Categoria
pede reestruturação salarial e isonomia com outras carreiras. GDF diz não haver
previsão de aumento e que vai cortar ponto de grevistas
Fonte: G1
Os professores do Distrito
Federal decidiram manter por tempo indeterminado a greve iniciada no dia 12 de
março durante assembleia realizada na manhã desta terça-feira (10) na Praça do
Buriti.
A diretora do Sindicato dos Professores
(Sinpro-DF) Rosilene Corrêa informou que o sindicato não teve como apresentar
nada novo para a categoria, por isso foi votado a permanência da greve. "O
governo não nos permitiu apresentar nada de novo para os professores. Então,
decidimos manter a greve e pedir que a categoria resista", disse.
Após a votação, por volta das
11h40, os professores fecharam o Eixo Monumental no sentido Esplanada/ Memorial
JK. Policiais militares fizeram um cordão de isolamento no Palácio do Buriti
para evitar possível invasão.
A greve dos professores da rede
pública do Distrito Federal completa 30 dias nesta terça-feira (10) sem
qualquer avanço nas negociações entre governo e docentes. De acordo com
estimativas do Sindicato dos Professores (Sinpro), 70% da categoria está
parada.
A Secretaria de Educação estima
que 40% dos profissionais não estejam dando aula. Ao todo, o DF tem cerca de
540 mil alunos em 649 escolas.
O GDF declarou que não pretende
entrar na Justiça contra a greve, mas promete cortar o a folha de pagamento dos
docentes que aderiram ao movimento. Nesta segunda-feira (9), governo e
sindicato se reuniram para discutir a pauta de reivindicação dos docentes, mas
o encontro terminou sem acordo.
Segundo o secretário de
Administração Pública, Wilmar Lacerda, o reajuste salarial para qualquer
categoria éestá descartado por causa da Lei de Responsabilidade Fiscal.
"Não vamos colocar o governo na ilegalidade e superar os limites
permitidos por lei", afirmou Lacerda.
Reivindicações
Os professores pedem reestruturação do plano de carreira com isonomia salarial em relação aos demais cargos de nível superior do GDF e reajuste gradual até 2014. Eles também reivindicam a implantação do plano de saúde e contratação dos profissionais aprovados no último concurso da Secretaria de Educação.
Os professores pedem reestruturação do plano de carreira com isonomia salarial em relação aos demais cargos de nível superior do GDF e reajuste gradual até 2014. Eles também reivindicam a implantação do plano de saúde e contratação dos profissionais aprovados no último concurso da Secretaria de Educação.
O GDF diz ter reajustado o
auxílio-alimentação em 55%, elevando o valor para R$ 307. No DF, um professor
apenas com graduação tem remuneração inicial de R$ 3.069,08 por 40 horas
semanais, somado o salário-base a gratificações.
Se estiver no regime de dedicação
exclusiva, o salário inicial, com as gratificações, é de R$ 4.226,47. Se o
professor tiver mestrado, a remuneração sobe para R$ 3.572,60 (R$ 4.923,65 em
dedicação exclusiva). Com doutorado, o professor ganha R$ 3.732,27 de salário
inicial (R$ 5.144,73 em dedicação exclusiva). Os dados se referem ao início de
carreira.
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