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terça-feira, 5 de julho de 2016

"Raquel Teixeira: “Temos um sistema que cria lacunas”

Fonte: O Popular
5 de Julho de 2016

Raquel Teixeira ajudou a desenvolver o Ser Pleno quando foi diretora executiva da Fundação Jaime Câmara. Hoje titular da Secretaria de Estado de Educação (Seduce), ela diz que projeto fará “enorme diferença”.
Por que o projeto foi transferido ao Estado?
O projeto foi feito para o Instituto Jaime Câmara que tinha o direito autoral e intelectual. Ele seria posteriormente colocado à disposição de qualquer rede pública estadual ou municipal que quisesse usá-lo. Seria um insumo educacional disponível. Ao transferir o direito para o Estado de Goiás, acabamos com o privilégio de poder implantar. Por isso ele foi registrado e aprovado em lei.
Como o governo estadual se preparou para a nova carga horária dos professores?
Criamos um mecanismo sustentável. O professor em tempo integral tem uma espécie de gratificação para dedicação exclusiva. O Brasil está com dificuldade de implementar porque é realmente caro. Aqui o professor de 40 horas passa a receber por 60 horas para se dedicar exclusivamente ao colégio em que trabalha. É um custo menor do que se fosse dada a gratificação. Espero proporcionar essa gratificação no futuro, mas no momento é inviável.
O sistema atual é falho?
Temos hoje um sistema que estimula lacunas no conhecimento e precisamos mudar. O processo de aprendizagem é cumulativo e dependendo da fragilidade encontramos dificuldades nos processos seguintes. O Ser Pleno ainda não está em vigor em sua plenitude em todas as escolas. Isso implica em rotinas, estudos, pesquisas e comprometimento diferentes. Mas nós não temos dúvida que, na medida em que isso for sendo implementado, o projeto fará uma enorme diferença, porque tem um efeito de mudança e impacto profundo na organização da rotina da escola, tanto dos alunos como dos professores.

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