A
paralisação da categoria completou dois meses ontem (5)
Fonte: UOL Educação
Aliny Gama
Especial para o UOL Educação
Em Maceió
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Ameaçados de demissão pelo governo, caso não voltem ao trabalho na próxima segunda-feira (9), os professores da rede estadual de ensino do Ceará em greve procuraram, nesta quarta-feira (5), o MP (Ministério Público Estadual) para pedir que o órgão faça uma intermediação da negociação com o Estado. A paralisação completou dois meses hoje.
Segundo o vice-presidente do
Sindicato dos Professores e Servidores da Educação do Ceará, Reginaldo
Pinheiro, o governo do Estado se mostrou disposto a renegociar com a categoria,
sugerindo a criação de uma nova tabela de reajuste salarial, mas exigiu que os
professores voltem às atividades para que a nova proposta seja avaliada. Os
professores vão decidir sobre a continuidade da greve na próxima sexta-feira
(9), em assembleia.
Os professores receberam o
ultimato do governo do Estado durante reunião de mais de cinco horas entre o
comando de greve e o governo na tarde desta terça-feira (4), no Palácio da
Abolição, em Fortaleza.
Segundo o sindicato, a reunião não avançou nas negociações e serviu apenas para "dar o recado” de que os professores grevistas que não voltarem à sala de aula vão responder processos administrativos por abandono de emprego e podem ser demitidos.
Segundo o sindicato, a reunião não avançou nas negociações e serviu apenas para "dar o recado” de que os professores grevistas que não voltarem à sala de aula vão responder processos administrativos por abandono de emprego e podem ser demitidos.
Pinheiro disse que o governo
exigiu que os professores deveriam voltar imediatamente ao trabalho nesta
quarta-feira, mas “depois de uma longa negociação, conseguimos esticar o prazo
para que pudéssemos realizar a assembleia na sexta-feira para definirmos os
rumos do movimento."
Ele afirmou que mesmo com o
decreto de ilegalidade da greve, que foi acatado pela Justiça há 30 dias, o
movimento não perdeu força e abrange 70% dos professores. “Os professores que
estão em aula são os temporários, que não têm estabilidade. Mas nossa categoria
continua unida, mesmo sob as ameaças e pancadaria que houve na Assembleia
Legislativa”, disse, citando a briga com policiais durante votação do projeto
de lei que reajustou os salários da categoria.
Por conta da paralisação à
revelia da Justiça, o sindicato já contabiliza o valor de R$ 300 mil de multas
que estão sendo acumuladas desde que o movimento foi considerado ilegal pela
Justiça.
Reivindicações
O sindicato reivindica ao governo o cumprimento do piso nacional da categoria e que a matéria aprovada pela Assembleia Legislativa, na última quinta-feira (29), que reajustou os vencimentos dos professores de nível médio para R$ 1.187 abranja os demais níveis – superior e pós-graduados. A categoria reivindica ainda a revisão do Plano de Cargos e Carreiras que foi aprovado com 10 níveis enquanto os professores pedem que seja dividido em 14 níveis.
O sindicato reivindica ao governo o cumprimento do piso nacional da categoria e que a matéria aprovada pela Assembleia Legislativa, na última quinta-feira (29), que reajustou os vencimentos dos professores de nível médio para R$ 1.187 abranja os demais níveis – superior e pós-graduados. A categoria reivindica ainda a revisão do Plano de Cargos e Carreiras que foi aprovado com 10 níveis enquanto os professores pedem que seja dividido em 14 níveis.
Outro lado
O governo do Estado informou que a reunião ocorrida com o sindicato foi marcada para tentar chegar a um consenso para o término da greve, o que não ocorreu. O chefe do Gabinete do Governador, Ivo Gomes, afirmou que, no encontro, pediu a suspensão do movimento.
O governo do Estado informou que a reunião ocorrida com o sindicato foi marcada para tentar chegar a um consenso para o término da greve, o que não ocorreu. O chefe do Gabinete do Governador, Ivo Gomes, afirmou que, no encontro, pediu a suspensão do movimento.
“O governo já fez vários gestos
para que a paralisação terminasse. Passamos cinco anos para corrigir o
calendário escolar e veio a greve. Educação é prioridade no nosso governo”,
afirmou o secretário, por meio de nota.
Gomes destacou que já foram
realizadas 10 reuniões com o comando de greve e que o o governo tem o
compromisso de construir uma tabela paritária dos vencimentos utilizando 29,5%
do orçamento do Estado destinado à educação. “Não é em efeito automático ou
linear, mas dentro do que for factível”, disse.
Segundo a ata da reunião, o governo
deverá implementar 1/4 da atividade extraclasse para este ano e 1/3 da carga
horária extraclasse em 2012. Outra proposta do Estado é que haja concurso
público para professor ainda em 2012
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