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terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Estudo aponta que 68% das escolas de Campinas não têm bibliotecas




Pesquisa foi elaborada pela ONG Movimento Todos pela Educação. País precisa 128.020 novas unidades para zerar o déficit nesta área Fonte: G1
05 de fevereiro de 2013



Em Campinas (SP), 68% das Escolas da cidade não possuem biblioteca, segundo levantamento feito na Região Metropolitana de Campinas (RMC) e divulgado pela Organização Não Governamental (ONG) Movimento Todos Pela Educação. Das 723 Escolas da cidade, 485 não possuem o espaço destinado aos livros e reservado para leitura. Este levantamento inclui tanto as particulares quanto as da rede pública.

A Lei Federal nº 12.244/10 prevê que as instituições de Ensino públicas e privadas de todos os sistemas de Ensino do país devem contar com bibliotecas. No entanto, a pesquisa realizada pela organização mostra que a lei não é cumprida. De acordo com a ONG, no país para zerar o déficit seriam necessários construir 128.020 bibliotecas, ou 39 unidades por dia. Em Campinas, seriam necessárias 53,9 bibliotecas por ano para que a lei seja cumprida.
Região Metropolitana
Entre os municípios consultados pela pesquisa, Pedreira (SP) é a cidade com menor índice de bibliotecas, sendo duas para 33 Escolas. Artur Nogueira (SP) tem 32 Escolas e três bibliotecas. Já Sumaré (SP) também figura entre os piores índices, com 13 bibliotecas em 114 Escolas.
Falta de Professores
Além da ausência dessa estrutura, as faltas de Professores é outro fator de reclamação dos Alunos e pais, segundo levantamento do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp). "Muita falta. O ano letivo são 200 dias. Aqui você chega a ter 100 dias letivos.O Ensino já tá bem defasado, ainda com a falta de Professor tá mais ainda", afirma a garçonete Eli Aparecida Ribeiro, que tem filho estudando em uma Escola estadual de Campinas.
Outro motivo de reclamação é a superlotação das salas de aula. Segundo a Apeoesp, as Escolas da região têm em média 10 a 15 Alunos a mais nas salas acima da quantidade de estudantes ideal. Segundo a pedagoga Cristina Tempesta, salas grandes atrapalham o aprendizado e o acompanhamento do Aluno. "A Escola tem que garantir a quantidade de Alunos por sala que o Professor possa dar atenção e ter absoluta clareza como cada um tá no seu processo de desenvolvimento", explica.
Outro lado
A Secretaria Estadual de Educação afirma que este ano 1,9 mil novos Professores começarão a trabalhar na região. Sobre a superlotação das salas, a Secretaria informou que no ano passado, praticamente nenhuma sala de aula tinha mais Alunos do que o limite permitido em Campinas.
A secretaria informou também que em Campinas todas as unidades tem o acervo exigido em Lei. As prefeituras de Campinas, Sumaré e Pedreira não se pronunciaram sobre as reclamações. Em Artur Nogueira (SP), a prefeitura afirmou que em dois anos, todas as Escolas municipais terão uma biblioteca.

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