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quarta-feira, 25 de abril de 2012

PROFESSORES EM GREVE ACAMPAM NA PRAÇA

Presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação deve cobrar do ministro Mercadante o repasse de recursos do Fundeb para garantir o pagamento do piso
Fonte: Diário do Povo (PI)

A greve dos professores do Estado continua e agora eles estão acampados na praça da Liberdade, Centro de Teresina, por tempo indeterminado. Hoje, a presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação - Sinte no Piauí, Odeni Silva, está em Brasília-DF, onde participa de reunião com o ministro da Educação, Aloizio Mercadante. O objetivo é cobrar o repasse de recursos do Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação) para garantir o pagamento do piso salarial aos professores de todas as classes.
A reunião também terá a participação de representantes do Estado de Minas Gerais, onde os professores também continuam em greve. O projeto aprovado na última segunda-feira pela Assembleia Legislativa do Estado garante o reajuste de 22% para os professores classes A e B. Para as demais classes, o reajuste ficou em 8%. "A ideia é que é cobrar do ministro o re-passe de recursos do Fundeb exclusivamente para pagar o piso dos demais professores. Amanhã, já devemos ter uma resposta", disse Antonia Ribeiro, da diretoria do Sinte. 
Segundo ela, uma nova assembleia está marcada para amanhã na praça da Liberdade, ao lado do Palácio de Karnak, onde os professores permanecem acampados. Com a aprovação do projeto, os professores classes A e B passam a ganhar R$ 1.451 e a regência é incorporada ao contracheque. Para os professores de 40 horas, a regência é R$ 260, já para os de 20 horas o valor pago é de R$ 230. 
Odeni destacou que, de acordo com o projeto, 95% dos docentes não terão reajuste. A relatora do projeto, a deputada Tasmânia Gomes de Medeiros, a Belê (PSB), justificou a aprovação alegando que o governo não tinha condição de arcar com o reajuste. 
MUNICÍPIO - Os professores do município também montaram um acampamento em frente à sede da prefeitura. A categoria permanece em greve. Segundo eles, até agora a prefeitura não atendeu a principal reivindicação, que diz respeito ao cumprimento da Lei 11.378, que trata do Piso Salarial dos Professores. A reunião que deveria ter acontecido quinta passada foi adiada, mas até agora não houve resposta marcando uma nova data.
O município deu um reajuste de 6,22% para todos os professores e pedagogos e para os do início da carreira criou uma complementação para que estes alcançassem o valor do piso definido pelo MEC de R$ 1.451,00, um reajuste de 22,22%. O valor que a categoria reivindica é de R$ 1.937,26. Os grevistas alegam ainda que mesmo com a implantação desse reajuste, muitos irão receber um vencimento abaixo do salário mínimo vigente. Dessa forma, para se cumprir a legislação municipal, nenhum servidor pode receber no tocante ao vencimento um valor inferior a R$ 622,00, o que equivaleria a um aumento de, no mínimo, 14,26 %.


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