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terça-feira, 26 de março de 2013

Profissionalizante, rede não se articula com setor produtivo local

26/03/2013
Apesar da vocação profissionali­zante, os institutos federais apre- sentam baixa interação com o se­tor produtivo local, de acordo com auditoria do TCU. Nenhum dos câmpus analisados apresen­tava em sua estrutura curricular referência a qualquer tipo de in­teração com o respectivo Arran­jos Produtivos Locais (APLs), co­letado com o Ministério do De­senvolvimento, Indústria e Co­mércio Exterior.
Em resposta à requisição do TCU, menos de 20% dos 40 câmpus consultados apresentaram alguma ação conjunta com o po­der público com foco no desen­volvimento da economia local.A auditoria constatou que as medi­das de fomento ao empreendedorismo ainda são incipientes. Além disso, o porcentual de alu­nos em estágios é reduzido nos cursos de nível superior, se com­parado com outras instituições. O porcentual de alunos de insti­tutos federais com estágio remu­nerado é de apenas 0,1% - a mé­dia nos outros tipos de institui­ções é de 4,18%.
De acordo com Celso do Pra­do Ferraz de Carvalho, da Uni­versidade Nove de Julho, a inte­ração não é um processo sim­ples. "A universidade brasileira tem dificuldade de falar com o setor produtivo de um modo ge­ral. Mas os institutos têm tido essa preocupação na implemen­tação". O titular da Setec, Marco Antonio de Oliveira, diz que a rede tem o desafio de promover es­sa aproximação, mas faz uma res­salva. "A escola virou desaguadouro de todas as demandas edu­cacionais, que às vezes extrapo­lam a sala de aula. Muitas dessas coisas dependem de outros ato­res, não só dos institutos." /P.S.

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