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sábado, 3 de dezembro de 2011

RAZÕES QUE FIZERAM GREVE DEFINHAR


03 de dezembro de 2011


Professores estaduais desistem da paralisação sem ter reivindicações atendidas e nem sequer ser recebidos pelo governador
Fonte: Zero Hora (RS)
A Praça da Matriz, que nos tempos de Zilah Totta ficava inchada de gente em manifestações do Cpers Sindicato, ontem reuniu apenas punhados de professores sentados ao longo da calçada fronteiriça ao Palácio Piratini, na assembleia geral que decidiu pelo fim da greve.

Abaixa mobilização para optar pela continuidade ou não dos 12 dias de paralisação da categoria mais numerosa do funcionalismo público estadual pode ser sintetizada em três razões, conforme analisam educadores que participaram do movimento e outros que apenas assistiram ao embate com o governo.

Primeiro, o momento da parada foi inoportuno e impopular, às vésperas das férias Escolares e do vestibular. Segundo, porque o governador (no qual muitos professores votaram) está prestigiado e ainda com grande apoio no magistério.

Terceiro, porque setores que em outras épocas puxaram a greve (como a tendência petista Democracia Socialista) hoje estavam divididos, inclusive com vários militantes trabalhando no governo. É o caso do próprio secretário de Educação, Jose Clovis Azevedo.

O enfraquecimento do boicote pode ser medido pelos resultados: o governador Tarso Genro não recebeu os grevistas (embora intermediários tenham feito isso), não negociou e não anunciou promessas. Informou apenas que vai pagar o piso salarial reivindicado pelo magistério, sem marcar data para isso.

Mesmo assim, os professores desistiram da paralisação. Um definhamento que se anunciava desde o início: levantamento de Zero Hora em mais de 40% das Escolas mostrou adesão de 8% dos professores à parada.

Secretário foi duro: dinheiro só com o fim da paralisação
No meio da semana, os sinais de esvaziamento da greve já eram claros. Uma integrante da direção do Cpers sondou o governo sobre a possibilidade de que o piso fosse parcelado.

Em contrapartida, os grevistas estariam dispostos a sugerir o fim do movimento. A secretária adjunta da Educação, Maria Eulália Nascimento, até topou a proposta, mas o secretário Azevedo foi duro: aceno de dinheiro, só com o fim da greve.

Pesou também contra os grevistas o furor de pais de alunos, preocupados com o que fazer com as férias dos filhos e com o vestibular marcado, caso a paralisação persistisse.

HUMBERTO TREZZI E NILSON MARIANO
humberto.trezzi@zerohora.com.br  e nilson.mariano@zerohora.com.br




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