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segunda-feira, 27 de maio de 2013

Globo Educação faz parcerias e amplia agenda

27/05/2013
Por Silvia Torikachvili

Para o Valor, de São Paulo


Além de enfrentar o desafio de atender cerca de 80% das crianças de até seis anos que estão fora das creches, o Brasil precisa resolver a questão de 1,5 milhão de jovens entre 15 e 17 anos que, por diferentes razões, abandonaram a escola. Embora universalizada, a falta de perspectiva para a aprendizagem faz com que a educação ainda ostente uma qualidade sofrível. Na tentativa de mobilizar a sociedade, as famílias e o poder público em torno de uma melhor formação para todos, a Globo lançou na semana passada uma agenda educacional para o país, disponibilizando sua plataforma de comunicação e a experiência de quase 40 anos em educação a distância.
Em parceria com o Unicef e a Fundação Roberto Marinho, o Globo Educação contará com três eixos de atuação: televisão, internet e fóruns presenciais. A meta é contribuir para o fortalecimento da consciência e do comprometimento com a qualidade da educação pública, difundindo boas práticas, prestação de serviços, matérias jornalísticas, conteúdo online e debates com especialistas.
"O país é injusto e desigual, e precisa recuperar o atraso também dentro da escola", disse Maria Pilar, ex-secretária de Educação Básica. Para Thiago Feijão, aluno do ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica), que trabalha com tecnologia educacional, parte da solução pode estar na própria universalização do ensino. "A mesma técnica que solucionou a questão da quantidade pode resolver a universalização da qualidade", disse.
Na opinião do economista Eduardo Gianetti, é preciso acabar com o que chamou de postura passiva diante do saber. "Decorar, reproduzir o que a professora fala ou escreve no quadro, não leva o aluno a organizar a busca do conhecimento", diz. Qualidade da educação não é uma decisão política; precisa estar no centro de qualquer discussão. "Precisamos de uma urgente formação de capital humano, da mesma forma e com a mesma urgência que na década de 1950 se valorizou a formação da indústria no Brasil", disse Gianetti.
Para Gary Stahl, do Unicef, só unindo esforços será possível fortalecer os direitos das crianças e dos adolescentes. Hugo Barreto, representante da Fundação Roberto Marinho, acredita que a sociedade brasileira deverá ser mobilizada em torno do tema a partir das plataformas utilizadas pela Globo em diferentes espaços e conteúdos. Barreto destacou os parceiros nessa empreitada que, com visões diferentes, podem garantir a qualidade que se persegue.
O vice-presidente das Organizações Globo, José Roberto Marinho, assinou termo de parceria juntamente com Stahl e Barreto. "A conquista do conhecimento é peça central da sociedade e deve estar no imaginário das pessoas", disse. "Nosso objetivo é transformar o projeto em ponto de encontro de educação na Globo e somar forças para que a educação tenha o espaço que merece." Para Maria Pilar, nada será alcançado sem que seja valorizada a figura do professor.

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