Se a
determinação da Justiça não for obedecida, o sindicato que reúne os professores
terá de pagar multa no valor de R$ 10 mil, por cada dia não trabalhado
Fonte: Diário do Amapá (AP)
Até domingo, por volta das
14h30min, o Sindicato dos Servidores em Educação no Estado do Amapá (Sinsepeap)
ainda não tinha sido notificado oficialmente da decisão judicial liminar tomada
sexta-feira pela manhã, declarando ilegal a greve do magistério estadual, hoje
no seu 45º dia. A informação foi dada pela secretária da entidade sindical,
Maria das Dores Prego. “Até agora não fomos notificados oficialmente. Assim que
a confirmação da decisão judicial nos chegar às mãos, o sindicato tomará as
decisões adequadas”, garantiu a secretária Maria das Dores.
A declaração sobre a ilegalidade
da greve dos Professores determina ao magistério estadual o retorno às
aulas dentro de 48 horas.
Se a determinação da Justiça,
assinada pelo desembargador Raimundo Vales, não for obedecida, o sindicato que
reúne os Professores terá de pagar multa no valor de R$ 10 mil, por cada dia
não trabalhado.
Presume-se que a notificação ao
Sinsepeap só ocorra nesta segunda-feira. Caso os Professores recorram da
decisão liminar e tenham ganho de causa, as Escolas da rede estadual de Ensino
continuarão fechadas.
Mas se tudo correr conforme a
decisão tomada pelo desembargador Raimundo Vales, a estudantada volta para as
salas de aula na próxima quinta-feira.
A greve do magistério foi
deflagrada no dia 21 de abril, uma sexta-feira, por decisão de assembleia
geral da categoria que saíra de uma negociação infrutífera com o governo do
estado, sobre reajuste salarial.
As partes se encontraram outras
vezes para negociar a situação de salário e outras reivindicações dos
Professores da rede estadual de Ensino, todas elas sem acordo.
Quando sentaram à mesa, pela
sétima vez, mês passado, tudo indicava que um acordo tivesse acontecido.
Os Professores, negociando diretamente com o governador Camilo Capiberibe,
saíram do Palácio do Setentrião conseguindo reajuste de 16,56%, índice 4,44% a
menos do pleiteado pela categoria, mas que garantiria o piso salarial aos 1.400
profissionais de Educação no estado que ainda estão sem o piso salarial.
Assembleia geral realizada três
dias após o encontro no palácio do governo rejeitou praticamente por
unanimidade o reajuste de 16,56%, com os Professores fincando pé nos 20% que
eles dizem aceitar.
Antes do desembargador Raimundo
Vales dá a sentença liminar favorável ao retorno das aulas, o governador Camilo
Capiberibe havia anunciado em entrevista no rádio que só senta à mesa com os os
Professores quando esses estiverem dando aulas, de novo
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