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terça-feira, 28 de setembro de 2010

Mato Grosso lança orientações curriculares
28-09-2010

São cinco documentos: Concepções das Orientações Curriculares para a Educação Básica; Área de Linguagens; Ciências da Natureza; Ciências Humanas; e Diversidades (Educação do Campo, Indígena, Quilombola)


As escolas da rede estadual do Mato Grosso receberão em 2011 as novas orientações curriculares do 1º ano do ensino fundamental ao último ano do ensino médio. Os documentos que nortearão a educação pública no Estado foram lançados nesta segunda-feira, em Cuiabá. Segundo a Secretaria da Educação (Seduc), as novas diretrizes não retiram a autonomia das escolas, apenas dão um “norte” para a elaboração de seus Projetos Políticos Pedagógicos (PPPs).
 
"As orientações curriculares apontam um caminho focado na concepção de uma formação humana em que se procura acabar com a dicotomia entre o fazer manual e o intelectual", diz o texto publicado no site da secretaria.
 
Foram produzidos cinco documentos: Concepções das Orientações Curriculares para a Educação Básica; para a Área de Linguagens; Ciências da Natureza; Ciências Humanas; e para as Diversidades (Educação do Campo, Indígena, Quilombola).
 
A secretária de Educação, Rosa Neide Sandes de Almeida, afirmou que as diretrizes curriculares de Mato Grosso começaram por um diagnóstico das escolas. “Precisávamos saber qual modelo de escola pode atender melhor nossos alunos”, disse.
Presente ao lançamento, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep), Gilmar Soares disse esperar que as orientações não “engessem a autonomia das escolas”.
 
A superintendente de Educação Básica da Seduc, Aidê Fátima de Campos, destacou que sem as diretrizes as escolas elaboravam suas normas sem uma "referência unificadora, o que propiciava um quadro de posturas diferentes entre as unidades escolares na mesma rede".
 
Na opinião dela, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), os Parâmetros Curriculares Nacionais e as resoluções do Conselho Nacional de Educação são muitos amplos e genéricos. "As novas orientações chegam até o chão da escola, indicando ao professor, por exemplo, quais as competências que o aluno deve dominar conforme sua idade", disse ela ao site da secretaria.
 
Aidê Fátima garantiu que as novas normas não limitam a autonomia da escola ou do professor em estabelecer seus planos. “As orientações fornecem pistas sobre como estes planos devem ser feitos, a partir de um referencial que foi construído coletivamente”, afirmou.
 
Segundo a Seduc, o processo de construção dos documentos começou em 2008 e foi coletivo, a partir de um documento base que recebeu contribuições em seminários, envolveu profissionais da Seduc, assessorias, professores formadores dos Centros de Formação e Atualização dos Profissionais da Educação (Cefapros), a participação das escolas e do Sintep. A secretaria informa que a experiência deve ser repetida em 2011, para a elaboração dos PPPs das escolas.

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