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terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Ano letivo adiado




Comunidade escolar reclama das reformas que não foram concluídas e também do atraso na atribuição de aulas Fonte: Diário de Cuiabá (MT)
05 de fevereiro de 2013



A falta de infraestrutura e organização do governo fizeram com Alunos da rede pública, de Cuiabá e Várzea Grande, adiassem o início do ano letivo, que oficialmente começaria ontem. As Escolas estão com reformas inacabadas, falta de efetivo e problemas estruturais.
Conforme a direção das unidades, a previsão é de que as aulas comecem na terceira ou quarta semana de fevereiro.
A vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT), Miriam Botelho, culpa a Secretaria de Educação do Estado (Seduc) pelo atraso. “São diversos serviços que demoram a serem realizados. Reformas que duram até três vezes o tempo estipulado, materiais que não chegam e Escolas que sequer têm efetivo suficiente para começar as aulas”.
Segundo a vice-presidente, a secretaria não cumpre o calendário e isso acaba desencadeando problemas na organização das atividades. “Há atraso no processo de atribuição das aulas. Os Professores acabam não fazendo a semana pedagógica na data certa e fazem durante a primeira semana de aula. Ou seja, a primeira semana de aula é uma mentira, os Alunos muitas vêm à sala de aula, mas são dispensados na hora do recreio”.
A Escola Estadual Estevão Alves Correia, no bairro Tijucal, abriga cerca 1,5 mil Alunos e passa por reformas há mais de três anos. Quem mais sofre com as condições são os estudantes, que por conta das obras tiveram que estudar em salas improvisadas em estruturas de zinco ou dentro da quadra poliesportiva.
“As salas eram tão quentes que até mesmo com ventiladores e ar-condicionados, alguns Alunos chegaram a passar mal. Além da dificuldade de aprendizado que aumentou, pois cerca de dez salas funcionavam no mesmo lugar”, afirmou o diretor da Escola Elias Martins.
O diretor afirma que a situação dos últimos dois anos foi tão traumática que desta vez a comunidade Escolar, organizada por pais, Alunos e Professores, decidiu não começar o ano enquanto a obra não estiver finalizada. “Decidimos em conjunto que não vamos mais deixar as crianças nessas condições. Do jeito que está, mal daria para funcionar parcialmente quanto mais integralmente. A Seduc nos prometeu entregar a obra até o dia 12, se fizerem isso, começaremos as aulas dois dias depois.”
A reforma do colégio começou em 2010 e tinha prazo para acabar em um ano, porém por problemas com a empreiteira contratada, a obra ainda não acabou. “O primeiro prazo era fevereiro de 2012, depois passou para agosto e estenderam para setembro. Já estamos no começo de fevereiro e a reforma não terminou. O pior é que desde setembro a obra praticamente não andou”, assegurou Martins.
O aposentado Francisco Galdino, avô de um estudante do colégio, concorda com adiamento das aulas, porém ressalta que a mudança também complicou a vida da família. “A obra é uma vergonha. Não tem como as crianças estudarem desse jeito, mas ficar em casa também não é a melhor solução”.
A Seduc afirmou que todas as Escolas têm que cumprir 200 dias letivos e que o ano Escolar vai de quatro de fevereiro a 20 de dezembro. A secretaria comunicou que até o momento apenas a Escola Estadual Estevão Alves Correia avisou sobre o adiamento. 

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