Depois de
reclamações feitas por pais ao G1 sobre a falta de
professores em escolas públicas, o chefe de gabinete da Secretaria
Estadual da Educação, Fernando Padula, afirmou nesta
terça-feira (26) em entrevista ao SPTV que o governo
promoverá concursos públicos e chamará docentes
temporários para tentar solucionar o problema.
Padula reconheceu
que algumas das 5,3 mil escolas da rede estadual sofrem com a falta de
professores. `Tem [problemas com falta de professor] e nós estamos
atuando para resolvê-los. Nós vamos fazer mais concurso esse
ano. Vamos fazer mais processo seletivo e chamada de professores
temporários, convocar todo mundo que queira e tenha
formação para dar aula”, afirmou.
O chefe de
gabinete indicou dificuldades enfrentadas pelo governo, como o afastamento
em licença médica de 36 mil profissionais rede, o que exige
realizar substituições.
De acordo com
Padula, o governo tem feito esforços para estimular a
seleção de professores. “Desde 2011, fizemos o ingresso
de 33 mil professores na rede estadual e fizemos processo seletivo para
contratar professores temporários”, declarou.
Padula afirmou que
o governo tenta estimular os professores a lecionarem na escola
pública em áreas periféricas. “Existe uma
política do governo de aumento [salarial] de 42,2% até 2014.
Além disso, existe o adicional de local de exercício, que
é um aumento para as escolas em regiões de maior
vulnerabilidade”, disse.
Reclamações
Na
edição desta terça-feira, o SPTV conversou com pais e
alunos de escolas estaduais. Na Escola Estadual Eudoro Vilella, no Jardim
Planalto, na Zona Sul da capital, alunos da oitava série do ensino
fundamental reclamaram da falta de professores de geografia,
matemática e história. Os funcionários não
deram entrevista ao SPTV, mas, de maneira informal, confirmaram a falta de
docentes.
A mãe de
aluna contou que já tentou mudar a filha de colégio, mas
não conseguiu. “Não existe prova. O aluno passa e vai
embora. Se não souber nada lá na frente, é azar dele.
Os pais têm que pagar reforço”, disse. No mesmo
quarteirão, a Escola Estadual José Raul Poletto também
não tem o quadro de professores completo.
Uma aluna do
segundo ano do ensino médio da Escola Estadual Professor
Flávio La Selva, também na Zona Sul, afirmou que não
teve quase nenhuma aula desde o início do mês. Ela contou que
faltam professores de geografia, história e sociologia.
Nenhum comentário:
Postar um comentário