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terça-feira, 6 de janeiro de 2015

Governo vai atacar o analfabetismo

06 de janeiro de 2015
Cerca de 70 mil pessoas não sabem ler e escrever em Mato Grosso; melhora no Ideb também está nos planos

Fonte: Diário de Cuiabá (MT)

Combate ao Analfabetismo e melhoria dos índices de avaliação dos Ensinos fundamental e médio são as prioridades do novo governo na área da Educação, em Mato Grosso. No Estado, 8% da população, o que corresponde a 70 mil pessoas, não sabem ler e escrever.

“Temos o compromisso nesses 100 primeiros dias de entregar ao governador Pedro Taques um programa que tenha como foco o combate ao Analfabetismo. O governador pediu prioridade e, inclusive, essa meta ocupará um espaço entre os 10 projetos estratégicos do governo e será partilhado com o Gabinete de Projetos Estratégicos, do secretário Gustavo Oliveira”, garantiu o secretário de Educação, Permínio Pinto.

Conforme Permínio Pinto, outro foco será tirar o Estado da triste posição que ocupa no ranking do Ensino médio medido pelo Índice de Desenvolvimento da Educação básica (Ideb). Em 2011, o Estado era o 16º na classificação. Agora é o 24º, junto com Pará e Rio Grande do Norte e à frente apenas de Alagoas.

Para avançar, o novo gestor espera contar com a comunidade Escolar. “Temos que ter o compromisso e participação dos nossos Professores. Cada um empenhado e decidido em cumprir o seu papel. Nós temos que ter o profissional formado, comprometido e ciente de suas responsabilidades. Temos que ter cumprimento da carga horária, da grade curricular e do conteúdo das disciplinas tendo sempre como foco o Aluno”, disse.
Já diante da situação de caos em que se encontra o sistema público de Ensino, Pinto afirma que está montando uma equipe compromissada com as transformações que Taques pretende promover no Estado. “Temos que ter uma boa equipe, preparada, competente e com o perfil técnico, que possa, a partir da definição de um projeto político pedagógico, ter como foco o Aluno e a atividade-fim, que é a formação desse estudante e a melhoria da qualidade de Ensino”.
Hoje, conforme Pinto, as principais dificuldades enfrentadas pela Secretaria de Educação passam pela qualificação dos gastos e das prioridades e qualidade da gestão. Assim, ele promete um choque de gestão. “Precisamos cuidar e qualificar os gastos das atividades meios dando prioridade ao pedagógico”, frisou.
Ele entende ainda que a Educação precisa estar mais próxima da comunidade Escolar e dos gestores municipais. “Eu vejo que há muitos interesses que circundam o sistema e que há um distanciamento muito grande dos municípios. Nós não podemos deixar que a gestão da Educação fique de costas para a comunidade, que precisa participar mais das decisões. Sem isso a gente não promove as mudanças que queremos. Isso tudo a gente precisa refazer. Precisamos da participação dos gestores municipais. O setor tem que ser integrado”, acredita.
Conforme Permínio Pinto, a intenção é que as unidades Escolares funcionem como um ambiente mais harmonizado e com a participação de todos que tenham interesse direto na melhoria da Educação do Estado. “Também temos que priorizar a formação dos nossos profissionais, garantir bons salários e pagos em dia. Enfim, um conjunto de ações que nós implementaremos”, disse.
Segundo o secretário, o diálogo com a classe de Professores também será mantida de forma constante. “Nada que nós trouxermos de novo será feito de forma individualizada, mas coletiva e conversada com os profissionais. Queremos manter um diálogo muito próximo com o Sintep (Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público)”, garantiu.
Sobre o orçamento da pasta para este ano, Pinto informou que será da ordem de 2,1 bilhões. “Mas, com tendência de crescimento. É uma peça orçamentária fictícia e a gente observa que nos últimos quatros anos iniciou-se com rubricas num montante e durante um ano isso é mudado e remanejado. O orçamento, então, é uma peça fictícia”, disse. “Teremos incrementos de recursos e mesmo não tendo um alinhamento político com o Governo Federal, nós temos condições de, através de novos e bons projetos, trazermos mais recursos para serem investidos na Educação”, acrescentou.

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