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quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Metade dos jovens na escola já chega à universidade

18 de dezembro de 2014
Proporção de estudantes de 18 a 24 anos no Ensino Superior foi de 32,9%, em 2004, para 55% em 2013, conforme estudo do IBGE

Fonte: O Estado de S. Paulo (SP)

A proporção de estudantes de 18 a 24 anos que estão na universidade saltou de 32,9%, em 2004, para 55% em 2013, aponta a Síntese de Indicadores Sociais divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O estudo mostra que a combinação de aumento da renda das famílias, criação de programas de inclusão de jovens pobres nas universidades e implementação do sistema de cotas raciais está aos poucos mudando o perfil do Ensino superior. A faixa de mais alta renda começa a dar espaço para os mais pobres, embora as diferenças ainda sejam grandes. Em 2004, os 20% mais ricos do País eram 55% dos universitários da rede pública e 68,9% da particular. Em 2013, essas proporções caíram para 38,8% e 43%, respectivamente. Os 20% mais pobres, que eram apenas 1,7%dos universitários da rede pública, chegaram a 7,2%. Na rede privada, a presença ainda é tímida, mas crescente: passou de 1,3% para 3,7%. Pelo mundo.No cenário internacional, porém, o Brasil ainda não tem o que comemorar.
A proporção de pessoas com idade entre 25 e 34 anos com curso superior completo é de apenas 15,2%, inferior a países latino americanos como México (24,1%) e Chile (22,5%) e muito abaixo dos campeões – Coreia do Sul (65,7%), Japão (58,6%) e Canadá (57,3%) –, segundo dados da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) comparados pelo IBGE. ‘Nem nem’. A boa notícia sobre o acesso dos pobres à universidade, porém, não atenua outro fenômeno já detectado em pesquisas anteriores do IBGE:a “geração nem nem” – nem trabalha nem estuda. Uma em cada cinco pessoas (20,3%) de 15 a 29 anos estava nesta condição em 2013. São 9,949 milhões de jovens. Em 2004, o porcentual era semelhante: 19,7%.
Os números mostram, no entanto, que nem todos os integrantes da “geração nem nem” estão acomodados: 26,3% dos jovens que não estudam nem trabalham estão procurando emprego. Essa proporção é maior entre os homens (36,6%) do que entre as mulheres (21,6%). Em outro corte, o IBGE estudou a população de 16 a 24 anos não economicamente ativa (não trabalha nem procura emprego). Quatro em cada dez jovens nessa situação não estavam no sistema de Ensino, ou seja, não trabalham, não procuram emprego e não estudam. São 4,6 milhões de pessoas.
Matéria publicada apenas em veículo impresso

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