PESQUISA

segunda-feira, 30 de abril de 2012

OPINIÃO: GREVE: HORA DE NEGOCIAR

"A semana termina sem solução para a greve dos professores da rede estadual. É fraca, incomparavelmente menor do que a do ano passado, mas já prejudica milhares de estudantes que não tiveram aulas", afirma Moacir Pereira
Fonte: Diário Catarinense (SC)

*Moacir Pereira
A semana termina sem solução para a greve dos professores da rede estadual. É fraca, incomparavelmente menor do que a do ano passado, mas já prejudica milhares de estudantes que não tiveram aulas. Este contingente deve ficar mais uma semana parado. Quer dizer: mal começou o ano letivo e o calendário já está interrompido. A retomada, qualquer que seja o prazo da paralisação, será sempre com prejuízos para os alunos.
O impasse continua o mesmo: pagamento do piso salarial definido em lei federal. O governo diz que paga o piso, que é vencimento básico, o que é real. Os professores sustentam que a lei prevê o pagamento do piso na carreira. Como as duas partes não chegaram a um acordo, o que deveria ter feito o Sinte, lá em fevereiro? Entrar com ação na Justiça para fazer prevalecer seu entendimento de que o reajuste de 22% é sobre toda a carreira. Medida fundamental, aliás, que deveria preceder a assembleia para decidir sobre a greve.
O segundo obstáculo está no campo político. Os professores dizem que o governo não cumpriu os acordos do ano passado. O secretário Eduardo Deschamps, por sua vez, afirma que a tabela proposta agora descompacta os salários na carreira, melhorando os dos que têm mestrado e doutorado. E que propôs continuidade das conversações.
Sindicato e governo trocaram correspondência no fim de semana. Sem resultado. O Sinte voltando a apelar pela reabertura das negociações. O governo enfatizando que, como antecipara antes da greve, “só negociará com a volta às aulas”.


Nenhum comentário:

Postar um comentário