O Estado de São Paulo -
01/03/2013 - São Paulo, SP
As companhias de
educação superior se mostraram resistentes ao crescimento de
0,9% do PIB em 2012 e mantêm perspectivas de crescimento de dois
dígitos em 2013. O ano passado foi um dos melhores para o setor, em
especial no ensino superior, que se beneficiou de uma forte entrada de
alunos por causa do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).
Mesmo com o baixo
ritmo de crescimento macroeconômico, as companhias garantiram a
expansão explorando a ainda baixa penetração de jovens
no ensino superior. Para o presidente da Associação
Brasileira de Mantenedores de Ensino Superior (ABMES), Gabriel Rodrigues,
este é um cenário favorável que deve se manter. `Numa
situação econômica difícil, as pessoas sentem a
necessidade de estar mais preparadas e buscam os serviços de
educação`, opina. De acordo com ele, serão expressivos
os resultados em 2013 sobretudo das companhias que miram o público
das classes C e D, onde o déficit da educação superior
é maior.
Em entrevista
recente ao Broadcast da Agência Estado, o presidente da Kroton
Educacional, Rodrigo Galindo, manteve as perspectivas de alta da receita da
companhia em 2013. De acordo com ele, o Fies torna o setor mais
`resiliente` a dados macroeconômicos ruins, mesmo que o
desaquecimento da economia leve no futuro a quedas significativas nos
níveis de emprego. Todas as companhias de educação
vêm reiterando que o Fies contribui para aumentar a
retenção e diminuir a inadimplência mesmo nos casos em
que os alunos perdem o emprego.
O setor pode
não repetir a performance do ano passado, quando fez
diferença o fato de o Fies ter começado a promover mais
impacto, mas ainda espera fortes resultados. A existência de muitas
companhias de pequeno porte ainda permite que as aquisições
pelas grandes sejam um motor de expansão.
De acordo com a
ABMES, a média de crescimento das companhias de ensino superior em
2012 foi de 4%, incluindo médias e pequenas. Entre as gigantes do
ramo, porém, os resultados são mais expressivos. Apenas nos
nove primeiros meses de 2012, a Kroton teve receita líquida de R$
1,04 bilhão, alta de 93% ante o mesmo período de 2011. A
Anhanguera chegou a R$ 1,244 bilhão, alta de 41%, e a Estácio
ficou em R$ 1,021 bilhão, aumento de 19,6%.
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