05 de outubro de 2014
Escolas tradicionais passaram a adotar assembleias e debates para decidir qual será o conteúdo ensinado em classe
Fonte: Folha de S.Paulo (SP)
A candidata prometeu gelatina todo dia, hora do sono na cachoeira e passeios para consumo de sacolé (picolé artesanal). Como no dia a dia da política, eleita, não cumpriu a maioria de suas promessas.
Nesse caso, porém, o mandato foi melhor do que a encomenda. Aos nove anos, a presidente chamou o prefeito da cidade e o convenceu a fazer de um puxadinho uma nova sala de aula na Escola que comandou em 2013.
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Alunos podem votar até expulsão de colega
As assembleias Escolares deixam marcas. Célia Senna, diretora do Instituto Lumiar, conta que suou frio quando a expulsão de um Aluno com comportamento agressivo foi parar na pauta. A direção não defendia a medida, mas optou por respeitar as normas da Escola, onde tudo é decidido por todos, inclusive pelas crianças.
A expulsão estava sendo selada quando um colega de sala ponderou que a medida seria irreversível. Outros estudantes refletiram e optaram por uma suspensão de dois dias. A direção da Escola respirou aliviada.
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Para especialista, criança de até 11 anos não deve decidir o que estudar
O modelo de Escola democrática em que Alunos decidem até mesmo o que vão estudar não é consenso entre estudiosos do tema.
O modelo de Escola democrática em que Alunos decidem até mesmo o que vão estudar não é consenso entre estudiosos do tema.
"A começar pela autodenominação", questiona José Sérgio Cardoso, livre-Docente em filosofia da Educação na USP. "No Brasil, são em geral Escolas privadas e caras", critica. "Democrático é um moleque filho de pai Analfabeto poder ler Guimarães Rosa. Mais ainda do que votar."
Para Yves de La Taille, Professor titular de psicologia da USP, o poder das assembleias "é um pouco falso". "As crianças decidem o que [conteúdo] vem antes e o que vem depois. Mas não vão resolver que, em vez de álgebra, vão estudar a culinária marroquina."
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Escolas inglesa e portuguesa são referência em 'educação democrática'
A escola Summerhill, na Inglaterra, e a Escola da Ponte, em Portugal, são referências para a chamada "educação democrática" praticada no Brasil.
A primeira, fundada em 1921, é um internato. Os alunos decidem como passarão o tempo –se em sala, ajudando em atividades de rotina ou brincando.
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