Presidente
do Sindicato dos Trabalhadores em Educação deve cobrar do ministro Mercadante o
repasse de recursos do Fundeb para garantir o pagamento do piso
Fonte: Diário do Povo (PI)
A greve dos professores do Estado
continua e agora eles estão acampados na praça da Liberdade, Centro de
Teresina, por tempo indeterminado. Hoje, a presidente do Sindicato dos
Trabalhadores em Educação - Sinte no Piauí, Odeni Silva, está em Brasília-DF,
onde participa de reunião com o ministro da Educação, Aloizio Mercadante. O
objetivo é cobrar o repasse de recursos do Fundeb (Fundo de Manutenção e
Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da
Educação) para garantir o pagamento do piso salarial aos professores de todas
as classes.
A reunião também terá a
participação de representantes do Estado de Minas Gerais, onde os professores
também continuam em greve. O projeto aprovado na última segunda-feira pela
Assembleia Legislativa do Estado garante o reajuste de 22% para os professores
classes A e B. Para as demais classes, o reajuste ficou em 8%. "A ideia é
que é cobrar do ministro o re-passe de recursos do Fundeb exclusivamente para
pagar o piso dos demais professores. Amanhã, já devemos ter uma resposta",
disse Antonia Ribeiro, da diretoria do Sinte.
Segundo ela, uma nova assembleia
está marcada para amanhã na praça da Liberdade, ao lado do Palácio de Karnak,
onde os professores permanecem acampados. Com a aprovação do projeto, os
professores classes A e B passam a ganhar R$ 1.451 e a regência é incorporada
ao contracheque. Para os professores de 40 horas, a regência é R$ 260, já para
os de 20 horas o valor pago é de R$ 230.
Odeni destacou que, de acordo com
o projeto, 95% dos docentes não terão reajuste. A relatora do projeto, a
deputada Tasmânia Gomes de Medeiros, a Belê (PSB), justificou a aprovação
alegando que o governo não tinha condição de arcar com o reajuste.
MUNICÍPIO - Os professores do
município também montaram um acampamento em frente à sede da prefeitura. A
categoria permanece em greve. Segundo eles, até agora a prefeitura não
atendeu a principal reivindicação, que diz respeito ao cumprimento da Lei
11.378, que trata do Piso Salarial dos Professores. A reunião que deveria ter
acontecido quinta passada foi adiada, mas até agora não houve resposta marcando
uma nova data.
O município deu um reajuste de 6,22%
para todos os professores e pedagogos e para os do início da carreira criou uma
complementação para que estes alcançassem o valor do piso definido pelo MEC de
R$ 1.451,00, um reajuste de 22,22%. O valor que a categoria reivindica é de R$
1.937,26. Os grevistas alegam ainda que mesmo com a implantação desse reajuste,
muitos irão receber um vencimento abaixo do salário mínimo vigente. Dessa
forma, para se cumprir a legislação municipal, nenhum servidor pode receber no
tocante ao vencimento um valor inferior a R$ 622,00, o que equivaleria a um
aumento de, no mínimo, 14,26 %.
Nenhum comentário:
Postar um comentário