Educ@ção
Pernambuco
formou, pela Universidade Federal de Pernambuco, a primeira turma de
licenciatura intercultural indígena, um curso superior voltado para
professores que são índios e lecionam em escolas indígenas. Inédita no
Estado (mas realidade em outras 22 instituições superiores brasileiras),
a graduação teve 152 concluintes que colaram grau sábado, em Caruaru,
no Agreste. A implantação de um curso que ajude na formação dos docentes
indígenas merece aplauso. Mas a categoria quer muito mais. Há em
Pernambuco 11 etnias. O ensino indígena tem características próprias,
currículos específicos e tempos diferentes de aprendizagem. Por isso os
professores reivindicam que essas especificidades sejam observadas pelos
governos. Querem também melhores condições de trabalho, com escolas
mais bem equipadas. Desejam material didático particularizado, que traga
a realidade de cada povo para os livros, enriquecendo o aprendizado dos
estudantes indígenas. Brigam também para que a educação indígena não
seja confundida com educação do campo. Atender o pleito deles é o mínimo
que o País pode fazer para preservar a identidade dos primeiros povos
que habitavam a terra antes da chegada de Pedro Álvares Cabral.
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