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quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Editorial: Escolas públicas ao acaso

30 de Setembro de 2015

"Escolas públicas do Ensino Fundamental sem vigilância são o ápice da desorganização do setor educacional", afirma jornal

Fonte: O Estado do Maranhão (MA)

Cerca de 130 mil estudantes, que estão matriculados na rede municipal de Ensino, o equivalente a 281 Escolas, estão sem segurança durante as aulas. Não há vigilantes nos estabelecimentos de Ensino. A Secretaria de Educação de São Luís já emitiu nota informando que o serviço de vigilância está em processo de regularização.

Enquanto isso, as Unidades de Educação básica (UEB) Santa Clara, no bairro de mesmo nome, Estudante Edson Luiz de Lima, na Gancharia, e Professor João de Sousa Guimarães, na Divineia, ficaram dias sem aulas por conta de atos de vandalismo praticado contra o estabelecimento e os Alunos.

Muitos estabelecimentos de Ensino foram vandalizados este ano: UEBs Rubem Almeida, no Coroadinho, e Miguel Lins, no Maranhão Novo. Outros estão na lista: Newton Neves, Zuleide Andrade, na Cidade Olímpica, Amaral Raposo, Rubem Teixeira Goulart, Bandeira Tribuzi e Rubem Almeida, no Bequimão.

Sem seguranças nas unidades de Ensino, além dos atos de violência os estudantes indisciplinados saem sem ser vistos. Nos últimos dias uma estudante caiu do muro em uma das Escolas de Raposa, município da grande São Luís.

A Educação está mesmo jogada a um canto qualquer, sem meta, sem rumo. Não é prioridade. Escolas públicas do Ensino fundamental sem vigilância é o ápice da desorganização do setor educacional de uma cidade com mais de um milhão de habitantes. Diante dos dados, muitos podem se tornar críticos e até se indagar como questões como essas ocorrem.
A insegurança leva à suspensão de aulas, que leva à desqualificação do Ensino, que leva à evasão Escolar, um passo para a falta de Educação. Como São Luís poderá avançar com um sistema educacional cheio de falhas? Como alcançar a meta de alfabetizar todas as crianças até os 8 anos de idade?

A cada investida contra as Escolas, os bandidos são mais ousados. Eles quebram paredes, depredam tetos, atacam as cozinhas e levam os produtos que compõem a merenda, roubam computadores e outros equipamentos caros e importantes para os estudos. A comunidade Escolar passou a conviver com a violência, até parece que deve fazer parte do curriculum de Alunos, Professores e administrativos. As estatísticas mostram o problema que tem em um dos seus sustentáculos a falta de segurança. Não há o que questionar. Contra fatos não há argumentos. Mesmo assim, com a palavra a administração municipal de São Luís.

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