Projeto
do Governo foi aprovado com um reajuste linear de 22% para os professores de
classe A e B, que representam pouco mais de 2 mil do total de professores da
rede estadual
Fonte: Diário do Povo (PI)
Com vinte e sete deputados
presentes em plenário, o Governo do Estado aprovou ontem, por 19 votos a favor
e oito contra, o projeto que trata do reajuste salarial dos professores. A
proposta já tramitava na Casa desde o dia 13 de março. Os deputados chegaram a
intermediar um acordo entre o Governo e os professores, que estão em greve há
mais de 40 dias, mas após o pedido de ilegalidade da greve, pelo Governo, as
negociações ficaram mais difíceis.
O projeto do Governo foi aprovado
com um reajuste linear de 22% para os professores de classe A e B, que
representam pouco mais de 2 mil do total de professores da rede estadual.
Também foi aprovada a incorporação da gratificação de regência, que agora faz
parte do salário dos professores. Com os 22%, a classe A e B chega ao piso
nacional da categoria que é de R$ 1.451,00, mas para os professores de nível
superior, que são mais de 90% (quase 20 mil professores), o reajuste aprovado é
de 8%.
Ontem, o projeto do Governo foi
aprovado nas Comissões de Constituição e Justiça, Administração e Finanças e
Tributação, que realizaram reunião conjunta. O relatório da deputada Belê
Medeiros (PSB), na Comissão de Constituição e Justiça, foi aprovado pelos
deputados. As emendas do deputado Cícero Magalhães (PT) foram rejeitadas. Ele
queria que a incorporação do valor da gratificação de regência dos professores
fosse rejeitada, mas a maioria dos parlamentares votou contra a proposta do
petista. A outra emenda proposta por Magalhães, do reajuste de 13% para os
professores de nível superior, também foi rejeitada.
A deputada Belê Medeiros disse
que o Governo do Estado não usou o valor de regência dos professores para
chegar ao valor de R$ 1.451,00 para o pagamento do piso. Segundo ela, a
regência, que era uma gratificação, passa a ser parte do salário. "Essa
informação (de fim da regência) que passaram é equivocada, foi jogada para a
plateia por um ou outro deputado que quer fazer média com os professores e a
população, quando sabemos que todos os esforços de negociação foram
feitos", afirmou. Logo após a votação nas comissões, o projeto foi para a
votação em plenário, onde foi aprovado com voto favorável de 19 dos deputados
presentes.
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