"A
semana termina sem solução para a greve dos professores da rede estadual. É
fraca, incomparavelmente menor do que a do ano passado, mas já prejudica
milhares de estudantes que não tiveram aulas", afirma Moacir Pereira
Fonte: Diário Catarinense (SC)
*Moacir Pereira
A semana termina sem solução para
a greve dos professores da rede estadual. É fraca, incomparavelmente menor do
que a do ano passado, mas já prejudica milhares de estudantes que não tiveram
aulas. Este contingente deve ficar mais uma semana parado. Quer dizer: mal
começou o ano letivo e o calendário já está interrompido. A retomada, qualquer
que seja o prazo da paralisação, será sempre com prejuízos para os alunos.
O impasse continua o mesmo:
pagamento do piso salarial definido em lei federal. O governo diz que paga o
piso, que é vencimento básico, o que é real. Os professores sustentam que a lei
prevê o pagamento do piso na carreira. Como as duas partes não chegaram a um
acordo, o que deveria ter feito o Sinte, lá em fevereiro? Entrar com ação na
Justiça para fazer prevalecer seu entendimento de que o reajuste de 22% é sobre
toda a carreira. Medida fundamental, aliás, que deveria preceder a assembleia
para decidir sobre a greve.
O segundo obstáculo está no campo
político. Os professores dizem que o governo não cumpriu os acordos do ano
passado. O secretário Eduardo Deschamps, por sua vez, afirma que a tabela
proposta agora descompacta os salários na carreira, melhorando os dos que têm
mestrado e doutorado. E que propôs continuidade das conversações.
Sindicato e governo trocaram
correspondência no fim de semana. Sem resultado. O Sinte voltando a apelar pela
reabertura das negociações. O governo enfatizando que, como antecipara antes da
greve, “só negociará com a volta às aulas”.
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