Nesta
sexta-feira (7), categoria realiza nova assembleia; reunião entre professores e
governo terminou sem acordo
Fonte: G1
A greve dos professores da rede
estadual de ensino do Ceará completa dois meses nesta quarta-feira (5). De
acordo com a Secretaria de Educação do Ceará, 70% das escolas públicas da
capital cearense e 13% das unidades do interior cearense estão paralisadas.
A oitava rodada de negociação ocorreu nesta terça-feira (4) entre governo e grevistas e terminou sem avanços. Nesta sexta-feira (7), ocorre nova assembleia da categoria.
A oitava rodada de negociação ocorreu nesta terça-feira (4) entre governo e grevistas e terminou sem avanços. Nesta sexta-feira (7), ocorre nova assembleia da categoria.
O Sindicato dos Professores do
Estado (Apeoc) exige a repercussão do piso base, pago a professores com ensino
médio com carga de 40 horas semanais, aos professores graduados com nível de
ensino superior.
A Lei Nacional do Piso exige que
professores com ensino superior ganhem 60% a mais que os professores com ensino
médio. A matéria aprovada na Assembleia Legislativa do Ceará na quinta-feira
(29) altera o piso dos professores com ensino médio para R$ 1.187 e mantém
inalterado em R$ 1.400 o salário dos professores com nível superior.
De acordo com o sindicato, os
professores com ensino superior deveriam ter o salário reajustado para R$
1.899, referente ao piso de R$ 1.180 mais 60%, conforme prevê a Lei Nacional do
Piso. Os professores realizaram uma manifestação pedindo a revogação da matéria
aprovada na Assembleia em 29 de setembro último.
A aprovação do piso dos
professores estaduais na Assembleia Legislativa ocorreu em uma sessão
tumultuada, em que professores tentaram invadir o plenário da Assembleia e
foram barrados por policiais do Batalhão de Choque da Polícia Militar. No
confronto, dois manifestantes ficaram feridos e foi usado spray de pimenta no
interior da sede da Assembleia.
O presidente da Assembleia
Legislativa, Roberto Cláudio (PSB), afirmou que o uso da força policial foi
necessário para “manter a integridade física dos professores, manifestantes e
parlamentares, além de evitar depredação do patrimônio público”. A assessoria
de imprensa do Governo do Estado afirmou que não iria se pronunciar sobre o
assunto.
Alunos da rede privada e pública,
movimentos sindicais e professores da rede municipal de Fortaleza apoiaram os
professores estaduais e realizaram uma manifestação que reuniu cerca de 5 mil
pessoas nesta segunda-feira (3) em frente à sede do governo estadual, de acordo
com o sindicato Apeoc.
Ilegalidade
O Tribunal de Justiça decretou em 6 de julho a ilegalidade da greve e determinou que os professores retornassem às atividades, sob pena de multa diária de R$ 10.000. Os professores recorreram da decisão, mas a Justiça manteve a ilegalidade das paralisações alegando que a educação é um serviço essencial à população.
O Tribunal de Justiça decretou em 6 de julho a ilegalidade da greve e determinou que os professores retornassem às atividades, sob pena de multa diária de R$ 10.000. Os professores recorreram da decisão, mas a Justiça manteve a ilegalidade das paralisações alegando que a educação é um serviço essencial à população.
Após a oitava rodada de
negociação com representantes do Governo, realizada na terça-feira (4), o
sindicato pretende manter a greve até pelo menos sexta-feira (7), quando será
realizada uma assembleia geral da categoria. De acordo com o presidente da
Apeoc, Anízio Melo, o Governo “sinalizou” interesse em repercutir o piso dos
professores com ensino médios para as demais graduações
Nenhum comentário:
Postar um comentário