De acordo com o diretor do
Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação, a greve tem a adesão de 60%
dos professores e funcionários do estado, deixando cerca de 600 mil alunos sem
aulas
Fonte: Agência Brasil
Da Agência Brasil
Rio de Janeiro – Centenas de professores e
funcionários das escolas da rede estadual do Rio de Janeiro, em greve desde o
dia 7 de junho, fizeram hoje (5) uma manifestação no Largo do Machado, zona sul
da cidade. Eles foram em direção ao Palácio Guanabara, sede do governo, para
serem recebidos por autoridades.
De acordo com o diretor do Sindicato Estadual dos
Profissionais de Educação, Tarcísio Carvalho, a greve tem a adesão de 60% dos
professores e funcionários do estado, deixando cerca de 600 mil alunos sem
aulas. Carvalho informou que a categoria pede um índice de reajuste salarial de
26%, enquanto a oferta do governo, divulgada hoje (5), foi a de antecipar a incorporação
prevista para 2012, o que representa na prática cerca de R$ 36 de aumento.
“Reconhecemos que é um avanço, mas muito pequeno.
Ainda é muito pouco. Significa na vida de 30 mil pessoas que estão na rede
estadual cerca de R$ 36. Estamos a quase um mês em greve. Nós queremos a
antecipação completa do Nova Escola (programa de gratificação) e o índice de
reajuste salarial. Além disso queremos o descongelamento do plano de carreira
dos funcionários”, disse Carvalho.
O diretor do sindicato acrescentou que existe uma
ação no Tribunal de Justiça do Rio, que será julgada em dois dias, para impedir
o desconto no salário dos profissionais pelos dias de greve. “Cortar o ponto
dos professores e funcionários é impedir que o ano letivo se complete. Por isso
esperamos que o juiz perceba que a reposição das aulas, com a qual nós nos
comprometemos, estará garantida apenas se o Judiciário acertar e o governo não
cortar o ponto”.
Ainda de acordo com o sindicalista, amanhã (6)
haverá uma reunião com o secretário estadual de Educação, Wilson Risolia.
Alguns bombeiros, funcionários da rede estadual de saúde e policiais civis
também compareceram ao protesto como forma de apoio.
A Secretaria Estadual de Educação informou que a
proposta apresentada foi a de que não haveria o desconto desde que houvesse a
reposição das aulas. Segundo a secretaria, de 2007 a abril de 2011, a remuneração média
do professor que trabalha 16 horas semanais passou de R$ 1.123,30 para R$
1.279,50, um crescimento de 13,91% Contudo, os que ganham menos, em início de
carreira, tiveram um ganho de 52,28% no período, passando de R$ 540,64 para R$
823,26.
A manifestação foi acompanhada por 20 membros do
Batalhão de Choque da Polícia Militar, em cinco viaturas. Segundo a secretaria,
a rede estadual de ensino tem 1.457 escolas, 1,1 milhão de alunos e 75 mil
professores, sendo 51 mil regentes de turma.
Edição: Rivadavia Severo
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