De
12 assembleias regionais de professores realizadas ontem, oito votaram pelo fim
da greve
Fonte:
Diário Catarinense (SC)De 12 assembleias regionais de professores realizadas ontem, oito votaram pelo fim da greve. Outras 19 foram marcadas para hoje, como a de Florianópolis e São José, que serão unificadas. Amanhã, haverá assembleia estadual, na Passarela Nêgo Quirido, na Capital.
Nela, os professores darão a palavra final sobre o fim ou não da paralisação, que completa 49 dias.Os docentes que decidiram pelo retornos estão apostando no grupo de trabalho, proposto pelo governo, que irá discutir a aplicação do piso nacional para toda a carreira – reivindicação principal da categoria.
– Os professores merecem mais, mas existe esta possibilidade e é uma garantia de ter um canal permanente de negociação. As assembleias regionais que votaram pelo retorno das aulas, votaram com a condição de voltar a entrar em greve, caso o grupo não avance – adiantou a coordenadora do Sindicato dos Trabalhadores em Educação, Alvete Bedin.
Este foi o caso da assembleia Chapecó. Para o presidente do Sinte da região, Cleber Ceccon, o recuo seria estratégico. A representante do comando de greve estadual, Zique Timm, defendeu que é preciso reconhecer a evolução das negociações: – Não é aquilo que a gente merece e sonha, mas já é um avanço.
Já a maioria dos 300 docentes que participaram da assembleia regional de Criciúma, votaram pela manutenção da greve. Para eles, a proposta apresentada no domingo está muito longe do esperado, porque não aborda a aplicação do piso na carreira. Minutos antes da decisão, palmas e gritos comemoraram a notícia de que os colegas da regional de Tubarão também decidiram continuar de braços cruzados.
No domingo, o governador Raimundo Colombo afirmou que a alternativa apresentada era a última. Com ela, parte da regência de classe – uma gratificação sobre o salário-base – é recomposta a partir de agosto deste ano. Os percentuais voltam a se o que eram em janeiro de 2012.
Hoje, a medida provisória, com o texto da proposta apresentada em junho, será rejeitada na Comissão de Constituição e Justiça da Assembleia Legislativa. De acordo com o relator Elizeu Mattos, continua a posição de votar pela inadmissibilidade dela.
– Esse tinha sido o combinado entre os líderes da bancada e isso não deve ser mudado. Ficamos aguardando o envio do projeto de lei complementar – observou Mattos.
O projeto de lei deve ser enviado à Assembleia, após a decisão da assembleia estadual dos professores.
JÚLIA ANTUNES LORENÇO
julia.antunes@diario.com.br
Colaboraram Marcelo Becker e Sirli Freitas
Nenhum comentário:
Postar um comentário