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quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Muito mais para conquistar


18/09/2013
Educ@ção
Pernambuco formou, pela Universidade Federal de Pernambuco, a primeira turma de licenciatura intercultural indígena, um curso superior voltado para professores que são índios e lecionam em escolas indígenas. Inédita no Estado (mas realidade em outras 22 instituições superiores brasileiras), a graduação teve 152 concluintes que colaram grau sábado, em Caruaru, no Agreste. A implantação de um curso que ajude na formação dos docentes indígenas merece aplauso. Mas a categoria quer muito mais. Há em Pernambuco 11 etnias. O ensino indígena tem características próprias, currículos específicos e tempos diferentes de aprendizagem. Por isso os professores reivindicam que essas especificidades sejam observadas pelos governos. Querem também melhores condições de trabalho, com escolas mais bem equipadas. Desejam material didático particularizado, que traga a realidade de cada povo para os livros, enriquecendo o aprendizado dos estudantes indígenas. Brigam também para que a educação indígena não seja confundida com educação do campo. Atender o pleito deles é o mínimo que o País pode fazer para preservar a identidade dos primeiros povos que habitavam a terra antes da chegada de Pedro Álvares Cabral.

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