PESQUISA

segunda-feira, 29 de junho de 2015

Termina prazo para convocado na primeira chamada do ProUni comprovar informação


29 de Junho de 2015

Fonte: Agência Brasil

Termina hoje (29) o prazo para os estudantes pré-selecionados na primeira chamada do Programa Universidade para Todos (ProUni) comprovarem nas instituições de ensino as informações prestadas no momento da inscrição. A perda do prazo ou a não comprovação das informações resulta na reprovação do candidato. O resultado da primeira chamada foi divulgado no último dia 22, no site do ProUni.
É responsabilidade do estudante verificar nas instituições de educação superior os horários e o local onde deve comparecer. Entre os documentos a serem apresentados estão identificação, comprovantes de residência, de rendimento dos estudantes e de integrantes do grupo familiar e comprovante de conclusão do ensino médio.
O resultado da segunda chamada será divulgado no dia 6 de julho. Quem não for pré-selecionado em nenhuma das chamadas pode participar da lista de espera a partir do dia 17 de julho. Para isso, é preciso aderir à lista no site do programa.
A segunda edição de 2015 do ProUni oferece 116.004 bolsas em 856 instituições de ensino superior. Desse total, 68.971 são integrais e 47.033 integrais.
O ProUni concede bolsas de estudo integrais e parciais (50%) em instituições privadas de ensino superior, em cursos de graduação e sequenciais de formação específica, a estudantes brasileiros, sem diploma de nível superior.
As bolsas integrais do programa são para os estudantes com renda bruta familiar mensal, por pessoa, até um salário mínimo e meio. As bolsas parciais são destinadas aos candidatos com renda bruta familiar mensal até três salários mínimos, por pessoa.
Pode se inscrever quem fez a prova da última edição do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e obteve no mínimo 450 pontos na média das notas. Além disso, não pode ter tirado 0 na redação.]
O Globo 90 anos: Jornal acompanhou as mudanças no acesso a universidade do unificado até o Enem
DA REDAÇÃO - O GLOBO - 29/06/2015 - RIO DE JANEIRO, RJ
Os relógios marcam 6h e uma multidão de jovens começa a chegar ao Maracanã. Com o peculiar calor carioca de uma manhã de janeiro, os trajes são shorts, camisetas e grandes chapéus. Eles poderiam estar a caminho de um grande show ou partida de futebol. Mas, como noticiavam as páginas do GLOBO, era a “primeira grande experiência` do vestibular unificado da Cesgranrio, modelo que seria mantido até 1987. Uma espécie de protótipo do que anos depois ressurgiria na forma da atual utilização do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
A manhã daquele domingo de 9 de janeiro de 1972 foi a prova de fogo para o processo seletivo da Comissão Coordenadora Setorial da Área da Saúde (Combimed), que era o mais concorrido do unificado, com 12.613 inscritos. Durante a tarde, seria a vez do teste da Comissão Coordenadora Setorial da Área de Ciências e Tecnologia levar quase nove mil candidatos ao Maracanã (pense no sol a pino). Já a prova da Comissão Coordenadora Setorial das Áreas de Ciências Sociais, Ciências Humanas, Letras e Artes, havia sido realizada também pela manhã em diferentes endereços para 6.912 inscritos.
Chegar ao unificado não foi fácil. A recomendação de adotar essa prática nos processos seletivos partiu do próprio Ministério da Educação. Mas, como mostram reportagens publicadas no fim da década de 1960, diretores de faculdade consideravam o modelo “inexequível` naquele momento. Provavelmente, não imaginavam que um dia o país teria uma única prova como a principal porta de entrada para o ensino superior público: o Enem.
O diretor do Colégio Garriga de Menezes, Manoel Afonso, se recorda bem dessa época, que foi quando prestou vestibular para Biologia:
— Depois da reforma universitária de 1968, foi determinado o modelo unificado como uma estratégia para evitar que alunos fizessem mais de uma matrícula. E como havia mais candidatos que vagas nas áreas mais concorridas, o vestibular precisava ser classificatório.
O números, guardadas as devidas proporções, sempre foram superlativos. A última edição do unificado teve 79 mil inscritos, com vagas para instituições públicas e privadas. Este ano, o Enem tem 8,4 milhões de candidatos. Outra semelhança diz respeito à universalização de conteúdos, ainda que parcial. Até então, os processos seletivos cobravam apenas o conteúdo específico de suas respectivas áreas. O unificado passou a trazer testes de núcleo comum para todas as áreas. Mas, neste quesito, as semelhanças com o Enem param por aí.
— A prova do exame nacional é mais democrática, visto o caráter mais conteudista do unificado — compara Afonso. — Naquela época, os alunos tinham que saber todas os termos e especificações da membrana plasmática. Hoje, o importante é conhecer a finalidade da membrana e o que ela pode agregar à sociedade científica.
Com a Constituição de 1988, as universidades passaram a ter autonomia e estabeleceram seus próprios modelos de ingresso. Já o Enem foi transformado no principal caminho até às instituições públicas em 2009, mesmo ano de criação do Sistema de Seleção Unificada (Sisu).

Nenhum comentário:

Postar um comentário