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quinta-feira, 12 de março de 2015

Novo modelo do Fies leva em conta qualidades e diferenças regionais


MEC espera por sistema em prática em julho deste ano; seleção dará prioridade a vagas em cursos que tenham classificação 5


Fonte: Lizandra Paraguassu - Estadão


BRASÍLIA- ­ O Ministério da Educação espera por em prática já no meio do ano um novo sistema
de distribuição do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), que tem como molde o Sistema de
Seleção Unificada (SiSU), das universidades federais, e o Programa Universidade para Todos
(ProUni). A seleção dará prioridade a vagas em cursos que tenham classificação 5 no Sistema de
Avaliação do Ensino Superior, seguidos de cursos com nota 4, e só então os com nota 3, se ainda
sobrarem vagas. A adoção do sistema unificado foi antecipada pelo Estado em fevereiro deste
ano.
Como já anunciado, também haverá a exigência de uma nota mínima para os futuros candidatos
ao Fies, assim como ocorre com os demais sistemas. O estudante precisará ter feito pelo menos 450
pontos no Exame Nacional de Ensino Médio (Enem) para poder tentar uma das vagas do
programa. "Nosso critério central será a qualidade. Temos um modelo bem ­sucedido no ProUni e
SiSU, com oferta nacional e ampla concorrência. É para esse modelo que queremos migrar", disse
ao Estado o secretário executivo do MEC, Luiz Cláudio Costa.
A mudança no Fies visa a ajudar a controlar também um sistema que passou de 80 mil contratos
para quase 2 milhões em quatro anos, e multiplicou por 14 o gasto do governo, chegando no ano
passado a R$ 14 bilhões. Costa explica que os atuais contratos serão mantidos exatamente como
estão, até que esses estudantes concluam seus cursos. No entanto, os novos contratos, a serem
assinados a partir de julho, já serão feitos sob o novo modelo de concorrência.
Apesar de prever que os estudantes pagarão de volta para o governo o investimento no
Financiamento Estudantil, o número dos que já começaram a pagar é muito pequeno, explica o
secretário. O contrato prevê 18 meses de carência depois da conclusão do curso e três vezes o
tempo de curso ou do financiamento, o que for menor, para pagar. "Até agora, temos uma
inadimplência de 1%, mas o número de pagantes ainda é muito pequeno. É algo que teremos que
acompanhar".
Os critérios de qualidade a serem adotados terão, ainda, diferenças regionais para não prejudicar
nenhuma das regiões. Haverá um número de vagas por Estado privilegiando as melhores escolas e
cursos locais, para que não haja uma concentração excessiva em Estados do Sudeste, por exemplo,
que costumam ter maior número de cursos bem qualificado.

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