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quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Cresce ingresso na rede pública


18/09/2013
Número de matrículas subiu 7% nas instituições mantidas pelo governo, segundo censo do MECEmbora a rede privada responda por 73% das vagas do Ensino Superior, a rede pública vem crescendo em maior velocidade. De acordo com dados do Censo da Educação Superior 2012, divulgado ontem pelo Ministério da Educação, o número de matrículas na graduação em instituições públicas cresceu 7% em relação a 2011, o dobro do percentual registrado nas particulares, de 3,5%.
Nas duas redes, o volume subiu 4,4% entre 2011 e 2012, atingindo 7.261.801 de matrículas no ano passado, incluindo pós-graduação. Desse total, foram 2.069.844 registros nas públicas e, nas privadas, 5.191.957.
– O setor privado é maior, mas foi o setor público que sustentou o crescimento – afirmou o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, lembrando de políticas que incentivaram a expansão, como o proUni, que concede bolsas em instituições privadas.
No Rio Grande do Sul, o predomínio de vagas na rede particular é maior do que a média nacional. Enquanto, no país, existem 2,45 vagas privadas para cada pública, no Estado a relação chega a 3,4. Segundo o MEC, os Estados onde isso ocorre são os que apresentam melhor renda. Não por acaso, estão acima da média nesta proporção Minas Gerais, Rio de Janeiro, Espírito Santo, São Paulo e Distrito Federal. Para demonstrar o compromisso do governo em combater essa disparidade, o ministro citou a abertura de um curso de Medicina em Passo Fundo, em julho deste ano, com mais 40 vagas neste segundo semestre.
Ao mesmo tempo em que as vagas se expandem, permanecem desafios, como a busca por qualidade e o combate a desigualdades históricas.
– Temos 7,2 milhões na universidade e 7 milhões no Enem querendo entrar. Apesar de toda a expansão no Ensino Superior, temos um número igual batendo na porta, querendo entrar – observou Mercadante.
MAIOR ACESSO COM DESIGUALDADE
A DISTRIBUIÇÃO DAS MATRÍCULAS
Confira alguns dos destaques do levantamento feito pelo Ministério da Educação, com base em dados do ano passado
- 67,1% são em cursos de bacharelado
- 19,% são em cursos de licenciatura
- 13,5% são em cursos tecnológicos
EM ALTA
- Os cursos tecnológicos são os que vêm apresentando maior crescimento. Entre 2011 e 2012, cresceram 8,5%, enquanto o aumento foi de 4,6% nos cursos de bacharelado e de 0,8% nos cursos de licenciatura
MAIS PROCURADOS
- 1º Administração: (11,9% das matrículas)
- 2º Direito: (10,5%)
- 3º Pedagogia: (8,6%)
MULHERES À FRENTE
- Nos bancos universitários, o predomínio é feminino. Elas respondiam por 55,5% das matrículas na graduação em 2012
- Na faixa etária dos 18 aos 24 anos, 20,8% delas estão na universidade. Entre os homens da mesma idade, 14,8% estão matriculados, segundo dados do IBGE de 2011
DIVISÃO POR GÊNERO
- O curso com maior número de matrículas femininas é Pedagogia, com 556.283
- Entre os homens, o curso com maior participação masculina é Administração, com 372.893 alunos
À DISTÂNCIA
- 15,8% dos alunos frequentam cursos à distância. O volume de matrículas nessa modalidade cresceu 12,2% entre 2011 e 2012
DESIGUALDADE PERMANECE
- Dos jovens entre 18 e 24 anos, 17% estão na universidade. Mas a desigualdade permanece, segundo dados do IBGE de 2011
- 26% dos brancos já têm um diploma ou estão matriculados no Ensino Superior. Enquanto isso,
- 9% são pretos e
- 11% são pardos
DIFERENÇA DE RENDA
- Entre os 20% mais ricos de 18 a 24 anos, segundo o IBGE, a taxa de jovens no Ensino Superior é de 43,9%
- Entre os 20% mais pobres de 18 a 24 anos, a taxa é de 5,1%

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