palácio do Planalto de que o setor passa por uma séria crise de competitividade, com perda de espaço nas exportações e no mercado externo.
Com a iniciativa de injetar recursos nas próprias companhias para criação de novos produtos e processos, caiu a ficha de que a indústria não vai recuperar a capacidade de competir apenas com medidas paliativas e pontuais, avalia Carlos Eduardo Calmanovici, presidente da Associação Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento das Empresas Inovadoras (Anpei), que reúne cerca de 250 dos maiores grupos do país.
– A inovação gera uma competividade diferenciada, estrutural, de longo prazo. Você pode dar fôlego a um setor diminuindo um imposto, mas é algo momentâneo. Com a inovação se faz melhor, com mais produtividade e desempenho. Essa competitividade se mantém ao longo do tempo – explica Calmanovici.
Com o segundo maior número de enquadramentos na chamada Lei do Bem, pacote anterior ao programa de inovação, as companhias gaúchas são fortes candidatas aos benefícios. No levantamento nacional, o Rio Grande do Sul fica só atrás de São Paulo. Apenas precisam mostrar mais disposição ao aderir ao Pró-Inovação, legislação estadual que concede benefícios fiscais, com apenas seis contempladas. Frustrado com a baixa procura, o secretário de Ciência e Tecnologia, Cleber Prodanov, admite falhas na divulgação dos benefícios.
Com negócios em áreas que dependem basicamente da capacidade de encontrar novas soluções, como a HT Micron, de semicondutores (chips), o empresário Ricardo Felizzola, coordenador do conselho de inovação e tecnologia da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), lembra da presença do ministro da Educação na apresentação do programa. Para ele, esse fator pode significar a compreensão da importância de um pilar da inovação:
– Achei interessante a presença do ministro Aloizio Mercadante. Inovação é conhecimento humano e atitude. E capital humano é fundamental – aponta Felizzola.
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