Na última
sexta-feira (20), o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios
(TJDFT) considerou a greve abusiva e determinou que 80% dos professores
voltassem a trabalhar
Fonte: Agência Brasil
Os professores do Distrito
Federal, que já estão parados há 45 dias, decidiram em assembleia hoje (24)
continuar a greve. Na última sexta-feira (20), o Tribunal de Justiça do
Distrito Federal e Territórios (TJDFT) considerou a greve abusiva e determinou
que 80% dos professores voltassem a trabalhar. O Sindicato dos Professores
(Sinpro-DF) entrou com recurso para a revisão da decisão e questionou a
aplicação da multa diária de R$ 45 mil, caso o percentual de funcionários não
fosse cumprido.
O governo do Distrito Federal
(GDF), por meio da Secretaria de Administração Pública, informou que os
salários de cerca de 3 mil professores grevistas terão cortes variáveis, de
acordo com o número de faltas devido à greve.
Para a diretora da Secretaria de
Imprensa do Sinpro-DF, Rosilene Correia, a decisão do governo em cortar o
salário dos professores é lamentável.
“Nós veremos o que é legalmente
cabível nessa situação, mas o GDF tem que saber o risco que corre para as
reposições de aula. Sem os salários, os professores podem ou não repor as aulas”,
disse Correia à Agência Brasil.
Ainda sobre as reposições, a
diretora afirmou que, por enquanto, não há plano estruturado para compensar os
dias parados. Segundo ela, somente depois do fim da greve o sindicato e o GDF
deverão discutir o assunto.
A Secretaria de Educação do GDF
informou que irá fiscalizar o funcionamento das escolas, conforme a a
determinação judicial.
Os professores em greve pedem o
cumprimento de um acordo firmado em 2011 com o governador Agnelo Queiroz, no
qual se exige a equiparação da média salarial à de outras carreiras de nível
superior, a contratação de profissionais aprovados no último concurso da
Secretaria de Educação e a implantação de plano de saúde.
A última proposta apresentada
pelo governo foi a incorporação de auxílio saúde de R$110, recusada pela
categoria. Amanhã (25) à tarde, o Sinpro-DF e o GDF se reunirão novamente.
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